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Perdida Com O SEAL
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E-book206 páginas2 horas

Perdida Com O SEAL

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Sobre este e-book

Uma noiva em fuga com amnésia e um SEAL em busca de vingança. O que poderia dar errado? O SEAL Trevor ”Hawk” Hawkings está em uma missão para vingar a morte do colega quando bate em outro carro durante uma tempestade de neve. Olivia Grayson estava fugindo do próprio casamento, mas o acidente a deixa lutando para se lembrar de alguma coisa. Faíscas voam entre Trevor e Olivia, mas um inimigo se aproxima rapidamente da cabana remota - e os buracos nas memórias de Olivia podem ser o maior perigo de todos.
IdiomaPortuguês
EditoraTektime
Data de lançamento1 de jan. de 2024
ISBN9788835466697
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    Perdida Com O SEAL - Amy Gamet

    1

    Uma loira alta com uma prancheta entrou pela porta aberta do vestiário. — Três minutos, srta. Barrons.

    Brooke assentiu, colocando o celular no ouvido enquanto massageava o braço dolorido. — Vamos, atenda ao maldito telefone.

    Olá, estou ocupada. Deixe uma mensagem!

    — Bella, sou eu. Preciso ver você. É realmente importante — disse ela, fechando os olhos e soltando o ar dos pulmões. — Eu... estou com medo. Preciso que você venha para o Colorado. Por favor. Comprei uma passagem para você em um voo para Denver na segunda-feira à tarde. Mandei um e-mail com os detalhes e...

    A mulher com a prancheta apareceu novamente. — Você precisa ir para o cenário agora.

    — Só um minuto.

    — Agora, srta. Barrons. Entraremos no ar em dois minutos.

    Brooke virou de costas para a mulher. — Não posso entrar em detalhes agora, mas é realmente importante. Pegarei você no aeroporto. — Ela desligou o telefone e forçou-se a tirar a expressão irritada do rosto, substituindo-a por um sorriso antes de se virar novamente.

    — Estou pronta.

    — Não se esqueça do véu.

    Ela sentiu uma pontada violenta no estômago. — Certo. — Ela pegou o véu, que estava sobre a mesa, e deslizou o pente nos cabelos.

    É só uma fantasia. Não é de verdade.

    Você não está se casando de verdade com um monstro.

    A mulher acenou para que ela a seguisse e as duas começaram a andar por grupos de pessoas que pareciam estar imóveis.

    A cabeça de Brooke latejava, com perguntas enxameando como abelhas. Talvez nada daquilo fosse verdade. Talvez fosse apenas um sonho e acordaria noiva do homem com quem achou que se casaria, em vez de alguém capaz de ferir as pessoas que ela amava.

    O braço dela doía, mas o machucado não era nada em comparação aos danos que tinham sido causados em sua confiança. Ela estava em perigo. Sabia disso agora e tinha que achar uma forma de escapar.

    Os holofotes ficaram à vista, violentamente claros à frente dela. Quando a mulher parou nos bastidores, Brooke continuou até o palco. A banda começou a tocar e a sequência de apresentação do programa começou.

    — Temos um programa incrível para vocês hoje à noite — gritou ela acima da música. O zumbido em sua cabeça se misturou com os aplausos da multidão, deixando-a estonteada. Era demais, simplesmente demais, e ela achou que o cérebro poderia explodir com o esforço necessário para compreender o que acabara de acontecer.

    O que significava para ela, agora que sua rede de segurança desaparecera.

    A música parou e ela girou, com o véu voando ao redor dela, leve e surreal. Ela se sentiu nauseada. Ela conseguiria enfrentar aquilo devido ao treinamento e à pura força de vontade. Ela sorriria e fingiria que tudo estava bem, até mesmo riria. Depois, fugiria para a noite, de volta para onde tudo começara.

    Ela precisava ir até lá, precisava de suas lembranças à sua volta mais do que nunca, mesmo que isso significasse ir até a beira do inferno para obtê-las.

    Você terá que passar por Gallant.

    Algumas vezes, ela não sabia se ele era seu guarda-costas ou sua babá. O homem raramente a deixava longe de suas vistas e pedir a ele que a deixasse sozinha só levantaria suspeitas.

    Ela o distrairia com uma mulher, talvez aquela com a prancheta. Ele faria sexo e ela conseguiria sair na frente, algo necessário para sobreviver.

    A música aumentou o tom enquanto os planos dela se ajustavam.

    No momento certo, ela gritou para a multidão: — Ao vivo de Nova Iorque, é Saturday Night!

    2

    Foi preciso uma velocidade considerável para subir a montanha Warsaw com quinze centímetros de neve acumulada, velocidade essa que ameaçava superar a tração dos pneus de Trevor Hawkins em cada curva. Ele vira outro conjunto de rastros na estrada, o único sinal de humanidade naquela região selvagem, e imaginara que tinham sido feitas por um guarda-florestal do parque ou por uma caminhonete da cidade avaliando as condições da estrada antes de fechar aquela passagem durante a noite.

    Pessoas comuns não estariam dirigindo em uma estrada que serpenteava pelas montanhas naquelas condições. Além da neve acumulada no solo, ela caía com uma intensidade alarmante que ele só vira uma ou duas vezes na vida. A brisa mais leve era suficiente para criar condições de puro branco. E aquele vento não era uma brisa leve.

    Ele tirou o pé do acelerador o suficiente para conseguir fazer uma curva fechada à esquerda. O lado direito da estrada tinha apenas uma barreira e um precipício de cerca de trinta metros. Isso deveria tê-lo feito desistir da missão, mas, na realidade, foi o contrário. De acordo com seus cálculos, aquela curva em particular significava que ele estava a pouco menos de vinte quilômetros da mansão de Steele. E Hawk andaria sobre brasas se isso significasse que conseguiria chegar até Steele naquele mesmo dia.

    Ele pensou no comandante, Jax Andersson, e na ordem direta que dera a Hawk de não seguir aquela pista. Ao ignorar Jax, Hawk poderia perder a posição dentro da Equipe HERO. Mas, se seguisse as ordens, poderia perder o juízo.

    Ele franziu a testa. Ele e Jax tinham praticamente começado a Equipe HERO juntos. A equipe de Operações de Reconhecimento e Envolvimento Prático era tudo o que Hawk sonhara fazer pelo resto da vida e perder isso seria muito pior do que simplesmente perder um emprego.

    Havia os colegas de equipe. Seus irmãos. Sua família. E, quando um deles era assassinado a sangue frio bem diante de seus olhos, ele sabia que chegaria o dia em que se vingaria, mesmo que isso significasse o fim de sua participação na Equipe HERO.

    Ele esperara uma chance como aquela por dois anos, uma oportunidade de pegar Steele. Havia muitos observando aquele homem, mas, de alguma forma, ele sempre conseguia sair impune quando alguém ia atrás dele.

    Através da neve, uma imagem começou a aparecer. Hawk espremeu os olhos e tirou o pé do acelerador. Foi quando ele viu claramente. A cerca de vinte metros à frente, um carro esportivo vermelho estava parado na estrada, com uma mulher parada, de costas para ele, vestindo um casaco branco.

    Hawk pisou no freio com força. Os músculos das coxas ficaram retesados e a cena pareceu congelar. A bruma de neve que cegara momentos antes agora era feita de cristais individuais.

    Houve uma beleza horrível na derrapagem do carro na estrada coberta de neve, um movimento escorregadio que pareceu dividir o mundo entre antes e depois. Ele forçou os olhos a ficarem abertos quando queriam fechar.

    Ele a atingiria.

    Não seria a primeira vez que ele tiraria uma vida, mas seria a primeira vez que faria isso acidentalmente. Aquela mulher era inocente e, naquele momento, ele desejou ferozmente que conseguisse parar o carro. Ele pisou no freio várias vezes, mas o Jeep era pouco mais que um disco de hóquei deslizando sobre o gelo, ignorando completamente sua intenção.

    Ela se virou para ele.

    Linda.

    Suas feições se transformaram em medo e o grito estridente atingiu os ouvidos dele através do vidro.

    Era ainda pior por ela ser bonita, por ser jovem. E pior ainda pelo fato de o carro vermelho ser um lampejo da personalidade dela. Ele fechou os olhos, pois sua força de vontade não tinha mais poder o suficiente para mantê-los abertos. Um grito gutural saiu de seu peito pouco antes do impacto. O som de metal sendo retorcido e de vidro sendo quebrado superou tudo.

    A força da colisão o jogou contra o airbag, atingindo seu rosto como madeira sólida. Porém, foi o rosto dela que ele imaginou, com os ferimentos dela que se preocupou quando o carro dele ocupou o espaço que antes estivera entre eles.

    Seu ódio o trouxe aqui.

    Se não estivesse tão determinado a pegar Steele, ele estaria sentado em uma praia naquele momento, como os outros membros da Equipe HERO. Caubói estaria conversando com algumas garotas enquanto Logan estaria lendo uma revista científica e Jax surfando as ondas.

    Esta mulher estaria viva.

    Forçando os braços em estado de choque a se moverem, ele empurrou o airbag e ficou de pé, com as pernas trêmulas. Ele conseguia sentir o cheio de gasolina e sua mente acelerou, com anos de treinamento assumindo o controle do corpo.

    Ele tinha que encontrá-la. Agora.

    O Jeep estava contra a lateral do carro esportivo. Não havia sinal da mulher. Ele olhou sob os veículos e, em seguida, varreu a área, com os olhos instantaneamente ficando cheios d'água por causa do vento gelado e dos redemoinhos de neve.

    — Moça? — gritou ele. A voz ecoou nos pinheiros e a estrada em que ele estava parecia ser a única coisa que interrompia o domínio das árvores. O cheiro estava mais forte, mais tóxico. Os olhos dele procuraram freneticamente algum sinal dela, finalmente percebendo um rastro na neve no capô do carro dela.

    Correndo para o outro lado do carro, ele ficou atônito ao ver apenas neve intocada. Onde diabos ela estava?

    Ele olhou novamente para as marcas no capô. Era como se ela tivesse subido no carro pouco antes do impacto.

    Ou durante.

    Ele se preparou para aguentar o vento e andou pela neve que quase o cegou, seguindo a trajetória formada pelo Jeep e pelo rastro no capô. — Moça? Cadê você?

    Ele ouviu um barulho atrás de si, um ruído suave como um lençol sendo sacudido no ar sobre um colchão. Por um momento, ele não conseguiu entender o barulho.

    Fogo!

    — Moça! — Ele agora estava gritando, movendo-se mais depressa pela neve. Ele quase tropeçou nela, que estava deitada no chão vestindo o casaco branco. — Temos que sair daqui — comandou ele, olhando rapidamente para o fogo atrás de si. Porém, enquanto falava, ele sabia que ela não conseguia escutá-lo. Ele rezou para que ela estivesse inconsciente, não morta, ao segurá-la sob os braços e começar a puxá-la colina acima, com uma preocupação momentânea de que não deveria movê-la antes que a ajuda chegasse.

    Havia outro cheiro ali, o cheiro de sangue, muito leve no ar gelado do inverno. Hawk o sentira vezes demais durante a vida para conseguir reconhecê-lo com facilidade. Ele puxou com mais força, forçando seu corpo a se mover mais depressa antes que o inevitável acontecesse.

    Fumaça.

    Fogo.

    Gasolina.

    Como se fosse uma deixa, o carro esportivo vermelho explodiu com um estrondo ensurdecedor. Chamas e destroços voaram do local do acidente e a força da explosão o jogou de costas contra a neve. Ele olhou para um pedaço de metal em chamas a poucos metros. Eles não tinham sido atingidos, mas fora por pouco. Muito pouco, considerando que o carro dele seria o próximo, com muito mais combustível para o fogo que apenas gasolina.

    Com um grunhido, ele pegou a mulher nos braços e começou a correr. Seus passos batiam pesadamente na neve, com os pés e as pernas afundando. Ele tinha que conseguir colocar uma distância suficiente entre os dois e a segunda explosão iminente, tinha que manter aquela mulher segura contra mais ferimentos.

    Mesmo assim, ela poderia morrer.

    Ele correu pelo que pareceu quase um quilômetro antes de se virar. Ele conseguia sentir o cheiro do incêndio, mas não conseguia vê-lo através da tempestade de neve. Uma segunda explosão, maior do que a primeira, ecoou pelas montanhas. A onda de choque o atingiu um momento depois. Desta vez, Hawk conseguiu se manter de pé.

    Ele pensou nas armas que perdera, no carro e em como estava longe da casa de Steele. Em seguida, olhou para a mulher que tinha nos braços. Um rastro de sangue corria em um lado do rosto dela e a mulher estava assustadoramente imóvel. Ele desejou ter um lugar onde deitá-la e percebeu que não havia. Portanto, ele se sentou na neve e aconchegou-a em seu colo. Ele colocou a mão grande dentro do casaco dela, deslizando-a pelo pescoço esguio.

    Ela tinha pulsação, apesar de estar muito fraca. Ele colocou a mão no bolso em busca do celular, mas não o achou. Ele xingou em voz alta, percebendo que o perdera no carro. Em seguida, procurou nos bolsos do casaco dela, sem encontrar nada. Ele a apertou com mais força.

    O que ele fizera? Os dois estavam sozinhos em uma montanha deserta, no meio de uma tempestade de neve, sem carros, telefones nem abrigo.

    Com dificuldade, Hawk tirou o casaco, estendeu-o na neve ao seu lado e deitou-a sobre ele, sabendo o que tinha que fazer naquele momento. — Voltarei para buscá-la assim que puder, querida.

    3

    Ficar de pé foi como desdobrar uma barra de metal. Hawk gemeu ao forçar os joelhos a aguentar o peso do corpo, percebendo que devia ter se machucado no acidente. No mesmo instante, ele afastou esse pensamento.

    Estava terrivelmente frio e o vento arranhava sua pele como uma lixa congelada. Ele tinha cerca de vinte minutos para encontrar ou preparar um abrigo e colocar a mulher dentro dele. Ele começou a correr colina acima, mancando de uma das pernas.

    A mente dele tentou se concentrar em uma lembrança, o mapa da montanha Warsaw que ele estudara tantas vezes antes. Mas estava a quase dezoito quilômetros do destino e não prestara atenção especial às poucas casas espalhadas ao longo daquela montanha remota. Ele só sabia que elas existiam e, naquele momento, rezou para que não pertencessem a nenhum dos homens de Steele.

    Percorrendo a linha das árvores, ele procurou indícios que poderiam indicar uma entrada para carros. A estrada se curvava para a direita em um arco largo

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