Histórias Arrepiantes para contar no Halloween
De Vários Autores e Obook
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Sobre este e-book
31 de outubro – Noite de Halloween
As casas estão decoradas e as festas a fantasia ocorrem por toda parte. Lanternas de abóboras decoram os jardins e crianças correm pela vizinhança pedindo “doces ou travessuras”. O Dia das Bruxas é uma data de celebração e também de superstição. Mas, nessa noite nem tudo é comemoração ou tradição…
Monstros desfilam despercebidos entre as pessoas fantasiadas, corpos verdadeiros jazem nas calçadas junto com bonecos assustadores e acontecimentos arrepiantes e inexplicáveis o esperam em cada esquina.
Descubra o perigo que o espreita nessa noite macabra, com a antologia Histórias Arrepiantes para Ler No Halloween.
Contos perturbadores o aguardam nas próximas páginas, onde o terror assume formas inimagináveis. Prepare-se para uma sessão de sustos e calafrios, que vão gelar os seus ossos.
Trick or treat, faça a sua escolha!
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Histórias Arrepiantes para contar no Halloween - Vários Autores
Em memória
Adriano Siqueira
Neculai, o órfão vampiro
Nosso amigo Adriano Siqueira nos deixou, de forma inesperada, em 02.11.2022; dia de Finados.
Escritor, desenhista, colecionador e produtor de conteúdo sobre horror e vampiros. No ano 2000 foi idealizador do primeiro grupo de escritores de vampiros (Tinta Rubra). Foi fundador do Fanzine Adorável Noite que se trata de contos de terror e vampiros (2001).
Sempre cheio de ideias e pronto para ajudar, inspirador e visionário, era um excelente contista e ativista cultural. Escreveu centenas de histórias, sendo sua grande maioria de temática vampiresca, sua paixão.
O vampiro Neculai, agora órfão, é o seu personagem mais conhecido e protagonizou várias aventuras junto de outros personagens, como a heroína China Girl.
Dedicamos a ele, caro leitor, a antologia que você tem mãos; nosso último trabalho junto.
Adriano, suas histórias continuarão encontrando e encantando leitores e você continuará brilhando aí de cima.
E nós que aqui ficamos, esperamos nos reencontrar no próximo capítulo, do livro da vida.
Rangel Elesbão
Organizador
Sumário
Ficha do Livro
Em memória
Neculai, o órfão vampiro
O Sangue da bruxa – Adriano Siqueira
A casa da rua sem saída – Amanda Kraft
Marcha dos mortos – André L. Melo
Péssimos hábitos – Jack Forest
Tortas ou travessuras? – Geovane Gomes
Allhallowtide – Gisele Biacchi
O jantar de Halloween – Gisele Wommer
Lixo reciclado – Maicol Cristian
Laços mortais – Maria Ferreira Dutra
As travessuras da tia Ada – Rangel Elesbão
Halloween do terror – Rangel Elesbão
Tia Ada vai ao parque – Rangel Elesbão
A armadilha do Halloween – Roberto Schima
Herança Maldita – Sérgio Pires
Dica de leitura
O sangue da bruxa
Adriano Siqueira
o
A escola João Clides que fica no centro de Taonita na Região norte de Recife - Pe, estava fazendo os preparativos para o Dia das Bruxas e todos os alunos colaboravam trazendo doces e material para produzir a festa.
A Geralda e o Tómas eram os organizadores da festa e eles tinham que trazer novidades.
Foram nas lojas do centro e depois de deixaram o carro no estacionamento, sairam em direção as lojas.
No caminho eles encontraram um camelô que estava vendendo um frasco que ele dizia ser sangue de bruxa e que curava todos os males.
Tomás comprou um vidro e depois compraram muitas coisas para a festas que aconteceria hoje de noite.
Com todas as sacolas adquiridas eles foram para a escola. A festa aconteceria às seis horas da tarde. Muitos estavam pendurando os enfeites e trazendo os bolos e balas para a festa.
Tomás ajudou a descarregar as sacolas e a Geralda foi pendurar os enfeites que ela trouxe.
Uma garota de 15 anos chamada Bete, viu o frasco que o Tomás comprou. Ela ficou analisando e perguntou para que servia e ele disse que era tinta para escrever.
Ela pediu emprestado e ele deixou com ela.
Bete foi ate a sua classe e abriu o frasco e colocou umas gotas na página do seu caderno, as gostas se juntaram e em seguida esparramaram no rosto dela. seu corpo começou a queimar ela estava presa em uma grande fogueira e gritava: — Eu vou voltar!
Depois que ela deu um grito ela desmaiou e acordou com um corpo diferente. mais adulto e com cicatrizes.
Ela sorriu. pegou o frasco que estava na mesa e bebeu.
Neste momento um rapaz entrou e perguntou quem era ela e a mulher se aproximou, abraçou e o beiijou.
O rapaz teve uma metamorfose. A bruxa o transformou em um gárgula e ela mandou ele trazer os homens para aquela sala. Queria queimar e transformar em monstros para servi-la.
O Gárgula foi em busca dos mortáis masculinos.
A festa começou e os alunos sentiram falta de algumas pessoas. De repente mais de 10 gárgulas invadiram o local e começaram a destruir tudo. O pânico fez com que todos saíssem da festa. Os gárgulas prenderam alguns homens na fogueira e pegaram fogo. A bruxa apareceu. Ela dizia que o seu nome era Tenebria e que o mundo iria pagar pelo seu sofrimento no passado.
Tenébria gesticulava com as mãos e criava bolas de fogo que eram jogadas na multidão. Porém uma parede de energia foi levantada e as bolas de fogo não atingiram a multidão.
O homem de chapéu dos anos 40 e sobretudo. usava os poderes mágicos para aprisionar os gárgulas. Ele abriu um portal no chão e enviou todos os monstros para Dentro.
Tenébria Gritou . — Caçador Karmag! Cada gota que tirar de mim será um humano a sofrer sem fim!
Karmag sabia que o seu clã avisaria quando Tenébria resurgisse na Terra e por isso ele se preparou muito para essa batalha.
Ele desenhou um símbolo no chão e surgiu uma corrente com uma estrela de prata na ponta.
Tenébria tentou atingir a corrente mas ela se desviava até que amarrou a bruxa.
A estrela com a corrente foi ate o portal e carregou a bruxa.
Ela segurou o portal tentando escapar mas a estrela de prata arrancou um dos olhos da bruxa e gritando de dor ela foi levada para a sua prisão.
Karmag pegou o olho que estava no chão e guardou em uma caixa.
Era o fim da sua missão.
A casa da rua sem saída
Amanda Kraft
o
A casa ficava ao final da rua sem saída. Possuía dois andares pintados com um cinza claro, trazendo molduras brancas nas janelas largas de vidro transparente. As da sala, no pavimento inferior, mostravam-se cobertas por cortinas de renda, porém as dos quartos, no andar superior, encontravam-se nuas. Dava para ver parte do velho armário de mogno e a porta de mesma cor quando a encarava da minha própria janela.
Era um sobrado imponente. Impossível não admirá-lo logo que se chegava ao alto da rua, já que imperava no final do declive. Talvez por isso estivesse difícil vendê-la. Creio que o novo proprietário não gostaria de ver cada carro, que por ali passava, estacionar em suas casas ou mesmo a molecada fazendo bagunça nas noites de verão até quase dez horas. Nossas mães se esgoelavam para nos arrancar das brincadeiras e fazer com que fossemos dormir.
Isso nunca foi um problema para dona Emily, a antiga proprietária. Mudara-se com o marido, seu John, há alguns anos vindos dos Estados Unidos. Dizia ter escolhido a casa, pois adorava o jardim aberto, repleto de cores. Era uma das casas mais bonitas do quarteirão. Todos nós da vizinhança gostávamos muito deles, principalmente de dona Emily que sempre nos recebia com um sorriso no rosto. Amável e sempre disposta a nos dar uma palavra de carinho quando se encontrava no jardim com suas flores e ferramentas. Nem mesmo a morte de seu marido a fez mudar. É claro que seu olhar já não era mais tão brilhante. A dor do luto era visível em seu rosto marcado, porém o sorriso sempre estava lá para quem precisasse.
Foi com muito pesar que soubemos de sua morte, um ano e meio após a do marido. Um choque para a molecada da rua. Dona Emily foi responsável por modificar a vida do nosso quarteirão pelo tempo em que ali viveu. Ensinou-nos a alegria de festejar o Natal com suas vilas natalinas cheias de luzes, trens que a circundavam, além de carrosséis, roda-gigante e tantos outros acessórios que enchiam nossos olhos.
Porém, o que mais gostávamos era a noite do Halloween. Era mais que divertido ver o quarteirão todo reunido, fantasiado, servindo doces e chocolates para mim e meus amigos. Por mais que tentássemos enfeitar nossos portões, árvores e fachadas, a casa de dona Emily era sempre a melhor. Ela trouxera enfeites horripilantes do seu país. Coisas que aqui ainda nem sonhávamos em ter. Caveiras de plásticos, aranhas gigantes, lápides que ela colocava em meio às flores do jardim, lanternas de abóboras e doces. Muitos doces.
Um dia ela estava lá, em seu jardim, sorrindo com boca e olhos, e no outro, a casa vazia. Os médicos disseram que foi o coração. Parou, cansado, talvez infeliz por trás de seus luzidios olhos. A verdade é que ninguém sabia ao certo o que lhe ia à alma. Cada um com seus afazeres, responsabilidades, aceitando de bom grado o que ela nos dava, sem na