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Cartas sem resposta: A internet, a educação, o cinema e o Luciano Huck
Cartas sem resposta: A internet, a educação, o cinema e o Luciano Huck
Cartas sem resposta: A internet, a educação, o cinema e o Luciano Huck
E-book61 páginas50 minutos

Cartas sem resposta: A internet, a educação, o cinema e o Luciano Huck

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Sobre este e-book

Cartas sem resposta reúne seis ensaios críticos sobre mídia e processos subjetivos.
Cada ensaio é uma carta endereçada à uma pessoa ou ao um grupo. O escritor Bernardo Carvalho e o apresentador Luciano Huck, por exemplo, são dois dos destinatários. A carta foi a forma encontrada por Cezar Migliorin para transitar de maneira leve, direta e afetiva entre universos que lidam com as formas das pessoas serem vistas e se verem e com as formas dos sujeitos serem inventados e se inventarem. Para isso, discute a televisão, a educação, a internet e o cinema. Nessas cartas, a filosofia e a teoria da imagem são frequentemente acessadas, nunca como um fim, mas como ferramentas que nos ajudam a transitar entre universos midiáticos em que a sociedade é construída.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de mar. de 2015
ISBN9788582175880
Cartas sem resposta: A internet, a educação, o cinema e o Luciano Huck

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    Cartas sem resposta - Cezar Migliorin

    Cezar Migliorin

    Cartas sem resposta

    A internet, a educação,

    o cinema e o Luciano Huck

    Aos estudantes com quem tenho

    o privilégio de conviver

    Alteridade e Criação

    Adriana Fresquet

    Esta coleção constitui um espaço para o diálogo da educação com experiências criativas. Um estreitamento com as artes, de modo geral, e, em particular, com o cinema. As artes provocam, atravessam, desestabilizam as certezas da educação, perfuram sua opacidade e instauram algo de mistério no seu modo explícito de se apresentar, ao menos, no espaço educativo. Se nas escolas e universidades as artes se constituem como um outro pela diferença radical entre criar e transmitir, elas são, também, um outro em relação aos professores e estudantes, espelhando-nos com seu olhar, devolvendo nossa própria imagem com outras cores e formas. As artes também se revelam uma janela para descobrir um mundo inacabado, ávido de transformações e de memórias para projetar futuros. Um mundo inclusivo, sensível, atento à produção de subjetividade e à criação de laços, para além das redes. Desse modo, a cultura se torna a matéria-prima para a criação de significados numa troca poética de experiências intelectuais e sensíveis. No gesto de habitar os espaços educativos com arte, imprime-se uma enorme responsabilidade na reinvenção de si e do mundo com o outro. A presente coleção reconfigura saberes e práticas que emergem da potência pedagógica da cultura visual. Novos desafios para pensar a educação como experiências de alteridade e criação.

    Neste livro, Cezar, ao escrever cartas para outros como se cada um deles fosse um amigo, nos aproxima, em uma relação de certa intimidade, de uma crítica respeitosa e quase afetiva, desvendando pressupostos políticos e subjetivos invisíveis de programas de TV, filmes, matéria de jornal, e até um diálogo no café com um grande amigo e produtor cultural. O que Cezar consegue é nos colocar numa relação horizontal e questionadora do outro, com o próprio cinema, a TV, a internet, personalizando a conversa, humanizando-a, desnaturalizando, assim, o estatuto de verdade atribuído nas mídias onde circulam.

    Em outras palavras, sua escrita atrevida nos convida a atrever a olhar, ler, ouvir crítica e construtivamente o outro, a nos sentir igualmente cidadãos, e a dialogar, por que não, com apresentadores da TV, jornalistas das mais qualificadas revistas, cineastas, produtores culturais. Em cada carta habitam perguntas acerca dos processos subjetivos contemporâneos mediados pela escola, pela televisão, pelo cinema, pela internet, pela políticas públicas, pelas tecnologias, pela universidade, pelo consumo...

    Seis cartas que, partindo de situações concretas, friccionam nosso pensamento na própria vida como processo de diferenciação, de defasagem em relação a si. O movimento, a variação, a diferença, não é assim uma diferença de algo em relação a algo, ou o movimento de alguma coisa; a diferença é uma coisa em si, inseparável do que constitui a vida.

    Por isso, estas cartas continuam sem resposta...

    Prólogo

    Fazer a opção pela carta foi a forma de buscar uma distância adequada para uma conversa. Algumas dessas cartas pediam uma resposta que nunca chegou. Mas cada uma delas foi fruto de uma conversa, de um texto ou de um filme que me provocou, e a carta acabou sendo a maneira de organizar uma reflexão provocada com o outro.

    Em alguns casos a carta me protegia também, é verdade. Com a carta fui obrigado a escrever como se o outro amigo fosse, o que muito me ajudou na busca dessa distância possível e adequada.

    A carta permitiu ainda um trânsito entre assuntos muito amplos, mas que, apesar das digressões, podem ser conectados por uma pergunta acerca dos processos subjetivos contemporâneos; mediados pela escola, pela televisão, pelo cinema, pela internet, pela políticas públicas, pelas tecnologias, pela universidade, pelo consumo, etc. De alguma maneira, todas essas mediações atravessam as cartas.

    A primeira carta, para o apresentador Luciano Huck, surge de um zapping televisivo e de um incômodo com o que eu via em um de seus programas que operam propondo uma intervenção direta no real. Até hoje a carta não foi respondida.

    A segunda carta, para o cineasta Newton Cannito, funciona como uma crítica ao seu filme Jesus no Mundo Maravilha. Um filme

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