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Mais que um fio vermelho
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Mais que um fio vermelho
E-book94 páginas50 minutos

Mais que um fio vermelho

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Sobre este e-book

Duas irmãs antagonizadas pela traição se distanciam com rancor. Depois de oito anos, elas devem enfrentar juntos uma verdade que pode mudar suas vidas.

Incapaz de perdoar sua irmã por se apaixonar por seu namorado, Raquel tornou-se uma mulher maldosa, rotineira e controladora. Alaya, depois de um relacionamento tempestuoso, se distancia de sua família e se refugia obsessivamente em seu trabalho.

Erick, o homem que as separou, um jornalista viciado em adrenalina, sempre procurando notícias sensacionais e perigosas. Não satisfeito com seu trabalho como repórter de guerra, ele decide se infiltrar no mundo do narcotráfico colombiano. Uma vida de excessos o fez cair em um poço sem fundo, arrastando aqueles que estão ao seu redor.

Três pessoas, cujas vidas fazem parte de uma história dolorosa, depois de oito anos se reencontram por razões muito diferentes do amor. Quando tudo parecia esquecido, o passado volta a pesar amor e orgulho. O destino os obrigará a deixar para trás a dor e o rancor para enfrentar uma verdade terrível que colocou em risco suas vidas.

O que eles precisam perdoar?

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento25 de ago. de 2020
ISBN9781071563823
Mais que um fio vermelho

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    Mais que um fio vermelho - Liliana Del Rosso

    Mais que um fio vermelho

    Mais que um fio vermelho

    Quando a química escapa à razão

    Liliana del Rosso

    O passado é argila que o presente esculpe à vontade. Infinitamente.

    Jorge Luis Borges

    —Jogue fora essa bainha e faça de uma ... Ele nos vendeu, mate—o

    —Não, não, por favor, não ... — De joelhos, mãos amarradas, ele implorou em vão, finalmente. Fechou os olhos. Um estrondo e tudo era escuridão ...

    O jovem, encharcado de suor, levanta-se na cama, clamando por sua vida. Ela acende a luz e tenta acalmá-lo, não é a primeira vez e sabe que não será a última.

    —É apenas um pesadelo. — Ela se levanta e abre a janela. — Olha, você está em casa e seguro.

    Ele, ainda confuso, olha as luzes da rua e respira aliviado. A brisa do Tamisa, carregada de umidade, percorre o cômodo, a noite, suas luzes e os ruídos familiares o  ajudam a recuperar sua sanidade.

    —Sinto muito. — Ele enxuga o suor do rosto. — É melhor eu tomar um banho.  — Entra no banheiro e tranca a porta.

    Ela não está mais tentando ajudá-lo, já faz muito tempo que ele não quer a companhia dela. Ela se senta na beira da cama, se cobre com um cobertor, está frio, mas ela prefere não fechar a janela. No banheiro, a água ressoa como pequenos tambores na cortina do chuveiro, ocultando um soluço de partir o coração.

    A vida é realmente simples, mas insistimos em dificultar.

    (Confúcio)

    Londres, segunda-feira, 19 de novembro de 2017

    Alaya, uma madrilenha de 30 anos, todas as manhãs percorre o mesmo trajeto ao lado do Tâmisa, atravessa a ponte das duas torres e abre caminho na avalanche de turistas, mas hoje é um dia especial: ela acabou de saber que sua irmã, que ela não via há oito anos, se casará em um mês.

    Eu pensei que ninguém poderia nos separar, que nossos filhos se veriam como irmãos, que você sempre estaria lá para equilibrar minhas explosões e que eu a pressionaria a fazer coisas loucas. Eu nunca posso me perdoar por todo o dano que causamos a nós mesmas.

    Está frio e a névoa de Londres é densa, Alaya sente como a umidade enrola seus cabelos. O murmúrio da água, que geralmente está escondido atrás de centenas de vozes, é sua única companhia. O outono é uma data propícia para a melancolia, mas devo seguir em frente. Irmã, eu não mereço o seu perdão, eu sei disso e aceito o meu merecido exílio. Um alarme em seu telefone avisa que é hora de se apressar. Ela acelera o passo para o café de seu amigo, localizado a alguns metros da redação onde trabalha.

    Francisco, um jornalista espanhol aposentado há vários anos, remodelou uma loja antiga do final do século 19 para instalar sua própria versão de um café, com um espírito eclético a meio caminho entre os espaços tradicionais de Londres e os cafés espanhóis. Um bar em forma de U cercado por pequenas mesas. A música jazz suave sempre toca entrelaçada com as conversas dos clientes. Na porta de vidro, como boas vindas, gravou uma frase O café espanhol não é um lugar de passagem, é um lugar para fazer amigos

    —Bom dia, Francisco. Que cheiro bom! A essa hora da manhã, nada melhor que um café.

    —Minha cliente favorita, sempre tão entusiasmada. Eu mesmo farei sua torrada com mel das Astúrias, disse o dono do local, enquanto mostrava provocativamente um frasco recém-aberto.

    Alaya sorriu e foi para a mesa de sempre, quase escondida atrás do biombo que esconde a porta do armazém, entre o bar e a janela. Um cantinho que parece esquecido, longe do barulho e do frenético ir e vir dos clientes, mas que lhe permite observar o que está acontecendo lá. Sussurros, risadas, olhares sugestivos ou simples indiferença; milhões de imagens que ele captura em sua coluna diária. Sob o título Do café espanhol, onde reflete o cotidiano dos londrinos.

    Depois de atender uma ligação,  tirou a jaqueta, deixou-a na cadeira e foi ao bar.

    — Francisco, preciso da sua ajuda. Eu tenho algo muito grande em minhas mãos. Um relatório que deixará algumas pessoas em uma situação delicada.

    — Eu

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