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Antes de Carnal
Antes de Carnal
Antes de Carnal
E-book39 páginas45 minutos

Antes de Carnal

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Sobre este e-book

Da autora dos mais vendidos da USA Today, Sky Corgan, chega a empolgante prequela da série Flesh, contada do ponto de vista de Lucian Reddick.


Lucian Reddick acaba de perder sua família em um acidente trágico. A dor que ele sente é quase grande demais para aguentar, e ele só conhece uma forma de amainá-la. Mas sexo rapidamente não se torna o bastante. Ele precisa de algo mais. Algo mais sombrio.

IdiomaPortuguês
EditoraSky Corgan
Data de lançamento19 de mai. de 2022
ISBN9798201341282
Antes de Carnal

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    Antes de Carnal - Sky Corgan

    CAPÍTULO UM

    ––––––––

    Dor.

    Foi tudo que eu senti por muito tempo. Não dá para fazer parar. Tudo o que se consegue é mascarar - fugir disso até sua mente e seu corpo aprenderem a lidar.

    Essa tem sido a minha vida desde a morte dela. Desde a morte deles. Minha amada esposa e meu filho maravilhoso. Eu mereço isso. Mereço a dor. Só tem uma coisa que a entorpece, e não é esta.

    Eu me agarro às bordas rústicas da cruz de Santo André na qual a Senhora Grace me prendeu. A corda nos meus pulsos está presa a cada anel de metal no X. Meu pau e minhas bolas descansam precariamente no centro de metal que segura a cruz. É uma construção esquisita para uma cruz de Santo André, com a parte menor do X mais para baixo, ao invés de ser nivelada em ambos os lados. Não sei precisar se é um erro do projeto ou se essa cruz em particular foi construída propositalmente assim para que os genitais de um homem fiquem facilmente acessíveis independente de para onde ele está virado.

    Me inclino um pouco para frente, testando a viga de metal que segura a cruz no lugar. Ela não está presa ao chão, portanto, se eu colocar muito peso, sei que vai se mover. Isso irritaria a Senhora. Não que eu me importe. Agradá-la não é o meu objetivo, por mais que ela insista que deveria ser.

    Isso nunca foi o que eu desejei. Me induziram a isso, me convenceram de que eu precisava deixar o controle de lado. Deixar de ser controlador foi o que matou a minha família. Eu deveria ter negado quando Leigh insistiu que o Isaac tinha que ir para uma escola Católica. Ou talvez eu devesse ter concordado com ela... Eu já nem sei mais. Era uma coisa idiota de se discutir a respeito. Tão idiota a ponto de deixar ela puta o bastante para pegar o Isaac e ir embora. Mais idiota ainda que eles tenham morrido por isso.

    Eu sou uma pessoa horrível. Um inútil, um ser humano miserável.  Eu mereço a dor pungente do chicote batendo repetidamente nas minhas costas. Mas de alguma forma, eu sequer sinto. Meu corpo absorve cada pancada, dispersa a dor, afoga, até que se torne nada. Eu não me esquivo, não contraio os músculos, não sinto. Não de verdade.

    O que eu estou fazendo aqui? Por que continuo voltando?

    Fazemos isso há apenas duas semanas, mas foi tempo o bastante para que eu soubesse que não é o que eu preciso. Essa dor que ela me proporciona — essa dor que deveria fazer meus pensamentos negativos desaparecerem — não faz nada além de piorar tudo. Faz com que eu queira arrancar o chicote da mão dela, amarrá-la na cruz e fazê-la provar do próprio veneno. Esse pensamento me faz sorrir. A ideia de vê-la sofrer. De ver o sofrimento em todos.

    Eu tenho usado sexo

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