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ESG: A Tríade Estratégica do Modelo de Negócio Rumo à Sustentabilidade e Longevidade Empresarial
ESG: A Tríade Estratégica do Modelo de Negócio Rumo à Sustentabilidade e Longevidade Empresarial
ESG: A Tríade Estratégica do Modelo de Negócio Rumo à Sustentabilidade e Longevidade Empresarial
E-book247 páginas2 horas

ESG: A Tríade Estratégica do Modelo de Negócio Rumo à Sustentabilidade e Longevidade Empresarial

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Sobre este e-book

Nesta obra extremamente atual, a autora investiga se a adoção do ESG – Enviromental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança) – pode realmente melhorar o valor de reputação, o valor de mercado e o valor financeiro das empresas, tanto de forma holística quanto por cada eixo separadamente. A abordagem abrangente e metodologicamente robusta vai além das teorias, explorando formas efetivas de implementação do ESG, ao identificar tanto os riscos quanto os benefícios envolvidos. Além disso, ela oferece uma visão detalhada dos riscos jurídicos, tendências regulatórias e a padronização de frameworks no Brasil e no mundo.
A obra aborda uma questão fundamental: o potencial conflito entre crescimento econômico e sustentabilidade. Esta análise é de suma importância para desmistificar a falsa dicotomia entre lucro e responsabilidade empresarial, demonstrando que é possível e necessário alinhar objetivos econômicos com práticas sustentáveis, por meio da geração de valor compartilhado.
Os insights valiosos da autora demonstram claramente que a adoção das práticas ESG não é apenas uma tendência, mas uma necessidade vital para a sobrevivência e prosperidade das organizações no século XXI.
IdiomaPortuguês
EditoraEditora Dialética
Data de lançamento24 de set. de 2024
ISBN9786527031857
ESG: A Tríade Estratégica do Modelo de Negócio Rumo à Sustentabilidade e Longevidade Empresarial

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    ESG - ROBERTA CARVALHO CARLINI

    ESG : A Tríade Estratégica do Modelo de Negócio Rumo à Sustentabilidade e Longevidade EmpresarialESG : A Tríade Estratégica do Modelo de Negócio Rumo à Sustentabilidade e Longevidade EmpresarialESG : A Tríade Estratégica do Modelo de Negócio Rumo à Sustentabilidade e Longevidade EmpresarialESG : A Tríade Estratégica do Modelo de Negócio Rumo à Sustentabilidade e Longevidade EmpresarialESG : A Tríade Estratégica do Modelo de Negócio Rumo à Sustentabilidade e Longevidade Empresarial

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço, primeiramente, à minha família, que sempre esteve ao meu lado, apoiando o meu propósito pessoal de contribuir para um planeta sustentável, justo e equilibrado, e que foi a inspiração desta obra.

    À minha filha, pessoa que mais me motivou a ser o melhor de mim e a buscar um mundo melhor para se viver, dividindo o pouco tempo livre que temos juntas para a elaboração deste trabalho, inclusive durante os períodos em que esteve internada no hospital devido a pneumonias de repetição.

    Ao meu marido, por todo o suporte e palavras de acalento, e por ter assumido não apenas suas próprias obrigações domésticas e parentais, mas também as minhas, ao longo desta longa jornada, pois sempre dividimos tudo com equidade.

    À minha mãe, minha maior educadora e exemplo de integridade e dedicação aos estudos.

    Ao meu pai e minha irmã, pelo apoio e palavras de incentivo.

    À minha orientadora, por ter acreditado na pesquisa que originou esta obra, pela competente orientação e acolhimento ao longo do trabalho.

    Aos demais professores do mestrado na Milton Campos, aos colegas de mestrado e à Cássia, pelas preciosas contribuições que serviram de inspiração

    À CAPES e ao CNPq pelo apoio financeiro e incentivo à pesquisa.

    À MedQuímica Lupin, pela oportunidade de estudar o ESG na prática, e pelos tantos aprendizados em Life Science.

    Aos colegas da Comissão de Compliance da OAB/MG, pelos brainstormings.

    A todos os amigos e colegas que fizeram parte desta etapa árdua, inquietante e deliciosa ao mesmo tempo.

    Missão cumprida!

    Seja a mudança que você quer ver no mundo.

    Mahatma Gandhi

    LISTA DE SIGLAS

    PREFÁCIO

    Vivemos em uma era em que avanços tecnológicos, como a possibilidade de viagens turísticas à Lua, coexistem com profundas incongruências, como a fome que aflige mais de 780 milhões de pessoas no mundo. Essa fome persiste não por uma crise de produção, mas por uma falha crítica na distribuição de alimentos, resultando no desperdício diário de cerca de um bilhão de refeições (ONU, 2023). O contraste entre abundância e escassez ocorre à custa da exploração desenfreada dos recursos naturais, que estão cada vez mais ameaçados em sua capacidade regenerativa, agravando a desigualdade social e a falta de coesão.

    Fatos como estes, aliados a recentes crises globais – desde pandemias e guerras até eventos climáticos extremos – evidenciam a insustentabilidade do nosso modelo de existência e a necessidade urgente de uma transformação profunda em nosso modo de viver, pensar e agir. Nossa interação com o planeta e com as pessoas precisa ser reformulada, pois o risco que enfrentamos não é apenas financeiro, mas existencial.

    Repensar nosso modo de existir implica reconhecer que o antigo modelo de capitalismo, focado exclusivamente na maximização dos lucros para os acionistas (capitalismo de shareholder), está ultrapassado. É essencial que nossos negócios impactem positivamente o planeta e as pessoas, pois assim, e somente assim, a obtenção de lucros é e será legítima (capitalismo de stakeholder).

    Nesse contexto, as práticas ESG emergem como ferramentas essenciais para reconfigurar o capitalismo (e a nossa existência) no caminho da sustentabilidade. A transformação necessária exige a construção de instituições robustas e a promoção de uma cultura de ética e integridade.

    Segundo a autora, a adoção da abordagem ESG efetiva não se restringe à mudança de práticas de negócios, mas a uma transformação cultural profunda. E por compartilhar dessa visão sobre o mundo e o significado do ESG (aqui utilizado de forma intercambiável com a palavra sustentabilidade), aceitei com grande satisfação e entusiasmo o convite de Roberta Carvalho Carlini para prefaciar esta obra, ESG: A Tríade Estratégica do Modelo de Negócio Rumo à Sustentabilidade e Longevidade Empresarial.

    Nesta obra extremamente atual, a autora investiga se a adoção de ESG pode realmente melhorar o valor de reputação, o valor de mercado e o valor financeiro das empresas, tanto de forma holística quanto por cada eixo separadamente. A abordagem abrangente e metodologicamente robusta vai além das teorias, explorando formas efetivas de implementação do ESG, ao identificar tanto os riscos quanto os benefícios envolvidos. Além disso, ela oferece uma visão detalhada dos riscos jurídicos, tendências regulatórias e a padronização de frameworks no Brasil e no mundo.

    Roberta também aborda uma questão fundamental: o potencial conflito entre crescimento econômico e sustentabilidade. Esta análise é de suma importância para desmistificar a falsa dicotomia entre lucro e responsabilidade empresarial, demonstrando que é possível e necessário alinhar objetivos econômicos com práticas sustentáveis, por meio da geração de valor compartilhado.

    Os insights valiosos da autora demonstram claramente que a adoção das práticas ESG não é apenas uma tendência, mas uma necessidade vital para a sobrevivência e prosperidade das organizações no século XXI. A visão de Roberta é especialmente significativa, pois ela possui uma compreensão profunda das dinâmicas corporativas e dos desafios contemporâneos, algo que tenho observado ser essencial para a implementação eficaz das práticas ESG. Além disso, sua carreira, marcada pela ética, integridade e compromisso com a transformação e o desenvolvimento humano nas organizações, exemplifica a liderança necessária para promover a sustentabilidade.

    Parabenizo Roberta Carvalho Carlini por esta contribuição significativa e extremamente atual para a literatura de ESG. Tenho a plena convicção de que este livro será uma referência para profissionais, acadêmicos, tomadores de decisão e para todos aqueles que buscam compreender e implementar estratégias de ESG de maneira eficaz e sustentável.

    Boa leitura!

    Yoon Jung Kim

    Conselheira, consultora, escritora e palestrante. Membro independente do Comitê de Integridade da Petrobrás. Membro do Comitê de Auditoria, Riscos e Integridade do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Cofundadora da plataforma Mundo ESG. Foi Diretora de Integridade do Grupo Aegea Saneamentos e Diretora Jurídica da concessionária Águas do Rio. Foi ainda Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo por 16 anos. Bacharel em Direito pela PUC-SP, tem pós-MBA em Governança Corporativa pela Saint Paul Escola de Negócios, especializações em Sustentabilidade e Economia Circular pela EADA Barcelona (Espanha) e especialização no US and International Anti-Corruption Law Program, pela American University – Washington College of Law (EUA).

    SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO

    2 HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DO ESG

    2.1 HISTORICO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA – ELO ENTRE OS EIXOS DO ESG

    2.1.1 O surgimento do Compliance e a importância de um programa de integridade

    3 ESG

    3.1 CONCEITO

    3.2 BENEFÍCIOS E RISCOS DE ESG E INTEGRAÇÃO NA PRÁTICA À ORGANIZAÇÃO

    3.2.1 Implementação Do ESG

    3.2.1.1 Estratégia, políticas e gestão de processo para ESG

    3.2.1.2 Integração entre gestão de processos e relacionamentos com partes interessadas e engajamento

    3.2.1.3 Gestão de recursos para abordagem ESG

    3.2.1.4 Mudança da cultura organizacional

    3.2.1.5 Capitalismo de Stakeholders e teoria do valor compartilhado no processo

    3.2.1.6 Engajamento da cadeia de valor e cadeia de suprimentos

    3.2.2 Relatórios de sustentabilidade e materialidade

    4 O ESG E A AGENDA 2030

    4.1 AMBIÇÃO 2030

    4.2 É POSSÍVEL O NET ZERO?

    5 ESG WASHING

    5.1 PROBLEMAS CAUSADOS PELO ESG WASHING

    5.2 RESPONSABILIDADE CIVIL PELAS INFORMAÇÕES ENGANOSAS

    5.2.1 Responsabilidade civil por ato ilícito no Brasil

    5.5.2 Responsabilidade Civil por ESG washing no mundo

    6 A RELAÇÃO ENTRE ESG E O VALOR DA ORGANIZAÇÃO

    6.1 O PILAR AMBIENTAL E VALOR

    6.2 O PILAR SOCIAL E VALOR

    6.3 O PILAR GOVERNANÇA E VALOR

    6.4 O MITO DO CONFLITO ENTRE CRESCIMENTO E SUSTENTABILIDADE

    7 A ÉTICA ORGANIZACIONAL E O IMPERATIVO CATEGÓRICO

    7.1 SE NÃO FOR SUSTENTÁVEL NÃO É INVESTIMENTO

    8 CONCLUSÃO

    REFERÊNCIAS

    1 INTRODUÇÃO

    Ao longo da história os seres humanos têm desempenhado um papel fundamental nas transformações ambientais, utilizando-se do discurso da busca pelo desenvolvimento, o que vem desencadeando mudanças climáticas, redução da biodiversidade e de recursos ambientais, alteração da biocenose e do ecossistema global, e gerando impactos econômicos e sociais significativos.

    A aceleração industrial, a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento desenfreado e aumento das emissões de gases de efeito estufa são algumas atividades humanas que contribuíram para as mudanças nos ecossistemas. Espécies sofrem deslocamentos, escassez de alimentos, perda de meios de subsistência, extinção em massa e, por conseguinte, desequilíbrios em cadeia.

    O desequilíbrio dos ecossistemas atinge não só a biodiversidade, mas também a saúde e a vida humana, posto que afetam recursos naturais fundamentais para as pessoas, como os alimentos, a água e o ar.

    As mudanças trazem amplos efeitos econômicos, atingindo setores como agricultura, pesca, turismo e indústrias ligadas a recursos naturais, acarretando perdas financeiras importantes e inseguranças para várias comunidades em todo o globo, especialmente as mais vulneráveis. As consequências sociais são igualmente intensas, principalmente em áreas costeiras, regiões áridas ou florestais, acarretando deslocamentos, escassez de alimentos e conflitos por recursos.

    Diante disso, medidas globais precisam ser tomadas com urgência para sustentabilidade do planeta em sentido amplo e, nesse contexto, o enfoque no ESG - Enviromental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança) - que emerge como um indicador padrão que incorpora os elementos ambientais, sociais e de governança.

    A aplicação dos princípios ESG desempenha um papel crucial na diminuição da influência humana nos ecossistemas. Empresas que seguem essa abordagem buscam reduzir seu impacto ambiental, promover a diversidade e inclusão, garantir boas práticas de governança corporativa e desenvolver estratégias que considerem o bem-estar da sociedade e do meio ambiente, como por exemplo práticas que vão desde a gestão de resíduos até a transição para fontes de energia renovável. Essas iniciativas não apenas reduzem o impacto prejudicial no ambiente, mas também podem gerar efeitos positivos na sociedade, fomentando empregos sustentáveis, melhorando a saúde pública e fortalecendo a resiliência comunitária.

    A intervenção humana nos ecossistemas causou consideráveis impactos ambientais, influenciando diretamente a sociedade. No entanto, adotar práticas alinhadas com os princípios ESG oferece uma chance real para empresas e organizações atenuarem esses efeitos adversos, contribuindo para a preservação do meio ambiente e o bem-estar social.

    Nesse sentido, a integração da sustentabilidade em todas as esferas das operações empresariais é de suma importância para assegurar um futuro mais justo e ambientalmente saudável para todos. Contudo, partindo da premissa de que empresas visam lucro é preciso esclarecer se as práticas de ESG também geram valor para as organizações e se melhoram a performance

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