Cantigas trovadorescas: Seleção de cantigas
De Afonso X, Dom Sancho I, Rui Queimado e
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Cantigas trovadorescas - Afonso X
Cantigas
trovadorescas
Seleção de cantigas
Sumário
Prefácio
Cantigas de Amigo
Ai eu coitada, como vivo em gram cuidado
Quando meu amigo souber
— Ai fremosinha, se bem hajades
Ai madr,’o que eu quero bem
— Ai mia filha, de vós saber quer’eu
Ai meu amigo e meu senhor
Ai vertudes de Santa Cecília
Ai Deus, que doo que eu de mi hei
Bailemos nós já todas três, ai amigas
Levad’, amigo, que dormides as manhanas frias
— Ai flores, ai flores do verde pino
Amiga, muit’há gram sazom
Oí hoj’eu ũa pastor cantar
[Levou-s’aa alva], levou-s’a velida
Ondas do mar de Vigo
Cantigas de Amor
No mundo nom me sei parelha
Um tal home sei eu, ai bem talhada
Em gram coita, senhor
Ai senhor fremosa! por Deus
Quer’eu em maneira de proençal
A dona que eu am’e tenho por senhor
Par Deus, senhor
Pois que m’hei ora d’alongar
Bem sabia eu, mia senhor
Senhor fremosa, venho-vos dizer
Ai eu coitad’! e por que vi
Estes meus olhos nunca perderám
Amigos, nom poss’eu negar
Par Deus, coraçom, mal me matades
Proençaes soem mui bem trobar
Falei noutro dia com mia senhor
Cantigas de Escárnio e Maldizer
Mia senhor, vim-vos rogar
Quand’eu passei per Dormãa
Veerom-m’agora dizer
Fernam Díaz é aqui, como vistes
Dom Guilhelm’e Dom Adam e Dom Miguel Carriço
Maria Pérez se maenfestou
Quantos mal ham, se quere guarecer
Ũa dona, nom dig’eu qual
Ai dona fea, fostes-vos queixar
Elvira López, que mal vos sabedes
Escudeiro, pois armas queredes
Cavaleiro, com vossos cantares
Garcia López d’Elfaro
Quem seu parente vendia
De grado queria ora saber
Nom quer’eu donzela fea
Disse-m’hoj’um cavaleiro
Roi Queimado morreu com amor
Nostro Senhor, que bem alberguei
Ora faz host’o senhor de Navarra
Notas
Momento histórico
Momento literário
Créditos
Prefácio
Proençaes soem mui bem trobar
e dizem eles que é com amor;
mais os que trobam no tempo da flor
e nom em outro, sei eu bem que nom
ham tam gram coita no seu coraçom
qual m’eu por mia senhor vejo levar.¹
Nessa cantiga de amor, D. Dinis mostra que a Provença era um importante centro irradiador da lírica provençal – poesia que se singulariza por ter como tema a figura feminina tratada de modo cortês. O Rei Trovador, porém, não torna a lírica provençal equiparável à lírica amorosa portuguesa: apesar do diálogo com inúmeras culturas, a lírica medieval galego-portuguesa tem características próprias e posiciona-se de forma crítica em relação a essas influências.
Convém observar, por exemplo, que, quando a lírica provençal chegou a Portugal, já existia na região um tipo de criação poética extremamente popular, de estrutura oral, com versos emparelhados e refrão. Delas derivam as cantigas de amigo, que, apesar de produzidas na corte e por trovadores homens, refletem o ponto de vista feminino sobre o amor e sobre a pessoa amada. Nas cantigas de amigo há um ideal de vida menos elevado, que aborda as circunstâncias do cotidiano.
As cantigas de escárnio e de maldizer, que correspondem a quase trinta por cento das cantigas conhecidas do Trovadorismo galego-português, também apresentam suas particularidades. O que se vê nelas é a intenção de dizer mal de alguém (de bem dizer mal
, como consta na Arte de trovar, tratado incluído no Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Portugal). As cantigas de escárnio são mais sutis e fazem críticas veladas. Mais amplos e variados que as produções de escárnio de outras cortes, os temas das cantigas de escárnio normalmente aludem aos comportamentos pessoais, políticos, religiosos etc. da conjuntura cortesã. Já as cantigas de maldizer se valem de críticas diretas e, por vezes, grosseiras, com a intenção de provocar o riso no interlocutor e de expor alguém ao ridículo
. Por esse motivo, na cantiga de maldizer geralmente revela-se o nome da pessoa a quem a crítica se dirige.
Este volume reúne cantigas