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O Lado Emocional da Endometriose
O Lado Emocional da Endometriose
O Lado Emocional da Endometriose
E-book214 páginas2 horas

O Lado Emocional da Endometriose

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Sobre este e-book

O lado emocional da endometriose busca observar a correlação entre estratégias de enfrentamento (coping), depressão, níveis de estresse e percepção de dor em pacientes com endometriose. Sendo essa uma doença psicossomática, observa-se a necessidade de assistir as pacientes física e psiquicamente.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de mar. de 2021
ISBN9786558202660
O Lado Emocional da Endometriose

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    Pré-visualização do livro

    O Lado Emocional da Endometriose - Lilian Donatti

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    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO MULTIDISCIPLINARIDADES EM SAÚDE E HUMANIDADES

    Ao meu filho, Raphael, razão de tudo o que faço em minha vida.

    Aos meu pais, Orlando e Ignez, exemplos de vida, valores e amor incondicional.

    Aos meus irmãos e a toda a minha família, que me incentivam e apoiam sempre.

    Às minhas pacientes, pela confiança e entrega ao tratamento.

    Aos profissionais e colegas que me orientam e acompanham nesta jornada.

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço em primeiro lugar a Deus, pela vida e por, neste percurso, ter me proporcionado a oportunidade de cumprir essa jornada de crescimento que foi o estudo deste tema.

    Agradeço aos meus pais, por tudo que fizeram e ainda fazem por mim. Eles são minha base, força e exemplo, sem eles eu não estaria aqui.

    Agradeço ao meu filho, que é luz em minha vida e que me ensina a cada dia novas habilidades como mãe.

    A toda a minha família: irmãos, avós, padrinhos, tios, primos que tanto me apoiam e admiram meu caminhar.

    Agradeço aos queridos profissionais da área que me auxiliaram no desenvolvimento desta obra.

    De mesmo modo especial, agradeço ao Dr. Sergio Podgaec, que, desde nosso primeiro encontro, acreditou e se interessou pelo meu trabalho, e além disso abriu as portas para que ele se concretizasse. Obrigada pelas orientações, pelo conhecimento compartilhado, pelo acolhimento e pela oportunidade de conhecer, em sua figura, um lado extremamente humano no mundo médico.

    Do mesmo modo especial, à minha professora e orientadora Dr.ª Denise Gimenez Ramos, pelo seu profissionalismo e brilhantismo ao transmitir seu conhecimento e garantir a excelência na condução, execução e análise desse tema no âmbito psicológico. Tê-la ao meu lado nesse processo fez toda a diferença e transformou meu olhar e entendimento diante da Psicologia e da Psicossomática. Muito obrigada!

    Ao Dr. Edmund Chada Baracat, que permitiu a realização deste trabalho de observação e pesquisa.

    Ao Dr. Marcus Zulian Teixeira, que me acompanhou na rotina dentro do ambulatório de Ginecologia do Hospital das Clínicas, oferecendo-me de modo tão gentil e parceiro seu olhar médico de renomada experiência, suas dicas e orientações. Com certeza a prática da minha pesquisa se aprimorou com a ajuda de seu olhar e com a sua parceria.

    A todos os médicos, residentes, enfermeiras e funcionários do ambulatório, que me auxiliaram em todas as minhas necessidades durante a realização prática desta pesquisa.

    Meu muito obrigada as 171 pacientes que aceitaram participar da pesquisa e que partilharam um pouco de suas experiências sobre como é conviver com a endometriose, dedicando tempo por meio das respostas dadas aos questionários apresentados.

    Aos professores que fizeram parte desta jornada e que ministraram excelentes e inesquecíveis aulas, estas estão registradas e guardadas na memória e, certamente, trouxeram luz para a escrita desta obra: Prof.ª Dr.ª Liliana Liviano Wahba; Prof.ª Dr.ª Ceres Alves de Araújo; Prof. Dr. Durval Luiz de Faria; Prof.ª Edna Peters Kahhale; e Prof.ª Dr.ª Mathilde Neder, pela honra de estar em sua companhia em Jornadas e Simpósios e pelo conhecimento que nos transmite de modo ímpar. À Prof.ª Dr.ª Yara Pisanelli Gustavo de Castro, pelo auxílio na análise estatística, transformando dados em informações.

    A todos os meus amigos e colegas, que trabalharam em conjunto comigo durante esses anos, proporcionando-me apoio, parceria, incentivo e grandes ideias.

    Que estejamos sempre juntos na jornada da vida!

    Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tange e range, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia.

    (Fernando Pessoa)

    PREFÁCIO

    O livro O lado emocional da endometriose vem para preencher uma lacuna importante no conhecimento dessa doença prevalente, que tem sido extensamente estudada nos últimos anos, com pesquisas que buscam as causas, os métodos diagnósticos e as melhores formas de tratamento.

    Nesse contexto, Lilian Donatti interessou-se em entender mecanismos de enfrentamento (coping) das mulheres com endometriose e desenvolveu uma interessante pesquisa que resultou em sua dissertação de mestrado e artigo científico, demonstrando que pacientes com endometriose que utilizam estratégias positivas de enfrentamento apresentam melhor adaptação ao estresse e melhor quadro em relação à depressão. A partir disso, Lilian intensificou seus estudos que culminam agora com este livro, que trata das questões relacionadas ao lado emocional da endometriose, abordando áreas que são afetadas pela doença, como a sexualidade, a vida profissional, assim como o lado físico e emocional propriamente dito.

    Ao trazer esses conceitos, percebemos ainda mais a necessidade de uma abordagem multiprofissional no tratamento das mulheres que apresentam endometriose, que devem receber cuidados terapêuticos focados na doença, mas também direcionados para a saúde emocional, pois corpo e mente são parte de um único conjunto. Esta obra será de grande valia para a atualização de profissionais que trabalham para o bem-estar de tantas pacientes que são diagnosticadas com endometriose.

    Sergio Podgaec

    Professor livre docente do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia

    da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

    APRESENTAÇÃO

    Jung desperta-nos para olharmos para o simbolismo da vida. Mostra-nos que é preciso acreditar na altivez e plenitude da nossa psique, pois nela está contida nosso melhor caminho em busca da nossa melhor versão como pessoa. Claro que não é uma jornada fácil, quando nos deparamos com nossas imperfeições, com nossa sombra, muitas vezes nos assustamos e recuamos. Não é fácil nos desafiar, porém, para que possamos nos destituir das roupas antigas da alma e trilhar em busca do nosso novo, precisamos de um tanto de coragem, determinação, foco e persistência. Além disso, quando nos deparamos com a dor da endometriose, outras difíceis barreiras também surgem, e estas não são apenas psíquicas, mas físicas. Nesse ponto é mais do que fundamental entendermos a relação constante e única entre corpo e mente. Não há dissociação. A psicossomática vem nos apontar que não é possível identificar quem influencia quem, pois corpo e mente são uma díade! Não há separação. Então aqui é o ponto crucial: aprender a cuidar da mente e aprimorar o autocuidado nos proporciona também maior equilíbrio do corpo, do organismo como um todo.

    O cenário da endometriose mostrou-se altamente impactante na vida de modo geral: desde a dúvida inicial sobre o diagnóstico e os cuidados necessários, a busca por profissionais especializados e acessíveis financeiramente, a dor muitas vezes incapacitante, a necessidade muitas vezes de passar por cirurgias, a descoberta da possibilidade de infertilidade, as dificuldades que permeiam a vida conjugal, a dor na relação sexual, as ausências no trabalho e na vida social devido à dor, a oscilação emocional, a necessidade de monitorar constantemente a evolução ou não da doença com exames desconfortáveis, muitos são os motivos pelos quais o quadro da endometriose desencadeia desregulação emocional, podendo-se chegar ao estresse e à depressão.

    Simbolicamente é uma doença que atinge a feminilidade: inicialmente os órgãos sexuais femininos, a região da pelve, que são acometidos. Muito há para se olhar e descobrir nesse cenário. A relação com o corpo, com o feminino, com o significado de ser mulher.

    Para que ocorra uma mudança significativa e duradoura na nossa psique e nas nossas atitudes, existe um primeiro componente fundamental: o conhecimento. Esta obra identificou que a forma como a mulher com endometriose enfrenta a sua realidade está diretamente relacionada com a intensidade da vivência do estresse, da depressão e da dor. Então, esta obra irá te munir de conhecimento e ferramentas para concretizar essas mudanças. Venha trilhar esse caminho e comece a sua jornada de transformação.

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    Sumário

    1

    EU E A ENDOMETRIOSE: COMO ESCOLHI ESSE CAMINHO?

    OU SERÁ QUE FOI ELE QUE ME ESCOLHEU? 19

    2

    O QUE EU DESCOBRI SOBRE A ENDOMETRIOSE 21

    3

    O QUE É ENDOMETRIOSE? 25

    3.1 Prevalência: qual o número estimado de mulheres com endometriose? 27

    3.2 Etiologia: como a endometriose surge? 29

    3.3 Quadro clínico: quais são os sintomas mais comuns da endometriose? 30

    3.4 Diagnóstico: qual é o exame considerado padrão ouro para

    diagnosticar a endometriose? 31

    3.5 Quais são os tratamentos existentes para a endometriose? 38

    4

    A ENDOMETRIOSE SOB O OLHAR DA

    PSICOSSOMÁTICA JUNGUIANA 43

    5

    ENDOMETRIOSE, ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO (COPING), DEPRESSÃO, ESTRESSE E DOR 51

    5.1 Coping – estratégias de enfrentamento 51

    5.2 Depressão e sofrimentos emocionais 58

    5.4 Dor 67

    5.5 Demais contextos afetados na endometriose 72

    5.5.1 Qualidade de Vida 72

    5.5.2 Transtornos na Sexualidade 73

    5.5.3 Transtornos na vida profissional 74

    6

    PERCURSOS DESTA PESQUISA 77

    6.1 As escalas que eu usei 77

    6.2 Resultados das variáveis – coping, depressão, estresse e dor 84

    6.3 Cruzamentos dos resultados 87

    6.4 Análise dos subgrupos 93

    6.5 A divisão em grupos (Clusters): quem estava melhor e quem não estava? 102

    6.5.1 – Análise dos clusters de acordo com as variáveis 104

    6.6 Teste Chaid (Chi-squared Automatic Interaction Detection): como

    algumas variáveis afetam outras? 107

    7

    QUAIS AS RESPOSTAS PARA TANTAS PERGUNTAS E ANÁLISES? 111

    7.1 Estratégias de coping 112

    7.2 Depressão 113

    7.3 Estresse 113

    7.4 Dor 114

    7.5 Medicação psiquiátrica e Psicoterapia 115

    7.6 Pacientes operadas 116

    7.7 Pacientes com infertilidade 116

    7.8 Medicação para endometriose 116

    7.9 Correlação entre variáveis 116

    8

    DEPOIMENTOS DE PACIENTES 119

    9

    CHEGAMOS AO FIM, OU AO COMEÇO! 137

    REFERÊNCIAS 141

    ÍNDICE REMISSIVO 149

    1

    EU E A ENDOMETRIOSE: COMO ESCOLHI ESSE CAMINHO? OU SERÁ QUE FOI ELE QUE ME ESCOLHEU?

    Desde meu primeiro contato e estudos em Psicologia, sempre tive muito interesse na Psicossomática e sabia que esse tema estaria de algum modo envolvido em minhas pesquisas. Havia uma questão, quando eu pensava nesse assunto: queria entender como e se os conflitos pessoais interferiam nas manifestações corporais, como doenças, alergias, dores etc. Nesse momento de minha vida, as perguntas ainda eram amplas e gerais, uma vez que eu não havia escolhido uma doença específica para pautar meus estudos.

    Muito tempo se passou até que, no

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