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Aprimore o seu vocabulário
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E-book91 páginas3 horas

Aprimore o seu vocabulário

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Sobre este e-book

De forma prática e didática, este livro desvenda o completo processo de leitura, a partir da apresentação de alguns modelos de leitura, seguida de um método para aprender palavras pelo contexto e, por fim, com uma análise de 20 palavras lexicais a fim de saber se as leituras realizadas fornecem pistas contextuais externas necessárias para atribuir significado a elas. Trata-se de uma obra de suma importância, não somente para decodificar os símbolos gráficos da língua, mas para realmente compreender o contexto e a mensagem de um texto.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de jun. de 2019
ISBN9788546217779
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    Aprimore o seu vocabulário - Denise Moser

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    A leitura

    Até os anos cinquenta, aproximadamente, os pesquisadores observavam a leitura como se fosse uma atividade estritamente visual. Assim, as teorias de ensino e as avaliações eram direcionadas nessa perspectiva (DICKSON apud PINTO, 1991).

    Em meados dos anos sessenta e setenta, esse conceito de leitura sofreu transformações com a introdução de estudos psicolinguísticos. Os psicolinguistas começaram a investigar como ocorre o processo de leitura na memória do leitor enfatizando os aspectos cognitivos, afetivos e psicomotores. Dessa forma, a leitura passou a ser definida como sendo um processo muito complexo e multidimensional que envolve vários fatores para que o leitor possa extrair a mensagem do texto e aplicá-la nas suas devidas necessidades do quotidiano (KLEIMAN, 1989).

    Existem muitos conceitos sobre leitura. Para Cagliari (1989, p.150-151),

    a leitura é uma atividade estritamente linguística [sic] e a linguagem se monta com a fusão de significados com significantes. Os signos linguísticos [sic] atuam pela convencionalidade social. A escrita atua pela convencionalidade da representação gráfica dos signos e a leitura também tem sua convencionalidade guiada não só pelos elementos linguísticos [sic], mas também pelos elementos culturais, ideológicos, filosóficos.

    A leitura não ocorre só pelo significado ou só pelo significante, e sim por ambos, porque juntos formam uma realidade linguística. Orlandi (1993), por sua vez, destaca várias delimitações de noções de leitura. Uma delas é que a leitura pode ser direcionada como sendo a atribuição de sentidos e estão inseridas as leituras escrita e oral como, por exemplo, as leituras da fala de um agricultor e de um texto de Piaget. Outro conceito de leitura que destaca é aquela que significa concepção, ou seja, a leitura de mundo em que o texto tenta passar ao leitor as ideologias. Outra definição de leitura é no sentido mais acadêmico, que tem por objetivo verificar as várias interpretações de um determinado autor. E por último, a leitura vista como sendo um recurso para o indivíduo aprender a ler e escrever.

    1.1. O modelo de leitura de Ruddell e Unrau

    Através da perspectiva construtivista de Vygotsky (1987) que tem por objetivo orientar o aluno a adquirir o conhecimento por meio da interação social, Ruddell e Unrau (1994) elaboraram um modelo interativo sociocognitivo da leitura vista então como um processo de construção de significado. Dentro dessa visão, enfocam os seguintes componentes principais: o leitor, o texto e a sala de aula e o professor. Em outras palavras, para que a leitura seja considerada como um processo de construção de significado e não meramente observada como decodificação, é necessário que haja interação entre leitor, texto, colegas de sala de aula e professor. Esse modelo interativo sociocognitivo, que tem por objetivo orientar o leitor a depreender o significado das leituras realizadas, é proposto para a situação de ensino de leitura, ou seja, nos momentos de orientar o leitor a buscar os significados dos textos abrangendo os conhecimentos de todos os integrantes da sala de aula.

    1.1.1. Como o leitor constrói o significado do texto

    Desde o momento em que um indivíduo normal está em vida intra-uterina, o conhecimento já vem sendo armazenado na memória gradativamente. Portanto, o ser humano quando nasce, não é uma tábula rasa porque passou por uma série de experiências (LEFFA, 1996). À medida que o indivíduo entra em contato com a família, os parentes, os colegas, os conhecidos e com os meios de comunicação pelos quais tem acesso, dependendo do nível social em que se encontra, os conhecimentos vão se expandindo.

    No estágio de 0 a 6 anos de idade, aproximadamente, a criança normal aprende a sua língua materna (ou aprende duas ou mais línguas simultaneamente), a sua religião e a sua cultura. Esses conhecimentos – linguístico e de mundo – que a criança aprende fora do contexto escolar são armazenados em sua memória e são resgatados durante as leituras escolares de ensino fundamental, nos demais níveis de ensino e no decorrer de sua

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