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Fausto
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E-book88 páginas1 hora

Fausto

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Sobre este e-book

A coleção Encontro com os Clássicos apresenta adaptações dos grandes clássicos da literatura universal para os leitores jovens. O objetivo é favorecer um primeiro contato com essas obras por meio de linguagem acessível às novas gerações, preservando o enredo e as principais características de cada obra, motivando o gosto pela boa leitura e pelo aprofundamento no conhecimento dos clássicos e de seus autores. Considerado símbolo cultural da Modernidade, Fausto é um poema de proporções épicas que retrata a tragédia do Dr. Fausto, homem de ciência que, desiludido com o conhecimento de seu tempo, faz um pacto com o demônio. Nesta obra, é possível vislumbrar traços de uma lenda popular alemã na qual o protagonista assume o caráter de médico, mágico e alquimista. A primeira parte do poema – a mais famosa – foi publicada em 1806 e a segunda, em 1832, às vésperas da morte do autor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de mar. de 2014
ISBN9788534934565
Fausto

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    Fausto - Johann Wolfgang von Goethe

    deus_em_nos.jpg

    Sumário

    CAPA

    ROSTO

    JOHANN WOLFGANG VON GOETHE

    DEDICATÓRIA

    PRÓLOGO NO CÉU

    NA TERRA NOITE

    DO LADO DE FORA DOS PORTÕES DA CIDADE

    NO ESCRITÓRIO

    TABERNA DE AUERBACH, EM LEIPZIG

    A COZINHA DA FEITICEIRA

    NA RUA

    À NOITE, NUM QUARTINHO

    NUM PASSEIO

    A CASA DA VIZINHA

    NA RUA

    NO JARDIM

    CAVERNA NA FLORESTA

    QUARTO DE MARGARIDA

    NO JARDIM DE MARTA

    PERTO DE UM POÇO

    PERTO DO MURO DA CIDADE

    NOITE – NA RUA, EM FRENTE À CASA DE MARGARIDA

    CATEDRAL – MISSA, ÓRGÃO E CORO CANTANDO

    NAS MONTANHAS

    NOITE, CAMPO ABERTO

    PRISÃO

    COLEÇÃO

    CRÉDITOS

    Johann Wolfgang Von Goethe

    Reconhecido como um dos maiores e mais versáteis intelectuais europeus, o escritor alemão Goethe (1749-1832) influenciou profundamente o desenvolvimento da literatura romântica. Mais conhecido por sua poesia lírica e novelas, é também lembrado pelo dramático poema Fausto . Goethe também contribuiu com estudos nas áreas de ciência, história e filosofia da ciência.

    Um certo Dr. Johann Fausto, que viveu na Alemanha na primeira metade do século 16 e era um estudante de magia, astrologia e alquimia, foi o modelo para o protagonista de A história do Dr. Johann Faustus (anônimo, c. 1580). Este livro foi o primeiro de uma série de livros relacionados ao personagem que vende a alma ao diabo em troca de conhecimento e poder. Essa história inspirou também o escritor inglês Christopher Marlowe a escrever a peça Doutor Faustus, em 1604. Dois séculos depois, foi a vez de Goethe criar seu poema dramático Fausto: Uma Tragédia. A primeira parte da obra, a mais famosa e importante, foi publicada em 1806. A segunda parte veio à luz em 1832, às vésperas da morte do autor.

    A aventura de Fausto representa o drama humano da busca insaciável do poder e do conhecimento, que deforma a alma e corrompe seu relacionamento com Deus e a natureza, arrastando consigo a pureza, representada por Margarida.

    Autores como Heinrich Heine e Thomas Mann, além dos compositores Hector Berlioz e Charles Gounod, os pintores Eugène Delacroix e Max Beckmann, encontraram no personagem o perfeito símbolo trágico do Romantismo do século XIX.

    DEDICATÓRIA

    Mais uma vez, essas aparições ondulantes me cercam, emergindo da neblina e das trevas. Meu jovem coração treme e se desespera, buscando refúgio nos dias e lugares agradáveis onde me recolhia à sombra fresca do verão. Como uma lenda esquecida, assim foram para mim meu primeiro amor e meus amigos, vivos apenas em minha memória: foram conduzidos, como eu, pela mão do acaso, através do labirinto da vida. As mesmas almas que ouviram os primeiros cantos não ouviram os últimos. Há muito minguaram aqueles ecos e recordações, e também se foi a amizade. Quem me ouve agora são ouvidos indiferentes, e seus pensamentos pesam em meu coração, vivo e pulsante, ainda. Enquanto minha lira toca, sou invadido por um grande anseio e pela presença dos espíritos, calmos e sérios, que pontuam minha canção de notas graves. Um tremor me envolve, cada lágrima queima, mas meu coração é embalado por certa suavidade. Tudo o que possuo, vejo à distância; e o que já passou, parece tornar-se meu presente e minha existência.

    PRÓLOGO NO CÉU

    Entram os Três Arcanjos.

    RAFAEL – O Sol, na antiga harmonia que entoa com as outras estrelas, já cumpre seu trajeto. Nós, os anjos, pedimos um pouco do seu brilho.

    GABRIEL – A Terra gira e resplandece, diante de seu voo rápido. E, incompreensivelmente, troca a paradisíaca resplandecência da luz pelos suspiros pesarosos da noite. As ondas e espumas do mar arrebentam nas pedras, guiadas pela esfera ardente sempre apressada.

    MIGUEL – Uma tempestade se aproxima, rugindo, desde o mar até a terra, e da terra até o mar. Essas forças opostas competem, desencadeando um desastre anunciado pelo trovão. Somos os mensageiros que reverenciam o Mestre e testemunham o andamento do mundo.

    OS TRÊS JUNTOS – Os anjos têm o poder, pois ninguém mais conhece o caminho sagrado. Sua soberania e seus trabalhos continuam sublimes como no dia da criação.

    MEFISTÓFELES – Mais uma vez, o Senhor se digna a andar por nós, perguntando como estamos passando. No passado, o Senhor até me achou um pouco divertido, mas me perdoe, porque discursos bonitos já não são o meu forte. Minha retórica o faria rir, se já não tivesse desistido de rir há tanto tempo. Não me importo com estrelas como o Sol ou com os planetas. Vejo apenas os humanos e suas misérias. O deus Sol ainda faz o mesmo estranho caminho do dia da criação, como o gafanhoto que canta sempre a mesma música estridente!

    O SENHOR – E você, não tem outras notícias? Vem sempre apenas para me acusar? Nada o agrada na Terra?

    MEFISTÓFELES – Oh, não, Senhor! Ainda a considero um tanto preciosa. Sinto tanta pena da humanidade que, por vezes, até me sinto tentado a atormentá-la menos.

    O SENHOR – Conhece o Fausto?

    MEFISTÓFELES – O doutor?

    O SENHOR – Sim, o próprio!

    MEFISTÓFELES – Ora, é claro! Ele O serve de maneira estranha. Não bebe, faz jejuns e doentio persegue seu objetivo. Ele quer para si as estrelas mais resplandescentes do céu e da terra, os prazeres mais intensos. Longe ou

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