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Você é aquilo que pensa
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Você é aquilo que pensa

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Sobre este e-book

A felicidade, o sucesso, a realização a que todos, homens e mulheres, aspiram, dependem de uma "força" que existe dentro de cada um, capaz de conduzir a essas metas: a força da mente. Em Você é aquilo que pensa – sucesso editorial de José Sometti – o Autor ajuda as pessoas a olharem para dentro de si, a descobrirem o potencial que trazem consigo e "reprogramarem" o inconsciente, a fim de se desenvolverem em sua plenitude psíquica, afetiva, espiritual.
Com simplicidade e clareza, ele explica os mecanismos do mundo inconsciente e oferece técnicas que ajudam o leitor a extrair deles o máximo proveito. Ao mesmo tempo, distingue o que tem fundamento científico e o que é resultado de crendices e superstições, dando pistas para uma vida psiquicamente saudável.

O profundo da pessoa tratado com linguagem simples. Temas como espíritos, alma, morte, demônio, capacidades extranaturais, confiança em Deus, são abordados de modo a ajudar o leitor a superar o que cria obstáculo para uma vida sadia, em plenitude.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de out. de 2015
ISBN9788578211066
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    Você é aquilo que pensa - José Sometti

    paz.

    CAPÍTULO 1

    O MAIS CERTO É CONHECER-SE

    Muito sabe quem sabe que nada sabe.

    O homem conhece sua estrutura anatômica, celular, bioquímica e hormonal, e está cada vez mais sujeito à sua dissecação física e corporal.

    Também conhece muitas realidades que o circundam: perscruta as profundezas dos mares, escala as montanhas mais altas, onde reina o silêncio imponderável do arcano e onde se depositam as neves imaculadas e eternas, paira com as asas, por ele inventadas, em lugares recônditos e impensáveis, invade os túneis da Terra, penetra as rochas mais espessas e obscuras e utiliza as coisas da natureza a seu bel-prazer…

    Mas, será que conhece a própria essência?

    • Quem é ele?

    • De onde vem e para onde vai?

    • O que é a psique do homem?

    • Por que sonha? Qual a função do sonho?

    • Qual a relação entre o cérebro e a mente?

    • O que é seu consciente?

    • O que é seu inconsciente (ou subconsciente)?

    – Como atua?

    – Quais as suas regras e o seu dinamismo?

    – Como agem nele os recalques?

    – Quais os seus poderes?

    – Quais os seus princípios unitários?

    – Quais os seus arquétipos?

    – Quais as suas forças e os seus desejos infinitos?

    Alexis Carrel, Prêmio Nobel em Medicina, escreveu um livro intitulado apropriadamente O homem, este desconhecido.

    Devorados pela vida moderna

    Existe uma fábula antiqüíssima que, de forma sapiencial, descreve o eterno desconhecimento do homem a respeito de si próprio:

    Os peregrinos, ao atravessarem o deserto do Egito, encontravam um monstro com cabeça de homem e corpo de leão, que lhes fazia uma pergunta. O transeunte só poderia continuar seu caminho no deserto se soubesse responder a ela devidamente; caso contrário, o monstro o devoraria.

    A pergunta era: Qual é o ser que de madrugada caminha com quatro pernas; à luz do dia, com duas; à tardinha, com três?

    Todos conhecemos a resposta. E os que ainda não a conhecem, podem conhecê-la agora: é o homem.

    Pois bem, se você não se conhece, se não conhece seu potencial e suas regras, pode acontecer que as dificuldades da vida profissional ou social, os recalques do passado, os sentimentos de inferioridade e dúvida o levem por caminhos opostos à sua individualidade e à sua felicidade¹.

    Se não conhecemos o processo íntimo do nosso inconsciente e de nossa consciência — influenciada pela correria da vida hodierna, pelos preconceitos e até erros, pelas fantasias e anseios infantis — pode acontecer dentro de nós uma dissociação neurótica capaz de nos levar a uma vida mais ou menos superficial, em tudo distanciada da Verdade e do Princípio da Vida. Em outras palavras, seremos devorados por nosso próprio potencial mal conhecido e, mais ainda, mal utilizado.

    A mina de ouro dentro de você

    Ivan P. Pavlov, cientista da escola materialista russa, não teve a felicidade de perscrutar mais profundamente a realidade de si mesmo, quando definiu o homem com uma frase embrutecedora e extremamente pobre: «O homem é um tubo digestivo».

    Quantas pessoas, embora sem chegar à pobreza intelectual de Pavlov, contemplam-se chorando ao espelho, ou sequer têm a coragem de se olhar; outras não gostam de si mesmas e mar-telam o próprio inconsciente com algo negativo que julgam possuir; outras, enfim — e é a maioria —, estão profundamente adormecidas no próprio tesouro, na mina de ouro que têm dentro de si, e procuram longe o que está debaixo de seus pés, bem perto delas!

    Conta-se que os deuses da Grécia Antiga, temerosos de que os homens descobrissem seu próprio potencial e ciumentos de que, assim, pudessem chegar até eles, realizaram uma longa reunião para decidirem a maneira mais concreta de ocultar aos homens esse seu potencial.

    Várias foram as propostas.

    Houve quem pensou em esconder o potencial do homem nos abismos mais imperscrutáveis dos oceanos, mas foi lembrado que, no futuro, o homem penetraria o fundo dos mares.

    Apresentou-se quem propôs ocultar o potencial humano nas mais altas montanhas da Terra, mas tal proposta não foi aceita, porque o homem, um dia não muito distante, as escalaria.

    Outro sugeriu esconder tal riqueza humana na Lua, mas frisou-se que o homem do futuro iria até lá.

    Por fim, todos aceitaram uma proposta estranha: esconder o potencial humano dentro do próprio homem. Disseram os deuses: «O homem é tão distraído e tão voltado para fora de si, que nunca pensará em encontrar seu potencial no íntimo do seu ser».

    E foi o que fizeram. Por muitos séculos, o homem permaneceu distraído de seu potencial, passou perto dele, mas não o reconheceu como tal, nem como próprio. Esperamos, porém, que doravante não aconteça o mesmo conosco e com nossos filhos.

    O segredo da energia atômica

    William James, pai da Psicologia norte-americana, disse que o poder de movimentar o mundo está dentro de nosso inconsciente.

    Portanto, a maior descoberta científica dos últimos tempos não foi a energia atômica, nem a ida à Lua…, mas a descoberta de que no homem existe um mundo explosivo, um potencial incrível, o potencial subconsciente ou inconsciente².

    Carl Gustav Jung, um dos maiores psiquiatras de todos os tempos e um dos grandes pensadores deste século, dedicou-se totalmente a ajudar homens e mulheres a se conhecerem melhor, a conhecerem o próprio inconsciente, para que, através desse conhecimento e de uma reflexão sobre o próprio modo de viver, pudessem levar uma vida mais rica, plena, autêntica e feliz.

    Este grande homem e cientista também falou muito do medo profundo e supersticioso que o homem tem diante do novo, medo que os antropólogos chamam de misoneísmo (Jung, 1964, p. 31). Este medo é comparável ao que os primitivos experimentavam diante de acontecimentos desagradáveis, que provocavam neles reações idênticas às do animal selvagem. Jung concluiu que o homem civilizado reage da mesma maneira às idéias novas, erguendo barreiras psicológicas que o protegem dos choques causados por elas.

    Por isso, previno o leitor a não incidir no mesmo erro, procurando defender-se e levantando barreiras psicológicas quando apresentarmos as bases de uma ciência nova: a Parapsicologia. Ciência que, basicamente, estuda os fenômenos que se processam no inconsciente do homem, onde reside um segredo muito maior que o da energia atômica.

    O que é a Parapsicologia?

    Esta palavra é formada por três radicais gregos: para – psiqué – logos.

    Todos conhecemos o significado do termo psicologia: estudo da mente e dos comportamentos humanos, pois origina-se da junção dos termos psiqué e logos.

    Porém o radical para (acrescentado à palavra psicologia) dá-lhe outra significação. Em grego, para quer dizer à margem de, ao lado de. Parapsicologia é o estudo dos comportamentos ou fenômenos humanos conhecidos e pesquisados à margem da Psicologia, fora da Psicologia, mas que utiliza os conhecimentos básicos desta ciência.

    A Parapsicologia, portanto, estuda os fenômenos diferentes do comum, exóticos, estranhos, que se verificam no inconsciente do homem (Quevedo, 1979, pp. 29-33). Por exemplo: adivinhações (ver o futuro casual e livre num sonho ou meio-sono), telepatia (conhecimento de fatos que acontecem longe do sujeito que os capta), hiperestesia (captação do pensamento de outra pessoa próxima do indivíduo que capta), casas mal-assombradas, brincadeiras de copo, psicografia, mortos que aparecem para pedir orações, feitiço e contrafeitiço etc.

    Toda esta terminologia rebuscada e pomposa refere-se a realidades que estamos acostumados a sentir e das quais falamos, no dia-a-dia, nos despachos de praias, nos jogos de búzios, com as cartomantes e quiromantes, nas sessões espíritas, na rua e na casa do vizinho.

    A Parapsicologia não faz apenas um estudo periférico desses fatos mas, com seu método próprio e científico de análise qualitativa e quantitativa, determina a causa dos fenômenos, em que se realizam e por que se processam. Ela determina a sede dos fenômenos no inconsciente do homem, provocados, geralmente, por uma disfunção ou distúrbio emocional.

    Importância da Parapsicologia

    Jung definiu a Parapsicologia como a ciência do futuro. No fim da vida, Freud declarou que, se tivesse de recomeçar a viver, iniciaria sua caminhada científica analisando os fenômenos parapsicológicos³.

    Toda e qualquer ciência, como a Parapsicologia, é como os óculos que a pessoa coloca diante dos olhos: oferece uma visão nova do real.

    Nenhuma ciência atua contra os olhos, mas colabora com eles. Nenhuma ciência pode nos ameaçar; só as pessoas podem fazê-lo, empregando indevidamente os conhecimentos científicos.

    A Parapsicologia ajuda a conhecer melhor o real, apresentando uma visão nova da realidade.

    Como sabemos, a realidade tem muitas facetas: cada fato e cada fenômeno que ocorrem em nosso mundo podem ser analisados sob diversos enfoques.

    Uma flor pode ser analisada em vários ângulos, focalizada pelo ângulo da botânica, da química ou da genética. Mas pode ser vista por uma criança, que a percebe diferentemente do adulto distraído ou da namorada sonhadora. E assim como a flor, podemos analisar outras realidades, até mais complexas, sob vários pontos de vista.

    Como o homem sempre precisa colocar-se diante do real, não só enquanto rei da criação, como também enquanto ser em comunhão com o que existe, para não ser esmagado por este real, este homem tem necessidade profunda de conhecê-lo, interpretá-lo e dominá-lo pacificamente para entrar em comunhão com o Princípio da Vida e da Harmonia Universal.

    Por sua própria natureza racional, o homem precisa dar sentido e explicação a tudo quanto o circunda.

    À medida que esta interpretação ganha objetividade, o homem se liberta do medo, vive feliz e em paz com a natureza e com Deus. As interpretações mágicas e supersticiosas dos fenômenos da natu-reza causaram muito sofrimento. As magias negra e branca criaram leis obscuras, como as da Inquisição, que todos lembramos com pavor.

    O homem procura sempre uma explicação para tudo, mas só a interpretação verdadeira e objetiva o liberta definitivamente, porque está mais próxima da essência do real.

    De fato, em Teodicéia (um dos capítulos da Filosofia) define-se Deus como o criador do que existe. O real é real porque participa da essência do existir por excelência: Deus.

    Sendo Ele totalmente livre diante de sua criação, porque a domina, quem se aproxima do real aproxima-se de Deus e de sua liberdade. A Parapsicologia, portanto, tem uma importância especial no processo de libertação interior do homem diante dos fenômenos misteriosos, paranormais e extranormais, por aproximar o homem do real e da liberdade em relação a Deus.

    Os fenômenos parapsicológicos sempre existiram em todas as épocas e em todos os povos. São sempre os mesmos; o que mudou foram suas explicações. Como ciência, a Parapsicologia tem a função de estudar os fenômenos considerados misteriosos e oferecer a interpretação o mais possível objetiva e próxima do real, para que o homem encontre o caminho de sua total liberdade interior.

    O parecer de Rhine

    Por ser uma ciência, isto é, uma investigação que estuda a realidade no limite da normalidade, a Parapsicologia, em seu método científico próprio, tem relação com outros ramos da ciência.

    Joseph Rhine⁴, o pai da Parapsicologia norte-americana, numa conversa publicada na revista científica Psychical, expressou sua convicção quanto à importância da Parapsicologia, definindo-a como revelação do futuro, e sublinhou o relacionamento que ela tem com as outras ciências. Segundo Rhine, há uma relação entre Parapsicologia e Fisiologia, Biologia e Física. Ao considerar alguns fenômenos parapsicológicos de casas mal-assombradas — em que objetos voam sem que alguém os movimente visivelmente —, ou outros, como de feitiço e autodestruição — quando a pessoa utiliza sua própria força mental e, por um sentimento de culpa, prejudica a si mesma —, Rhine identificou uma conexão maravilhosa entre a Parapsicologia e as ciências ponderáveis e psíquicas.

    Existem evidentes pontos de encontro entre a Parapsicologia e a Psicologia, dado que o objeto de estudo de ambas é o homem. A Parapsicologia tem uma conexão também com a Religião e a Filosofia, mas de maneira especial com a Religião pois, até então, somente esta oferecia uma interpretação dos fenômenos misteriosos. E também porque a Religião julgava os fenômenos parapsicológicos como provocados pelos espíritos dos mortos ou pelos demônios.

    No entanto, como ciência, a Parapsicologia estuda os fenômenos e não aborda diretamente a problemática de Deus, não podendo negar nem afirmar a intervenção de Deus neste mundo. Limita-se, pois, a dizer se determinado fenômeno é explicável como provocado pelo homem ou se supera as forças da mente humana.

    Lembramos que um dos maiores méritos da Parapsicologia é ter demonstrado, com o método experimental, a existência no homem de uma faculdade que supera as três dimensões materiais: tempo, espaço e obstáculos; e, assim, ter aberto um novo caminho para demonstrar que existe no homem uma faculdade espiritual, não no sentido religioso, mas filosófico e existencial.

    Veremos mais adiante, em detalhes, a seqüência deste raciocínio.

    Classificação dos fenômenos parapsicológicos

    Sempre houve fenômenos estranhos e misteriosos, em todas as épocas e em todos os povos.

    Desde a época paleolítica, nas cavernas de Altamira, desde o mundo egípcio e assírio, com a análise da estatueta de Willendorf, desde a época da civilização greco-romana, da Idade Média até os nossos dias, sempre deparamos com os fenômenos parapsicológicos.

    Por uma questão prática, podemos dividir tais fenômenos em três grupos:

    No primeiro, incluímos todos os fenômenos psíquicos, espirituais, como a telepatia ou captação à distância, e a precognição ou captação de um fenômeno futuro casual e livre.

    No segundo grupo, os fenômenos físicos

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