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A ÚNICA NOITE
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A ÚNICA NOITE
E-book65 páginas51 minutos

A ÚNICA NOITE

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Sobre este e-book

Este texto é livremente baseado na obra-prima da literatura árabe mais conhecida do mundo, As Mil e Uma Noites.

Todo mundo conhece a sábia e astuta Sherazade que conseguiu seduzir o rei da Pérsia contando-lhe todas as noites uma história diferente e cativante.

Neste texto você encontrará algumas das histórias mais interessantes, grotescas e maliciosas das Mil e Uma Noites retrabalhadas em uma nova história envolvente.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento25 de fev. de 2016
ISBN9781507132937
A ÚNICA NOITE

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    A ÚNICA NOITE - Anna Nihil

    A ÚNICA NOITE

    ––––––––

    Este texto é livremente baseado na obra-prima da literatura árabe mais conhecida do mundo, As Mil e Uma Noites.

    Todo mundo conhece a sábia e astuta Sherazade que conseguiu seduzir o rei da Pérsia contando-lhe todas as noites uma história diferente e cativante.

    Neste texto você encontrará algumas das histórias mais interessantes, grotescas e maliciosas das Mil e Uma Noites retrabalhadas em uma nova história envolvente.

    Boa leitura!

    © 2010 Anna Nihil

    Traduzido por JEAN PIERRE BARAKAT

    Capa ilustrada por Anna Nihil

    Conspiração familiar

    ––––––––

    Era uma vez um sultão riquíssimo e poderoso. Ninguém no mundo possuía um palácio digno do seu, branco e com enormes cúpulas douradas. Reluzia, parecia um pedaço de sol na Terra. Havia, no seu interior, nos quartos suntuosos, todo bem possível e imaginável, tapeçarias preciosas e uma quantidade imensurável de pedras preciosas e ouro. Ele também tinha um harém com seiscentas concubinas, todas bem mais lindas que a Lua.

    Sua grande riqueza não causava inveja excessiva, até porque o sultão era dotado de beleza e pureza de espírito digna de respeito. As pessoas o amavam por que ele se importava muito com o seu povo. O Sultão, muitas vezes, com seu vizir fiel, se disfarçava de plebeu e perambulava pelas ruas do reino para entender como ele poderia tornar a vida dos pobres mais agradável. Cada gesto magnânimo digno de ser relatado era obra do sultão. Assim, era impossível para o seu povo não lhe oferecer-lhe a sua devoção.

    Durante uma de suas visitas secretas, o sultão e o vizir estiveram ao mercado, onde o sultão foi fulminado pela extraordinária beleza de uma serva. Ordenou que o vizir barganhasse o valor mais justo possível para compra-la.

    O vizir já estava se preparando por uma longa e árdua negociação. No entanto, o comerciante de imediato propôs um preço muito baixo.

    O sultão interveio então e retrucou ao comerciante que ele só poderia estar louco ao vender tal beleza por este preço. Ao que, o comerciante, que era um homem até muito piedoso e honesto para seu trabalho, admitiu temer essa mulher porque a considerava agourenta. Mal podia esperar para se livrar dela, mas ao mesmo tempo temia que ela pudesse prejudicar os outros. O sultão perguntou como ele podia afirmar tais coisas. O comerciante respondeu, então, que ela havia arruinado seu pai, feito de tolo seu marido e forçado seus dois irmãos a cometerem suicídio.

    Tudo isso era assustador, mas não o suficiente para dissipar o desejo do sultão. Admirando as feições graciosas da serva, o cabelo sedoso e seus olhos negros e profundos como a noite, afirmou que eles foram apenas meras casualidades. Era linda demais para causar quaisquer danos. Assim, o Sultão comprou a joia rara de seu harém, sua favorita, por um valor irrisório. Ele a levou até seu palácio e na mesma noite organizou o casamento. Passou a melhor noite de sua vida com a nova noiva, e a felicidade também continuou nos dias seguintes. Sua amada logo lhe daria um herdeiro.

    E nove meses depois, a noiva deu à luz o filho varão que o sultão havia sonhado por muito tempo.

    Ele passou dias inteiros pensando no nome que iria lhe dar, na melhor forma de ensinar-lhe para fazer dele o futuro soberano... mas seus sonhos ruíram abruptamente quando ele viu o recém-nascido.

    Era o ser mais horrível que ele havia já visto, não parecia nem ser filho de um homem.

    A decepção foi extremamente amarga: uma esposa perfeita e um filho assim! Era realmente amaldiçoada, o comerciante o havia avisado, o sultão só podia se culpar por ter-se deixado enfeitiçar pela sua beleza que bem disfarçava o desastre a que ela o iria arrastar.

    A raiva, a dor, o medo, todos os sentimentos que ele nunca havia sentido antes, irromperam de uma vez só e, na confusão irracional, decidiu mandar decapitar a sua esposa.

    Com a criança, que afinal das contas era sangue de seu sangue, o sultão foi clemente. Ele a deixou viver com seus irmãos e irmãs, mas bem longe de sua vista. De fato, cada vez que ele ia visitar seus filhos, o sultão ordenava que Mosd fosse retirado do quarto. Assim chamou o pequeno, um nome que não significava nada, porque para ele não era

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