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Edu Gaspar: O Craque de Chuteira e Sapato
Edu Gaspar: O Craque de Chuteira e Sapato
Edu Gaspar: O Craque de Chuteira e Sapato
E-book163 páginas2 horas

Edu Gaspar: O Craque de Chuteira e Sapato

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Sobre este e-book

Poucas personalidades do futebol brasileiro conseguiram carreiras tão bem-sucedidas na condição de atleta e gestor como Edu Gaspar. Ídolo do Corinthians e integrante de um Arsenal que foi um dos melhores times da última década, o ex-meio-campista passou por Valencia, Seleção Brasileira e preparou-se para ser um dos principais dirigentes do futebol brasileiro, chegando à Seleção também no novo cargo. Por trás da história do único duas vezes campeão do mundo com o Corinthians, há a superação de alguém que ficou sem andar por um ano e diversos causos, como os detalhes da transferência para o futebol espanhol e o atrito com a estrela Thierry Henry no Arsenal. Desenvolvido entre 2013 e 2017, Edu Gaspar: o craque de chuteira e sapato conta com relatos e declarações de grandes personalidades do futebol, como Andrés Sanchez, Tite, Patrick Vieira, Gilberto Silva e Mano Menezes, para retratar toda a carreira de jogador de Edu, um dos mais proeminentes talentos surgidos do terrão corintiano, até sua ascensão ao posto de um dos dirigentes mais renomados atualmente no Brasil e que teve papel importante para a disseminação de ideias modernas. Algo expressivo em tempos em que se discute diariamente a necessidade de atualização e organização do futebol nacional.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de mar. de 2018
ISBN9788547307158
Edu Gaspar: O Craque de Chuteira e Sapato

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    Pré-visualização do livro

    Edu Gaspar - André Donke

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição - Copyright© 2017 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

    Dedicamos este trabalho aos nossos pais, que sempre incentivaram e apoiaram nossas decisões, sendo elas certas ou erradas. Vocês são nossa maior inspiração e o principal motivo de levarmos com tanto afinco o projeto. Nosso amor por vocês é imensurável.

    Em especial, dedicamos esses longos meses de trabalho a Elydio dos Santos Neto, pai de um dos membros do grupo, que nos deixou durante essa caminhada.

    Que toda a sua energia positiva, paz e confiança em nosso livro estejam refletidas nas páginas a seguir.

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos aos nossos familiares, que sempre nos deram carinho e apoio, fontes indispensáveis para alcançar nossos objetivos, como produzir este livro. Todas as palavras presentes neste exemplar carregam o amor e a alegria que temos em dividir esta conquista com vocês.

    Agradecemos a Leonardo Bertozzi, que nos fez críticas construtivas e nos encorajou a levar um projeto universitário às livrarias.

    E agradecemos, em especial, a Jorge Tarquini, pela paciência e confiança em nosso projeto, desde que ele se iniciou como Trabalho de Conclusão de Curso na faculdade de Jornalismo. Você deu uma enorme contribuição para que nossa ideia fosse colocada em prática e fosse além do campus da universidade. Obrigado por nos passar um pouco do seu conhecimento e pelos conselhos tão precisos.

    PREFÁCIO

    Em tempos de extrema mercantilização do futebol, poucos são os profissionais que conseguem se identificar com um clube da maneira que Edu Gaspar até hoje se identifica com o Corinthians. Único personagem presente nos dois títulos mundiais conquistados pela equipe (como, aliás, bem lembra este livro), em 2000, como jogador, e em 2012, como gerente de futebol, Edu é uma legítima cria do Parque São Jorge, que ele frequenta desde os 6 anos de idade. Foi também diante dos olhos da própria Fiel Torcida que Edu se fez homem, ao marcar o gol da vitória sobre o Vasco por um a zero, na final da Copa São Paulo de Juniores de 1999. Depois disso, ganharia fama como jogador internacional, chegaria à Seleção Brasileira e, por fim, como o filho pródigo que sempre demonstrou vocação para ser, voltaria para encerrar uma carreira e iniciar outra, igualmente promissora, como dirigente.

    O primeiro – e talvez maior – gol dos autores deste livro foi ter sensibilidade para perceber o potencial dessa história. Mesmo nos momentos em que ela parece comum, ao revelar os sonhos de um garoto que queria ser jogador profissional, suas inseguranças, altos e baixos, vitórias e derrotas de uma carreira que é literalmente um jogo, a narrativa, que você vai acompanhar a partir de agora, nada perde de sua força. Ao contrário: consegue se manter igualmente fascinante. Seu ápice é atingido com revelações das quais só se conseguiria tomar conhecimento graças ao interessante trabalho de apuração desenvolvido por esses jovens e promissores jornalistas. Bastidores, detalhes de momentos cruciais da vida do personagem, como a infância em que chegou a perder os movimentos das pernas ou a morte precoce da irmã, são revelados com estilo semelhante ao dos melhores e mais consagrados livros-reportagem. A julgar por essa amostra, o jornalismo acaba de ganhar craques à altura da identificação de Edu com seu time. E com o próprio futebol.

    Celso Unzelte

    Jornalista

    Sumário

    1 - CAMINHO INTERROMPIDO

    2 - INFÂNCIA CORINTIANA

    3 - ESTAGIÁRIO DE LUXO

    4 - O QUARTETO

    5 - BALADA E GOL SALVADOR

    6 - NASCE UM ÍDOLO

    7 - CONQUISTANDO O MUNDO PELA PRIMEIRA VEZ

    8 - O PASSAPORTE

    9 - LONDRES: TEMPOS DE MUDANÇAS

    10 - VALÊNCIA OU TURIM?

    11 - MONTANHA-RUSSA EM VALÊNCIA

    12 - O BOM FILHO À CASA TORNA

    13 - DO OUTRO LADO DO FUTEBOL

    14 - 2012: MELHOR QUE A ENCOMENDA

    15 - CONQUISTANDO O MUNDO PELA SEGUNDA VEZ

    16 - A SELEÇÃO CHAMA DE NOVO

    REFERÊNCIAS

    1

    CAMINHO INTERROMPIDO

    Quando um garoto chega aos 15 anos de idade, geralmente é possível perceber se seguirá adiante no futebol, o grande sonho de qualquer brasileiro. Eduardo, ou Edu, claramente estava no seleto grupo dos que avançaram na carreira. Desde os seis anos jogando e vivendo o Corinthians, ele sempre mostrou sua paixão pela bola, mesmo antes de saber andar.

    Quando tinha menos de um ano de idade, o bebê foi presenteado pela avó com o brinquedo que viria a ser o predileto: uma bola. Edu ainda estava aprendendo os gestos mais simples e ela seria usada da melhor forma possível depois de, pelo menos, um ano. No entanto, todos ao redor do menino foram surpreendidos quando ele pegou a companheira, soltou e, com um tempo de reação inimaginável para a sua idade, chutou.

    – Acho que vai ser jogador de futebol – já dizia a responsável por ter entregado o presente.

    A história é apenas uma das que dona Marcia Daud Gaspar costuma contar sobre o talento que o filho já demonstrava para o futebol.

    O menino cresceu, e a paixão pelo esporte continuava a mesma. Sempre chamando atenção pelo que fazia em quadra, foi parar no Corinthians com apenas seis anos. A ascensão foi rápida e tudo caminhava para a formação de mais um novo talento do famoso terrão do time de Parque São Jorge. Um fato misterioso, até hoje pouco falado, quase terminou a história de Edu no futebol.

    Logo após uma festa de formatura no Palmeiras, Edu, no alto de seus 15 anos, voltava para sua casa, em Guarulhos/SP, com o amigo Ricardinho, que iria dormir lá naquela noite. Antes de se deitar, veio um enjoo, que já dava o indício de que algo estava errado. Porém, até aí, nada demais. Era só dormir após um chazinho que passaria.

    Na manhã seguinte, o mal-estar havia passado, mas levou junto também a movimentação da perna direita.

    – Pô, Ricardinho. Estou com uma dor na coluna, não estou conseguindo me levantar.

    – Ah, Edu. Vai, vamos levantar e escovar os dentes.

    – É sério. Chama meu pai.

    A situação já não era tão boa. O pai, seu Edmundo Gaspar, estava doente. Assim, Marcia teve de deixar a loja em que trabalhava para voltar para casa e, então, levar o menino ao hospital. Isso sem poder contar com um convênio médico.

    – Você caiu? – pergunta o médico.

    – Caí, sim. Ontem joguei bola e caí em cima de uma pedra – conta Edu, logo após tirar um raio-X.

    O problema estava identificado. Era só tomar uma injeção e Edu estaria de volta à fiel companheira, a bola, nas quadras de futebol de salão.

    A manhã seguinte mostrou o contrário: a perna insistia em não responder, e a preocupação aumentou. O Corinthians precisava ser informado. Um de seus grandes jovens talentos não poderia fazer o que mais gostava, e o que começava a assustar era a dúvida de quando poderia voltar a fazer. Os médicos do Corinthians então o chamaram no mesmo dia. Outros exames, radiografia e nada.

    Sem andar, Edu precisava ainda mais da ajuda da família, algo que nunca faltou. Porém, dessa vez, não se tratava apenas de carinho e da boa relação com os irmãos e os pais. Ele não conseguia fazer as coisas mais simples, como andar ou tomar banho, tarefa incumbida a Jean, o irmão mais velho.

    A relação familiar, por sinal, foi testada nesse período difícil não apenas para o próprio Du, como é conhecido em sua casa. No entanto, como sempre, ele mostrou ser forte, inclusive nos momentos ruins. O amor ficou fortalecido, ao mesmo passo que alguns sacrifícios precisavam ser feitos. Por exemplo, não tinha mais balada para Jean nem para Fabrícia, a irmã do meio.

    Se o apoio era maior, a dor também. Enquanto a musculatura da perna

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