Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

As Pedras de Crou-Odhon
As Pedras de Crou-Odhon
As Pedras de Crou-Odhon
E-book198 páginas2 horas

As Pedras de Crou-Odhon

Nota: 5 de 5 estrelas

5/5

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

O futuro sempre reserva surpresas, mas não era com o Armagedom que Athe imaginara se defrontar!
Ao lançar-se no tempo a procura de seu pai, não encontra o cenário futurístico que supunha. Ao contrário, o holocausto, havia se instalado.
Sua vida cotidiana deixa de existir no exato momento que adentra o ano de 2221. Um turbilhão de eventos o coloca ao lado de Jasmine, como protagonistas de uma luta inglória contra forças que desconhecem. Forças gigantescas que transcendem a própria origem dos deuses.
Desde que o Sol perdeu sua alma, Jasmine tenta achar um meio de retirar seu pequeno grupo de sobrevivente deste planeta que está prestes a deixar de existir. Procura uma resposta lógica para os fatos que vem transformando a Terra e todo o sistema solar em um verdadeiro campo minado. Os dois jovens ao lado de um pequeno grupo de amigos iniciam uma maratona para desvendar o que vem provocando toda essa destruição.
A resposta certamente está no misterioso desaparecimento de Amon. Athe sabe que seu pai, não retornará a menos que tenha conseguido todas as respostas. Amon terá que vasculhar as eras. Seguindo pistas que o levam a mais de doze mil anos no passado, até a criação da humanidade. .
A busca de Amon só poderá ter sucesso se a intervenção desse pequeno grupo de jovens se concluir.
Mas como lutar contra decisões divinas? O que fazer quando se está em meio a ódios sobre-humanos entre deuses. Seres envoltos em magia e poderes descomunais...
Uma pergunta porem deve ser feita: e se a energia primordial que deu vida a esses seres titânicos estivesse agora retornando? E se começasse a interagir com os simples seres humanos?
Jasmine demonstra ter sido afetada de uma maneira bastante peculiar, e o que dizer de Salomé, uma criança com menos de dez anos que tomada de manifestações misteriosas vê-se obrigada a tomar decisões conflitantes?
São perguntas e desafios que os levam a enfrentar batalhas desiguais, conduzem a jornadas tortuosas, lugares inusitados e os colocam de repente em um cenário surpreendente. E que culminam num desfecho inimaginável! ...

IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de fev. de 2014
ISBN9781311454409
As Pedras de Crou-Odhon

Relacionado a As Pedras de Crou-Odhon

Ebooks relacionados

Fantasia para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de As Pedras de Crou-Odhon

Nota: 5 de 5 estrelas
5/5

1 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    As Pedras de Crou-Odhon - Roberto Ribeiro. Aragon

    As Pedras de Crou-Odhon

    R. R. Aragon

    TÍTULO ORIGINAL:

    As Pedras de Crou-Odhon

    1ª edição, 2013

    Copyright © 2013 R. R. Aragon

    Nº R.P. 751/14

    Todos os direitos reservados

    ISBN: 9781311454409

    CAPA:

    PROJETO GRÁFICO/

    Roberto R. A.

    Imagem da capa:

    Rosto / Natasha C. A. Kohlroser

    REVISÃO

    Katia L. Kohlroser

    Dedicação

    Que durante suas caminhadas nunca se deixem abater ou desistir, pois as pedras lá estarão, sempre, cobrando decisões, e que estas, mesmo tomadas por ideais, paixões ou teimosia, se tornem as belas joias que irão lapidar.

    Prólogo

    A era dos deuses

    E a resposta é sim, a magia, os deuses existem... Ou existiram.

    Quando o universo era jovem, mergulhado no caos que reinou após o grande evento que liberou todas as energias da matéria, houve a condensação dos primeiros corpos celestes. Sóis gigantescos se formavam nos grandes aglomerados de energia.

    Suas matérias transmutadas sendo lançadas de forma titânica ao nada circundante, colapsavam-se, experimentavam a existência, criando e se recriando.

    Porém uma energia, uma força não conhecida pelo homem reinava nesta época. Pairava absoluta, ainda não dissolvida pelo infinito em que tudo iria se tornar, a força Prana. Essa energia que se autoformou, se concebeu e se tornou possível, foi quem deu início a esse misterioso universo primevo.

    Foi dentro deste contexto que a vida também se deu, confirmando assim, que tudo que há, foi criado desde o início...

    Nestes primórdios, quando a vida surgiu, surgiu na forma de uma casta de oito seres titânicos. Verdadeiros deuses, surgidos espontaneamente da magia desses tempos, envoltos em poderes descomunais, mergulhados e impregnados por essa força latente e criadora que pairava absoluta neste pré-universo.

    Contam as lendas, que neste incomensurável passado, a barbárie era plena. Os deuses dominavam as peculiaridades e características dessa força, e as usavam de forma violenta no intuito de fazer prevalecer suas vontades. Viviam em eterno conflito.

    Por incontáveis eras, planetas e galáxias inteiras eram dominadas. Os seres que surgiam e deuses menores eram subjugados, criaturas terríveis eram concebidas para se lançarem a guerras em nome de seus criadores.

    O universo era então dimensionável, extremamente pequeno se comparado ao tamanho infinito e aos incontáveis bilhões de anos que o separam dos dias de hoje. E, pode-se dizer que as guerras, embasadas por essas forças primordiais, desfiguravam até mesmo as galáxias ainda em formação, tamanho o poder manipulado por esses detentores do caos.

    Na atualidade, os relatos de Ammon falam da existência de um planeta gigante desgarrado, onde sobre um obelisco em ruínas, uma espécie de mantra encontra-se gravado em pedra, e que após ser parcialmente decifrado entendeu-se que o colapso dessa era se deu ante um confronto final. O embate catastrófico de dois desses deuses, os últimos que haviam sobrevivido.

    A matéria misteriosa em que este universo estava mergulhado, foi de algum modo canalizada por um único desses titãs, Crou-Odhon, e usada de forma descomunal em um fatídico desfecho, no intuito de prevalecer sobre seu oponente Maha-Ono.

    A manipulação e eventual liberação desta energia primordial, em forma de golpe final, foi tão drástica, que devastou todo esse universo de uma forma inexorável.

    No entanto, assim como o desaparecimento por completo deste mítico pré-universo e de seres tão ferozes, o titânico evento deu início a expansão e o rearranjo das matérias, culminando com o surgimento de novas galáxias, tornando viável o universo tal qual o conhecemos hoje

    Com essa manipulação, a misteriosa energia Prana, a "força", foi condensada e se dividiu em pequenos núcleos que no decorrer das eras seguintes mergulhou para o interior das novas estrelas que se formavam, ali permanecendo desde então, sua magia restando agora, apenas como uma tênue bruma a envolver o novo universo em expansão, que passou a ser regido pelas leis da matéria e da física. A era dos deuses se fora para sempre

    Dizem que alguns seres com extrema capacidade ainda conseguem captar essa névoa. São os magos que vez ou outra permeiam a nossa história.

    Perseguido - 2221 D.C.

    Bop acelera seus passos. Sentiu que estava sendo seguido desde que atravessou a rua Treze, a larga avenida que dá acesso aos arredores do antigo centro comercial.

    Suas pernas curtas não o estavam ajudando muito. Este corpo pequeno com certeza é muito útil quando se quer passar despercebido, mas agora a situação é bem outra.

    - Será que os Luna voltaram? Esses imbecis! ... Mas não poderiam ser eles. Tinham ido para os lados do espaçoporto já fazia algum tempo, antes de metade daquele local ser arrebatado. Certamente foram sugados com toda aquela tralha! -fala baixinho, consigo mesmo. - Acho até que era isso mesmo que queriam.

    Havia aquela garota que as vezes tentava se aproximar. – pensa. – Mas não posso me dar ao luxo de me desviar do objetivo, sempre foi a melhor opção me manter afastado e esperar.

    Fazia já algum tempo que não a via, mas ela nunca se mostrava sorrateira, então quem o estava seguindo? Não poderia correr o risco de ser parado justamente agora. O momento da chegada de Athe está tão próxima!

    Assim que se acerca das ruínas do velho Shopping, começa a correr em direção a entrada. De onde está, consegue ver o saguão interno, apesar dos destroços espalhados em suas portas.

    Sente novamente um movimento de passos a alguns metros atrás de si.

    - Arre! Deixa achar um lugar pra parar que vou reformular essas pernas ridículas, aliás vou mudar é tudo!

    -- Se querem me pegar vão ter que brigar por isso! - grita em bom tom, não se importando em chamar a atenção.

    Com uma breve carreira, transpõe os escombros em seu caminho e sobe apressado as largas escadarias externas.

    Antes de atravessar o imenso portal do prédio, para por instantes, apoiando-se em uma grande coluna, cuja base havia sido destroçada em decorrência de um forte deslocamento de terra, esta, ainda se mantinha em pé, milagrosamente aparada pela queda de gigantescas vigas do monotrilho que antes passavam em frente e que tinham sido arremessadas de encontro à fachada.

    Protegido pela coluna tenta por instantes identificar seus perseguidores, mas não consegue visualizar nenhum movimento.

    A sua frente estende-se um largo pátio, outrora magnífico em sua arquitetura, feito com o especial propósito de atrair visitantes. Suas calçadas largas, intercaladas por luxuriante vegetação, eram palco de grande movimentação. Vozes, risos, algazarra de crianças, pessoas de diversos locais aqui vinham, para diversão, compras, negócios e outros tantos motivos de se socializarem. No entanto, hoje, nada disso existe mais. Percebe-se sentindo algo como melancolia.

    - Ainda vou descobrir como se processam esses sentimentos e desativá-los. – pensa. - Poxa, que sensação mais triste!

    De onde está, avista-se a lua descendo no horizonte distante. Depois de sua orbita ter sido deslocada pelos recentes eventos, mostra-se agigantada pela sua atual proximidade com a terra.

    Outrora emitia uma romântica e amena luminosidade. Agora aparece como um olho saltado, raiado de veios escuros e uma horrível luminescência avermelhada, que tomou lugar ao seu brilho prateado.

    Ao longe, no horizonte, clarões repentinos iluminam o céu, fulgurando por detrás do que antigamente eram prédios e arranha-céus imponentes. Não são relâmpagos, mas sim a exclamação da tragédia acontecendo em algum lugar ao longe.

    Sente de novo algo muito humano lhe acometer: um leve sentimento de angustia.

    Exclama um impropério e corre para dentro.

    Cratera

    A não muito tempo atrás, para quem vinha pela rodovia em direção ao litoral, ao passar pela ponte pequena que se encontrava nesta parte mais elevada da região, podia-se apreciar a vista do espaçoporto em toda a sua dimensão. Sua pista principal destacava- se pelo tamanho. Ali não só se lançavam e acoplavam os grandes cargueiros que provinham das colônias externas, como também serviam de ancoradouro aos cruzadores de maior porte. Suas dimensões eram realmente grandiosas! Todo o local foi projetado para ser o principal ponto de ligação com o exterior.

    Para além da grande pista ficava a base dos pequenos cruzadores com suas elegantes naves de cruzeiro. Os prédios que a ladeavam, apesar da atual condição, ainda emanam um ar de modernidade e tecnologia.

    Mas tudo agora está mudado. Um silêncio inquietante substitui seu antigo fervilhar. Suas instalações outrora magníficas, estão hoje semidestruídas, mergulhadas nesta luz fantasmagórica. A única luz possível que o sol consegue enviar.

    A magnitude do espaçoporto está dividida ao meio. Uma imensa cratera projeta-se ali, como que a confirmar que tudo mudou. Sua borda inicia-se próximo as torres de controle leste, decepando a imensa pista logo em seu início e estendendo-se até onde a vista alcança, em direção ao antigo litoral.

    Para quem vem agora pela rodovia, o melhor é parar antes da ponte pequena, já que esta também não existe mais. Estando em um dos contrafortes da imensa cratera que se estende até ali, pode-se sentir o ar quente vindo de seu interior, do coração do planeta. O sol já não tem mais esta capacidade. Seu escasso calor só é compensado por essas emanações do núcleo, do coração da terra. Um coração que pode parar em breve, muito em breve.

    Uma garota diferente

    Jasmine caminha lentamente, absorta, por entre destroços do que eram antes pequenos veículos particulares de voo. Desviando-se de modo automático de pequemos objetos a sua frente, observa a tela luminescente do aparelho em suas mãos. Monitora alterações dos sinais de vida nas redondezas, sempre a procura de uma possível chegada de mais sobreviventes.

    Percebe, de repente, em um quadrante na tela, dois sinais que a deixam preocupada, principalmente por terem um padrão conhecido. Alguma coisa está errada.

    Apressa o passo e adentra rapidamente, através de uma escotilha, um pequeno cruzador que está estacionado em meio a outros da mesma classe, próximos a torres de lançamento do espaçoporto.

    -Jasmine! Ainda bem que chegou! - diz Eric, com sua voz pequena. -Acabo de coletar dados de um antigo satélite que sobrevoa o continente ao norte...

    Porém, é interrompido, e a notícia minimizada em sua importância.

    -Eric! Eu já sei o que vai falar, mas é consenso que essa estratégia pode não funcionar, além de ser extremamente perigosa.

    O homenzinho se agita em sua pequena estatura. Seu rosto magro tende por instantes a uma reação em defesa de sua teoria. Aperta os olhos de modo indefinido, mas contém a animosidade. De nada adiantaria um confronto agora. Seu plano já está em andamento.

    Argumenta, com aparente calma.

    - Esta solução deveria ser levada em conta e mais discutida. Novamente uma enorme porção de terra inicia um levante, seria a nossa chance de partirmos

    - Você bem sabe Erik, que todos aceitaram a mudança de planos, pelo menos até termos algum comunicado da frota. Repito, se não encontrarem um planeta minimamente viável nas proximidades de Sirius, ainda assim podem mudar de direção, o mesmo não poderia se dizer de nós. – rebate ela.

    - Ora, isso não foi totalmente decidido. Nem todos deram ainda sua opinião. Já perdemos tempo demais, por falta de condições favoráveis! - suas bochechas começam a ficar rosadas enquanto fala.

    - Desta vez tem que dar certo, o levante tem as proporções adequadas para imprimir a velocidade de que iriamos necessitar! Ademais Jasmine, esta era a ideia inicial de todo o grupo, que você fez questão de mudar!

    Jasmine tinha completado seus vinte anos a apenas algumas semanas. Seu rosto emana juventude e não evidencia de modo contundente seu estado de espírito, mas seus olhos, de repente, parecem adquirir um tom escuro mais denso e sua voz soa fria, demonstrando claramente sua contrariedade.

    -Sim! E estão ainda aqui, porque acreditam em mim. Não vou leva-los ao suicídio se é o que você quer. - diz firmemente.

    Sob um olhar incontestável, Eric se encolhe de imediato. Sua pequena estatura lhe parece agora grande demais. Quisera poder encolher mais ainda e passar despercebido.

    -Além disso, nossa nave não tem potência para ir àquele continente, e muito menos para sair do planeta. – faz uma pausa fitando-o. - Mas eu acho que para isso você já está dando um jeito, não ?!

    -Eu não sei do que está falando. - diz inseguro.

    -Os gêmeos deveriam nesse momento estar fora da cidade a procura das células, que é o que nos dará a chance de reativar a Luna, e aí sim, sair do planeta, mas agora a pouco observei os sinais deles, através do Biometer, vindos do centro da cidade. Por acaso você sabe dizer o que foram fazer lá?

    -Porque saberia? Não tenho a menor ideia! - diz Eric se afastando, como que fugindo a ter que dar explicações, dando por terminado o assunto.

    Ao se ver sozinha, respira fundo. - Acho... espero que esteja tomando a decisão certa! - pensa insegura. Sabe que a pressão é grande. Todos no grupo anseiam em partir desse mundo estranho em que a Terra se tornou.

    - E agora mais essa! É possível que Erik tenha detectado a energia daquele ser, e a queira usar! - pensa preocupada. Tenho que deter aqueles dois malucos antes que ponham tudo a perder.

    Fecha os olhos por um momento e ao abri-los, estes já haviam mudado de cor, passando a emitir uma luz azulada. Seu corpo brilha momentaneamente e por

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1