Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Vende-se uma casa mal assombrada
Vende-se uma casa mal assombrada
Vende-se uma casa mal assombrada
E-book60 páginas40 minutos

Vende-se uma casa mal assombrada

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Como vender uma casa mal assombrada? Esse é o grande desafio do desempregado Ivan – para conseguir ficar com a vaga de corretor em uma imobiliária, ele terá de vender uma casa que é assombrada por um terrível fantasma.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de nov. de 2022
ISBN9781526015020
Vende-se uma casa mal assombrada

Leia mais títulos de Batuta Ribeiro

Relacionado a Vende-se uma casa mal assombrada

Ebooks relacionados

Filmes de suspense para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Vende-se uma casa mal assombrada

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Vende-se uma casa mal assombrada - Batuta Ribeiro

    Parte 1

    Os três amigos davam uma volta de bicicleta pelo bairro Primavera.

    Era um domingo de junho e fazia frio naquela manhã.

    Eles pedalaram até o fim da Rua das Acácias e foi Tino quem parou a bicicleta em frente da casa de número 757. Juca e Paulinho pararam atrás dele e ficaram olhando para a casa de dois andares.

    — Dá medo só de olhar – disse Tino.

    — O que ela tem demais? – perguntou Paulinho.

    — Nunca soube da história da casa do velho enforcado? – perguntou Juca.

    — Vocês sabem que eu acabei de chegar à cidade, nunca vi essa casa e nem sei de sua história.

    — Essa é a casa mais mal assombrada da cidade – disse Tino.

    — Casa mal assombrada?

    — Todo mundo que mora nesta casa, se enforca – disse Juca.

    — Elas sempre se enforcam no mesmo quarto, lá no quarto daquela janela – disse Tino e apontou para a grande janela de vidro que ficava no segundo andar.

    — Vocês têm onze anos e ainda acreditam nessas coisas? – perguntou Paulinho.

    — Você não acredita?

    — Essa coisa de casa mal assombrada é para botar medo em criançinhas.

    Paulinho desceu da bicicleta e deixou-a cair na calçada. Passou pelo pequeno portãozinho da frente e entrou no gramado recém aparado e passou pela placa de vende-se que estava ali fincada.

    — O que vai fazer, Paulinho? – perguntou Tino.

    Paulinho deu de ombros e subiu os cinco degraus e entrou no alpendre. Virou-se para os dois amigos plantados na calçada.

    — É só uma casa velha!

    Neste instante, a porta atrás de Paulinho abriu-se com um rangido enferrujado.

    — Vamos embora, Paulinho! – pediu Juca.

    Mas Paulinho virou-se e ao ver a porta aberta, respondeu:

    — Eu vou provar que não existe casa mal assombrada.

    Entrou pela porta aberta e sumiu na escuridão.

    Os dois amigos ficaram parados na calçada em cima de suas bicicletas.

    Nenhum deles disse uma palavra.

    Tino olhou para cima e viu um vulto surgir atrás da janela de vidro.

    Ele deu um cutucão com o cotovelo no braço de Juca.

    — O que foi?

    Tino apontou para a janela. No momento em que Juca olhou para cima, o vulto transformou-se no rosto magro e seco de um velho.

    — Vamos dar um fora!

    Os dois saíram pedalando e nem olharam para trás.

    Lá dentro da casa, Paulinho terminava de subir a escada e já estava no segundo andar.

    — Aqueles bocós...

    Caminhou pelo corredor.

    — Casa mal assombrada?! Aposto que eles ainda devem fazer xixi na cama... Amanhã vou zoá-los na escola.

    Paulinho viu uma porta aberta e notou que era o quarto em que eles disseram que as pessoas se enforcavam.

    Entrou no quarto e caminhou até a janela pois queria acenar para os amigos medrosos e mostrar que ele era corajoso e que não tinha medo de nada.

    Chegou perto da janela e olhou para a rua, mas não viu seus amigos, apenas viu a sua bicicleta caída na calçada.

    — Pra onde eles foram?

    — Não sei, eles saíram correndo depois que eu acenei.

    Paulinho olhou para o lado e viu um velho pendurado pelo pescoço em uma corda. Seu corpo girava lentamente e seus olhos brancos miravam no rosto de Paulinho. O velho sorriu com sua dentadura com dentes tortos e amarelados.

    — Já brincou

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1