Solteiros, sem filhos: quem é sua família?
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Sobre este e-book
Enquanto muitos costumam descriminar pessoas solteiras, sem filhos, como aqueles que não têm nenhuma família, a renomada especialista em solteiros, Professora DePaulo vai na contramão. Ao invés de repudiá-los, ela nos fornece um exemplo eficaz do importante papel que pessoas solteiras têm ao manter as famílias unidas, ao criar novas formas de famílias, e ao propor formas inovadoras de se viver.
Este breve livro inclui novos escritos e artigos previamente publicados em revistas como a Time. Ele divide-se em quatro capítulos.
1. Bem-vindo a formas mais amplas e gerais de se pensar sobre famílias
2. Como nossas famílias tornaram-se muito mais do que apenas mãe, pai e os filhos
3. Famílias e modos de vida inovadores
4. Por que as pessoas se irritam com mulheres que permanecem solteiras e não têm filhos?
5. Solteiros, sem filhos: quem é sua família?
Bella Depaulo
Bella DePaulo, PhD, is a psychologist and the author of Singled Out: How Singles Are Stereotyped, Stigmatized, and Ignored, and Still Live Happily Ever After. Her research and writing have been featured in The New York Times, The Washington Post, and many other outlets, and she blogs at Psychology Today, Psych Central, and Huffington Post. DePaulo is currently a visiting professor of psychology at UC Santa Barbara in California.
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Solteiros, sem filhos - Bella Depaulo
Solteiros, sem filhos: quem é sua família?
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Bella DePaulo, Ph.D.
Copyright © 2016 Bella DePaulo
Todos os direitos reservados.
ISBN: 1530780802
ISBN-13: 978-1530780808
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Da mesma autora:
How We Live Now:
Redesigning Home and Family in the 21st Century
Singled Out: How Singles Are Stereotyped, Stigmatized, and Ignored, and Still Live Happily Ever After
Single Parents and Their Children: The Good News No One Ever Tells You
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SUMÁrio
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1
BEM-VINDO A FORMAS MAIS AMPLAS E GERAIS DE SE PENSAR SOBRE FAMÍLIAS
Como eu posso escrever um livro sobre as famílias das pessoas solteiras que não têm filhos? Esses solteiros sequer têm famílias? Ah, sim, eles têm.
Precisamos prestar atenção neles. Há mais solteiros do nunca. Apenas nos Estados Unidos, o número de adultos maiores de 18 anos que não são casados é bem acima dos 100 milhões. Isso é quase a metade da população adulta. (Se você considerar a idade de 16 anos em vez de 18 anos, os Estados Unidos já se tornaram, anos atrás, uma nação com maioria de solteiros). Em uma outra tendência demográfica significativa, mais e mais adultos de todos os estados civis não estão criando nenhum filho.
A importância da família na vida de pessoas solteiras e sem filhos por opção é maior do que na vida daquelas que, não por opção, permaneceram solteiras e nunca tiveram filhos. Muitas pessoas que se casaram não estão mais casadas. Muitos dos que tiveram filhos acabaram percebendo que uma vez que seus filhos estão crescidos, eles se tornam ocupados com suas próprias vidas, ou acabam se mudando para centenas, às vezes milhares, de quilômetros de distância.
Eu já pensava sobre as pessoas importantes na vida de solteiros mesmo antes de escrever meu primeiro livro sobre a vida de solteiro, Singled Out: How Singles Are Stereotyped, Stigmatized, and Ignored, and Still Live Happily Ever After. Escrevi artigos para revistas e capítulos de livros acadêmicos. Um dos capítulos tinha o mesmo título deste livro: Solteiros, sem filhos: quem é sua família?
. Ele é republicado aqui no último capítulo. Livros acadêmicos são geralmente muito caros. A inclusão desse capítulo nesta coletânea torna-o, pela primeira vez, acessível por um preço razoável.
O primeiro capítulo deste livro, Como nossas famílias tornaram-se muito mais do que apenas mãe, pai e os filhos
é um trabalho novo, que ainda não foi publicado. Nele, eu descrevo como nossas famílias vêm mudando ao longo das décadas, em formas que são ao mesmo tempo anunciadas e disfarçadas. Eu também descrevo novas formas de famílias que estão em desenvolvimento. Como o fiz em How We Live Now: Redefining Home and Family in the 21st Century. Eu também defendo a tese de que a amizade – e não o casamento ou os relacionamentos românticos, ou até mesmo os relacionamentos entre pais e filhos – é o relacionamento-chave do século 21.
O segundo capítulo, Famílias e modos de vida inovadores
, foi originalmente publicado no Quartz. Nele, eu descrevo algumas das formas criativas com que as pessoas estão criando famílias e delineando novas formas de arranjos de vida. Menos de 20% de todos os lares norte-americanos são lares de famílias nucleares[1]. Há mais lares compostos por solteiros que moram sozinhos – uma reversão demográfica notável da forma que costumávamos viver. Torna-se, então, mais importante do que nunca pensar sobre famílias e contextos sociais de formas mais amplas e gerais.
Por que as pessoas se irritam com mulheres que permanecem solteiras e não têm filhos?
é o brevíssimo terceiro capítulo. É um artigo que fui convidada a escrever e que foi publicado online na revista Time.
Solteiros, sem filhos: quem é sua família?
é o último capítulo. Nele, eu contemplo muitas formas diferentes de se pensar sobre família. Eu demonstro que, de acordo com a maioria dessas perspectivas, solteiros que não têm filhos, de fato, possuem famílias. Eu me baseio em pesquisas acadêmicas para documentar e explicar as formas nas quais solteiros são especialmente importantes para manter os laços entre os membros de suas famílias de origem. Eu também explico e ilustro como os solteiros sem filhos estão criando suas próprias famílias.
Este livro é o segundo de uma dupla de livros curtos sobre famílias não-nucleares. O primeiro foi Single Parents and Their Children: The Good News No One Ever Tells You.
2
Como nossas famílias tornaram-se muito mais do que apenas mãe, pai E OS FILHOS
O escritor da revista Slate, Will Saletan, se irritou. Num exame médico aplicado no ensino médio, foi pedido ao seu filho que indicasse a definição correta de família, e ele perdeu 5% dos pontos por escolher uma reunião de indivíduos ligados por sangue e que vivem juntos
. Ele deveria ter escolhido uma reunião de indivíduos que se importam uns com os outros
. Saletan tuitou sobre isso, e o seu tweet foi rapidamente retuitado centenas de vezes. Uma enxurrada de comentários e textos mais aprofundados, sarcásticos e polêmicos se sucederam na esfera política.
Na década de 1950, uma das alternativas seria a resposta correta e lógica: Deve ser os pais, filhos e talvez alguns outros membros da família que vivem juntos
. Mesmo uma versão muito mais restrita pareceria não-controversa: uma mãe e pai, casados, da mesma raça, que moram juntos com seus filhos; o pai é o provedor e a mãe fica em casa para criar os filhos
.
Décadas depois, acadêmicos compreenderiam que a família nuclear e heterossexual que dominou metade do século 20 era uma