Eternize

De Edson Cavalari

Eternize compõe-se de poemas que abordam os mais diversos temas, que vão desde os grandes vícios da humanidade, passando pelos textos de denúncia dos problemas sociais sem deixar de lado a questão da alienação individual e/ou coletiva. Apresenta algumas abordagens históricas em determinados textos, como mergulha nas profundezas da memória, debatendo aquilo que desejamos ou aquilo que nos angustia. O que nos liberta e o que nos encarcera. Destacam-se os poemas de gratidão, nos quais o autor exprime este nobre sentimento em relação à pessoas que de fato marcaram e marca sua existência e que merecem ser eternizadas. Em alguns momentos é possível perceber certo toque de humor diluído entre versos cáusticos. Outra característica marcante deste autor se notabiliza por apresentar, em alguns de seus poemas, comentários que ampliam o debate proposto pelos mesmos e de certa forma, deixam pistas para que o leitor desvende suas fontes de inspiração. De modo geral, são poemas filosóficos, existencialistas, com alto teor de engajamento na defesa de uma sociedade mais justa, mas também um sinal de alerta para muitos que estão vendados ou, ainda, um estímulo para aqueles que conseguem extrair de uma boa leitura combustível para enriquecer suas experiências, suas vivências.

• Idioma: Português
• Editora: Viseu
• Data de lançamento: 5 de jun. de 2018
• ISBN: 9788554542764

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www.editoraviseu.com.br

Sumário

Apresentação

A Capa

Eu Dançarei...

Sairei por Aquela Porta

A Fome Rói

Salto...

A Maconha Fodeu-lhe...

Só Não as Minhas Cachaças

Um Certo Líquido...

Às Vezes, Desejo...

Contando Estrelas...

Sente-se Aqui ao Meu Lado...

Finados...

Só Hoje...

A Desmoronar...

O Templo

Eu Lutarei...

Por Estes Mares do Sul...

Tu

O Despertar da Força

Filho, Um Dia Você Comerá

Na Direita ou na Esquerda, Doutor?

Vivo Neles...

Brasília

Horizontes de Chumbo

Este livro é dedicado a esta missão:

Cuide a los suyos y a los que no lo son.

Cuide dos seus e daqueles que não o são

Soledad Bañuelos Mancillas

Eternamente grato, Sol.

Apresentação

É um atrevimento desmedido de minha parte colocar sob o olhar apreciativo de meus leitores, mais um livro de poemas, com o título: Eternize, título este que não tem uma justificativa que possa ser externada por mim. Somente internamente a justifico. Trata-se de um atrevimento porque não estou à altura dos demais nomes do cenário brasileiro. Contudo, descobri que escrever poemas se tornou, para mim, um adorável vício.

A mola que me impulsiona a escrever este gênero ainda me é muito pouco nítida. Quando menos espero lá está o poema a bater na porta a pedir que seja escrito. Uma loucura. Acostumado a escrever textos científicos, nas minhas áreas de formação, às vezes, acabo sobrecarregando alguns poemas com citações (aqui classificados de intertextualidade). Tenho aproveitado estes poemas para ecoar minhas vozes mais distantes. O poema é uma via de múltiplas mãos, possibilitam múltiplas visões, múltiplos sentimentos. Como nos diz Ferreira Gullar: Quem lê um poema é um hermeneuta, daí a riqueza de interpretações, já que esta se dá de acordo com o cabedal de conhecimento de cada um.

Conforme pode ser observado em meus poemas, em especial a partir do livro Mundos Possíveis, lançado em 2017, e que tenho me aventurado a debater a sociedade brasileira, sobretudo, porque acredito que talvez esta seja uma forma alternativa de discutirmos, sociedade, política e o próprio ser humano que é o centro de tudo isto.

Logicamente que tenho meus posicionamentos políticos, como não deveria tê-los? Acredito que todo escritor, artista, cientista, ou outros pensadores devem ter esta postura de mostrar esta faceta importante. Debate político entre os pensamentos antagônicos é de extrema importância. É enriquecedor. A eliminação da oposição, seja ela de direita ou de esquerda, nos levaria diretamente a uma ditadura de uma destas formas de pensamento político, o que é ruim. A direita precisa da esquerda, assim como a esquerda precisa da direita. São sobre estas duas pernas que a sociedade caminha. Demonizar uma ou outra é de uma tolice muito grande. Ambas têm virtudes e defeitos, como cada um de nós pessoalmente.

Especificamente, desde que me vi no mundo como ser pensante escolhi a defesa dos menos favorecidos, esta escolha não é ser socialista ou comunista, é uma questão de humanidade. Por essência, prefiro os assassinados e não os assassinos. Não adianta combater as ideias