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Cultura japonesa 7: A Era Meiji: os samurais assumiram o papel central na revolução que sacudiu o Japão feudal
Cultura japonesa 7: A Era Meiji: os samurais assumiram o papel central na revolução que sacudiu o Japão feudal
Cultura japonesa 7: A Era Meiji: os samurais assumiram o papel central na revolução que sacudiu o Japão feudal
E-book220 páginas2 horas

Cultura japonesa 7: A Era Meiji: os samurais assumiram o papel central na revolução que sacudiu o Japão feudal

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Sobre este e-book

A essência da história japonesa está sintetizada na Era Meiji (1868), um grande marco da história japonesa. Os leitores compreenderão a Restauração Meiji, revolução promovida pelos samurais em uma época crítica para o Japão, que havia se isolado do mundo por muito tempo. A única forma que o país tinha para não ser dominado pelas potências mundiais seria por meio de uma revolução capitaneada pela própria classe dominante do país, os samurais.

• A ameaça militar promovida pelos Estados Unidos para forçar a abertura japonesa; a situação do Xogunato e as ponderações de Shoin Yoshida, um grande ideólogo e peça importante da Restauração Meiji
• Abertura japonesa vista pelo Ocidente
• O povo vivia feliz na Era Edo: a vida dos cidadãos comuns descrita por estrangeiros que residiram no Japão entre o final do Xogunato e o início da Era Meiji
• As Guerras do Ópio: por que Lin Zexu foi derrotado
• A trilha da expansão norte-americana a oeste: para recuperar o atraso de conquistas coloniais em relação às grandes potências ocidentais, foi criada uma rota de comércio marítimo ligando sua costa oeste à China. E o Japão estava no caminho
• Exortação ao estudo: Para o bem da independência e liberdade da pátria
• A biografia de Ryoma Sakamoto, um dos nomes fundamentais da Restauração Meiji

E ainda:
• A cerimônia do chá: o que é, a origem e os instrumentos
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de jun. de 2018
ISBN9788584742264
Cultura japonesa 7: A Era Meiji: os samurais assumiram o papel central na revolução que sacudiu o Japão feudal

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    Cultura japonesa 7 - Masayuki Fukasawa

    Sumário

    INTRODUÇÃO

    O que foi a Era Meiji

    CAPÍTULO 1

    Navios negros e bandeiras brancas

    CAPÍTULO 2

    O povo vivia feliz durante a Era Edo

    CAPÍTULO 3

    Guerra do Ópio. Porque Lin Zéxú foi derrotado

    CAPÍTULO 4

    Os bastidores da vinda dos navios negros

    CAPÍTULO 5

    A abertura do Japão vista do Ocidente. Shôin Yoshida

    CAPÍTULO 6

    Para o bem da independência e liberdade da pátria.Incentivo ao Estudo

    CAPÍTULO 7

    Um paraíso roubado. O reinado de Havaí

    CAPÍTULO 8

    A vida de Ryôma Sakamoto

    CAPÍTULO 9

    O Testamento de Shoin Yoshida

    CAPÍTULO 10

    RememberA trilha da marcha a oeste americana

    CAPÍTULO 11

    O que é cerimônia do chá?

    Créditos

    INTRODUÇÃO

    O que foi a Era Meiji

    Masayuki Fukasawa

    A Redação

    Ryotaro Shiba, famoso escritor, diz simbolicamente o que foi para ele o Japão da Era Meiji¹: – Um país verdadeiramente minúsculo prestes a florir.

    A Restauração, ou seja, a devolução pelo xogum do governo ao Imperador se tratou de um histórico ato político, mediante o qual o poder, nas mãos dos samurais por 680 anos desde a Era Kamakura, no final do século 12, voltava às mãos do Imperador por iniciativa espontânea e revolucionária do próprio xogum. Pretendia-se assim evitar a eclosão de distúrbios internos, para a segurança da pátria. Teria havido em toda a história mundial, algum outro país onde o detentor absoluto do poder se dispusesse a um ato como esse?

    Mais ainda, as suseranias em que o Japão se dividia – quase países dentro do país, estavam sendo extintas. E os próprios samurais, a classe social mais elevada da população, abriam espontaneamente a mão de seus privilégios extinguindo a classe. Revolviam desde a base toda a estrutura política do país – enfim, uma autêntica revolução.

    Sobre isso, explica ainda Ryotaro Shiba:

    Da noite para o dia, 270 suseranos, senhores absolutos em suas terras, se viam apeados do poder. A população dos samurais e suas famílias somavam 1,9 milhões, na época em que o país devia possuir cerca de 30 milhões de habitantes. Eles representavam 0,63% do povo. De repente, todos eles perdiam emprego. Foi, portanto, um ato cirúrgico, uma ação revolucionária.

    Ryotaro Shiba (Foto: Revista semanal Gendai - edição de 1 de outubro de 1964, Editora Kodansha)

    Personagens fascinantes se contam entre os jovens líderes da época.

    A percebida necessidade de fortalecer a pátria, até então isolada do convívio mundial, e de afastar o risco da colonização pelas potências ocidentais os conduziu a isso. A primeira ameaça, o primeiro abalo se concretizou com a aparição intempestiva da esquadra americana. Viera pressionar o Japão a abrir seus portos e fazer uma entrega intimidante, de bandeiras brancas.

    Dois navios negros foram suficientes para decretar o fim do período de isolação de mais de 200 anos, fato esse que fez soar o alarme entre as suseranias de Satsuma, Chōshū, Tosa e Hizen, sem muito acesso às informações sobre o mundo exterior. Todas elas se achavam em regiões remotas como Shikoku e o ocidente japonês, longe de Edo, mais próximas à Ásia. E foram os samurais dessas suseranias que assumiram papel central nessa verdadeira revolução – a Restauração de Meiji.

    Eles, e não os samurais de Edo no centro do Japão, construíram o governo Meiji em um esforço congregado. As bases de um novo Japão não foram fundamentadas por debates e discussões entre célebres intelectuais e políticos, mas por um documento redigido às pressas a bordo de um navio, durante uma viagem, por Ryōma Sakamoto, samurai criado entre mulheres, mimado pelas irmãs. Nesse documento, Ryōma expõe um plano de ação de oito medidas necessárias para ombrear o Japão às potências ocidentais, plano esse concebido ao longo do seu convívio com ilustres figuras da fase terminal do xogunato.

    O documento trazia grandiosas propostas de construção de um país inteiramente renovado, antecipando de longe os movimentos das potências ocidentais. Nunca em toda a história do Japão se viu um período assim revolucionário. O período da Era Meiji reflete fortemente a escala de valores dos japoneses, longamente cultivada durante a Era Edo precedente, e dá forma às raízes do Japão atual.

    Não há como falar do Japão sem conhecer o que foi a Era Meiji. Tal é a importância desse período.

    ***

    Às 5 horas da tarde do dia 3 de junho de 1853, uma frota americana composta de dois navios negros a vapor e dois veleiros, comandada pelo Comodoro Perry, surgiu nas águas da atual Baía de Uraga, Província de Kanagawa. O Capítulo 1 – Navios negros e bandeiras brancas descreve o impacto causado pela pressão intimidante do governo americano sobre o xogunato de Tokugawa, então vigente, e o povo japonês, para que o país se abrisse ao mundo, e fala do seu significado histórico. Nessa ocasião, o Comodoro fez a entrega de bandeiras brancas aos japoneses, símbolo da rendição nesse mundo selvagem de predomínio dos fortes sobre os fracos, convidando-os a usá-las. Isso despertou o país de seu longo e pacífico sono de dois séculos.

    O Capítulo 2 – O povo vivia feliz durante a Era Edo descreve o modo de vida dos japoneses pela ótica dos estrangeiros residentes no Japão entre o período final do xogunato e a fase inicial de Meiji. Após os anos de liberdade religiosa, em que o padre Francisco Xavier da Companhia de Jesus e outros exerceram livremente atividades missionárias, o país ingressara em um longo período de isolamento internacional iniciado nos primórdios da Era Edo, com a proibição do proselitismo religioso cristão, seguido da proibição de navegação de navios portugueses em águas japonesas, em 1639. Depois disso, o Japão manteve apenas parco relacionamento comercial com alguns países como a China, o Império Coreano, o reinado de Ryukyu (atual Okinawa) e Holanda. Essa situação se prolongou por mais de 200 anos.

    Chegada dos navios negros em Yokohama – Ano 7 da Era Kaei –1854.

    Na prática, a nação vinha mantendo um estado de rompimento de relações comerciais com o mundo ocidental. Contudo, foi nesta fase de estabilidade que as bases da atual cultura japonesa ganharam forma. Por exemplo, o Sadô (Chadô) – Cerimônia do Chá, descrito no Capítulo 11 – O que é cerimônia do chá?, que reproduz um artigo redigido por nossa solicitação por Madoka Hayashi, do Centro de Chadô Urasenke do Brasil, é uma das manifestações culturais representativas do Japão consolidada durante esse período.

    Comodoro Matthew Perry

    A ordem mundial hoje prevalecente, estabelecida na Europa nos fins do século 16, retrata um sistema econômico baseado na especialização de produtos comerciais. Portugal e Espanha, potências marítimas hegemônicas sustentadas pela força do poderio militar e do cristianismo, controlavam economicamente o mundo inteiro pela prática do comércio de escravos, de condimentos alimentares e de matérias primas industriais. O extremo oriental desse controle atingia o Zippangu – Japão, onde os portugueses chegaram em 1543, na ilha de Tanegashima, em plena Era das Grandes Navegações.

    O Capítulo 3 – Guerra do Ópio – Por que Lin Zéxú foi derrotado toma por cenário o período posterior, da colonização da Ásia pela Inglaterra e pelas potências ocidentais. A revolução industrial, que se espalhava da Inglaterra para a Europa Ocidental, deu asa à produção industrial em uma escala até então nunca vista na história da humanidade, e ao surto de desenvolvimento do capitalismo. Iniciava-se um novo arranjo – as colônias forneciam aos países desenvolvidos matéria prima para a industrialização, cujos produtos eram vendidos entre eles e para as colônias.

    A moderna sociedade capitalista que persiste até hoje nasceu por volta dessa época. A Inglaterra e as nações da Europa Ocidental se apressavam em expandir o mercado desde a Índia para o sudeste da Ásia e para o continente chinês, pela necessidade que tinham de incrementar a exportação de seus produtos. Isso trouxe como consequência uma feroz disputa pela colonização, onde os Estados Unidos, que não possuíam bases na Índia e no sudeste asiático, chegavam atrasados.

    Em 4 de julho de 1776, os Estados Unidos, que eram colônia da Inglaterra, declararam independência. E inspirados na tese do Manifest Destiny (Destino Manifesto), iniciaram a expansão territorial ao Oeste, concentrados que estavam até então na costa oriental do continente americano. O Capítulo 10 – Remember: A trilha da marcha a oeste americana descreve o padrão desse poderoso movimento de expansão territorial.

    Progresso Americano, 1872, de John Gast. Esta pintura é uma representação alegórica do Destino Manifesto. Na cena, uma mulher angelical, algumas vezes identificada como Colúmbia (uma personificação dos Estados Unidos do século XIX), segurando um livro escolar, leva a civilização para o oeste, com colonos americanos, prendendo cabos telegráficos. Por outro lado, povos nativos e animais selvagens são afugentados. Ao fundo vê-se também a Ferrovia Transcontinental aberta em 1869

    Algumas pessoas poderão estranhar quem sabe o fato de existirem em muitas localidades na costa oeste dos Estados Unidos, regiões identificadas por nomes evidentemente espanhóis, como por exemplo, Los Angeles, San Francisco, San Diego entre outros. Isso, porém é explicável, se entendermos que essa área pertencia à República do México até a primeira metade dos anos 1800. Os Estados Unidos conquistaram o extenso território abrangido pelos atuais estados de Texas, Califórnia, Nevada, Utah, Arizona e Novo México entre outros pela Guerra Estados Unidos – México.

    Terminada a guerra em janeiro de 1848, minas de ouro foram eventualmente descobertas na Califórnia, dando início ao Golden Rush e ao surto de crescimento populacional da área costeira ocidental americana. O passo seguinte passou a ser a conquista da Ásia, além do Pacífico, e dois navios a vapor inteiramente negros da marinha americana surgiram nos mares de Urawa, no Japão, levando pânico ao país inteiro.

    Juncos chineses sob bombardeio britânico na Segunda Batalha de Chuenpee, Guerra do Ópio, em 7 de janeiro de 1841

    O Capítulo 4 – Os bastidores da chegada dos navios negros fala do expansionismo americano apesar da existência de certa oposição interna ao pressionamento do Japão para a abertura dos portos.

    O Capítulo 5 – A abertura do Japão do ponto de vista americano – Shōin Yoshida é a história do jovem Shōin Yoshida que, não obstante ser adepto fervoroso do Jōi (movimento pela expulsão dos estrangeiros), concluíra

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