Fausto
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Fausto - Johann Wolfgang von Goethe
Sumário
CAPA
ROSTO
JOHANN WOLFGANG VON GOETHE
DEDICATÓRIA
PRÓLOGO NO CÉU
NA TERRA NOITE
DO LADO DE FORA DOS PORTÕES DA CIDADE
NO ESCRITÓRIO
TABERNA DE AUERBACH, EM LEIPZIG
A COZINHA DA FEITICEIRA
NA RUA
À NOITE, NUM QUARTINHO
NUM PASSEIO
A CASA DA VIZINHA
NA RUA
NO JARDIM
CAVERNA NA FLORESTA
QUARTO DE MARGARIDA
NO JARDIM DE MARTA
PERTO DE UM POÇO
PERTO DO MURO DA CIDADE
NOITE – NA RUA, EM FRENTE À CASA DE MARGARIDA
CATEDRAL – MISSA, ÓRGÃO E CORO CANTANDO
NAS MONTANHAS
NOITE, CAMPO ABERTO
PRISÃO
COLEÇÃO
CRÉDITOS
Johann Wolfgang Von Goethe
Reconhecido como um dos maiores e mais versáteis intelectuais europeus, o escritor alemão Goethe (1749-1832) influenciou profundamente o desenvolvimento da literatura romântica. Mais conhecido por sua poesia lírica e novelas, é também lembrado pelo dramático poema Fausto . Goethe também contribuiu com estudos nas áreas de ciência, história e filosofia da ciência.
Um certo Dr. Johann Fausto, que viveu na Alemanha na primeira metade do século 16 e era um estudante de magia, astrologia e alquimia, foi o modelo para o protagonista de A história do Dr. Johann Faustus (anônimo, c. 1580). Este livro foi o primeiro de uma série de livros relacionados ao personagem que vende a alma ao diabo em troca de conhecimento e poder. Essa história inspirou também o escritor inglês Christopher Marlowe a escrever a peça Doutor Faustus, em 1604. Dois séculos depois, foi a vez de Goethe criar seu poema dramático Fausto: Uma Tragédia. A primeira parte da obra, a mais famosa e importante, foi publicada em 1806. A segunda parte veio à luz em 1832, às vésperas da morte do autor.
A aventura de Fausto representa o drama humano da busca insaciável do poder e do conhecimento, que deforma a alma e corrompe seu relacionamento com Deus e a natureza, arrastando consigo a pureza, representada por Margarida.
Autores como Heinrich Heine e Thomas Mann, além dos compositores Hector Berlioz e Charles Gounod, os pintores Eugène Delacroix e Max Beckmann, encontraram no personagem o perfeito símbolo trágico do Romantismo do século XIX.
DEDICATÓRIA
Mais uma vez, essas aparições ondulantes me cercam, emergindo da neblina e das trevas. Meu jovem coração treme e se desespera, buscando refúgio nos dias e lugares agradáveis onde me recolhia à sombra fresca do verão. Como uma lenda esquecida, assim foram para mim meu primeiro amor e meus amigos, vivos apenas em minha memória: foram conduzidos, como eu, pela mão do acaso, através do labirinto da vida. As mesmas almas que ouviram os primeiros cantos não ouviram os últimos. Há muito minguaram aqueles ecos e recordações, e também se foi a amizade. Quem me ouve agora são ouvidos indiferentes, e seus pensamentos pesam em meu coração, vivo e pulsante, ainda. Enquanto minha lira toca, sou invadido por um grande anseio e pela presença dos espíritos, calmos e sérios, que pontuam minha canção de notas graves. Um tremor me envolve, cada lágrima queima, mas meu coração é embalado por certa suavidade. Tudo o que possuo, vejo à distância; e o que já passou, parece tornar-se meu presente e minha existência.
PRÓLOGO NO CÉU
Entram os Três Arcanjos.
RAFAEL – O Sol, na antiga harmonia que entoa com as outras estrelas, já cumpre seu trajeto. Nós, os anjos, pedimos um pouco do seu brilho.
GABRIEL – A Terra gira e resplandece, diante de seu voo rápido. E, incompreensivelmente, troca a paradisíaca resplandecência da luz pelos suspiros pesarosos da noite. As ondas e espumas do mar arrebentam nas pedras, guiadas pela esfera ardente sempre apressada.
MIGUEL – Uma tempestade se aproxima, rugindo, desde o mar até a terra, e da terra até o mar. Essas forças opostas competem, desencadeando um desastre anunciado pelo trovão. Somos os mensageiros que reverenciam o Mestre e testemunham o andamento do mundo.
OS TRÊS JUNTOS – Os anjos têm o poder, pois ninguém mais conhece o caminho sagrado. Sua soberania e seus trabalhos continuam sublimes como no dia da criação.
MEFISTÓFELES – Mais uma vez, o Senhor se digna a andar por nós, perguntando como estamos passando. No passado, o Senhor até me achou um pouco divertido, mas me perdoe, porque discursos bonitos já não são o meu forte. Minha retórica o faria rir, se já não tivesse desistido de rir há tanto tempo. Não me importo com estrelas como o Sol ou com os planetas. Vejo apenas os humanos e suas misérias. O deus Sol ainda faz o mesmo estranho caminho do dia da criação, como o gafanhoto que canta sempre a mesma música estridente!
O SENHOR – E você, não tem outras notícias? Vem sempre apenas para me acusar? Nada o agrada na Terra?
MEFISTÓFELES – Oh, não, Senhor! Ainda a considero um tanto preciosa. Sinto tanta pena da humanidade que, por vezes, até me sinto tentado a atormentá-la menos.
O SENHOR – Conhece o Fausto?
MEFISTÓFELES – O doutor?
O SENHOR – Sim, o próprio!
MEFISTÓFELES – Ora, é claro! Ele O serve de maneira estranha. Não bebe, faz jejuns e doentio persegue seu objetivo. Ele quer para si as estrelas mais resplandescentes do céu e da terra, os prazeres mais intensos. Longe ou