Cartas sem resposta: A internet, a educação, o cinema e o Luciano Huck
()
Sobre este e-book
Cada ensaio é uma carta endereçada à uma pessoa ou ao um grupo. O escritor Bernardo Carvalho e o apresentador Luciano Huck, por exemplo, são dois dos destinatários. A carta foi a forma encontrada por Cezar Migliorin para transitar de maneira leve, direta e afetiva entre universos que lidam com as formas das pessoas serem vistas e se verem e com as formas dos sujeitos serem inventados e se inventarem. Para isso, discute a televisão, a educação, a internet e o cinema. Nessas cartas, a filosofia e a teoria da imagem são frequentemente acessadas, nunca como um fim, mas como ferramentas que nos ajudam a transitar entre universos midiáticos em que a sociedade é construída.
Relacionado a Cartas sem resposta
Ebooks relacionados
No coração do mundo: Paisagens transculturais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCineclube em movimento: ferramenta política e didático-pedagógica na escola básica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProdução Literária Juvenil e Infantil Contemporânea: Reflexões acerca da pós-modernidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTextos Fraternos: escritos sobre Racismo, Branquidade, Criminologia e Direito Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRevista Continente Multicultural #270: O cérebro eletrônico faz tudo? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Última Dança Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Reflexo de Narciso nas Águas da Internet: Consumo e Narcisismo nas Sociabilidades em Rede Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Plural do Diverso - Conversas Sobre a Dignidade Humana Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAtravessagem: Reflexos e reflexões na memória de repórter Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuem Não é Visto Não é Lembrado: Biografia, Retrato, Prestígio e Poder no Brasil do Século XIX (1800-1860) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVocê conhece aquela?: A piada, o riso e o racismo à brasileira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA inadequação do espelho: a imagem dos excessos 2020 antítese 2021 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Fantástico no Romance: Não Verás País Nenhum Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCultura fora da lei: representações de resistência Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTrancos Rápidos: Cinema, Intensidade Urbana e Sobrecarga Visual Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLeitura do texto, leitura do mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas de Água: Teatro, Ação Cultural e Formação Artística Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Síndrome do Amor Bandido: Hibristofilia: o amor e a prisão de estar em liberdade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMúltiplos Olhares Sobre Processos Descoloniais nas Artes Cênicas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasI My Me! Strawberry Eggs: uma discussão de gênero a partir de uma série de animação japonesa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNorma e transgressão no romance Clube da Luta Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSociedade Tecnológica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCapítulos de história intelectual: Racismo, identidades e alteridades na reflexão sobre o Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPolíticas e Poéticas Audiovisuais: diálogos sobre Cinema e Educação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasImaginários Juvenis: cinema, recepção, mediações e consumo cultural Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSermos Humanos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO envelhecimento e a homossexualidade masculina Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Casa Da "mãe De Joana": Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Fotografia para você
Curso De Fotografia Profissional Digital Para Iniciantes Nota: 2 de 5 estrelas2/5Marry Queen Nota: 5 de 5 estrelas5/5Photoshop para Iniciantes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasKamasutra Ilustrado Nota: 2 de 5 estrelas2/5A história do cinema para quem tem pressa: Dos Irmãos Lumière ao Século 21 em 200 Páginas! Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Domínio Da Fotografia Digital Nota: 0 de 5 estrelas0 notasManual Do Roteirista Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHamlet Nota: 4 de 5 estrelas4/531 Dias para superar seu medo de fazer fotografia de rua Nota: 5 de 5 estrelas5/5Fotografia Digital Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAdobe Photoshop: Tratamento e edição profissional de imagens Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFotografia e Psicologia: Experiências em intervenções Fotográficas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA simples beleza do inesperado Nota: 0 de 5 estrelas0 notas60 Anos Da História Do Automóvel No Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGuia para elaboração de monografias e projetos de dissertação em mestrado e doutorado Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstesia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAlquimias do Audiovisual Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVivendo Da Fotografia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUma Viagem Através Do Folclore Brasileiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCurso De Edição De Vídeo + Adobe Premiere Pro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO cinema entre a repressão, a alegoria e o diálogo: 1970-1971 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasiPhone Photo Tutorials: Versão Portuguesa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFotografia Híbrida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Manual Do Jardim Bonito Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFotografia para Iniciantes: O Guia Completo de Fotografia para Iniciantes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEfeitos Visuais de Transição na Montagem Cinematográfica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFotografia Básica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSensores De Imagem Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAstrofotografias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnimação Stop-motion Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Avaliações de Cartas sem resposta
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Cartas sem resposta - Cezar Migliorin
Cezar Migliorin
Cartas sem resposta
A internet, a educação,
o cinema e o Luciano Huck
Aos estudantes com quem tenho
o privilégio de conviver
Alteridade e Criação
Adriana Fresquet
Esta coleção constitui um espaço para o diálogo da educação com experiências criativas. Um estreitamento com as artes, de modo geral, e, em particular, com o cinema. As artes provocam, atravessam, desestabilizam as certezas da educação, perfuram sua opacidade e instauram algo de mistério no seu modo explícito de se apresentar, ao menos, no espaço educativo. Se nas escolas e universidades as artes se constituem como um outro
pela diferença radical entre criar e transmitir, elas são, também, um outro
em relação aos professores e estudantes, espelhando-nos com seu olhar, devolvendo nossa própria imagem com outras cores e formas. As artes também se revelam uma janela para descobrir um mundo inacabado, ávido de transformações e de memórias para projetar futuros. Um mundo inclusivo, sensível, atento à produção de subjetividade e à criação de laços, para além das redes. Desse modo, a cultura se torna a matéria-prima para a criação de significados numa troca poética de experiências intelectuais e sensíveis. No gesto de habitar os espaços educativos com arte, imprime-se uma enorme responsabilidade na reinvenção de si e do mundo com o outro. A presente coleção reconfigura saberes e práticas que emergem da potência pedagógica da cultura visual. Novos desafios para pensar a educação como experiências de alteridade e criação.
Neste livro, Cezar, ao escrever cartas para outros como se cada um deles fosse um amigo, nos aproxima, em uma relação de certa intimidade, de uma crítica respeitosa e quase afetiva, desvendando pressupostos políticos e subjetivos invisíveis de programas de TV, filmes, matéria de jornal, e até um diálogo no café com um grande amigo e produtor cultural. O que Cezar consegue é nos colocar numa relação horizontal e questionadora do outro, com o próprio cinema, a TV, a internet, personalizando a conversa, humanizando-a, desnaturalizando, assim, o estatuto de verdade atribuído nas mídias onde circulam.
Em outras palavras, sua escrita atrevida nos convida a atrever a olhar, ler, ouvir crítica e construtivamente o outro, a nos sentir igualmente cidadãos, e a dialogar, por que não, com apresentadores da TV, jornalistas das mais qualificadas revistas, cineastas, produtores culturais. Em cada carta habitam perguntas acerca dos processos subjetivos contemporâneos mediados pela escola, pela televisão, pelo cinema, pela internet, pela políticas públicas, pelas tecnologias, pela universidade, pelo consumo...
Seis cartas que, partindo de situações concretas, friccionam nosso pensamento na própria vida como processo de diferenciação, de defasagem em relação a si. O movimento, a variação, a diferença, não é assim uma diferença de algo em relação a algo, ou o movimento de alguma coisa; a diferença é uma coisa em si, inseparável do que constitui a vida
.
Por isso, estas cartas continuam sem resposta...
Prólogo
Fazer a opção pela carta foi a forma de buscar uma distância adequada para uma conversa. Algumas dessas cartas pediam uma resposta que nunca chegou. Mas cada uma delas foi fruto de uma conversa, de um texto ou de um filme que me provocou, e a carta acabou sendo a maneira de organizar uma reflexão provocada com o outro.
Em alguns casos a carta me protegia também, é verdade. Com a carta fui obrigado a escrever como se o outro amigo fosse, o que muito me ajudou na busca dessa distância possível e adequada.
A carta permitiu ainda um trânsito entre assuntos muito amplos, mas que, apesar das digressões, podem ser conectados por uma pergunta acerca dos processos subjetivos contemporâneos; mediados pela escola, pela televisão, pelo cinema, pela internet, pela políticas públicas, pelas tecnologias, pela universidade, pelo consumo, etc. De alguma maneira, todas essas mediações atravessam as cartas.
A primeira carta, para o apresentador Luciano Huck, surge de um zapping televisivo e de um incômodo com o que eu via em um de seus programas que operam propondo uma intervenção direta no real. Até hoje a carta não foi respondida.
A segunda carta, para o cineasta Newton Cannito, funciona como uma crítica ao seu filme Jesus no Mundo Maravilha. Um filme