Astralis - Os Filhos Do Passado
De A.J. Mitar
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Sobre este e-book
O império Astralis é projectado lá para a conquista de novos sectores da galáxia, mas um mistério incumbe desde o passado, e um império não pode tolerar pontos obscuros na própria história. A arqueóloga Akia K’Prock pesquisa, enquanto chega inesperadamente ma nova ameaça.
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Astralis - Os Filhos Do Passado - A.J. Mitar
A.J. Mitar
ASTRALIS – OS FILHOS DO PASSADO
Traduzido por: Aderito Francisco Huo
Os astralis projectaram-se diante de nós, colocando-se em semicírculo. As armaduras reluziram, enquanto os cristais transudavam dos seus corpos, envolvendo-nos sem deixar indícios.
Esta é uma barreira! Pensei.
Abaixem!
Gritou o Dr. K’Cur. E um mar de fogo surdo nos assaltou. Por instinto, aninhei-me no chão, pois nem um sopro quente atingiu o meu corpo nem um som roçou as minhas orelhas. A barreira vibrou e brotou de novo a luz. Tudo aquilo que se encontrava fora liquefazia-se diante da minha impotência: únicos achados, preciosos instrumentos diagnósticos e também o meu colaborador pessoal tinham o aspecto duma massa amorfa.
Um outro atentado contra o sítio, pensei.
De seguida, o calor dissipou-se e a acção passou aos astralis. A barreira voltou para onde viera, rapidamente, crepitando-se.
Os fardamentos ganharam vida e treparam sobre a pele deles, nos rostos, sufocando-os. E os braços transformaram-se num arsenal mortífero, desenrugados pelas suas próprias carnes. Com o toque de combate lançaram-se fugindo aos meus reflexos. Toda aquela potência não temia inimigos.
Mas era um ataque suicida e, dos terroristas, apenas poucos fragmentos de ADN escaparam às bombas:
Morreremos, antes que ceder ao domínio dos astralis.
Soube-se a partir das mensagens codificadas no ácido nucleico.
Nada novo, a história trasbordava de defensores da liberdade.
A cidade perdida de Aknuchia não era um daqueles sítios arqueológicos das vagas suposições, mas o mais importante do conhecido universo. Denominaram-no sítio Alpha.
Para muitos era o mal num monte de material datado e devíamos agradecer os astralis por terem descoberto a posição.
Os astralis são mais uma prova do maligno!
Tagarelavam com aqueles que não se rendiam à revolução das ideias.
Os conservadores estiriani não toleravam as blasfémias sobre as origens, bastante excêntricas para as suas mentes.
"Seres que insinuam a dúvida nos nossos corações, têm a presunção de poder rejeitar o Santo Nume."
As revindicações propagavam-se indulgentemente. Os objectivos eram nobres ou sagrados; e com isso se acantonava a intransigência do nosso código moral.
Provei a vergonha em nome do meu povo.
Seguiram outros atentados na louca tentativa de dispersar os traços do passado.
Alfa continuava a ceifar vitimas entre os cientistas deslocados. Um maior desdobramento de guerreiros não podia proteger o sítio das estratégias de destruição; por isso resolvi dar uma pausa com o trabalho, mas apenas durante alguns dias.
Porquê não aproveitar para abraçar de novo a minha mãe e aquele velho do meu pai?
Dirigi-me para a minha aldeia. O ambiente familiar sempre fizera bem ao meu espírito. Eu e o meu pai nos acomodamos na grande marquise para o rito do chá preto.
É aquilo de que preciso, pensei.
Enquanto as estrelas empalideciam sob o esforço de Ac’Him, minha mãe punha aquela matéria oleosa que exalava recordações da infância.
Hoje os nossos jovens são agressivos e militaristas, arrogantes como os astrais, ou por outra são traiçoeiros e servos prontos para aprender a hipocrisia,
me dizia o meu pai.
Ele nunca aceitara com agrado a presença dos astrais. Não os odiava, mas os tratava com tolerância. Embora as vezes os teria expulsado com o seu bastão; fora para sempre do Estyr.
Não era uma frágil criatura, e não obstante conseguisse evocar desagradáveis associações lhe queria bem.
Aqui está o apóstolo, me disse.
"Pai, não percebo o teu