Só crase: método fácil em quinze lições
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Só crase - Maria Tereza de Queiroz Piacentini
Lição 1
O QUE É A CRASE
A crase é um fato linguístico que se caracteriza pela fusão da preposição a com o artigo definido a. Como, por definição, o artigo definido feminino é um termo determinante apenas do substantivo feminino, pode-se derivar daí um princípio básico para a ocorrência dessa fusão: a existência de um substantivo feminino determinado pelo artigo, esteja o substantivo explícito ou implícito na frase.
Em Gramática Descritiva utiliza-se o termo não só para designar a contração da preposição a com o artigo definido a (no plural: as) mas também com aquilo, aquele e flexões, sendo então indicada pelo acento grave: à, às, àquele, àquilo.
Por transposição semântica perfeitamente compreensível, a palavra crase passou a designar ainda o acento grave que marca essa contração na escrita.
Não sendo possível para o falante de português brasileiro guiar-se pelo ouvido, pois em nosso país tanto a (preposição, artigo ou pronome pessoal) quanto há ou à têm o mesmo som (a proferição com o timbre aberto), a confusão está feita na hora de escrever. Das línguas neolatinas, a portuguesa é a única em que existe a denominada crase, pois o nosso artigo feminino perdeu o l do artigo la que o espanhol, o francês e o italiano conservaram do latim vulgar illa. E foi assim que ficamos com a mesma letra para designar a preposição e o artigo.
Para saber antes de começar a estudar
Se a crase é a fusão da preposição a com o artigo a, como dito antes, ela tem a ver fundamentalmente com os substantivos femininos, explícitos ou implícitos, pois são eles os termos determinados por artigo, o que não ocorre em nenhuma outra classe gramatical. Naturalmente esse substantivo pode estar precedido de um adjetivo, pronome ou numeral (adjuntos adnominais), mas é com ele – o substantivo como núcleo de um sintagma nominal – que a crase está relacionada, como se pode ver: "Em meio à verdadeira revolta popular que o país está vivendo, ela teve acesso às mais de 15 reportagens sobre o caso".
Sintaticamente falando, os termos diante dos quais ocorre a crase (termos dependentes) exercem a função de complemento (objeto indireto, complemento nominal) ou de adjunto adverbial. Já diante de sujeito e de objeto direto – cujo núcleo é constituído por um substantivo não preposicionado – jamais se usa a crase. Então, por exemplo, em "Disse a juíza que ele é inocente, sabe-se que a juíza é quem disse tal coisa; mas em
Disse à juíza que ele é inocente", a juíza não é mais o sujeito do verbo dizer – alguém fez a afirmação a