7 Histórias Assustadoras De Terror No Cemitério

De Batuta Ribeiro

Mergulhe no arrepiante mundo sombrio e sinistro dos mortos. Cada página é repleta de contos macabros e enredos aterrorizantes, todos tendo como pano de fundo o cemitério, onde as sombras dançam ao sussurro do vento noturno e os túmulos guardam segredos sombrios.
Desde aparições fantasmagóricas até criaturas que se alimentam da energia dos vivos, cada conto promete prender a atenção e fazer o coração bater mais rápido.

Prepare-se para uma jornada de horror e suspense, onde a morte não é o fim, mas apenas o começo de um terror indescritível.

• Idioma: Português
• Editora: 101 Seleções
• Data de lançamento: 7 de jun. de 2024

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História 1

— Por favor, João, desenterre o caixão, ela está viva – disse Ricardo.

O coveiro coçou a cabeça, olhou de um lado para o outro, e pensou que aquele pobre velho estava caducando.

— Já disse, Ricardo, não tem jeito de sua mulher estar viva. Ela foi enterrada há três dias.

— Mas, João...

— O que faz o senhor pensar que ela está viva? Por acaso o senhor não esteve no velório? O médico não deu o atestado de óbito?

— Se eu contar, você me achará louco.

— O que aconteceu?

— Desde que Rosana foi enterrada, eu vejo ela de noite. Eu acordo de madrugada e a vejo através da janela. Ela fica com os braços estendidos e seus dedos arranham o vidro da janela. Sua boca se abre e ela diz, me tire daqui. Ela está tentando me avisar que ainda está viva.

— Você foi casado com Rosana por mais de trinta anos. Compreendo os seus pesadelos, Ricardo. Escute um conselho. Aceita que dói menos.

Dizendo isso, o coveiro deu as costas e seguiu para dentro do cemitério.

QUANDO FOI DE MADRUGADA, Ricardo jogou a pá pelo muro do cemitério e depois pulou. Com a lanterna ligada, ele iluminou o caminho até chegar à sepultura da esposa. Começou a cavar e não parou até descobrir o caixão. Tirou a tampa.

— Meu Deus! – exclamou, derramando lágrimas.

As mãos de Rosana estavam esfoladas e as unhas quebradas. A tampa do caixão estava cheia de arranhões. Mas, o que mais assustou Ricardo foi a boca escancarada de sua esposa, uma boca tão aberta como se ainda estivesse gritando.

História 2

Geraldo trabalhava como coveiro há 40 anos. Mesmo após se aposentar, ele não parou com a sua profissão. Apesar de 66 anos, ainda cavava e cuidava do cemitério como se fosse um jovem de 20 anos. Nesses anos todos como coveiro, ele já havia visto de tudo o que se pode ver dentro de um cemitério.

Na manhã daquela segunda-feira, ele chegou bem cedo para trabalhar. O vigia noturno do cemitério, um rapaz chamado Bruno, esperava-o.

― O senhor precisa fazer o seu trabalho com mais cuidado – disse Bruno.

Geraldo cuspiu no chão.

― Quem você pensa que é para me dizer como fazer