Alquimias do Audiovisual
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Pré-visualização do livro
Alquimias do Audiovisual - Natália Aly
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Reitora: Maria Amalia Pie Abib Andery
EDITORA DA PUC-SP
Direção: José Luiz Goldfarb (até 28/2/2021)
Thiago Pacheco Ferreira (a partir de 1°/3/2021)
Conselho Editorial
Maria Amalia Pie Abib Andery (Presidente)
Ana Mercês Bahia Bock
Claudia Maria Costin
José Luiz Goldfarb
José Rodolpho Perazzolo
Marcelo Perine
Maria Carmelita Yazbek
Maria Lucia Santaella Braga
Matthias Grenzer
Oswaldo Henrique Duek Marques
Frontspício© 2021 Natália Aly. Foi feito o depósito legal.
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Reitora Nadir Gouvêa Kfouri / PUC-SP
Menezes, Natália Aly
Alquimias do Audiovisual / Natália Aly Menezes.- São Paulo : EDUC, 2021.
Bibliografia
Originalmente Tese de Doutorado (Programa : Tecnologias da Inteligência e Design Digital) PUCSP, 2017.
1. Recurso on-line: ePub
ISBN 978-65-87387-47-5
Disponível para ler em: todas as mídias eletrônicas.
Acesso restrito: http://pucsp.br/educ
Disponível no formato impresso: Alquimias do Audiovisual / Natália Aly Menezes.- São Paulo : EDUC, 2021. ISBN 978-65-87387-27-7
1. Alquimia. 2. Cinematografia - Inovações tecnológicas. 3. Média digital. 4. Recursos audiovisuais. I. Título
CDD 778.53
794.4375
302.23
Bibliotecária: Carmen Prates Valls – CRB 8A./556
Direção
José Luiz Goldfarb (até 28/2/2021)
Thiago Pacheco Ferreira (a partir de 1°/3/2021)
Produção Editorial
Sonia Montone
Preparação e Revisão
Simone Cere
Projeto Gráfico e Diagramação
Marcus Bastos
Editoração Eletrônica
Gabriel Moraes
Waldir Alves
Capa
Bruna Aly
Administração e Vendas
Ronaldo Decicino
Produção do e-book
Waldir Alves
Revisão técnica do e-book
Gabriel Moraes
Rua Monte Alegre, 984 – sala S16
CEP 05014-901 – São Paulo – SP
Tel./Fax: (11) 3670-8085 e 3670-8558
E-mail: educ@pucsp.br – Site: www.pucsp.br/educ
Dedicatória
Que este livro seja como DNA passado de mãe para filha. Para Lya.
Agradecimentos
Editar um livro é, sem dúvida, resultado de um trabalho cooperativo, seja pelo lado emocional, seja pelo lado prático.
No plano emocional,
agradeço a meu marido Lorenzo, que sempre me apoiou e, acima de tudo, me deu todo o suporte necessário para que eu pudesse trabalhar neste livro, desde o final da minha gravidez, até depois do nascimento da nossa filha. Agradeço a minha mãe Ana, que me incentivou a seguir firme com a ideia de transformar minha tese em livro. E agradeço a minha eterna parceira de vida, minha irmã Bruna, honrosamente a capista desta edição.
No plano prático,
agradeço imensamente à Lucia Santaella, por acreditar, mesmo que incialmente titubeante, na capacidade que tive em unificar teorias e ideias que foram o pontapé inicial para o desenvolvimento da pesquisa de doutorado que deu origem a este livro. E agradeço ao Marcus Bastos, por aceitar ser responsável pelo projeto gráfico do livro e se unir a mais uma parceria dentre tantas que já fizemos.
Um especial agradecimento a toda a equipe da EDUC, em particular ao diretor e professor José Luiz Goldfarb e à produtora editorial Sonia Montone. E também aos artistas e pesquisadores Bruno Palazzo, Charlotte Becket, Christian Faubel, Cinara Dias, Dagie Brundert, Dirceu Maués, Drew Berry, Edda Manriquez, Erick Felinto, Fred Camper, John Whitney Jr., Logan Martin, Marilyn Brakhage, Mario Ramiro, Nandita Kumar, Sarah Vagnat, Wolfgang Ernst e Zoe Beloff; e à Academy Film Archive, Capes, Cinemateca Brasileira, PUC-SP e Universidade Humboldt de Berlim.
prefácio
Rastros da Alquimia no Tecnológico
Lucia Santaella
O fato de ter acompanhado muito de perto o nascimento e o desenvolvimento da pesquisa, que deu origem a este livro de Natália Aly, autoriza-me a afirmar que nem toda pesquisa, especialmente no seu despertar, depende de bases objetivas e lógicas. O papel desempenhado por aquilo que C. S. Peirce chamou de abdução, ou seja, as iluminações interiores que levam à descoberta, não pode ser negligenciado. Sob esse aspecto o caso desta pesquisa merece ser relembrado.
A autora defendeu com brilho sua dissertação de mestrado, cujas pesquisas cuidadosas colocaram as tendências atuais do cinema expandido, cinema imersivo, cinema interativo etc., na esteira da história do cinema experimental. Pouco depois disso, nas conversas que antecederam a escolha da temática a ser desenvolvida no doutorado, em um belo dia, Natália Aly, ainda de modo tímido, declarou que seu interesse estava voltado para a alquimia. Não pude esconder meu espanto e meu descontentamento. Estes não decorriam de qualquer forma de desprezo pela alquimia. Ao contrário, é conhecida a importância da alquimia, do mito e da magia para a emergência da filosofia. É ainda de Peirce a menção de que a filosofia brotou quando a casca do ovo da alquimia se quebrou.
O problema é que não havia continuidade entre o ponto em que a pesquisa havia chegado no mestrado e os avanços que poderia obter no doutorado. Rezam, entretanto, os deveres de uma orientação que a flecha do desejo de uma orientanda não pode ser interceptada, nem mesmo desviada. Tentei ocultar minha frustração enquanto Natália levava adiante seu intento. Algum tempo depois, entregou-me um texto longo de estrita perambulação pela história da alquimia. Neste ponto fui firme na incapacidade de aceitar o que me parecia um encaminhamento sem indicações de alvos. A conversa foi séria, sem cair na negatividade. Ao contrário, era preciso encontrar algum ponto de cruzamento da alquimia com os conhecimentos que Natália havia acumulado, com talento não apenas teórico, mas também prático e criativo, no campo das mídias, especialmente do audiovisual. Algum proveito teria que ser tirado disso e o caminho só podia ser o da busca de equilíbrio entre o passado da alquimia e o presente dos agudíssimos escritos dos teóricos alemães das novas mídias. Foi nesses escritos que Natália começou a mergulhar.
Não deu outra, com a felicidade estampada no brilho dos olhos, ela me comunicou, depois de pouco tempo, que encontrara nas teorias concernentes à arqueologia das mídias, as marcas alquímicas que buscava. A iluminação que tivera, na forma de espontânea adivinhação, estava escrita nas estrelas. Era tudo que o trabalho precisava para deslanchar em terreno prometedor. Queriam ainda as estrelas que a pesquisa tivesse também a chance de prosseguir in loco, em Berlim, na proximidade dos estudiosos da arqueologia das mídias a que pelo menos dois capítulos deste livro são dedicados.
O relato acima justifica-se porque é inspirador para aqueles que não se dispõem a desacelerar a máquina do desejo na sua versão intelectual. Não obstante a complexidade dos múltiplos fatores que se cruzam nos encaminhamentos orientados pelos propósitos de sua pesquisa, Natalia Aly nunca cedeu a facilitações. Ao contrário, acionou as demandas da ciência, arte e magia em fecundos pontos de encontro.
Suas discussões primam pela originalidade resultante de alguns princípios fundamentais. O primeiro deles consiste no abandono do presentismo como eixo condutor das ideias. O termo presentismo aparece no mundo empresarial, mas o sentido que aqui interessa provém de uma tendência filosófica que reduz toda a realidade ao presente. Passado e futuro não passam de projeções lógicas ou imaginárias. Infelizmente, desde a explosão daquilo que passamos a chamar de revolução digital, o presentismo entrou como moeda corrente no mercado das ideias. Contra esse empobrecimento epistemológico, Natália Aly pratica a movimentação entre o passado e o presente, adentrando os pormenores do audiovisual com base no seu passado remoto para contextualizar e realizar novos desdobramentos no presente
. Transmutações é a palavra de ordem, diante das analogias entre a ciência hermética ou arte da alquimia nas experimentações do audiovisual. Disso resulta uma concepção do audiovisual que também não fica reduzido aos limites de seu desenvolvimento estritamente a partir da revolução industrial. Seus germens frutificaram em gradações temporais antes desse limite.
Analogias entre cinematografia e alquimia são também surpreendentes porque raramente colocadas em evidência, e por isso pouco lembradas. Chamar atenção para elas é outro ponto de originalidade deste livro, uma originalidade, aliás, pautada no conhecimento teórico e prático que a autora acumulou, inclusive em laboratórios da Cinemateca em São Paulo.
Contra o empobrecimento epistemológico, Natália Aly pratica a movimentação entre o passado e o presente
Outro princípio empregado é aquele que rejeita dicotomias cerradas entre o analógico tomado como obsoleto e o digital considerado como o último grito da contemporaneidade. Longe disso, as complementaridades criativas entre ambos são colocadas na pauta das ideias defendidas neste livro o que coloca essas ideias no cerne das discussões bastante debatidas na Europa sobre o pós-digital. Embora seja um termo passível de equívocos interpretativos, respaldada pelo conhecimento seguro sobre o tema, a autora sabe driblar os equívocos ao evidenciar os múltiplos sentidos que se aninham nesse termo. Devidamente colocados nas várias pautas deste livro, os sentidos convergem sem tropeços para as alianças, complementaridades, aproximações, distanciamentos, atrações e retrações entre o alquímico e o tecnológico. Os rastros do alquímico que permanecem no tecnológico e as antecipações deste naquele.
Tudo isso é perfeitamente coroado pelas habilidades experimentais, críticas e criativas de Natália Aly que, por isso mesmo, vê a audiovisualidade como um campo laboratorial para a semeadura de estéticas híbridas em que tempos e espaços se misturam alquimicamente.
Tenho muito orgulho de ter acompanhado este trabalho e gratificada por ter testemunhado que as iluminações interiores podem rebater devidamente na escrita das estrelas, com a ressalva de que essa escrita apenas ilumina a potência do pensamento quando este é devidamente alimentado pelo esforço e pelo prazer da pesquisa.
Lucia Santaella é pesquisadora 1 A do CNPq, graduada em Letras Português e Inglês. Professora titular no programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUCSP, com doutoramento em Teoria Literária na PUCSP em 1973 e Livre-Docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP em 1993. É Coordenadora da Pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, Diretora do CIMID, Centro de Investigação em Mídias Digitais e Coordenadora do Centro de Estudos Peirceanos, na PUCSP. É presidente honorária da Federação Latino-Americana de Semiótica e Membro Executivo da Associación Mundial de Semiótica Massmediática y Comunicación Global, México, desde 2004. É correspondente brasileira da Academia Argentina de Belas Artes, eleita em 2002. Foi eleita presidente para 2007 da Charles S. Peirce Society, USA.
Sumário
Introdução
Ritual do Aparato
Capítulo I Alquimia e Cinematografia
1.1 Aproximações com a Cinematografia
1.2 Combinação e Dosagem
Capítulo II Primeiras Matérias
2.1 Cola, Grão, Fixação e Projeção
2.2 Luz e Escuridão
2.3 Misticismo Tecnológico
Capítulo III Arqueologia das Mídias
3.1 Escavação Tecnocultural
3.2 Nova História do Filme
Capítulo IV Arqueólogos Midiáticos em busca do tempo perdido
4.1 Kittler: arqueologia das mídias óticas
4.2 Flusser: os gestos e misticismo do vídeo
4.3 Kluitenberg: as mídias imaginárias
4.4 Zielinski: a alquimia na era digital
4.5 Ernst: ruídos e ranhuras
Capítulo V Passado e Presente Maquínico
5.1 Transmutação Tecnológica
5.2 Analógico e Digital na Cinemateca Brasileira
Capítulo VI Alquimia Audiovisual
6.1 É Pós-digital?
6.2 Alquimistas dos nosso Tempos
6.3 Obras Experiência
Desfecho
Caderno de Imagens
Referências