Diogo e Catharina
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Sobre este e-book
Os primórdios da colonização brasileira. A lenda Tupinambá da criação do mundo. A paixão de Diogo e Catharina Paraguassú. Caramuru. Fundação de Salvador. Corsários e exploração colonial. Nossa Senhora da Graça. O primeiro casal formal das Américas. A formação do povo brasileiro.
Depois de acordar o grupo de náufragos sai em busca de comida.
Eles entram na mata. Eles provam frutas. Alguns nativos aparecem. Os nativos ameaçam o grupo. Diogo vê e dispara o mosquete. O tiro atinge dois pássaros.
Os nativos assustados fogem para a mata. Eles correm rápido de volta tribo. Os nativos chegam na tribo, assustados, gritando. As pessoas param o que estão fazendo. Itaparica olha para o grupo que está chegando. Um deles diz,
- Um homem de trovões e raios surgiu do mar.
Os nativos explicam o que aconteceu.
Ele comentam uns com os outros. Paraguassú aparece e ouve. Ela relaciona os eventos com a profecia. Ela sorri. Os nativos estão assustados com o monstro de raios e trovões.
Paraguassú sorri.
Diogo chega na tribo com seu grupo e alguns nativos. Paraguassú observa Diogo. Itaparica se aproxima de Diogo.
- Seu nome será Caramuru. O homem dos Raios e do Trovão.
Moema aparece para Diogo. Ela sorri.
O grupo de náufragos se integra rapidamente na tribo.
Alguns conversam com as nativas. Outros conversam e trabalham com os nativos. Os dias se passam. Alguns aprendem a pescar. Outros a caçar. Outros cozinham. Outros treinam arco e flecha. Outros brincam com as crianças.
O chefe Itaparica observa.
Diogo está andando na praia quando vê Paraguassú saindo do mar como no nascimento de uma Vênus.
Ela surge suavemente e caminha até a areia. Diogo observa. Ela reconhece Diogo. Ela protege o busto nu. Diogo se aproxima dela.
- Como você é bonita.
Paraguassú sorri,
- Você é o homem dos raios e dos trovões que surgiu do mar.
Ela se aproxima dele. Ela o olha. Ela toca seu rosto. Ela o toca com curiosidade. Ela o toca com ternura. Ela sorri para ele. Ela toma a mão de Diogo. Os dois vão para a mata.
O céu está particularmente azul. Uma brisa gentil balança as folhas das árvores. Uma gaivota alça voo. A lua cheia aparece.
Muitos pássaros alçam voo com um sussurro e um pequeno grito de Paraguassú. A lua cheia no céu mostra o sorriso da divindade índia.
- A profecia se realizou.
Na aldeia algumas crianças estão brincando na praia. Um barco negro está chegando extremamente rápido com todas as velas em cima. O barco vai direto para a entrada da baía. O barco passa rápido pelo porto da baía. Quando o Ocean Bastard passa em frente a aldeia dispara um dos canhões. A bala atinge a aldeia.
Ouve-se a ordem de John.
- Fogo! Mais um!
O Ocean Bastard dispara novamente. O tiro atinge a aldeia novamente. As pessoas estão apavoradas. O barco continua a navegar se afastando do porto.
A uma distancia de 400 metros ele faz uma meia volta. Os corsários regulam as velas para parar o barco. As velas panejam. O barco para e espera.
John Gold observa do convés de binóculo. Ele espera mais um pouco.
- Nenhuma reação. Vamos ao desembarque.
Um grupo de nativos está escondido ao longo das margens de uma trilha na mata. A trilha vai da até a baía onde estão ancorados os barcos dos corsários.
O primeiro ataque é uma ação maciça dos arqueiros contra o local principal dos corsários. O ataque força os corsários a fugir pela trilha.
O segundo é um ataque concentrado de flechas sobre a trilha por onde fogem os corsários.
Os arqueiros estão escondidos ao longo da trilha mas bem distantes das margens. Os arqueiros colocam fogo nas margens da trilha. Eles continuam escondidos pela mata, mas agora também estão escondidos pelas chamas. Eles disparam flechas nos corsários que estão fugindo pela trilha. As flechas parecem sair de dentro do fogo.
Dentro de um barco corsário um deles no convés vê as chamas.
- Veja. É uma rebelião dos nativos. Disparem os c
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Diogo e Catharina - Ivan Câmara Corrêa
Ivan Câmara Corrêa
DIOGO E CATHARINA
Paixão e aventura no Novo Mundo
ROMANCE
Copyright © 2013 Ivan Câmara Corrêa
Todos os direitos reservados
CRIAÇÃO DO MUNDO
Tudo é escuridão. Não há nada só o vazio, o silêncio. Nada existe, apenas silêncio e escuridão.
Subitamente no centro de tudo, surge um pequeno ponto de luz. O ponto cresce. A luz se intensifica, fica forte, brilhante, o ponto explode.
A luz toma conta de tudo, tudo se torna muito brilhante.
A explosão cresce, se expande e na expansão surge a matéria se espalhando em todas as direções. Pedaços enormes de matéria se expandem. O universo está sendo criado.
Os pedaços de matéria começam a formar planetas, estrelas, galáxias. Umas grandes outras pequenas. Sóis, estrelas, planetas, satélites, cometas. Alguns se aproximam uns dos outros, outros se afastam.
O Universo está nascendo.
O vazio escuro permanece mas agora está repleto de astros, todos se movimentando. A atividade diminui, se acalma.
O Universo está pronto.
No centro de tudo, no ponto inicial de onde tudo começou, onde surgiu a explosão primordial, nasce um pequeno pássaro. O pássaro cresce, toma forma, as asas se estendem, a cabeça se ergue, os olhos se abrem. Ele é muito branco, ele abre as asas, começa a movimentá-las. O pássaro é imenso, as asas se flexionam, o pássaro decola, começa a voar.
O pássaro começa a viajar pelo universo, as imensas asas batendo elegantemente, a cabeça gira devagar para um lado e para outro, para cima e para baixo a procurar por algo. Olhos atentos.
O pássaro está à procura do Paraíso.
Ele voa por todo o Universo, procura, voa, procura. As asas batem com força. O pássaro continua a procurar por entre estrelas sóis e planetas. Os cometas passam por perto dele, ele procura o paraíso e não acha.
O enorme pássaro começa a se cansar. Suas asas estão tensas, algumas pontas queimadas pelo calor intenso de sóis e estrelas.
Ele não desiste, procura e procura até que vê ao longe um ponto azul. O astro chama sua atenção. O ponto azul é diferente de tudo. O pássaro muda de rumo, dirige-se para ele.
Parece ser um planeta, um planeta azul. O pássaro já está muito cansado. O ponto azul se aproxima, cresce, é realmente um planeta, um planeta azul com nuvens brancas. O pássaro entende que encontrou o Paraíso, mas está muito cansado, talvez não consiga chegar até ele.
O pássaro faz um enorme esforço final e cada vez se aproxima mais da bola azul. Quando está quase chegando ele é vencido pelo cansaço. As asas já não batem com força, o pássaro já não voa, o pássaro começa a cair em direção ao planeta azul.
A queda é vertiginosa, o pássaro tenta voar mas não consegue, continua caindo, exausto, sem forças para voar. A superfície começa a se aproximar a queda e o impacto são inevitáveis.
O pássaro que encontrou o Paraíso vai despencando sobre ele. A superfície cresce, se aproxima, o impacto acontece.
O pássaro cai sobre a superfície.
O pássaro se choca com o chão e morre.
Após o impacto seu corpo começa a se transformar lentamente.
As asas se transformam em praias muito grandes, de areias muito brancas como suas penas.
No local onde o coração se chocou surge um enorme cratera, imensa. As águas do planeta azul correm para dentro dela. A cratera começa a se encher das águas do oceano.
Alguns pontos mais altos dentro da cratera se transformam em ilhas cercadas pelas águas revoltas. A cratera já está completamente invadida pelas águas, as águas se acalmam, formou-se uma baía. A baía está cheia de ilhas, umas grandes outras pequenas.
Nas bordas da baía formam-se mais praias. Antes e depois da baía seguem-se praias imensas e brancas formadas pelas asas do pássaro. Aos poucos começa a surgir das terras interiores um verde enorme, cobrindo todas as terras.
O verde se transforma em muitos tipos diferentes de arvores, as árvores crescem, os frutos nascem delas, a brisa balança suas folhas. A floresta se espalha completamente pelas terras criadas.
A floresta sobe pelas montanhas, a floresta chega até às praias. A natureza está a se formar. Surgem, pássaros, animais de todos os tipos, grandes e pequenos. Formam-se rios, lagos, cachoeiras.
Os animais povoam todo o ambiente.
Surgem um homem e uma mulher.
Surgem mais outros, surgem muitos. Eles se espalham pela terra. Eles começam a se reconhecer, sorriem. Começam a se juntar em grupos, surgem crianças, surgem velhos.
Os grupos se organizam, aparecem palhoças, as palhoças formam tribos. Surge o fogo, as pessoas cozinham, fazem potes, fazem instrumentos, começam a plantar e a colher. As pessoas descobrem os sons, a música, a dança.
Os casais notam suas diferenças, se tocam, se beijam, descobrem o prazer, descobrem o amor, as mulheres engravidam. Nascem as primeiras crianças.
O Paraíso vai se completando. Todas as coisas vão surgindo até que o mundo se estabiliza. As pessoas caçam, comem, brincam, amam e trabalham.
O Paraíso que a ave procurava está completo.
PARAGUASSÚ
Em meio às praias imensas há uma grande entrada de mar, uma entrada para uma baía cheia de ilhas grandes e pequenas.
Logo depois da entrada da baía em seguida a algumas pequenas praias em forma de arco há uma há uma pequena baía interna com uma pequena praia de águas muito mansas e profundas. Um pequeno porto cercado de colinas suaves.
Ao fundo há uma colina mais alta onde desde a base até ao meio se estende uma tribo com muitas palhoças redondas.
Numa delas está um casal e o pajé da tribo. O pajé é o sacerdote e curandeiro da tribo. Há um casal no chão. O homem está ao lado da mulher grávida, prestes a ter a criança. Ela geme, faz força, a criança nasce. Uma menina.
A criança chora, os pais sorriem. O pai é Itaparica chefe da tribo, gourmet, bon vivant, muito simpático mas firme no comando.
- Esta minha filha vai se chamar Paraguassú.
A criança cresce, se torna muito esperta e curiosa.
Segue o pai em tudo, é destemida.