O príncipe feliz
De Oscar Wilde e Sérgio Rossi
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Sobre este e-book
Oscar Wilde é um escritor que não pode faltar na biblioteca dos pequenos leitores.
O príncipe feliz é a história de uma generosa pombinha que, após uma desilusão, resolve imigrar para o Egito. Em sua trajetória, avista a estátua de um príncipe e, ali, resolve pousar para descansar. Desse encontro, nasce uma linda história de amizade e compaixão, tão intensa que a estátua do príncipe ganha vida. Juntos, os dois amigos saem a ajudar as pessoas necessitadas do reino, para diminuir a dor, o sofrimento. Uma linda história sobre os valores da amizade e da empatia.
O foguete notável é um conto que apresenta, de forma bem-humorada, o diálogo entre os foguetes de artifício que participarão da celebração de casamento de um príncipe e uma princesa. O rei faz uma grande festa e ordena uma queima de fogos para comemorar o enlace. O momento dos fogos é o mais esperado por todos. Enquanto aguardam a hora do espetáculo, os foguetes, personagens inanimados, começam a disputar qual deles era o mais bonito e o mais importante. O Foguete Notável, com muita soberba e arrogância , determina que ele é o melhor, diminuindo os outros. Até que o esperado momento chega, deixando o Foguete Notável deslumbrado com o acontecimento e com os desdobramentos da história, sem perceber a sua verdadeira condição.
O gigante egoísta é a história de um gigante, dono de um lindo jardim, onde as crianças gostavam de brincar, enquanto ele estava ausente. Um determinado dia, o gigante proíbe as crianças de entrarem no seu jardim. A partir do momento em que elas não aparecem mais, o jardim fica frio, coberto de neve e granizo por longo tempo. Solitário, ao gigante só resta a tristeza de olhar o jardim totalmente cinza e sem vida. Do outro lado do muro, as crianças sofrem por não poderem mais ali brincar. Até que, um dia, o gigante olha pela janela e vê um menino em seu jardim e percebe que as árvores e plantas voltaram a florescer. O gigante, então, se dá conta de que eram as crianças que faziam de seu jardim um lugar florido e feliz. Quando é chegada a hora de o gigante partir, é esse menino, tão especial, que o conforta e o conduz ao paraíso.
Oscar Wilde
Born in Ireland in 1856, Oscar Wilde was a noted essayist, playwright, fairy tale writer and poet, as well as an early leader of the Aesthetic Movement. His plays include: An Ideal Husband, Salome, A Woman of No Importance, and Lady Windermere's Fan. Among his best known stories are The Picture of Dorian Gray and The Canterville Ghost.
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O príncipe feliz - Oscar Wilde
Na parte mais alta da cidade, no topo de uma colina, ficava a estátua do Príncipe Feliz. Era toda revestida de finas folhas de ouro e duas brilhantes esmeraldas que serviam de olhos. Um enorme rubi brilhava no punho da sua espada.
Todo mundo admirava a estátua do príncipe, e com razão.
— Ela é bonita como um cata-vento — comentou um dos conselheiros da cidade, que queria parecer alguém que tinha bom gosto artístico — Só não é tão útil — acrescentou logo, com medo que as pessoas achassem que ele fosse pouco prático, o que ele não era.
— Por que você não é como o Príncipe Feliz? — perguntou certa mãe ao filho que lhe pedia a lua, chorando. — O príncipe nunca chora por coisa nenhuma.
— Ainda bem que há no mundo quem seja inteiramente feliz — murmurou um homem desiludido, olhando a maravilhosa estátua.
Ilustração— Parece mesmo um anjo — diziam os meninos do orfanato, ao saírem da catedral com as capas vermelhas e os aventais muito brancos.
— Como vocês sabem? — disse o professor de matemática. — Nunca viram nenhum anjo!
— Ah! Vimos sim, em sonhos — responderam as crianças, mas o professor franziu a testa e ficou muito sério, porque não aprovava que as crianças sonhassem.
Certa noite, uma andorinha voou por cima da cidade. Seus amigos tinham partido para o Egito havia dois meses, mas ele ficara para trás, porque tinha se apaixonado pela mais linda vareta de junco que já tinha visto. Os dois se conheceram no começo da primavera, quando ele perseguia uma borboleta pelo riacho e ficou tão atraído pela cinturinha da vareta que parou para conversarem.
— Será que devo amar você? — perguntou o passarinho, que não gostava de perder tempo com conversa mole, e a vareta concordou, dobrando-se contente.
Então, o passarinho ficou voando em torno dela, tocando a água com a ponta das asas e criando ondulações prateadas. Era assim que ele gostava de chamar a atenção, e isso durou todo o verão.
— Que namoro mais ridículo! — criticaram as outras andorinhas. — Ela não tem dinheiro e tem muitos parentes.
Verdade, e o rio estava cheio de juncos.
Quando o outono chegou, todas as andorinhas voaram para bem longe, como sempre faziam nessa estação. Depois que partiram, o passarinho começou a se sentir solitário e se cansou de sua namorada.
— Ela não sabe conversar — disse ele — e acho que deve ser namoradeira, porque vive paquerando o vento.
Isso era bem verdade, porque sempre que o vento soprava, a vareta de junco se curvava do jeito mais gracioso.
— Além do mais, ela é muito caseira — continuou — e eu adoro viajar. Então, preciso encontrar uma esposa que goste de viajar também.
— Quer vir comigo? — perguntou ele, finalmente. Mas a haste abanou a