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Teoria Psicossomática
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E-book90 páginas1 hora

Teoria Psicossomática

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Sobre este e-book

As emoções são uma fonte de vida e de prazer, mas quando estas adquirem determinadas variantes negativas e se tornam crónicas, podem desencadear o aparecimento de doenças psicossomáticas.

Estas doenças são mais frequentes do que se possa imaginar, sobretudo porque existe um grande desconhecimento sobre a saúde geral do indivíduo, como preservá-la e cuidar dela.

Este texto constitui a primeira abordagem ao tema das doenças psicossomáticas de uma perspetiva teórica.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento1 de mar. de 2020
ISBN9781071533703
Teoria Psicossomática

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    Teoria Psicossomática - Juan Moisés De La Serna

    Prefácio

    As emoções são uma fonte de vida e de prazer, mas quando estas adquirem determinadas variantes negativas e se tornam crónicas, podem desencadear o aparecimento de doenças psicossomáticas.

    Estas doenças são mais frequentes do que se possa imaginar, sobretudo porque existe um grande desconhecimento sobre a saúde geral do indivíduo, como preservá-la e cuidar dela.

    Este texto constitui a primeira abordagem ao tema das doenças psicossomáticas de uma perspetiva teórica.

    Objetivo:

    O objetivo do livro é constituir a primeira abordagem à medicina psicossomática, com especial atenção para as teorias explicativas sobre a sua origem e função.

    Um texto para aproximar o leitor de um dos desafios mais importantes que a medicina assumiu em parceria com a psicologia, os distúrbios psicossomáticos.

    ––––––––

    Destinatários:

    - Médicos que pretendem desenvolver os efeitos das emoções na saúde

    - Doentes com distúrbios psicossomáticos e familiares para terem um conhecimento mais profundo sobre esta nova perspetiva da doença.

    - Qualquer pessoa que queira saber a forma como as emoções podem afetar a saúde e a forma como o tratamento deve ser abordado de uma perspetiva holística da equipa.

    Tema

    - Abordagem Psicossomática e Distúrbios Psicossomáticos

    Neste ponto, abordamos a origem das teorias explicativas sobre a abordagem psicossomática e os tipos de distúrbios que são incluídos nesta perspetiva

    - Personalidade Psicossomática

    A origem da personalidade, a sua formação ao longo da vida e os problemas de saúde que uma personalidade inapropriada pode acarretar são avaliados neste capítulo.

    - Abordagem da Psiconeuroinmunoendocrinologia (P.N.I.E.)

    Considerada como o último grande contributo da ciência da saúde, esta abordagem apresenta um modelo para superar os limites da medicina e da psicologia, que constitui uma perspetiva limitada dos problemas psicossomáticos.

    Índice

    Dedicado aos meus pais

    Capítulo 1. Abordagem Psicossomática

    A primeira coisa que devemos referir é a abordagem psicossomática da doença, que não é exclusiva de uma disciplina isolada, também beneficia dos progressos realizados tanto na área da medicina como da psicologia.

    Para isso devemos estabelecer a diferença entre estas três áreas de conhecimento, que são responsáveis pela sua perspetiva da saúde no indivíduo. A principal diferença é precisamente onde é colocado o foco de atenção, tanto em determinar a origem como a intervenção a realizar. 

    Do âmbito médico até ao final do século XVI manteve-se a tradição somática das doenças e o seu tratamento, presente nos postulados do médico grego Galeno, que excluía qualquer doença que não fosse observável, ou seja, considerava apenas como doenças aquelas que tivessem uma base orgânica real e objetiva.

    Apesar dos progressos anatomopatológicos, fisiopatológicos e etiopatogénicos, cada vez era mais patente a intervenção do psíquico durante as doenças, mas foi necessário esperar pelo final do século XIX para que médicos reputados manifestassem o interesse por fenómenos como as neuroses ou as histerias, surgindo termos como doença por representação ou lesão dinâmica

    A partir destes contributos, e superando as reticências das posturas que continuavam a defender o reducionismo biológico, foram progressivamente incluídos na prática clínica aspetos relativos à vida subjetiva do doente tanto no diagnóstico como no tratamento.

    Apesar dos progressos na hora de determinar a interdependência entre a psique e o soma, atualmente, existe ainda uma clara subvalorização dos aspetos psicológicos no âmbito hospitalar, conforme reflete a distinção entre os termos clínicos sinais e sintomas:

    - Os sinais,

    referem-se a um dado objetivo recolhido diretamente pelo médico, sobre o estado de saúde do indivíduo, como por exemplo um número reduzido de leucócitos no sangue como resultado de uma análise; alteração nas ondas P segundo a eletrocardiograma; ou a presença de placas senis e fibras nervosas evidenciadas por uma T.A.C.  (Tomografia Axial Computorizada).

    - Os sintomas,

    por sua vez, são a expressão subjetiva de um doente sobre o mau funcionamento do seu organismo. Equivale a queixas ou distúrbios manifestados pelo doente sobre a doença; além da intensidade sentida de incómodos ou dores.

    No momento de preencher o historial clínico para determinar se o indivíduo sofre de um quadro clínico, o valor dos sinais é determinante face aos sintomas, que são tidos em conta como sinais a explorar, sem valor diagnóstico por si próprios.

    Do âmbito da Psicologia e, em particular, da Psicologia Clínica, o indivíduo é concebido como um ser duplo, composto por um corpo físico e uma mente imaterial; conceção defendida pelo racionalismo de Descartes que estabeleceu a mesma distinção entre aquilo que denominava de Res Extensa (o mundo físico) e a Res Cogitans (o mundo cognitivo ou mental); posição que, com mais ou menos opositores, perdurou até aos nossos dias.

    A psicologia apesar de ser uma ciência relativamente recente, com pouco mais de 100 anos de desenvolvimento, encontrou o seu espaço no campo da subjetividade do indivíduo. Os pensamentos, emoções e vivências pessoais são o âmbito de trabalho da psicologia. A Psicologia Clínica trata especificamente dos distúrbios dos pensamentos, emoções e comportamentos dos doentes. Os sintomas neste âmbito desempenham um papel determinante, tanto no diagnóstico como no tratamento das doenças mentais.

    Esta distinção entre áreas de aplicação, entre a biológica e a mental, resultou numa evolução separada relativamente a técnicas e métodos de avaliação e intervenção.

    - A Medicina,

    centrada no diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças, principalmente de origem biológica, tem vindo a aperfeiçoar diversas técnicas

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