A bala de borracha não apaga o poema
De João Ortácio
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Vitor Ramil
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A bala de borracha não apaga o poema - João Ortácio
Palavra-Ferrão
Enquanto o poema poemia,
Marimbondo vê e passa alto
De ferrão aceso espia
A indefesa palavra deitada no papel
Cheia de quereres e significares,
Distraída sob os olhares
Enquanto o marimbondo
Não vacila e voa para o céu,
Mas sem demora desce,
Tal qual um raio aparece
E espeta certeira a palavra,
Na briga que se trava,
Se resiste, se esperneia,
Se cai no chão
E ao fim do duro combate,
A palavra que se parte
Não é só mais palavra,
É palavra-ferrão.
Ressentimento do Mundo
Tenho em minhas mãos
O sentimento do mundo
E o olhar do poeta em cinza
Parece preocupado com este tempo
Tão distante e parecido com o seu
Que nos atinge com tamanha desumanidade
E na ascensão e culto à irracionalidade,
Resisto ao isolamento,
Na companhia de meus desvarios,
Desvios e ressentimentos,
Me alimento de lembranças
Quando sair, talvez o céu esteja morto,
O ar irrespirável, a água inteira poluída
E a esperança saqueada por milícias
Que estampam nas notícias o povo
Pobre e, principalmente, preto
Meus parceiros, camaradas
Me disseram que o mundo
Não cabe nos ombros,
Sinto que é bem isso mesmo,
Nas costas me cabem só escombros
E as dores refugiadas
Que tentam atravessar minhas fronteiras
Carrego na razão as trincheiras
De uma batalha travada pela falta
Ou de algum querer que se apagou
Ou de algum acaso que me cause um sorriso
Preciso desse suprimento,
Eu e o mundo precisamos,
O mundo em mim
Que roda e empurra o tempo
Peço desculpas por não ter armas,
Por lutar de mãos vazias,
Assentindo com os olhos
Que encaram de volta o poeta,
Desejo que ele entenda
Que muitas vidas sucumbiram
Pela desinformação dessa guerra
Que tenta nos roubar o afeto
E nos fazer objetos de prazer dos imundos,
Mas que apesar da noite
Ser mais que noite,
O mundo é bem mais que mundo.
Rosário
Nasci em Rosário,
Nasci e fui adulto ainda pequeno
Lá aprendi a gastar meu coração
Que batia de alegrias em tempos de sorte
Mas que também parava em quase morte
No meio de muita triste ocasião
Rosário era frio, até quando era quente
Ou eu que aprendi a ser e