Os cisnes selvagens
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Os cisnes selvagens - H.C. Andersen
Hans Christian Andersen
Príncipes e Princesas
SAGA
Príncipes e Princesas
Original title:
Príncipes e Princesas
Translated by: Pepita de Leão
Copyright © 1838, 2021 SAGA Egmont, Copenhagen
All rights reserved
ISBN: 9788726353839
1. E-book edition, 2021
Format: EPUB 3.0
All rights reserved. No part of this publication may be reproduced, stored in a retrieval system, or transmitted, in any form or by any means without the prior written permission of the publisher, nor, be otherwise circulated in any form of binding or cover other than in which it is published and without a similar condition being imposed on the subsequent purchaser.
Os cisnes selvagens
Os cisnes selvagens
Longe, longe, naquele país para onde voam as andorinhas quando chega aqui o inverno, vivia um rei que tinha onze filhos e uma filha; a menina chamava-se Elisa. Os onze irmãos eram príncipes, e iam para a escola com uma estrela no peito e de espada ao lado. Escreviam com lápis de diamante, em pedras de ouro, e aprendiam as lições de cor tão rapidamente, que era só ler uma vez. Logo se via que eram príncipes. Sua irmã sentava-se em um banquinho de espelhos e tinha um livro de figuras, cujo preço fora o valor de um reino inteiro.
Sim! Eram crianças particularmente felizes; mas essa felicidade não durou toda a vida.
O pai, que era rei de todo o país, casou com uma rainha muito má, que não tinha amor algum às pobres crianças. Já no primeiro dia elas bem o sentiram. O palácio inteiro estava em festa, e as crianças brincavam quando começaram a chegar os convidados; não lhes serviram, como era costume, bolos e maças assadas: deram-lhes apenas areia em uma taça de chá, dizendo-lhes que fizessem de conta que aquilo era uma coisa boa.
Na semana seguinte a rainha pegou a Elisinha pela mão e levou-a para o campo, entregando a menina a um casal de camponeses; e pouco tempo depois dizia ela ao rei tantas falsidades contra os pobres príncipes, que o rei não se preocupou mais com eles. E a malvada rainha disse-lhes então:
Saiam, saiam daqui! Vão voar pelo mundo afora, e tratem de ganhar a vida por si! Vamos! Voem, voem, aves sem voz!
Não pode, contudo, fazer-lhes todo o mal que desejava, porque os príncipes viraram logo em cisnes - onze magníficos cisnes selvagens. Soltando um grito estranho, saíram voando pelas janelas do palácio; voaram por sobre o parque, e saíram pelo mundo.
Era ainda muito cedo, e chegaram ao lugar onde sua irmãzinha Elisa dormia, no quarto dos lavradores. Pairaram sobre a casa, estenderam o longo pescoço, bateram as asas; mas ninguém os ouviu, nem viu. Tiveram de voar então para o alto, para as nuvens, pelo vasto mundo, e chegaram a um grande bosque escuro, que ia direito para o lado do mar.
A pobrezinha da Elisa ficou lá na casa dos campônios, e brincava com uma folha verde, porque não tinha outros brinquedos. Fez um furo na folha e por ele olhou para o sol, e pareceu-lhe que via os olhos límpidos dos irmãos; cada vez que o calor do sol lhe aquecia as faces, a menina lembrava-se dos beijos que eles lhe davam, quando estava em casa.
Os dias eram sempre iguais. Quando o vento soprava sobre a roseira que cercavam a casa, parecia dizer-lhes num murmúrio:
- Que é que pode haver mais belo do que as rosas?
Mas as flores sacudiam a cabeça e respondiam:
- Elisa!
E quando a velha se sentava em frente da porta, no domingo, e lia o seu livro de orações, o vento virava as folhas e dizia ao livro:
- Quem pode ser mais piedoso que tu?
E o livro dizia:
- Elisa!
E as roseiras e o livro de orações falavam a pura verdade.
Quando a menina fez quinze anos foi para casa; e vendo a rainha como era formosa, ficou enraivecida, e mais ainda a odiou. Gostaria bem de transformá-la também em cisne bravo, como fizera aos irmãos, mas conteve-se,