Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Hemisfério: Hemisfério, #1
Hemisfério: Hemisfério, #1
Hemisfério: Hemisfério, #1
E-book67 páginas49 minutos

Hemisfério: Hemisfério, #1

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

O ano é 2217. A vida no hemisfério oriental da Terra foi varrida por uma tempestade cósmica.

James é um Funcionário de Apoio da ElCompany, localizada no hemisfério ocidental, onde a vida continua. Ele cuida do bem-estar do Funcionário-Chefe, um collie chamado Mulder. A alguns quilômetros de distância, a Dra. Eizenheim, geneticista, trabalha em um projeto para bloquear quatro tipos de criatividade, que ela acredita ameaçarem a paz política no Hemisfério Ocidental.

O Funcionário-Chefe da EICompany age pouco profissionalmente naquele dia e James suspeita que algo está acontecendo. O que poderia ter dado errado? Assim que descobrir, ele deve escolher entre reportar o Funcionário-Chefe, assinando, assim, sua sentença de morte; ou guardá-lo ao possível custo de sua própria vida.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento14 de set. de 2019
ISBN9781071509968
Hemisfério: Hemisfério, #1

Relacionado a Hemisfério

Títulos nesta série (2)

Visualizar mais

Ebooks relacionados

Distópico para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Hemisfério

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Hemisfério - A.V. Osten

    JAMES

    13 de julho de 2217.

    8 da manhã

    James acabara de vir trabalhar. Era hora de alimentar Mulder.

    – Ei, amigo! Cadê você? – ele gritou, enquanto despejava a ração em um grande prato redondo.

    – O café da manhã tá aqui!

    Finalmente o barulho em seus ouvidos havia parado. Em vez disso, ele ouvia o zumbido da usina, estridentes e suaves sons de eletricidade se movendo através das linhas, fluxos de ultrassons que a princípio odiou, mas depois passou a gostar.

    O que ele deveria ouvir, embora não soubesse, eram as patas de Mulder batendo no chão. Ele podia ouvi-las em toda parte no edifício principal, por mais distante que fosse. Mas naquela manhã não havia nenhum som. Seu estômago se revirou.

    James correu para se certificar de que não havia nada fora do comum na usina. Ele examinou a sala de controle, espaçosa e redonda, terminada em um teto quase branco, o que a deixava ainda mais brilhante quando as luzes se acenderam assim que entrou. O painel na parede à sua esquerda estava iluminado pela luz colorida dos sensores de controle. Ele respirou o cheiro familiar de eletricidade, que parecia que cortavam suavemente suas narinas. Por fim, deu uma olhada no escritório ao lado e saiu pela porta.

    Ele correu até a passagem coberta que ligava a casa de Mulder à usina.  

    – Vamos, rapaz, tá na hora de comer! – A voz de James sumiu quando ele empurrou a porta com a inscrição FUNCIONÁRIO-CHEFE aberta e entrou na sala grande.

    Mulder estava deitado em uma manta grossa e fofa no chão. Ele era um Collie, de porte médio, com longos e brilhantes pelos macios, brancos e ruivos. Ele abriu os olhos um pouco e rosnou.

    James soltou um suspiro profundo.

    – O que há de errado agora? Você não vai comer isso? – Ele sentou-se ao lado do cachorro e o acariciou.

    Mulder virou a cabeça para James e balançou negativamente.

    – Você tem que ir trabalhar, garoto, levanta! – James coçou o topo da cabeça de Mulder, inclinou-se e deu um beijo nele.

    Mulder enterrou a cabeça sob as patas da frente e suspirou.

    Ele nunca havia agido assim antes.

    James se perguntou se isso era algo frívolo por parte de Mulder ou se ele estava ficando doente. Ele colocou a palma da mão no nariz dele. Estava frio e molhado, o que era um bom sinal. Ele olhou para o painel do alarme instalado na parede em uma tela envolta em um plástico fino, onde brilhava um botão vermelho. Como um profissional da Força de Trabalho de Alta Classe K9, Mulder foi treinado para apertar o botão quando não estiver se sentindo bem ou em qualquer caso de emergência. Chegar ao botão exigia a perfuração do plástico. Não estava perfurado.

    James se inclinou e cheirou a boca do cachorro. Nada incomum aqui, apenas o não muito agradável bafo canino de sempre.

    Ele deu um tapinha nas costas de seu amigo e suspirou quando se levantou. Ele esperava que Mulder estivesse apenas cansado, que sabe. Ou tivesse que lhe dar mais tempo de descanso. Enquanto caminhava em direção à saída da casa, ele notou traços de lama no chão de azulejos polidos. Patas de cachorro, elas pareciam.  Ele deve ter ficado no parque atrás da usina no início da manhã, ou talvez na noite anterior. Que ótimo, agora ele tinha que limpar. Que bonito, Mulder, que bo-nito! Antes de James sair, se certificou de deixar comida e água fresca nas duas grandes tigelas.

    Mas estava preocupado.

    James passou a gostar tanto dele nos últimos cinco anos que era doloroso deixar o trabalho todas as noites, pois as regras não permitiam que o Funcionário-Chefe residisse em qualquer outro lugar além do local de trabalho. O problema era que, para a gerência da usina, o cachorro era K9 #3.573, e para James, ele era Mulder, seu melhor amigo.

    De fato, ele não deveria ser. Se envolver com os membros da Força de Trabalho de Alta Classe K9 era proibido por lei. Então, James se obrigava a agir de maneira profissional e fria quando as Inspeções Humanas visitavam, para

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1