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Fiquei viúva, e agora?: Uma história de amor, perda e superação
Fiquei viúva, e agora?: Uma história de amor, perda e superação
Fiquei viúva, e agora?: Uma história de amor, perda e superação
E-book83 páginas1 hora

Fiquei viúva, e agora?: Uma história de amor, perda e superação

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Sobre este e-book

O ebook trata do processo de luto vivido por uma jovem viúva, diante das responsabilidades, dos desafios, da dor e da necessidade de superação. O relato é intercalado com poesias da autora, nos quais deixa sua alma lírica se expressar. Revela a importância de viver o luto, a fim de não apenas poder "enxergar uma a luz no fim do túnel", mas encontrar a luz dentro de si e conseguir "sair do túnel". Mostra a importância de procurar (e aceitar) apoio em familiares e amigos, na espiritualidade, na medicina, em práticas alternativas de busca de equilíbrio e harmonia interior. Um aspecto interessante são as dicas valiosas que a autora chama de "10 assuntos para conversar antes de morrer": se a morte é a única certeza que temos, para a qual nem sempre é possível se preparar, é bastante conveniente e uma atitude responsável conversar sobre os aspectos burocráticos da vida e, assim, facilitar a vida dos entes queridos. Por fim, cabe dizer que, embora seja um livro escrito por uma mulher, o relato é válido não apenas para os casos de viuvez, mas serve de alento para todas as pessoas que estejam passando por esse momento doloroso. Apesar do tema difícil, o resultado é bastante positivo, no sentido de mostrar que é possível ter esperança em dias melhores.
IdiomaPortuguês
EditoraPaulinas
Data de lançamento16 de dez. de 2015
ISBN9788535640427
Fiquei viúva, e agora?: Uma história de amor, perda e superação

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    Fiquei viúva, e agora? - Cristiane Donegá

    Partilha

    Querida leitora (ou querido leitor, quem sabe?), com carinho apresento este livro que ousei escrever após a viuvez, que foi, sem dúvida, uma das piores fases da minha vida. Por essa razão, decidi partilhar o que aprendi dessa difícil e transformadora experiência.

    Sou uma pessoa de fé e acredito que a vida é um presente de Deus. Penso que vive bem melhor quem partilha, divide o que sabe, soma o que aprende, multiplica vivências e, com isso, diminui distâncias e dissabores. Observo que, assim como eu, outras pessoas também encontram dificuldades após a morte de um ente querido.

    Para enfrentar a dor e seguir em frente, especialistas como médicos, psicólogos e terapeutas recomendam que a pessoa enlutada recorra a algum tipo de trabalho artístico: pintura, desenho, artesanato, dança e canto. Eu optei por escrever.

    E escrevi para tentar compreender a dor, acalmar meu coração e continuar a vida que parecia não ter mais sentido. Afinal, de um instante para o outro meu mundo interior todo arrumadinho se tornou um caos. Era como se metade de mim tivesse sido brutalmente arrancada e a outra metade estivesse ferida e sangrando.

    Além disso, sentia em meu peito uma enorme dor que não me deixava respirar. Incrédula, pensava: Fiquei viúva, e agora?.

    Na tentativa de obter respostas às minhas perguntas, comecei a pesquisar sobre perda, luto e viuvez. É claro que na internet encontrei textos, reportagens, blogs, sites e alguns livros, mas todos tratavam de perdas de maneira geral.

    Com relação ao luto pela morte de um cônjuge, achei pouca coisa. Lembro-me de ter encontrado alguns livros antigos na biblioteca municipal. Aqueles livros, um tanto quanto desatualizados, enfatizavam as dificuldades pelas quais as viúvas, sem estudo ou profissão, passavam após a morte de seus maridos que, nessa época, eram os únicos provedores da casa.

    Esses textos, do século passado, não correspondiam às minhas expectativas porque a relação homem-mulher, no Brasil e em grande parte do mundo, passou por grandes e rápidas transformações. Graças a conquistas femininas, como o espaço no mercado de trabalho e sua consequente independência financeira, ser dona de casa deixou de ser obrigação e passou a opção. E, para mim, o comum era o casal dividir as despesas, as tarefas da casa e os cuidados com os filhos.

    Só que, naquele momento de tristeza e dor, ter uma profissão e independência financeira não resolviam meu problema. Era o início de uma nova etapa para a qual eu não estava preparada. Teria de me adaptar à nova situação, mas ainda não sabia como.

    Foi quando comecei a me aventurar a escrever poemas, como forma de expressar a dor e a confusão mental na qual me encontrava.

    Eu me sentia completamente perdida... Precisava de mais informação sobre o luto, queria respostas objetivas, dicas simples e, especialmente, ser compreendida e respeitada.

    Então, fui à luta. Li, pesquisei, experimentei, ousei. Foi durante esse doloroso processo que decidi tornar minha experiência útil para outras pessoas. Juntei os caquinhos de tudo o que aprendi, mesclei poesia e prosa, montei um mosaico, e o resultado de toda essa vivência é uma história de amor, perda e superação.

    Do luto à luta, foi bem devagar que consegui aceitar a impermanência das coisas. Aos poucos, percebi que o sofrimento era consequência direta do meu apego ao passado. Apegada à zona de conforto, não podia acredi-

    tar que meu castelinho-família-completa-feliz-para-sempre tinha sido destruído por um tsunami chamado daquele-jeito-nunca-mais. Para viver o presente, teria de me adaptar à situação, reformular a família e construir outros castelos.

    A viuvez transformou o meu caminho, a minha forma de ver os fatos e de viver a vida. O que antes era imprescindível perdeu parte da importância, e o que era secundário passou a ser essencial. Passo a passo, fui conseguindo me adaptar à nova realidade, à medida que também ia mudando meu interior e que decidi abandonar o passado para desfrutar do presente.

    Do luto à luta

    Dizem que estou fazendo tudo certo

    Que a dor do luto é mesmo forte assim

    Mas só queria ter você por perto

    E não sentir tanto vazio em mim.

    Dizem que a morte é fato e não se explica

    Apenas se aceita com o tempo

    E que negar o luto só complica

    E torna o ser humano rabugento.

    Mas como aceitar sua partida?

    De que modo posso achar meu sentido

    Pra lutar após perder nossa vida?

    Só sei que estou triste, sozinha, sofrida...

    E sei que você foi um bom marido...

    E agora viver é luta a ser vencida.

    Motivo

    O que você espera deste livro? Por qual motivo optou por esta leitura? Talvez o motivo seja ajudar-se ou

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