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Pequenos segredos: Textos, arte, música e vídeo de Paulo Santoro
Pequenos segredos: Textos, arte, música e vídeo de Paulo Santoro
Pequenos segredos: Textos, arte, música e vídeo de Paulo Santoro
E-book30 páginas20 minutos

Pequenos segredos: Textos, arte, música e vídeo de Paulo Santoro

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Sobre este e-book

"Todos temos algumas coisas guardadas... Pequenos segredos... coisas nossas ... Mas... algumas dessas coisas respondem à pergunta... como ser feliz?
Será ter muitas posses? Ser reconhecido nas ruas como uma celebridade? Talvez ser um líder reverenciado... ou temido? Ter poder? Será que não há algo mais simples? O que pesa mais?

"Pequenos segredos", de Paulo Santoro, conto multimídia em formato inovador com ilustrações, música e vídeo integrados ao texto da história, toca nesse assunto, observando a relação entre o pai bem sucedido e poderoso e o filho entretido com seus brinquedos. São felizes? Você é feliz?"
IdiomaPortuguês
Editorae-galáxia
Data de lançamento16 de out. de 2014
ISBN9788567080987
Pequenos segredos: Textos, arte, música e vídeo de Paulo Santoro

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    Pequenos segredos - Paulo Santoro

    Sumário

    Pequenos segredos

    Sobre o autor

    Pequenos segredos

    Se tivesse uma cor, seria escura. Se ecoasse algum som, seria grave – e triste. E se houvesse nesse primeiro momento um instrumento físico de medição, acusaria um valor bastante elevado.

    Se fosse líquida, seria viscosa, densa, pegajosa.

    Se pudesse ser apalpada, tocada, aquela inveja toda seria espessa, grossa mesmo. Mas não era do tipo maligna, destruidora, era muito mais do tipo documental, aquela que confirma e registra uma ausência grande, a falta de alguma coisa que de repente se mostra ali à sua frente, opulenta, em abundância escandalosa.

    O tipo que revela alguma coisa que nunca se teve, algo distante, e que de repente se deixa perceber fazer muita falta. Daí a cor triste, o som pesado, que não existem materialmente, mas se sente.

    Estavam os dois lado a lado, no quarto imenso, e deviam ter idades muito próximas os dois, entre nove e onze anos, não mais que isso. Pouco antes desse momento já haviam conversado bastante, havia uma empatia evidente entre eles. Sentados no chão, os dois meninos observavam o homem tentando ajustar o painel na parede, deixá-lo no prumo preciso.

    – Você sempre vem com seu pai quando ele vai trabalhar? Você ajuda ele, é?

    – Não – disse rindo – é só a segunda vez que venho. É que hoje minha mãe tinha que sair também para trabalhar, e eu não ia ter com quem ficar, tive que vir junto com meu pai, lá com ela eu poderia atrapalhar.

    – Aonde

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