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Tempo de corredor
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E-book93 páginas22 minutos

Tempo de corredor

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Sobre este e-book

Em uma introspecção pela própria vivência do luto, Tempo de Corredor nos revela a sensibilidade, o amargo e a profunda emoção contida no rompimento dos laços que criamos durante a vida. Uma experiência universal e, ao mesmo tempo, única e completamente pessoal que é exprimida, convertida e exposta em letras, palavras e versos. O autor nos leva por uma viagem no âmago desse ensaio da maneira mais poética que o tema se permite traduzir em palavras, copiosamente pelas fendas daquilo que as palavras jamais serão capazes de exprimir.
O silêncio poético que brota das tintas do poeta transcende o solo petrificado das palavras e se faz sondar assim, em sua produção de sentidos. Como no silêncio de Neruda, aqui durante a travessia do próprio corre-dor, o poeta necessita do silêncio e também pede licença para, desta vez, renascer.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento13 de nov. de 2020
ISBN9786556743707
Tempo de corredor

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    Tempo de corredor - Zeca Grigoleto

    Fatal

    Apresent(ação)

    Tempo de corredor é o tempo em que a gente se permite, na impossibilidade do contrário, a lidar com o desconhecido, estranho e intragável caminho que devemos atravessar sozinhos, quando perdemos alguém que amávamos — ou, na mais amarga das hipóteses, continuamos amando.

    O título desse livro remete exatamente a esse tempo de estranheza e metamorfose que a gente experimenta, com sorte, inúmeras vezes no decorrer da vida. A ideia surgiu a partir da leitura de um trecho do livro Os Segredos da Vida de Elisabeth Kübler-Ross e David Kessler, enquanto eu elaborava, no ano de 2015, meu trabalho de conclusão de curso da graduação em Psicologia. Analisando toda a obra de Elisabeth Kübler-Ross, tal livro não me saiu mais da memória. Faço aqui um recorte do trecho que mudou minha forma de encarar minhas perdas: Às vezes não é o velho nem o novo que nos deixam apreensivos, e sim o intervalo entre eles. Ronnie Kaye, [...] diz o seguinte: ‘Na vida, quando uma porta se fecha, outra sempre se abre... mas os corredores são uma droga’.

    Me recordo que li, reli, reli outras inúmeras tantas vezes tal trecho e, com a leitura, me percebi como pessoa que, ao vivenciar períodos de corredores, vivência também inúmeras transformações sombrias e inacessíveis. Eu paraliso, travo frente à vida e ao novo — o estranhamento me devora e me causa calafrios. Com muitos anos de terapia, isto é, horas e horas de fala e escuta de mim mesmo, dúvidas e perguntas sem resposta, me dou conta hoje de que essa é minha maneira de lidar com o luto, esse é quem eu sou e não adianta fugir disso — não há escapatória.

    E por falar em fugir, no mais profundo de todo esse processo, sinto uma rajada de orgulho e satisfação de quem sou, por não fugir das minhas dores e de meus processos de

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