O Soldadinho de Chumbo: e outros contos de Andersen
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O Soldadinho de Chumbo - Christian Hans Andersen
Título original: New Fairy Tales by Hans Christian Andersen
Copyright © Editora Lafonte Ltda. 2022
Tradução e Adaptação: Monteiro Lobato
Em respeito ao estilo do tradutor, foram mantidas as preferências ortográficas do texto original, modificando-se apenas os vocábulos
que sofreram alterações nas reformas ortográficas.
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida por quaisquer meios existentes
sem autorização por escrito dos editores e detentores dos direitos.
REALIZAÇÃO
GrandeUrsa Comunicação
Direção Editorial: Ethel Santaella
Direção: Denise Gianoglio
Revisão: Diego Cardoso
Capa, Projeto Gráfico e Diagramação: Idée Arte e Comunicação
Ilustração de capa: Volkanakmese /Shutterstock
Ilustrações dos contos: Hans Tegner
Editora Lafonte
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Sumário
O SOLDADINHO DE CHUMBO
A MENINA DOS FÓSFOROS
O PEQUENO TUQUE
AS FLORES DE IDINHA
A CAMPONESA E O LIMPADOR DE CHAMINÉS
AS CEGONHAS
JOÃO GRANDE E JOÃO PEQUENO
O PINHEIRINHO
O ROUXINOL
O SOLDADINHO
DE CHUMBO
Era uma vez um batalhão de vinte e cinco soldadinhos de chumbo, todos irmãos, porque tinham sido feitos do mesmo pedaço de cano.
Traziam mosquetes ao ombro e conservavam-se perfeitamente esticadinhos no bonito uniforme vermelho e azul.
Logo que foram tirados da caixa de papelão, ouviram um grito de surpresa de um menino que pulava de contente:
Soldadinhos de chumbo!
. Eles haviam sido dados de presente a esse menino no dia dos seus anos e agora estavam perfilados em cima da mesa. Cada qual era exatamente semelhante aos demais, exceto um, que tinha uma perna só. Foi o último a ser fundido e faltou um bocadinho de chumbo. Apesar disso, perfilava-se tão bem na perna só como os outros nas duas – e, justamente por ser perneta, tornou-se um personagem célebre.
A mesa estava cheia de outros brinquedos, entre os quais um lindo castelinho de papelão. Através das minúsculas janelas, a gente podia espiar o interior das salas. Defronte havia um pequeno lago de espelho, com várias árvores em redor, dando a impressão de um verdadeiro lago de água. Cisnes de massa nadavam sobre o lago, refletindo-se na água. O mais apreciado de todos, porém, era uma pequenina dama de pé na entrada do castelo, também recortada em papelão. Vestia vestido de musselina e trazia ao ombro xalinho azul preso com uma rosa de ouropel metálico, tão grande como a cara dela. Parecia uma dançarina pelo modo de ter as mãos à cintura e uma das pernas erguida – tão erguida que o soldadinho não a notou e julgou que também ela fosse perneta.
— Está ali uma boa mulher para mim — pensou o soldadinho — Mas a maçada é que é rica e vive num grande castelo, ao passo que eu nada possuo e moro numa caixa de papelão com vinte e quatro companheiros. Não há nessa caixa lugar para uma tão notável dama. Não obstante isso, vou travar relações com ela. E o soldadinho perneta, que havia caído de muito mau jeito junto à tampa da caixa, mesmo assim ficou a espiar amorosamente a dançarina
do castelo.
Quando anoiteceu, os outros soldados foram postos dentro da caixa e todos da casa recolheram-se para dormir. Só ficou de fora o perneta, porque, como houvesse caído, não foi notado. Logo que todos se retiraram, os brinquedos de cima da mesa puseram-se a brincar, com grande desespero dos soldadinhos da caixa, que não podiam erguer a tampa. Mais coisas havia sobre a mesa – um quebra-nozes, que começou a dar pulos, e um lápis, que se equilibrou de pé na ponta com grande habilidade. O barulho foi tal que o canarinho da gaiola acordou em seu poleiro, pondo-se a falar – e em verso, como os canários gostam de fazer. Só não se moveram dos seus lugares a dançarina e o soldadinho perneta, que não tirava dela os olhos um só instante.
Nisto o relógio bateu as doze pancadas da
meia-noite – e craque! Uma caixinha de segredo, que também lá estava, abriu-se de repente, projetando para o ar um saci preto a fazer caretas.
— Soldadinho — disse o saci —, cuidado com as coisas proibidas!
O soldadinho fingiu nada ouvir.
— Espere até amanhã — aconselhou o saci.
Na manhã seguinte, quando as crianças se levantaram, o soldadinho foi posto no peitoril da janela; súbito, ou por artes do saci ou por algum golpe de vento, a vidraça abriu-se e lá caiu ele de ponta-cabeça na rua, duma altura de três andares. Foi uma queda horrível. Ficou com a baioneta e a cabeça enterradas no chão e a perninha para o ar.
O menino e mais sua ama logo apareceram na rua em procura dele; mas não o encontraram, embora por um triz não o pisassem. Se ele pudesse gritar Estou aqui!
, teria sido achado, mas um soldado que está de sentinela não tem ordem de gritar coisa nenhuma que não seja do regulamento.
Depois começou a chover. Gotas caíam cada vez mais apressadas e grossas, até que desabou um verdadeiro temporal.
Quando o aguaceiro amainou, dois meninos que vinham passando viram-no e gritaram: "Olhe o que está ali! Um soldadinho