A Joalheira
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Sobre este e-book
O que uma garota pode fazer quando as criaturas fantásticas que ela cria para um bracelete de pingentes ganham vida?
Emilly questiona sua sanidade quando o troll levanta sua maçã de armas e o mago de defende com seu cajado e o põe pra fora de seu estúdio. Quando seu pai telefona na manhã seguinte para dizer que está vindo, ela fica aliviada. Na luz do dia, com o pai presente, sua imaginação não pode a enganar....certo?
Minha nossa! Até papai está embasbacado com o que vê. o duende segura sua flauta como uma faca e a fada morde o troll... Como isso pode ser real?
Uma única coisa resta a se fazer.
Ligar para a cavalaria porque mamãe saberá o que fazer... Certo?
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A Joalheira - Elaina J. Davidson
UM
CARAMBA!
Minha cadeira grunhiu quando me afastei da minha bancada de trabalho. Certo, sério, eu trabalhei até tarde por noites demais, de que outra maneira explicar as alucinações que tenho tido? Ah, tem uma chance de ser a fúria me fazendo ver coisas. É. Definitivamente. Quando uma garota estava brava, o mundo real estava lá fora atrás de uma névoa de justiça, e apenas seus próprios murmúrios e, admita, visões faziam algum sentido.
Você sabe do que estou falando, certo? Até mesmo o seu macarrão preferido fica com gosto ruim porque talvez você tenha o degustado com aquele que está te deixando brava no presente, e nesse momento você não precisa de nenhum lembrete. É. Você conhece a sensação. Então sabe o que estou passando.
Ainda assim.
Estranho.
Ao inspirar um daqueles fôlegos profundos que as pessoas dizem que vai acalmar as palpitações do seu coração, eu encarei a bancada arranhada que herdei do meu pai. Ah, ele ainda estava entre nós, mas ele me deu há alguns anos quando ele e minha mãe se mudaram para uma casa menor. Acho que ele estava secretamente aliviado de ver que a sua bancada favorita não iria acabar em alguma fogueira por ai.
Eu fiquei em êxtase. Essa bancada de trabalho fez parte da minha infância, e eu adorava a solidez e amava cada arranhão, queimadura, e furos causados por acidentes quando um projeto escapava das mãos. Como nós ríamos quando um bit de metal acertava a bancada ao invés do telhado da casa de bonecas, a peça do canto da prateleira, as tendas de gato que fazíamos e casas de passarinho, até o dia que o papai quase furou o próprio polegar. Ele gritou, e devido ao fato de eu nunca ter ouvido ele gritar, eu abri a boca em choro. Cara, a mamãe quase nos enterrou com seu olhar fulminante, que agora eu sei que eram pela ansiedade e não raiva. Ela estava tão nervosa no dia que no dia seguinte papai e eu rimos disso durante horas. O dedo do papai ficou enfaixado por semanas, mas não o impediu de terminar a treliça