Carta a El-Rei Dom Manuel
()
Sobre este e-book
Escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, Caminha enviou a carta para o rei D. Manuel I (1469-1521) para comunicar-lhe o descobrimento das novas terras. Datada de Porto Seguro, no dia 1 de Maio de 1500, foi levada a Portugal por Gaspar de Lemos, comandante do navio de mantimentos da frota.
A Carta conservou-se inédita por mais de dois séculos no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa. Foi descoberta, em 1773 por José de Seabra da Silva e publicada pelo historiador Manuel Aires de Casal na sua Corografia Brasílica (1817).
Em 2005, este documento foi inscrito no Programa Memória do Mundo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Relacionado a Carta a El-Rei Dom Manuel
Ebooks relacionados
Clássicos Góticos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Crônicas do Brasil: Brazilian Sketches: Edição bilíngue português - inglês Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos de piratas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Infante D. Henrique e a arte de navegar dos portuguezes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEUGÉNIE GRANDET - Balzac Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCrónica do Felicíssimo Rei D. Manuel Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Exploradores do Século XIX Nota: 5 de 5 estrelas5/5Théophile Gautier – Escritor de Narrativas: O Fantástico e o Amor Romântico em Avatar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOS MELHORES CONTOS INDIANOS Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo e porque sou romancista Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Fidalgos da Casa Mourisca Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Egito Nota: 5 de 5 estrelas5/5Dois Recifes: Coleção Pernambuco - Letra Pernambucana Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTemas do Ciclo Troiano: Contributo Para o Estudo da Tradição Mitológica Grega Nota: 0 de 5 estrelas0 notasObras Completas de Eça de Queirós Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ubirajara: Lenda Tupi Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAntologia de contos românticos: Machado, Álvares de Azevedo, João do Rio e cia. Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWerther Nota: 4 de 5 estrelas4/5Margens e Travessias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Lusíadas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDescobrimentos dos Portuguezes nos Seculos XV e XVI Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA CAVALARIA VERMELHA Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO cortiço Nota: 0 de 5 estrelas0 notas7 melhores contos de Humberto de Campos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasObras Completas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPortugal e o Oriente - Antero de Quental - Camilo Castelo Branco - Eça de Queirós - Pinheiro Chagas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO que fazem mulheres Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs memórias de Krzysztof Arciszewski : um polonês a serviço da Companhia das Índias Ocidentais no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEspumas Flutuantes Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Ficção Geral para você
Para todas as pessoas intensas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5MEMÓRIAS DO SUBSOLO Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Arte da Guerra Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Sabedoria dos Estoicos: Escritos Selecionados de Sêneca Epiteto e Marco Aurélio Nota: 3 de 5 estrelas3/5Poesias Nota: 4 de 5 estrelas4/5Novos contos eróticos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPalavras para desatar nós Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Morte de Ivan Ilitch Nota: 4 de 5 estrelas4/5Gramática Escolar Da Língua Portuguesa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Onde não existir reciprocidade, não se demore Nota: 4 de 5 estrelas4/5Invista como Warren Buffett: Regras de ouro para atingir suas metas financeiras Nota: 5 de 5 estrelas5/5Noites Brancas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Prazeres Insanos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMata-me De Prazer Nota: 5 de 5 estrelas5/5Vós sois Deuses Nota: 5 de 5 estrelas5/5A batalha do Apocalipse Nota: 5 de 5 estrelas5/5O amor não é óbvio Nota: 5 de 5 estrelas5/5SOMBRA E OSSOS: VOLUME 1 DA TRILOGIA SOMBRA E OSSOS Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coroa de Sombras: Ela não é a típica mocinha. Ele não é o típico vilão. Nota: 5 de 5 estrelas5/5Para todas as pessoas apaixonantes Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Casamento do Céu e do Inferno Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Morro dos Ventos Uivantes Nota: 4 de 5 estrelas4/5Declínio de um homem Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Carta a El-Rei Dom Manuel
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Carta a El-Rei Dom Manuel - Pero Vaz de Caminha
domain.
CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA
Senhor.
Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer.
Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e creia bem por certo que, para aformosear nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu.
Da marinhagem e singraduras do caminho não darei aqui conta a Vossa Alteza, porque o não saberei fazer, e os pilotos devem ter esse cuidado. Portanto, Senhor, do que hei de falar começo e digo:
A partida de Belém, como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de março. Sábado, 14 do dito mês, entre as oito e nove horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grã- Canária, e ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas, pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de S. Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto.
Na noite seguinte, segunda-feira, ao amanhecer, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com sua nau, sem haver tempo forte nem contrário para que tal acontecesse. Fez o capitão suas diligências para o achar, a uma e outra parte, mas não apareceu mais!
E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, a que os mareantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves a que chamam fura-buxos.
Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome – o Monte Pascoal e à terra – a Terra