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As cadeias fisiológicas- a cadeia visceral: abdome-pelve: descrição de tratamento
As cadeias fisiológicas- a cadeia visceral: abdome-pelve: descrição de tratamento
As cadeias fisiológicas- a cadeia visceral: abdome-pelve: descrição de tratamento
E-book284 páginas2 horas

As cadeias fisiológicas- a cadeia visceral: abdome-pelve: descrição de tratamento

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Sobre este e-book

Com o objetivo de evidenciar a presença efetiva de uma cadeia visceral, propomos uma descrição da anatomia abdominal e pélvica no homem e na mulher. A descrição do peritônio, de suas propriedades e de seus prolongamentos é o ponto de partida e, de certa maneira, o ponto de referência permanente, pois, na medida em que o nosso propósito é demonstrar a verdadeira continuidade – e não uma simples contigüidade entre o nível visceral e o nível músculo-esquelético –, as propriedades dessa membrana nos interessam particularmente. De fato, o peritônio, como indica a sua origem etimológica grega (periteinõ), é aquele que "se estende em volta". Em outras palavras, ele reveste toda a cavidade abdominal. Desde já, neste estágio da descrição, ele aparece como o intermediário capaz de assegurar uma verdadeira continuidade entre o conteúdo visceral e o "recipiente" muscular.
Antes mesmo de precisarmos mais detalhadamente a nossa descrição do peritônio, podemos citar a análise de eminentes anatomistas.
Segundo Rouvière, em Anatomie humaine descriptive, topographique et fonctionelle (Volume II, página 353): "Peritônio visceral, peritônio parietal, mesos, omentos e ligamentos são partes de uma mesma membrana que é contínua e limita uma cavidade virtual: a cavidade peritoneal".
Segundo J. Brizon, I. Castaing e F.G. Hourtaulle em Le Péritoine; Embryologie, Anatomie (página 11): "Peritônio visceral e peritônio parietal formam uma continuidade". Segundo A. Bouchet e J. Cuilleret em Anatomie topographique, descriptive et fonctionnelle (Volume IV, página 1868): "O peritônio forma um saco totalmente fechado (com exceção da linha de Farre na mulher) cuja face superficial parietal se molda sobre as paredes músculo-aponeuróticas da cavidade abdomino-pélvica".
Segundo P. Kamina em Anatomia clínica (volume 3, 2ª edição, página 222): O peritônio visceral constitui a serosa da víscera e une as vísceras, entre si ou à parede para constituir os ligamentos viscerais e os omentos ou epiplons.
Segundo E.P. Widmaier, H. Raff e K.T. Strang em Fisiologia humana, os mecanismos do funcionamento do organismo (5a edição, página 612)... Finalmente, em torno da face externa do tubo (digestivo), encontramos uma fina camada de tecido conjuntivo chamada serosa. Folhetos de tecido conjuntivo ligam a serosa à parede abdominal, apoiando assim o trato gastro-intestinal na cavidade abdominal.
À leitura desses pontos de vista, a nossa hipótese de uma interdependência do sistema peritoneal e do sistema musculoesquelético não parece reforçada? Isto posto, e considerando que o nosso projeto de pesquisa parece pertinente, procedamos a um estudo detalhado da anatomia do peritônio e de seus prolongamentos. 
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de mai. de 2020
ISBN9788593941061
As cadeias fisiológicas- a cadeia visceral: abdome-pelve: descrição de tratamento

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    As cadeias fisiológicas- a cadeia visceral - Michèle Busquet-Vanderheyden

    Os mesmos autores publicados pelas Edições Busquet

    Coleção Método Busquet

    As cadeias fisiológicas volume I - Fundamentos do método - tronco - coluna cervical - membro superior. Léopold Busquet ; Michèle Busquet- Vanderheyden, 2014.

    As cadeias fisiológicas volume II - A cintura pélvica, o membro inferior. Léopold Busquet, 2º edição, revista e completada, 2014.

    As cadeias fisiológicas volume V - Tratamento do crânio. Léopold Busquet, 4º edição revista e completada, 2015.

    As cadeias fisiológicas volume VI - A cadeia visceral, abdome, pelve. Michèle Busquet-Vanderheyden, 4º edição revista e completada, 2015.

    As cadeias fisiológicas volume VII - A cadeia visceral, tórax, garganta, boca. Michèle Busquet-Vanderheyden ; Léopold Busquet, 3º edição, revista e completada, 2015.

    As cadeias fisiológicas volume VIII - O bebê ao coração de vossas mãos. Michèle Busquet-Vanderheyden, 3º edição, revista e completada, 2014.

    Coleção as Cadeias Musculares

    As cadeias musculares volume I - Tronco, coluna cervical e membros superiores. Léopold Busquet, 6º edição revista e atualizada, 2012, esgotada.

    As cadeias musculares volume II - Lordoses, cifoses, escolioses e deformações torácicas. Léopold Busquet, 5º edição revista e atualizada, 2012.

    As cadeias musculares volume III - A pubalgia. Léopold Busquet, 5º edição, revista e atualizada, 2014.

    Coleção Osteopatia

    L’ostéopathie crânienne, Léopold Busquet, 8e édition, revue et actualisée, 2015.

    Ophtalmologie et ostéopathie, Léopold Busquet, Bernard Gabarel, 2e édition, 2004.

    Ao meu marido, pois sem seu encorajamento talvez eu não tivesse me lançado nesta aventura que representa escrever um livro.

    Aos professores do ISCAM em Bruxelas, do Collège Sutherland em Namur e da Formation Les Chaînes Musculaires em Paris, que transmitiram para mim o amor pela minha profissão.

    Um agradecimento particular aos cirurgiões que, durante suas cirurgias,

    me permitiram obter respostas a numerosas questões. Desejo expressar aqui todo o meu reconhecimento por suas disponibilidades e suas competências.

    Sumário

    Capa

    Folha de rosto

    Introduçao

    Descrição

    I – O peritônio

    II – As paredes músculo-aponeuróticas da cavidade abdominal e suas relações com o peritônio

    II-1 – A parede superior do abdome

    II-2 – A parede ântero-lateral do abdome

    II-3 – A parede posterior do abdome

    II-4 – A parede inferior da cavidade abdominal

    III – As propriedades do peritônio

    III-1 – Propriedades mecânicas

    III-2 – Propriedades hemodinâmicas

    III-3 – Propriedades protetoras

    III-4 – Propriedades de isolante térmico

    III-5 – Propriedades de troca

    IV – O trato gastrointestinal e seu sistema nervoso autônomo: o segundo cérebro.

    IV-1 A regulação nervosa

    V – Os prolongamentos do peritônio visceral e do peritônio parietal

    V-1 – Os mesos

    V-2 – Os omentos

    V-3 – Os ligamentos

    V-4 – As fáscias: tecido retroperitoneal

    VI – As continuidades teciduais de cada órgão peritonizado

    VI-1 – O estômago

    VI-2 – O duodeno

    VI-3 – O pâncreas

    VI-4 – O baço

    VI-5 – O fígado

    VI-6 – O intestino delgado

    VI-7 – O colo

    Conclusão

    VII – As lojas renais

    VIII – Os ureteres

    IX – Os prolongamentos do peritônio na pelve menor masculina

    IX-1 – A bexiga

    IX-2 – A próstata

    IX-3 – Os canais deferentes

    X – Os prolongamentos do peritônio na pelve menor feminina

    X-1 – Os ligamentos largos

    X-1-a – O mesométrio

    XI – Conclusão

    Prática

    I – Exame do paciente

    1 – Anamnese

    l-2 – Exame clínico do paciente

    l-2-a – Exame global das cadeias musculares

    I-2-b – Morfologia do abdome

    I-2-c – Exame venoso e arterial

    I-2-d – Exame da tensão abdominal

    I-2-e – Percussão abdominal

    I-2-f – Palpação abdominal

    Palpação do epigástrio

    Palpação do hipocôndrio esquerdo

    Palpação do hipocôndrio direito

    Palpação do nível inframesocólico

    Palpação da fossa ilíaca direita

    Palpação da região lateral direita

    Palpação da fossa ilíaca esquerda

    Palpação do fígado

    Sinal de Murphy

    Palpação dos rins

    Palpação do baço

    Pontos renais

    Percussão renal

    I-3 – Síntese do exame

    II – Tratamento da cadeia visceral na região da cavidade abdominopélvica

    II-1- Postura da zona epigástrica

    II-2 – Postura da região do hipocôndrio esquerdo

    II-3 – Postura da região do hipocôndrio direito

    II-4 – Posturas da região do nível inframesocólico

    II-5 – Postura da região da fossa ilíaca direita

    II-6 – Postura da região lateral direita

    II-7 – Postura da região da fossa ilíaca esquerda

    II-8 Grande manobra abdominal do Dr Stapfer

    II-9 – Postura do úraco e da aponeurose umbilico-pré-vesical

    II-10 – Postura do ligamento redondo

    II-11 – Postura da loja renal

    II-12 – Postura da região pélvica

    II-13- Efeito das posturas viscerais

    II-14 Aspiração visceral

    Conclusão

    Bibliografia

    Créditos

    Esta edição segue a publicação de dois novos livros. Nossos anos de prática e de reflexão sobre a anatomia e a fisiologia do corpo humano levaram-nos a aperfeiçoar e completar o método das cadeias.

    O trabalho a seguir faz parte dessa pesquisa.

    Os quatro primeiros volumes das Cadeias Musculares mostraram que o método de tratamento que explora a divisão estratégica das cadeias musculares do corpo humano é resultante da observação global – e não fracionada – da mecânica humana. Desse modo, desde que a anatomia foi abordada sob o ângulo da coerência de sua organização, a observação colocou em evidência a presença de cadeias musculoesqueléticas. Estas garantem a estática, a dinâmica do corpo e, em última instância, suas estratégias de compensações, isto é, as soluções de autorregulação às quais ele recorre em caso de disfunção. O conjunto das cadeias pode ser dividido em dois tipos de cadeias principais:

    1 - As cadeias dinâmicas: musculares

    2 - As cadeias estáticas: organizadoras

    Dentre as cadeias musculares, distinguimos:

    - as cadeias de flexão

    - as cadeias de extensão

    - as cadeias cruzadas de abertura

    - as cadeias cruzadas de fechamento

    Vimos anteriormente a importância do papel dessas cadeias. No entanto, apesar de ser fundamental, a evidenciação das cadeias do tipo musculoesquelético não é suficiente. A análise global atesta que ela deve ser completada pelas cadeias estáticas:

    Dentre as cadeias estáticas são distinguidas:

    - a cadeia estática visceral: pelve-abdômen-tórax-garganta-crânio

    - a cadeia estática neuro-vascular

    - a cadeia estática músculo-esquelética

    Estas cadeias suplementares que acabamos de mencionar, ao contrário das outras, não são cadeias de movimento, da dinâmica. O músculo passa para o segundo plano. Trata-se de uma fraqueza da teoria das cadeias musculares? Ao contrário, elas constituem o seu complemento. De fato, o estudo aprofundado da função estática nos levou ao questionamento do papel exclusivo do músculo. O monopólio que lhe é conferido tradicionalmente na manutenção da função estática não é confirmado. Podemos ir mesmo além e afirmar que, na realidade, o músculo não é feito para uma função estática. Veremos que, de fato, somente o tecido conjuntivo é adaptado (cf. Volume 1 das Cadeias Fisiológicas).

    Conseqüentemente, embora o nível muscular conserve toda a sua importância, no que diz respeito aos problemas de estática, é necessário levar a análise além, ou melhor, aquém do músculo, até o plano visceral.

    De fato (e isso foi demonstrado em no Volume 1 das Cadeias Fisiológicas), a estratégia engenhosa que mobiliza o corpo para assegurar a função estática não pode ser levada a termo com sucesso sem que a cadeia estática visceral seja solicitada. Portanto, o papel desta última é fundamental.

    É por estas razões que o método das cadeias musculares adotou o nome método das cadeias fisiológicas, mais de acordo com a abordagem global e profundidade do corpo humano.

    A partir daí, todo o desafio deste livro é conseguir colocar em evidência as relações existentes entre o conteúdo visceral e o recipiente musculoesquelético. Essas relações íntimas, entre o conteúdo e o recipiente, entre vísceras e músculos, vão condicionar não somente a estática, mas também toda a nossa dinâmica gestual.

    Assim, na medida em que tomamos consciência dessas interrelações, é possível fazer uma releitura da anatomia que, fazendo com que apareça claramente uma organização baseada na continuidade tecidual e em um princípio de coerência global, confirma nossas hipóteses. Desde já, justificamos tanto o aprofundamento da pesquisa até o plano visceral como o uso do termo cadeia para descrevê-lo. De fato, uma vez que as qualidades de continuidade e de coerência que encontramos no nível musculoesquelético parecem ser aqui observadas, o termo Cadeia Visceral impõe-se por si mesmo, tanto no plano anatômico quanto no plano funcional.

    A nossa exposição será dividida em duas grandes partes. Inicialmente, na primeira parte do

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