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O Trem Da Saudade Sobre Os Trilhos Da Esperança
O Trem Da Saudade Sobre Os Trilhos Da Esperança
O Trem Da Saudade Sobre Os Trilhos Da Esperança
E-book94 páginas1 hora

O Trem Da Saudade Sobre Os Trilhos Da Esperança

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Sobre este e-book

O caçula entre dez irmãos, e ainda um jovem adolescente de quatorze anos se mudou de um distrito para uma cidadezinha um tanto maior. A mudança não foi uma escolha sua, e sim, imposta pelo pai! Ele recebeu a incumbência de fazer companhia ao seu avô, um senhor idoso, com setenta e nove anos, que se orgulhava de ter sido concebido ainda no Brasil Império. Devido à idade era teimoso, mas não arrogante, que tinha uma grande aversão ao governo militar da época. Quando o neto e o avô se veem sob o mesmo teto descobrem que não é o que eles esperavam um do outro. A partir daí começam os problemas! Sentir saudades pressupõe o desejo de voltar no tempo, reviver as coisas ou rever as pessoas que nos davam prazer. É comum ouvir também, pessoas dizerem o contrário: não sinto um pingo de saudade de tal coisa ou de tal pessoa. Mas, se o tempo e a vida no campo, o labor do rurista; que não é exatamente como lemos, poeticamente, em algumas literaturas; porque o menino, na quase biografia de sua vida, se mostra saudoso? Seria possível o mesmo trem, transportá-lo ao passado para encontrar sua mãe e dizer lhe o que não foi dito? Seria possível rever seu pai para ajudá-lo empurrar com mais afinco, aquela carroça na subida da serrinha? Joaquim B. de Souza é escritor de temas diversos. Sua genialidade, embora eclética, é voltada para uma escrita mais técnica, onde não cabe o romantismo. Suas obras vão desde compêndios de livros técnicos de informática, de administração pública e de empresa, a livros de história política regional, como Histórias de Jussara na Visão de Pioneiros, ou até um recente e mais científico que mostra dados sobre a epidemia mundial do Coronavírus, como QUARENTENA a Pandemia da Covid-19. Em O Trem da Saudade sobre os Trilhos da Esperança, porém, deixa a frieza e a técnica, escreve na primeira pessoa, mostrando a saga de uma vida dura e suas histórias, marcadas por momentos de superação, dor e saudade.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de out. de 2020
O Trem Da Saudade Sobre Os Trilhos Da Esperança

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    O Trem Da Saudade Sobre Os Trilhos Da Esperança - Joaquim B. De Souza

    Tomo neste instante, a liberdade de iniciar essa apresentação citando Abraham Lincoln (1809–1865), o 16º presidente dos Estados Unidos, que disse certa vez, "Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião".

    Na época, a família ainda via-se diante dos malefícios da maldita política. Portanto, com meus pais e irmãos a mudança foi inevitável. Agora, morávamos na Água Itajaí no sítio da encruzilhada, cerca de um quilômetro e meio antes do Distrito de Aquidaban. Eu devia estar com doze anos de idade. Por conta daquela política desastrosa de quase dois anos antes, fomos obrigados pelas circunstâncias deixar a Araripa, o rincão que morávamos desde 1955.

    Desse modo, a leitura desta história vai revelar lembranças outrora esquecida, e resgatar um período em que o ser humano tinha dificuldade em entender o mundo externo. Mas, não era por culpa do indivíduo, e sim pelo meio com poucos recursos de comunicação. Devido a isso vivia encarcerado na sujeição e subserviência. Na época, confundia-se espiritualidade e realidade. Tudo parecia ser uma imposição da Igreja a qual o indivíduo social pertencia.

    Mesmo que essas recordações sejam truncadas, toscas, foi a partir de olhar ao passado que se tornou possível resgatar essas memórias. Portanto, para narrar os fatos, ocupei o espaço temporal a partir dos anos de 1966. Época sem televisão na zona rural, pois a televisão ainda engatinhava até mesmo nos grandes centros. Nas zonas rurais sequer tinha energia elétrica nesse período. No campo as casas eram servidas por lamparinas e candeeiros. Celular, Internet e redes sociais eram inimagináveis. A falta de compreensão de mundo fazia o sujeito mergulhar apenas no contexto da Igreja.

    Na época, a sobrevivência era a maior preocupação. As doenças cruéis daqueles tempos não marcavam horário para chegar. Por isso, o medo de contrai-las aterrorizava as famílias. A medicina era frágil, e a ciência precária. Porém, a preocupação do adulto extrapolava o bem-estar social da criança. Às vezes, o adulto queria desses miúdos o seu espelho, a sua miniatura. Entretanto, o que a criança pensava, o que ela estava enxergando, percebendo, sentindo, o que ela queria ser quando crescesse parecia não importar aos adultos, toscos e rurícolas.

    Este livro reúne depoimentos pessoais, diferentes, vivenciados em tenra idade. O livro em si é uma história mesclada à ficção. O leitor terá que ser capaz de separar a fantasia da realidade. O tema principal é visualizar um mundo oposto ao de hoje e demonstrar a necessidade de se resgatar a história da época e de um povo. Mesmo se o propósito fosse de preservar unicamente a memória. Por isso, a importância em se valorizar a cultura local e despertar o interesse da comunidade pela sua cultura. O meu mundo foi construído a partir de outros mundos que me circundavam. Mas, ainda que assustado pergunto: onde está toda aquela gente? Do que foi feito de seus sonhos? Certo é que aquele passado não existe mais, sequer habitado o maravilhoso rincão de outrora.

    A proposta deste livro oferece ao leitor novas possibilidades em compreender o que levou aquela gente toda, há muitos anos, escolherem aquele local para viver e fixarem suas famílias, para completarem seus sonhos. O que havia ali, quais os sonhos, os projetos, as possibilidades disponíveis nessa localidade? Por que seus sonhos foram desfeitos em tão pouco tempo? Os relatos aqui reunidos trazem características pessoais de cada espaço temporal, fato este que denominou a história de cada um desses períodos considerando o conjunto da obra.

    A persistência é o caminho do êxito.

    (Charles Chaplin)

    Sentir saudades pressupõe o desejo de voltar no tempo, reviver as coisas ou rever as pessoas que nos davam prazer. É comum ouvir também, pessoas dizerem o contrário: não sinto um pingo de saudade de tal coisa ou de tal pessoa. Mas, se o tempo e a vida no campo, o labor do rurista, que não é exatamente como lemos poeticamente em algumas literaturas, por que o menino na quase biografia de sua vida se mostra saudoso? Seria possível o mesmo trem transportá-lo ao passado para encontrar sua mãe e dizer lhe o que não foi dito? Seria possível rever seu pai para ajudá-lo nas tarefas cotidianas?

    Joaquim B. de Souza é escritor de temas diversos. Sua genialidade, embora eclética seja voltada para uma escrita mais técnica, onde não cabe o romantismo. Suas obras vão desde compêndios de livros técnicos de informática, de administração pública e de empresa, a livros de história política regional, como Histórias de Jussara na Visão de Pioneiros, ou até um recente e mais científico que mostra dados sobre a epidemia mundial do Coronavírus, como QUARENTENA a Pandemia da Covid-19.

    Em O Trem da Saudade sobre os Trilhos da Esperança, porém, deixa a frieza e a técnica, escreve na primeira pessoa, mostrando a saga de uma vida dura e suas histórias, marcadas por momentos de superação, dor e saudade.

    Diene Eire Nalin Nogueira

    Professora e Revisora do Livro

    PARTE I

    A Viagem da Partida

    21 de junho de 1969

    Três anos depois de minha mudança para o sítio da encruzilhada, vindo da Vila Operária em Maringá, um novo rumo estava sendo dado a minha vida. A mim era confiada uma nova missão! A de pajem. Eu ainda alimentava minhas lembranças daquela vila, das quitandas e empórios abarrotados de frutas saborosas. Eu ainda cultivava as lembranças do Cine Horizonte com aqueles cartazes de bang-bang, Faroeste, Mazzaropi, entre tantos outros.  Ainda recordava das idas ao aeroporto com amigos da escola para

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