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O Santuário e as Três Mensagens Angélicas: fatores integrativos no desenvolvimento das doutrinas adventistas
O Santuário e as Três Mensagens Angélicas: fatores integrativos no desenvolvimento das doutrinas adventistas
O Santuário e as Três Mensagens Angélicas: fatores integrativos no desenvolvimento das doutrinas adventistas
E-book695 páginas8 horas

O Santuário e as Três Mensagens Angélicas: fatores integrativos no desenvolvimento das doutrinas adventistas

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Sobre este e-book

Este livro descreve a formação e o desenvolvimento inicial do sistema doutrinário adventista. Baseado em fontes primárias, o autor investi-ga como os conceitos do santuário e das três mensagens angélicas fo-ram importantes pilares integrativos para esse desenvolvimento. Tra-ta-se de referência essencial para a compreensão da identidade teo-lógica do adventismo.
IdiomaPortuguês
EditoraUnaspress
Data de lançamento17 de dez. de 2020
ISBN9786589185116
O Santuário e as Três Mensagens Angélicas: fatores integrativos no desenvolvimento das doutrinas adventistas

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    O Santuário e as Três Mensagens Angélicas - Alberto R. Timm

    Timm

    O adventismo do sétimo dia é a principal ramificação sobrevivente do movimento milerita que floresceu na América do Norte, durante as décadas de 1830 e 1840. Sob as fortes ondas do Segundo Grande Reavivamento (1790-1830), os mileritas começaram a desenvolver um sistema singular de interpretação profética que posteriormente seria ampliado pelos adventistas sabatistas.

    Após o desapontamento de outubro de 1844, os fundadores do adventismo sabatista iniciaram um período de quase duas décadas de intensivo estudo das Escrituras. Uma a uma, doutrinas como a perpetuidade da Lei de Deus e do sábado, o ministério celestial de Cristo em duas fases, a segunda vinda pessoal e visível de Cristo, a imortalidade condicional da alma e a manifestação moderna do dom profético na pessoa e nos escritos de Ellen G. White foram incorporadas em um novo sistema doutrinário.

    Dois importantes conceitos foram fundamentais no desenvolvimento desse sistema — a purificação do santuário, de Daniel 8:14, e as três mensagens angélicas, de Apocalipse 14:6-12.¹ Enquanto que o primeiro conceito integrou esse sistema teológica e historicamente, o segundo integrou o sistema histórica e teologicamente. A integração teológico-histórica deveu-se ao fato de que a purificação do santuário celestial, após 1844, estava teologicamente relacionada com quase todos os ensinos fundamentais dos adventistas sabatistas. A integração histórico-teológica do sistema foi suscitada pela incorporação desses ensinos na estrutura cronológica provida pela consecutiva pregação das três mensagens angélicas.

    Vários autores adventistas sabatistas reconheceram a centralidade teológica do santuário celestial em seu sistema de doutrinas. José Bates, por exemplo, viu uma perfeita cadeia harmoniosa da verdade no cumprimento antitípico da tipologia do santuário.² Tiago White considerou o santuário como o lugar onde se centralizam todas as grandes colunas da verdade presente.³ Ele também o chamou de o grande centro ao redor do qual se agrupa toda verdade revelada relativa à salvação.⁴ Para F. R. Cottrell, o santuário era o grande centro do sistema cristão e o centro e a cidadela da verdade presente.⁵ Uriah Smith falou do santuário como o grande núcleo ao redor do qual se agrupam as gloriosas constelações da verdade presente.⁶ J. N. Andrews considerou o santuário como a grande doutrina central no sistema adventista do sétimo dia por estar inseparavelmente ligada a todos os pontos de sua fé, e apresentar o tema como um grande todo.⁷ De acordo com Ellen G. White, o santuário foi a chave que revelou um sistema completo de verdades, unido e harmonioso.⁸ Pareceres similares foram expressos também por outros autores adventistas do sétimo dia.⁹

    A natureza cronológica central das três mensagens angélicas para a teologia adventista sabatista foi também enfatizada por vários escritores sabatistas. José Bates, por exemplo, referiu-se a Apocalipse 14 como provendo o mais gráfico esboço do movimento do segundo advento, desde seu surgimento, por volta de 1840, até o glorioso estado da imortalidade.¹⁰ J. N. Andrews afirmou que no tempo presente, nenhuma porção das Sagradas Escrituras interessa mais profundamente à igreja de Cristo do que Apocalipse 14.¹¹ Para Tiago White as três mensagens angélicas eram elos na cadeia dourada da verdade, conectando o passado com o presente e o futuro, e demonstrando uma bela harmonia no grande todo.¹² Ellen G. White explicou que muitos mileritas viram uma cadeia perfeita da verdade nas mensagens angélicas e de boa vontade, pela fé, as receberam em sua sequência e seguiram a Jesus no santuário celestial.¹³ Ela qualificou essas mensagens, em sua conexão com o santuário celestial, como os temas principais sobre os quais os mensageiros deveriam demorar-se.¹⁴ Ideias semelhantes sobre as três mensagens angélicas foram enunciadas por outros autores.¹⁵ A estrutura fundamental básica do sistema de doutrinas dos adventistas sabatistas havia sido estabelecida entre 1844 e 1863. Isso é evidente pelo fato de que, por volta do final de 1863, alguns autores adventistas do sétimo dia falaram de um sistema conectado de doutrinas.¹⁶ Os sabatistas consideravam esse sistema como sendo de significado contemporâneo especial, o que é refletido no fato de que se referiram a ele como um sistema da verdade presente.¹⁷

    1.1. Definição do problema

    Uma análise dos escritos teológicos adventistas do sétimo dia revela que, embora os fundadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia enfatizassem a natureza fundamental do santuário e das três mensagens angélicas, nenhuma das principais exposições teológicas acadêmicas¹⁸ empregou explicitamente esses temas como fatores integrativos na sistematização das doutrinas. Além disso, a compreensão adventista sabatista da purificação do santuário tem sido desafiada em alguns círculos adventistas do sétimo dia ao redor do mundo.¹⁹ Por sua vez, a centralidade das três mensagens angélicas na teologia adventista é menos enfatizada hoje do que era nos primórdios do movimento adventista do sétimo dia. Além do mais, nenhum estudo histórico abrangente foi até agora realizado sobre o inter-relacionamento desses dois conceitos teológicos em unir os principais componentes do sistema doutrinário adventista sabatista.

    1.2. Propósito do estudo

    O propósito deste estudo é descrever e analisar o desenvolvimento cronológico da interpretação adventista sabatista da purificação do santuário de Daniel 8:14 e das três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12, seguido de uma investigação do relacionamento entre esses dois fatores integrativos e as primeiras doutrinas distintivas dos adventistas sabatistas. Especial atenção é dada ao papel específico exercido pelos fatores integrativos no sistema doutrinário adventista sabatista.

    1.3. Escopo e delimitações do estudo

    Para fins contextuais, é provida uma breve descrição histórica das principais interpretações protestantes da purificação do santuário de Daniel 8:14 e das três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12. Essa descrição restringe-se às exposições encontradas nos comentários sobre os livros de Daniel e Apocalipse, publicados em inglês, durante o final do século 18 e início do século 19, uma vez que apenas os comentários nessa língua estavam disponíveis às pessoas de língua inglesa que desenvolveram o Milerismo e o Adventismo Sabatista.

    O estudo da compreensão milerita do santuário e das três mensagens angélicas até 1844 limita-se a uma exploração dos passos principais no desenvolvimento histórico desses dois conceitos teológicos. O enfoque principal está nos escritos de Guilherme Miller. Foi dada atenção aos escritos de outros autores mileritas apenas quando fizeram contribuições significativas e inovadoras aos tópicos sob discussão. É dada atenção detalhada aos escritos de adventistas sabatistas que tratam dos conceitos do santuário e das três mensagens angélicas e do relacionamento entre esses conceitos e as cinco doutrinas distintivas dos adventistas sabatistas: 1) da perpetuidade da lei de Deus e do sábado; 2) do ministério celestial de Cristo; 3) da segunda vinda de Cristo; 4) da imortalidade condicional da alma e 5) do dom profético manifestado na pessoa e nos escritos de Ellen G. White.²⁰

    O ano de 1844 foi escolhido como o ponto de partida para este estudo porque foi imediatamente após o desapontamento milerita, em outubro de 1844, que os adventistas sabatistas começaram a estudar intensivamente as Escrituras, culminando finalmente na formação de seu sistema básico de doutrinas. O ano de 1863 foi escolhido para o término do estudo, por três motivos: 1) no dia 21 de maio de 1863 ocorreu a organização da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, 2) as doutrinas fundamentais da denominação já estavam estabelecidas nessa época,²¹ e 3) nesse ano vários líderes adventistas, como anteriormente mencionado²², eram capazes de falar da existência de um sistema conectado de doutrinas adventistas do sétimo dia. Portanto, parece evidente que o ano de 1863 seja aceito como o término natural para o propósito do presente estudo.

    1.4. Revisão de literatura

    A tese provinda do doutorado em Teologia de P. Gerard Damsteegt, publicada originalmente como Toward the Theology of Mission of the Seventh-day Adventist Church²³ e posteriormente como Foundations of the Seventh-day Adventist Message and Mission²⁴ é talvez a fonte secundária mais abrangente e acurada que trata do santuário e das três mensagens angélicas de uma perspectiva histórica, teológica e missiológica. Ela cobre todo o período do presente estudo e trata, parcialmente, do relacionamento entre o santuário e as três mensagens angélicas. Esse relacionamento é enfatizado principalmente mediante os elos do sábado, do juízo investigativo pré-advento e da experiência adventista de 1844. Por outro lado, Damsteegt não apresenta uma análise exaustiva do inter-relacionamento entre o santuário e as três mensagens angélicas como fatores integrativos de todas as doutrinas distintivas adventistas sabatistas previamente mencionadas.

    Os quatro volumes de LeRoy E. Froom, intitulados Prophetic Faith of Our Fathers,²⁵ são uma história geral da interpretação profética. O quarto volume examina o desenvolvimento doutrinário básico dos mileritas e dos adventistas sabatistas. Embora o autor trate extensivamente tanto do santuário como das três mensagens angélicas, ele está mais preocupado em explicar seu desenvolvimento progressivo e incorporação em um sistema coerente das verdades do que em analisar sua função como fatores integrativos.

    O enfoque do livro Movement of Destiny,²⁶ também de Froom, está no desenvolvimento teológico dos adventistas do sétimo dia após 1863. O livro, entretanto, provê ideias valiosas para a compreensão do tema do santuário como a essência todo abrangente do adventismo.²⁷ A monografia de Bacharel em Divindade de Robert Haddock, intitulada A History of the Doctrine of the Sanctuary in the Advent Movement, 1800-1905,²⁸ apresenta uma descrição geral do desenvolvimento da mensagem do santuário de 1800 a 1905. A despeito de alguns erros de pequena relevância,²⁹ o estudo de Haddock é uma importante descrição da literatura sobre o santuário publicada durante o período abrangido pelo presente estudo.

    A obra Doctrine of the Sanctuary: A Historical Survey (1845-1863), editado por Frank B. Holbrook,³⁰ é talvez a mais acurada história da compreensão adventista sabatista sobre santuário.O livro de Paul A. Gordon, The Sanctuary, 1844, and the Pioneers,³¹ é em grande parte uma compilação de citações intercaladas com comentários. As citações foram extraídas principalmente de artigos sobre o santuário publicados nos periódicos Present Truth e Advent Review and Sabbath Herald, de 1849 a 1905.

    The Sanctuary and the Atonement, editado por A. R. Wallenkampf e W. R. Lesher, possui dois capítulos de C. Mervyn Maxwell ("Sanctuary and Atonement in SDA Theology: An Historical Survey e The Investigative Judgment: Its Early Development"³²) que são igualmente significativos.

    Os estudos sobre o santuário, anteriormente mencionados, são relevantes em termos históricos, mas não o trata em conexão com as três mensagens angélicas ou como um fator integrativo para as doutrinas sabatistas. Por outro lado, não tem sido publicado muito (exceto as obras de Damsteegt³³ e Froom³⁴) sobre o desenvolvimento histórico das três mensagens angélicas de uma perspectiva acadêmica. Há, no entanto, alguns artigos de Don F. Neufeld,³⁵ Carl Coffman,³⁶ Raoul Dederen³⁷ e Hans K. LaRondelle,³⁸ e algumas monografias inéditas de Carl Coffman,³⁹ Robert A. Clark,⁴⁰ Raymond R. Baker, Jr.,⁴¹ Adekunle A. Alalade⁴² e Enilson Sarli.⁴³ Esses materiais são válidos, embora não sejam abrangentes e não busquem explicitamente tratar as três mensagens angélicas como fator integrativo de um sistema doutrinário. Ideias proveitosas sobre o desenvolvimento dos conceitos da purificação do santuário e as três mensagens angélicas podem também ser encontradas em histórias gerais da Igreja Adventista do Sétimo Dia.⁴⁴ Conforme mencionado⁴⁵, nenhum dos principais livros que tratam da teologia adventista do sétimo dia empregou esses conceitos como um fator integrativo na sistematização doutrinária.

    1.5. Organização do estudo

    O capítulo 1 trata das interpretações pré-1844, fazendo uma breve avaliação 1) do contexto e desenvolvimento do movimento milerita; 2) das interpretações de Daniel 8:14 por parte dos protestantes não mileritas de língua inglesa e mileritas do final do século 18 e início do século 19, e 3) das interpretações de Apocalipse 14:6-12 por parte dos protestantes não mileritas de língua inglesa e mileritas do final do século 18 e início do século 19.

    O capítulo 2 trata do pensamento adventista sabatista até 1850 e considera 1) os desenvolvimentos contextuais após o desapontamento de outubro de 1844 e a formação inicial do adventismo sabatista; 2) a interpretação inicial adventista sabatista do santuário de Daniel 8:14; 3) a interpretação inicial adventista sabatista das três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12; 4) o relacionamento das primeiras doutrinas distintivas adventistas sabatistas com o santuário e as três mensagens angélicas e 5) as principais características e a configuração do sistema de doutrinas inicial dos adventistas sabatistas.

    Os capítulos 3 e 5, cobrindo a literatura adventista sabatista de 1850 a 1863, tratam 1) do contexto provido pelos principais desenvolvimentos ocorridos no adventismo sabatista, entre 1850 a 1863; 2) dos desenvolvimentos adicionais na compreensão adventista sabatista de Daniel 8:14; 3) dos aperfeiçoamentos na compreensão adventista sabatista de Apocalipse 14:6-12; 4) dos desenvolvimentos no relacionamento das doutrinas distintivas adventistas sabatistas com o santuário e as três mensagens angélicas, e 5) dos principais desenvolvimentos no sistema doutrinário adventista sabatista de 1850 a 1863 e posteriores.


    ¹ George R. Knight, Anticipating the Advent: A Brief History of Seventh-day Adventists (Boise, ID: Pacific Press, 1993), 34.

    ² Joseph Bates, A Vindication of the Seventh-day Sabbath, and the Commandments of God: With a Further History of God’s Peculiar People, from 1847 to 1848 (New Bedford, [MA]: Press of Benjamin Lindsey, 1848), 90.

    ³ [James White], The Sanctuary, RH, 1º de dezembro de 1863, 5.

    ⁴ Idem, Life Incidents, in Connection with the Great Advent Movement, as Illustrated by the Three Angels of Revelation xiv (Battle Creek, MI: Steam Press of the Seventh-day Adventist Publishing Association, 1868), 309. Ver também, idem, The Sanctuary and 2300 Days, RH, 17 de março de 1853, 172.

    ⁵ R. F. Cottrell, The Sanctuary, RH, 15 de dezembro de 1863, 21.

    ⁶ [Uriah Smith], Synopsis of the Present Truth. Nº 19, RH, 25 de março de 1858, 148. Ver também [idem], Sanctuary, RH, 8 de setembro de 1863, 116; idem, The Sanctuary and Twenty-three Hundred Days of Daniel viii, 14 [2ª ed., rev. e ampl.] (Battle Creek, MI: Steam Press of the Seventh-day Adventist Publishing Association, 1877), 10-11; [idem], The Great Central Subject, RH, 22 de novembro de 1881, 328; [idem], The Sanctuary, RH, 27 de setembro de 1887, 616; idem, Looking unto Jesus; or, Christ in Type and Antitype (Battle Creek, MI: Review and Herald, 1898), 56.

    ⁷ J. N. [Andrews], The Sanctuary, RH, 18 de junho de 1867, 12.

    ⁸ Ellen G. White, The Spirit of Prophecy (Battle Creek, MI: Review and Herald, 1884), 4:268. Ver também, idem, The Two Dispensations, RH, 2 de março de 1886, 129; idem, The Great Controversy between Christ and Satan during the Christian Dispensation (Oakland, CA: Pacific Press, 1888), 423, 454, 488; idem para Geo[rge] C. Tenney, 29 de junho de 1906, EGWRC-AU.

    ⁹ Ver, por exemplo, Stephen N. Haskell, The Story of Daniel the Prophet, [ed. ampl.] (Berrien Springs, MI: Advocate Publishing Company, 1903), 266-273; idem, The Sanctuary, RH, 3 de novembro de 1904, 9; John L. Shuler, The Great Judgment Day in the Light of the Sanctuary Service (Washington, DC: Review and Herald, 1923), 51; L[eRoy] E. F[room], Not a Block to Be Moved Nor a Pin Stirred, [Parte 2], Min, 17 de dezembro de 1944, 17; idem, Movement of Destiny (Washington, DC: Review and Herald, 1971), 541-560; Edward Heppenstall, Our High Priest: Jesus Christ in the Heavenly Sanctuary (Washington, DC: Review and Herald, 1972), 23; Herbert E. Douglas, Why Jesus Waits: How the Sanctuary Doctrine Explains the Mission of the Seventh-day Adventist Church (Washington, DC: Review and Herald, 1976), 16; C. Mervyn Maxwell, Sanctuary and Atonement in SDA Theology: An Historical Survey, em Arnold V. Wallenkampf e W. Richard Lesher, eds., The Sanctuary and the Atonement: Biblical, Historical and Theological Studies (Washington, DC: Biblical Research Committee of the General Conference of Seventh-day Adventists, 1981), 516; [Fernando L. Canale], System, Ecumenism, and Mission [notas de classe não publicadas, THST685 Seminar in Systematic Theology, Andrews University, outono de 1989].

    ¹⁰ Bates, Vindication, 92.

    ¹¹ J. N. Andrews, The Three Angels of Rev. xiv, 6-12, RH, 23 de janeiro de 1855, [161]. Ver também idem, Thoughts on Revelation xiii and xiv, RH, 19 de maio de 1851, 81.

    ¹² J. White, Life Incidents, 306. Ver também: [idem], The Faith of Jesus, RH, 5 de agosto de 1852, 52-53; [idem], The Faith of Jesus, RH, 7 de março de 1854, 53.

    ¹³ E. G. White, Spiritual Gifts (Battle Creek, MI: James White, 1858), 1:165-166. Ver também idem, 133-173, passim; idem, Great Controversy (1888), 435-454, passim; idem, Testimonies for the Church (Mountain View, CA: Pacific Press, s.d.), 6:17-18.

    ¹⁴ [Idem], A Sketch of the Christian Experience and Views of Ellen G. White (Saratoga Springs, NI: James White, 1851), 51.

    ¹⁵ Ver, por exemplo, [R. F. Cottrell], The Faith of Jesus, Lições da Escola Sabatina, YI, julho de 1855, 56; Frederick Griggs para [E.G.] White, 28 de dezembro de 1911, Ctd, EGWE; Francis D. Nichol, The Answer to Modern Religious Thinking: A Discussion of Current Religious Trends in Their Relation to the Distinctive Teachings of Seventh-day Adventists (Washington, DC: Review and Herald, 1936), 307-312; idem, Reasons for Our Faith (Washington, DC: Review and Herald, 1947), 180-225; passim; idem, The Increasing Timeliness of the Threefold Message, em Our Firm Foundation: A Report of the Seventh-day Adventist Bible Conference Held September 1-13, 1952, in the Sligo Seventh-day Adventist Church, Takoma Park, Maryland (Washington, DC: Review and Herald , 1953), 1:543-622, passim; T. H. Jemison, Christian Beliefs: Fundamental Biblical Teachings for Seventh-day Adventist College Classes (Mountain View, CA: Pacific Press, 1959), 330; E. H. J. Steed, The Certainty of the Three Angels’ Messages, AtR, 28 de agosto de 1980, 12-13; Carl Coffman, In the Last Days, Three Angels — 1, AtR, 5 de agosto de 1982, 5; Hans K. LaRondelle, A People of Prophecy — 1, AtR, 1º de junho de 1989, 10; Robert S. Folkenberg, Three Mighty Angels, AtR, 1º de outubro de 1992, 12; [Roy A. Anderson], Seventh-day Adventist Doctrines Found in Ver. 14, Msd, s.d., c 152, cx 19, pa 6, AHC.

    ¹⁶ Ver, por exemplo, [U. Smith], Sanctuary, RH, 8 de setembro de 1863, 116; [J. White], Sanctuary, RH, 1º de dezembro de 1863, 5; R. F. Cottrell, Sanctuary, RH, 15 de dezembro de 1863, 21.

    ¹⁷ Ver [James White], PT, julho de 1849, [1]; [U. Smith], Valedictory, RH, 8 de junho de 1869, 188; L[eon] A. S[mith], Present Truth’, RH, 6 de janeiro de 1891, 9; [W. W. Prescott], The Symmetry of the Truth, GCB, 13 de fevereiro de 1895, 113. Ver também: Wesley C. McCoy, Concepts of Truth in ‘The Present Truth’ (1849-1850) (monografia, Andrews University, 1973); Laurence A. Turner, Present Truth as Defined by ‘Present Truth’ (1849-1850) (monografia, Andrews University, 1975); Don F. Neufeld, ed., Seventh-day Adventist Encyclopedia, ed. rev. (Washington, DC: Review and Herald, 1976), ver Present Truth.

    ¹⁸ Ver, por exemplo, Benjamim L. House, Analytical Studies in Bible Doctrines for Seventh-day Adventist Colleges: A Course in Biblical Theology ([Washington, DC]: General Conference Department of Education, 1926); Alonzo J. Wearner, Fundamentals of Bible Doctrine: Sixty Studies in the Basic Facts of the Everlasting Gospel Arranged for Classes in Advanced Bible Doctrines, ed. rev. (Washington, DC: Review and Herald, 1945); W. L. Emmerson, The Bible Speaks: Containing One Hundred Forty-one Readings Systematically Arranged for Home and Class Study and Aswering Nearly Three Thousand Questions (Mountain View, CA: Pacific Press, 1949); William H. Branson, Drama of the Ages (Washington, DC: Review and Herald, 1950); Alfred Vaucher, L’Histoire du Salut: Cours de doctrine biblique, 3ª ed. (Dammarie-les-Lys, França: Editions S.D.T., 1951); Department of Education of the General Conference of the Seventh-day Adventist Church, Principles of Life from the Word of God: A Systematic Study of the Major Doctrines of the Bible (Mountain View, CA: Pacific Press, 1952); Our Firm Foundation, 2 vols.; Jemison, Christian Beliefs; Bible Readings for the Home: A Study of 200 Vital Scripture Topics in Question-and-Answer Form Contributed by a Large Number of Bible Scholars, ed. rev. (Washington, DC: Review and Herald, 1958); Seventh-day Adventist Answer Questions on Doctrine: An Exposition of Certain Major Aspects of Seventh-day Adventist Belief, (Washington, DC: Review and Herald, 1957); Hans Heinz, Dogmatik: Glaubenslehren der Heiligen Schrift (Bern: Europäisches Institut für Fernstudium, [1978]); Richard Rice, The Reign of God: An Introduction to Christian Theology from a Seventh-day Adventist Perspective (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 1985); Seventh-day Adventists Believe […] A Biblical Exposition of 27 Fundamental Doctrines (Washington, DC: Ministerial Association of the General Conference of Seventh-day Adventists, 1988).

    ¹⁹ Ver, por exemplo, D. M. Canright, Seventh-day Adventism Renounced: After an Experience of Twenty-eight Years by a Prominent Minister and Writer of That Faith (Nova York: Fleming H. Revell, 1889), 117-128; Albion F. Ballenger, Cast out for the Cross of Christ (Tropico, CA: A. F. Ballenger, s.d.); idem, An Examination of Forty Fatal Errors Regarding the Atonement: A Review of a Work which. Fully Explains the Sanctuary Question as Understood by the (Seventh-day Adventist) Denomination (Riverside, CA: A. F. Ballenger, s.d.); W. W. Fletcher, The Reasons for My Faith: An Appeal to Seventh-day Adventists, Concerning Vital Truths of the Gospel (Sydney: Austrália: Wm. Brooks, 1932); L. R. C[onradi], Ein göttliches Vorgericht über den Antichrist, HW 48 (1931), 85; Robert D. Brinsmead, Judged by the Gospel: A Review of Adventism (Fallbrook, CA: Verdict Publications, 1980); Desmond Ford, Daniel 8:14, the Day of Atonement, and the Investigative Judgment (Msd, monografia preparada para a reunião da Comissão de Revisão do Santuário, no Glacier View Ranch, Colorado, 10-15 de agosto de 1980); idem, Daniel 8:14, the Day of Atonement, and the Investigative Judgment (Casselberry, FL: Euangelion Press, 1980); Don Hawley, Set Free! (Clackamas, OR: Better Living Publishers, 1989), 231-241; Larry Pahl, Investigating the Investigative Judgment: An Analysis and Dismantling of the ‘Investigative Judgment’ Doctrine Held by Many Seventh-day Adventists (dissertação de M.Th., Christian Bible College, 1992); Jack W. Provonsha, A Remnant in Crisis (Hargerstown, MD: Review and Herald, 1993), 123-136; Thomas R. Steininger, Konfession und Sozialisation: Adventistische Identität zwischen Fundamentalismus und Postmoderne (Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1993), 81-100, 130-139, 190-198; Glen Greenwalt, Sanctuary in the Year 2000, AtT, nov.-dez. de 1994, 6-9 (ver Roy Gane, Sanctuary of Hope: A Response to Glen Greenwalt, ibidem, 10).

    ²⁰ Knight, Anticipating the Advent, 33-34.

    ²¹ Ver Andrews G. Mustard, James White and SDA Organization: Historical Development, 1844-1881, Andrews University Seminary Doctoral Dissertation Series, vol. 12 (Berrien Spring, MI: Andrews University Press, 1987), 117-162.

    ²² Ver n. 16.

    ²³ Pieter G. Damsteegt, Toward the Theology of Mission of the Seventh-day Adventist Church: A Historical-Theological and Missiological Study of the Origins and Basic Structure of the Seventh-day Adventist Theology of Mission (Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans, 1977).

    ²⁴ P. Gerard Damsteegt, Foundations of the Seventh-day Adventist Message and Mission (Grand Rapids, MI: Wm. B. Eerdmans, 1977).

    ²⁵ LeRoy E. Froom, The Prophetic Faith of Our Fathers: The Historical Development of Prophetic Interpretation, 4 vols. (Washington, DC: Review and Herald, 1946-1954).

    ²⁶ L. E. Froom, Movement of Destiny.

    ²⁷ Ibidem, 542. Ver especialmente, 541-560; idem, The Sanctuary: Pivotal Teaching of Adventism, Min, agosto de 1982, w18-20.

    ²⁸ Robert Haddock, A History of the Doctrine of the Sanctuary in the Advent Movement, 1800-1905 (monografia de B.D., Andrews University, 1970).

    ²⁹ Ver Michael Brownfield, A Study of Robert Haddock’s Thesis: A History of the Doctrine of the Sanctuary in the Advent Movement, from 1880 to 1900 (monografia, Andrews University, 1974).

    ³⁰ Frank B. Holbrook, ed., Doctrine of the Sanctuary: A Historical Survey (1845-1863), Daniel and Revelation Committee Series, vol. 5 (Silver Spring, MD: Biblical Research Institute of the General Conference of Seventh-day Adventists, 1989). Com lançamento previsto pela Unaspress.

    ³¹ Paul A. Gordon, The Sanctuary, 1844, and the Pioneers (Washington, DC: Review and Herald, 1983).

    ³² Wallenkampf e Lesher, eds., Sanctuary and the Atonement, 516-581.

    ³³ Damsteegt, Foundations.

    ³⁴ Froom, Prophetic Faith, vol. 4.

    ³⁵ D. F. N[eufeld], The Three Angels’ Messages, série de 6 partes na RH, 14 de março de 1974, 11-12; 21 de março de 1974, 11; 11 de abril de 1974, 14; 25 abril de 1974, 12; 9 de maio de 1974, 12; 30 de maio de 1974, 12.

    ³⁶ C. Coffman, In the Last Days, Three Angels, série de 8 partes na AtR, 5 de agosto de 1982, 4-5; 12 de agosto de 1982, 8-9; 19 de agosto de 1982, 7-9; 26 de agosto de 1982, 8-10; 2 de setembro de 1982, 6-7; 9 de setembro de 1982, 8-9; 16 de setembro de 1982, 5-7; 23 de setembro de 1982, 8-9.

    ³⁷ Raoul Dederen, Die drei Engelsbotschaften. Ursprung und Entwicklung der Auslegung der Siebenten-Tags-Adventisten, em Studien zur Offenbarung: Die Bedeutung der drei Engelsbotschaften heute (Offenbarung 14, 6-12) ([Berna]: Euro-Afrika-Division, [1988]), 2:5-64; idem, Die drei Engelsbotschaften. Ursprung und Entwicklung adventistischer Ekklesiologie, em idem, 65-91.

    ³⁸ H. K. LaRondelle, A People of Prophecy, série de 8 partes na AtR, 1º de junho de 1989, 8-10; 8 de junho de 1989, 10-12; 15 de junho de 1989, 8-10; 22 de junho de 1989, 12-14; 29 de junho de 1989, 11-13; 6 de julho de 1989, 11-13; 13 de julho de 1989, 10-12; 20 de julho de 1989, 8-10.

    ³⁹ Carl Coffman, The Development of an Understanding of the Message of the Third Angel of Revelation 14:9-12 from 1844 (monografia, Andrews University, 1972).

    ⁴⁰ Robert A. Clark, The Three Angels’ Messages: As Viewed by Early Adventists (monografia, Andrews University, 1976).

    ⁴¹ Raymond R. Baker, Jr., What Has the Term ‘Three Angels’ Messages’ Meant through the Years? (monografia, Andrews University, 1976).

    ⁴² Adekunle A. Alalade, Adventist Pioneers of the Three Angels’ Messages, 1831-1849 (monografia, Andrews University, 1979).

    ⁴³ Enilson Sarli, Steps in the Development of the Understanding of the Third Angels’ Message among Sabbatarian Adventists between 1845 and 1890 (projeto de M.A., Andrews University, 1984).

    ⁴⁴ Ver, por exemplo, J. N. Loughborough, Rise and Progress of the Seventh-day Adventists with Tokens of God’s Hand in the Movement and a Brief Sketch of the Advent Cause from 1831 to 1844 (Battle Creek, MI: General Conference Association of the Seventh-day Adventists, 1892), 37-124, passim; idem, The Great Second Advent Movement: Its Rise and Progress (Washington, DC: Review and Herald, 1909), 77-264, passim; M. Ellsworth Olsen, A History of the Origin and Progress of Seventh-day Adventists (Washington, DC: Review and Herald, 1925), 107-165, 177-197; Matilda E. Andross, Story of the Advent Message (Washington, DC: Review and Herald, 1926), 956; Arthur W. Spalding, Captains of the Host (Washington, DC: Review and Herald, 1949), 77-107, 141-170; Department of Education of the General Conference of Seventh-day Adventists, The Story of Our Church (Mountain View, CA: Pacific Press, 1956), 133-212; Arthur W. Spalding, Origin and History of Seventh-day Adventists (Washington, DC: Review and Herald, 1961), 1:79-113, 153-186; Konrad F. Mueller, Die Frühgeschichte der Siebenten-tags-Adventisten bis zur Gemeindegründung 1863 und ihre Bedeutung für die moderne Irenik, Schriften des Instituts für wissenschaftliche Irenik, vol. 4 (Marburg, Alemanha: N. G. Elwert Verlag, 1969), 42-56, 106-112, 135-137, 162-168; Ingemar Lindén, The Last Trump: An Historico-Genetical Study of Some Important Chapters in the Making and Development of the Seventh-day Adventist Church, Studies in the Intercultural History of Christianity, vol. 17 (Frankfurt am Main: Peter Lang, 1978), 52-54, 59-65, 129-131; R. W. Schwarz, Light Bearers to the Remnant: Denominational History Textbook for Seventh-day Adventist College Classes (Boise, ID: Pacific Press, 1979), 24-71, 169-170; C. Mervyn Maxwell, Tell It to the World: The Story of Seventh-day Adventists, 2ª ed. rev. (Mountain View, CA: Pacific Press, 1982), 9-66, 85-94; Enoch de Oliveira, A Mão de Deus ao Leme, 2ª ed. (Tatuí, SP, Brasil: Casa Publicadora Brasileira, 1988), 27-38; Knight, Anticipating the Advent, 7-39.

    ⁴⁵ Ver seção 1.1.

    2.1. Contexto

    O final do século 18 e o início do século 19 suscitaram mudanças radicais na civilização ocidental. Sob a forte crítica dos filósofos e teóricos políticos, muitos valores sociais e instituições foram revisados e mesmo substituídos. Grandes eventos, como a Revolução Americana (1776-1783) e a Revolução Francesa (1789-1799), formam o clímax do intensificante espírito democrático da época.

    No Novo Mundo, a era da revolução democrática¹ provocou um impacto significativo não apenas nas estruturas sociais e políticas dos Estados Unidos, mas também em sua vida religiosa. Os princípios democráticos, desencadeados pela Revolução Americana e as fortes ondas do Segundo Grande Reavivamento entre as décadas de 1790 e 1830² tornaram-se os principais fatores desintegradores da velha tradição calvinista.³ Permitindo que as denominações europeias coexistissem no mesmo ambiente geográfico, a democracia americana colocou essas denominações em um ambiente de livre competição,⁴ que abriu espaço para novos experimentos religiosos.⁵ O final do século 18 e o início do século 19 viram também um reavivamento mundial sem precedentes de interesse nos ensinamentos bíblicos sobre a segunda vinda de Cristo.⁶ Muitos intérpretes protestantes ficaram convencidos, mediante estudos das profecias bíblicas, de que Cristo viria em seus dias.⁷ Contudo, foi o batista Guilherme Miller (1782-1849)⁸, de Low Hampton, Nova York, que proveu um dos cálculos cronológicos mais precisamente elaborados e aperfeiçoados das profecias bíblicas⁹, mostrando o iminente cumprimento desse evento.

    2.2. O movimento milerita

    Guilherme Miller, fundador e principal líder do movimento milerita,¹⁰ era um fazendeiro autodidata. Desapontado com a aridez dos ideais deístas da época ¹¹ e com as opiniões divergentes dos comentaristas bíblicos, ele decidiu estudar as Escrituras por si mesmo.¹² Logo após a experiência de sua conversão (1816), ele foi desafiado por um amigo deísta, por crer em Jesus como Salvador e na Bíblia como a verdade revelada. Miller respondeu que se a Bíblia fosse a palavra de Deus, tudo nela contido poderia ser compreendido e todas suas partes poderiam ser harmonizadas. Ele acrescentou que, caso seu amigo lhe desse tempo, iria pôr em harmonia todas as aparentes contradições da Bíblia, para sua própria satisfação, ou então continuaria deísta.¹³

    Sob a pressuposição de que a Escritura deve ser sua própria intérprete,¹⁴ no outono de 1816, Miller começou um período de estudo intensivo e sistemático da Bíblia. Suas principais ferramentas eram a Versão Autorizada e a concordância de Cruden. Suas regras de interpretação¹⁵ seguiam a principal tradição hermenêutica protestante.¹⁶ Sua metodologia foi um estudo sequencial verso por verso das Escrituras.

    Partindo do livro de Gênesis, Miller não se deteve até chegar ao livro do Apocalipse. Sempre que encontrava uma passagem obscura, tentava resolver o problema, comparando-a com todas as passagens paralelas das Escrituras onde se encontravam quaisquer palavras proeminentes da passagem sob consideração. Em acréscimo, ao comparar a Escritura com a História, ele tentava descobrir o cumprimento histórico mais razoável das profecias bíblicas.¹⁷

    Os primeiros dois anos (1816-1818) de estudo intenso das Escrituras convenceram Miller de que a Bíblia é um sistema de verdades reveladas, tão claras e simplesmente dadas, que ‘os transeuntes, até mesmo os loucos, não precisam errar’.¹⁸ Sua tentativa de compreender e harmonizar tais períodos proféticos como os 2.300 dias de Daniel 8:14, os 1.290 dias e 1.335 dias de Daniel 12:11, 12, e os 1.260 dias de Apocalipse 11:3 e 12:6 (ver Dn 7:25; Ap 11:2; 12:14; 13:5) levaram-no à conclusão de que Cristo viria por volta de 1843 d.C.¹⁹ As investigações posteriores de Miller sobre as Escrituras fortaleceram sua conclusão. Em 1822, ele escreveu seu credo com vinte artigos,²⁰ afirmando novamente sua crença de que a segunda vinda de Cristo ocorreria em 1843 ou antes.²¹

    Ao enfatizar o retorno físico, visível e pré-milenar de Cristo²² e a purificação da Terra pelo fogo, o movimento milerita tornou-se um elemento desintegrador não apenas para as reformas otimistas pós-milenárias da época²³ mas também para a ideia do papel milenário da América do Norte.²⁴

    Em agosto de 1831,²⁵ após estudar as Escrituras por quinze anos, Miller apresentou sua primeira conferência pública sobre o Segundo Advento, em Dresden, Nova York. Essas palestras foram o ponto inicial de uma atarefada carreira de pregador itinerante. Inicialmente, Miller permaneceu como pregador solitário cuja mensagem profética restringia-se às pequenas cidades e comunidades rurais do Estado de Nova York, Nova Inglaterra, e Leste do Canadá.²⁶ Sua influência começou a aumentar, contudo, no final da década de 1830, quando outros ministros começaram a unir-se a Miller na propagação da esperança do advento. Indivíduos como o conexionista cristão Joshua V. Himes (1805-1895),²⁷ o metodista Josiah Litch (1809-1886)²⁸ e o presbiteriano/congregacionalista Charles Fitch (1805-1844)²⁹ desempenharam um papel crucial em transformar o milerismo em um dos movimentos religiosos mais influentes da América do Norte, em meados do século 19.

    O programa de publicações foi vital à difusão da mensagem milerita. As ideias de Miller apareceram em forma impressa, pela primeira vez, em uma série de 16 artigos, que começaram a aparecer no Vermont Telegraph, em 15 de maio de 1832.³⁰ Em 1833, o Vermont Telegraph publicou o primeiro livreto com 64 páginas, Evidences from Scripture & History of the Second Coming of Christ about the Year A.D. 1843.³¹ Contudo, foi sob a liderança de J. V. Himes que a obra de publicações milerita realmente explodiu. O início da década de 1840 viu a publicação de um grande número de livros, folhetos ³² e cerca de quarenta periódicos,³³ sendo os principais Signs of the Times³⁴ e Midnight Cry.³⁵

    A esperança milerita teve um grande impacto sobre ministros e leigos. Estima-se que entre 1,5 mil a 2 mil sermões foram pregados, proclamando a mensagem do advento,³⁶ no auge do movimento. A despeito da falta de números exatos, pode-se presumir que provavelmente entre 50 mil³⁷ e 100 mil³⁸ pessoas uniram-se formalmente ao movimento. A esses números, W. R. Cross acrescenta um milhão ou mais de espectadores cépticos.³⁹ O movimento milerita foi capaz de causar um impacto tão grande em um período tão curto de tempo, em grande parte, devido à mensagem escatológica especial que proclamava.⁴⁰ Uma característica crucial dessa mensagem foi a expectação do breve cumprimento do tempo para a purificação do santuário de Daniel 8:14. Alguns elementos das três mensagens angélicas de Apocalipse 14:6-12 foram também observados muitas vezes por alguns mileritas.

    O estudo das interpretações mileritas e não mileritas de Daniel 8:14 e de Apocalipse 14:6-12 é de especial importância para o presente estudo, pois essas duas passagens mais tarde proveriam o fundamento estrutural da mensagem e da missão adventistas do sétimo dia.⁴¹

    As páginas seguintes examinam as interpretações de Daniel 8:14 e Apocalipse 14:6-12, pré-1844 pelo protestantismo não milerita de língua inglesa no final do século 18 e início do século 19, e pelo milerismo. Enquanto que as interpretações dos protestantes não mileritas proveram o amplo contexto para a compreensão adventista sabatista desses textos,⁴² as interpretações mileritas proveram o contexto mais específico para essa compreensão. Assim, dá-se mais atenção à visão milerita do que à dos protestantes não mileritas.

    2.3. O santuário de Daniel 8:14

    O final do século 18 e início do século 19 viu muitas tentativas de interpretação de Daniel 8:14: E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.⁴³ São de grande valor para o presente estudo as interpretações dessas passagens por parte dos protestantes de língua inglesa, mileritas e não mileritas.

    2.3.1. Interpretações protestantes não mileritas de língua inglesa

    Daniel 8: 14 foi interpretado de diferentes formas pelos comentaristas protestantes não mileritas de língua inglesa do final do século 18 e início do século 19.⁴⁴ De especial significância para o presente estudo é como esses comentaristas compreenderam os três componentes principais dessa passagem: o santuário, os 2.300 dias e a purificação do santuário.

    2.3.2. O santuário

    Durante o final do século 18 e início do século 19, os protestantes não mileritas relacionaram o termo santuário com o templo judeu⁴⁵ ou com a igreja cristã.⁴⁶

    2.3.3. Os 2.300 dias

    O período de dois mil e trezentos dias foi também interpretado de diferentes formas. Enquanto alguns autores liam os dias como 2.300⁴⁷ ou 1.150⁴⁸ dias literais, a grande maioria dos comentaristas interpretavam-nos como anos.⁴⁹ A maioria via esse período como 2.300 anos.⁵⁰ Contudo, havia alguns autores que seguiam a interpretação da edição impressa Sistina da versão grega de Teodócio⁵¹ e interpretavam o período como 2.400 anos.⁵² Pelo menos um autor seguiu, temporariamente, a referência de Jerônimo a uma variante,⁵³ interpretando o período como 2.200 anos.⁵⁴

    Uma variedade significativa de datas foi escolhida para o início dos 2.300 anos. Para muitos autores, o período iniciou antes de 450 a.C.⁵⁵ Outros marcaram seu início para depois de 450 a.C.⁵⁶ Aqueles que viam o período iniciando durante a década 450 a.C., normalmente iniciavam-no em 457, com o decreto de Artaxerxes para restaurar e reconstruir Jerusalém, no sétimo ano de seu reinado (Ed 7),⁵⁷ ou em 453 a.C, com o suposto edito da ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém e o restabelecimento dos sacrifícios diários (Ne 9, 11).⁵⁸ Vários outros autores acreditavam que 2.300 dias de Daniel 8:14 e as 70 semanas de Daniel 9:24-27 se iniciavam no mesmo período.⁵⁹

    Ao escolher vários pontos de partida para os 2.300 dias, os comentaristas encerraram esse período profético em diferentes datas. Vários autores determinaram seu final antes de 1840.⁶⁰ Outros o estabeleceram para depois da década de 1840.⁶¹ Contudo, de acordo com L. E. Froom, houve uma tendência crescente, no início do século 19, de considerar que os 2.300 anos acabariam na década de 1840.⁶² Aqueles que seguiram essa tendência normalmente estabeleceram-no em 1843,⁶³ 1844,⁶⁴ ou 1847.⁶⁵

    2.3.4. A purificação do santuário

    A questão da purificação do santuário foi também compreendida de maneiras diferentes. No aspecto negativo, ela foi vista como a purificação da igreja cristã da apostasia papal,⁶⁶ do islamismo⁶⁷ ou de outro poder antagônico.⁶⁸ No aspecto positivo, a purificação do santuário foi relacionada a conceitos como a conversão dos judeus,⁶⁹ a restauração dos judeus à sua própria Terra,⁷⁰ o restabelecimento do verdadeiro culto no templo de Jerusalém,⁷¹ o estabelecimento das Sociedades Bíblicas e Missionárias,⁷² a restauração das doutrinas cristãs puras,⁷³ a segunda vinda de Cristo,⁷⁴ o começo do milênio,⁷⁵ o aprisionamento de Satanás,⁷⁶ e o estabelecimento da Nova Jerusalém.⁷⁷

    Josiah Pireis (1788-1851), por exemplo, viu a purificação do santuário como ocorrendo na segunda vinda de Cristo, no fim dos seis mil anos a partir do início da criação (2000 d.C.), quando os santos seriam libertados do poder da igreja romana secular e o milênio teria início.⁷⁸

    Para Robert Reid (1781-1844), a purificação do santuário não podia ser compreendida como o início do milênio, porque seria apenas a remoção da profanação do anticristo.⁷⁹ Ele explicava que, enquanto Deus iria purificar seu santuário pelas torrentes de seus julgamentos, ⁸⁰ a igreja seria purificada das falsas doutrinas e de todo culto não autorizado por Deus.⁸¹

    Assim, como anteriormente considerado, o santuário de Daniel 8:14 era normalmente relacionado, pelos comentaristas protestantes não mileritas de língua inglesa, com o templo judaico e com a igreja cristã. Os 2.300 dias foram compreendidos pela grande maioria desses comentaristas como um período de 2.300 anos. Havia uma tendência crescente, no início do século 19, de ver esse período como iniciando na década de 450 a.C. e findando na década de 1840 d.C.

    A questão da purificação do santuário foi relacionada, no aspecto negativo, com a purificação da igreja cristã dos poderes antagônicos que a poluíam e, no aspecto positivo, com a conversão e restauração dos judeus ou com os esforços missionários e de restauração na igreja cristã que, normalmente, eram vistos em um contexto escatológico.

    2.4. Interpretações mileritas

    Daniel 8: 14 foi o principal ponto focal da esperança escatológica milerita.⁸² Os mileritas trataram extensivamente do santuário, dos 2.300 dias e da purificação do santuário mencionado nesse texto.

    2.4.1. O santuário

    O estudo das Escrituras feito por Miller levou-o à conclusão de que a palavra santuário, em Daniel 8:14 referia-se à igreja cristã,⁸³ que ele chamava também de a igreja do Deus vivo,⁸⁴ o povo de Deus no mundo inteiro, e entre todas as nações,⁸⁵ e o verdadeiro santuário que Deus havia construído das pedras vivas de sua própria aceitação, por intermédio de Cristo, do qual o templo de Jerusalém era apenas um tipo.⁸⁶

    Por outro lado, Miller se opunha à ideia de que o santuário de Daniel 8:14 poderia referir-se ao templo judaico. Tendo Zorobabel construído o segundo templo, Miller afirmava que não havia sequer uma palavra nos profetas e nos apóstolos, de que um terceiro templo seria construído, exceto o templo espiritual que desceria do Céu, ou seja, a Nova Jerusalém. Assim, argumentava Miller, todo aquele que considera que o santuário terrestre será construído novamente estará tão equivocado quanto estavam os judeus descrentes, quando consideravam o reinado temporal do Messias.⁸⁷

    Embora Miller tivesse sustentado até o fim de sua carreira que o santuário representava a igreja,⁸⁸ gradualmente ele começou a desenvolver conceitos paralelos de que o santuário poderia também referir-se à Terra. Robert Haddock explica que

    na década de 1830 e início da década de 1840, ao ele [Miller] pregar e encontrar oposição, buscava cada vez mais apoio para a ênfase pré-milenial de Daniel 8:14, ao sustentar que o santuário também representava a Terra, que devia ser purificada pelo fogo do Segundo Advento de Cristo. Tão acentuada se tornou a sua ênfase sobre essa segunda aplicação que muitos escritores, posteriormente, ao referirem-se à compreensão de Miller sobre o santuário, mencionavam apenas sua aplicação do símbolo à Terra.⁸⁹

    Esse duplo significado do santuário de Daniel 8:14 foi claramente apresentado por Miller em sua Letter to Joshua V. Himes on the Cleansing of the Sanctuary, de 1842.⁹⁰ Nesse documento ele argumentou que a palavra santuário está relacionada nas Escrituras a sete diferentes entidades: 1) Jesus Cristo [Is 8:14; Ez 11:16]; 2) o Céu [Sl 102:19; 20:2]; 3) Judá [Sl 114:2]; 4) o templo de Jerusalém [1Cr 22:19; Êx 25:8]; 5) o Santíssimo [1Cr 28:10; Lv 4:6]; 6) a Terra [Is 60:13, 1Rs 8:27; Ap 5:10; 20:6; Mt 6:10; Ap 11:15; Sl 82:8; 96:6-13] e 7) os santos [1Co 3:16, 17; 2Co 6:16; Ef 2:21, 22].⁹¹

    As primeiras cinco dessas entidades foram apresentadas por Miller como santuários que não poderiam ser purificados (ver Dn 8: 14): 1) Cristo, porque "não é contaminado; 2) o Céu, porque não é impuro; 3) Judá, porque morreu e não mais é uma pessoa; 4) o templo, porque está destruído e 5) o Santíssimo no templo de Jerusalém, porque também foi destruído com o templo".⁹² Assim, restam apenas duas entidades que, de acordo com Miller, podem, ou mesmo requererão purificação, ou seja, a TERRA e a IGREJA. Para ele, quando essas duas entidades forem purificadas, "então, e não antes disso, o santuário de Deus será totalmente purificado e justificado."⁹³

    A dupla interpretação de Miller sobre o santuário de Daniel 8: 14, como a igreja e a Terra, tornou-se, de acordo com Gerard Damsteegt, a visão predominante entre os mileritas.⁹⁴ Houve, porém, alguns mileritas, sendo eles Josiah Litch,⁹⁵ Apollos Hale [fl. 1840-1844],⁹⁶ John Starkweather [fl. 1843-1844],⁹⁷ Robert Winter [c. 1817-1909],⁹⁸ e George Storrs [1796-1879]⁹⁹, que consideraram a Terra prometida (Gn 17:8; Êx 15: 17; Sl 78:54; Is 63:18) como o santuário de Daniel 8:14. Hale, por exemplo, argumentou que o santuário nessa passagem deve ser capaz de ser ‘pisado’ [v. 13] e de ser ‘purificado’ [v. 14].¹⁰⁰ Starkweather parece dar a entender que, uma vez que o santuário e o exército foram pisados (Dn 8:13) pelo anticristo pagão/papal, o santuário não pode ser o exército’ ou povo de Deus. ¹⁰¹

    2.4.2. Os 2.300 dias

    Para Miller, os 2.300 dias de Daniel 8:14 eram simbólicos por natureza e deviam ser compreendidos como 2.300 anos literais.¹⁰² Ele alegava que, ao considerar cada dia como um ano, estava em harmonia com todos os principais comentaristas protestantes.¹⁰³ Ele encontrou sustentação bíblica para o princípio dia-ano principalmente em: Números 14: 34; Ezequiel 4: 6 e na pressuposição de que o período profético das setenta semanas de Daniel 9:24-27, que já haviam sido cumpridas como 490 anos, era apenas a primeira parte dos 2.300 dias.¹⁰⁴ Apoio adicional foi provido pelas correlações com o cumprimento histórico de outros períodos proféticos, como os 1.290 dias (Dn 12:11),¹⁰⁵ os 1.335 dias (Dn 12:12),¹⁰⁶ os 2.450 dias (ver Lv 25:8-13)¹⁰⁷ e os 2.520 dias (ver Lv 26:18-28).¹⁰⁸ Miller entendia que os 2.300 dias tinham seu início em 457 a.C.¹⁰⁹ e seu fim em 1843 d.C. Ele estava fortemente convencido de que, de todos os pontos iniciais possíveis, a publicação do decreto de Artaxerxes para a reconstrução dos muros de Jerusalém, em 457 a.C. (ver Ed 7), era a data correta para o início do período profético.¹¹⁰

    Outro ponto importante nos cálculos proféticos de Miller foi o ano 33 d.C. para a crucifixão de Cristo. Ao presumir que Cristo morreu exatamente no final das setenta semanas de Daniel 9:24-27 e que esse período de semanas cobria os primeiros 490 anos dos 2.300 anos, Miller pôde calcular o início e o final dos 2.300 anos. Ao subtrair 33 anos dos 490 anos, ele chegou a 457 a.C. para iniciar os 2.300 anos. Ao somar 33 anos aos 1810 anos, que restaram após a subtração dos 490 anos dos 2.300 anos, ele chegou a 1843 d.C. como o fim dos 2.300 anos.¹¹¹

    Miller não reivindicou originalidade para seus dados históricos e cronológicos. Ele admitiu que havia se baseado na cronologia recebida¹¹² dos melhores, cronologistas e dos melhores historiadores que pôde consultar.¹¹³ Ele reconheceu que seus cálculos sobre as profecias do tempo foram partilhados por muitos outros expositores na primeira metade do século 19. Ele afirmou que

    um ou dois em cada canto do globo haviam proclamado as novas [da breve vinda de Cristo], e concordavam quanto ao tempo. Wolf[f], da Ásia; Irwin [sic], da Inglaterra; Mason, da Escócia; Davis, da Carolina do Sul, e vários nesta região estão ou estiveram apresentando o clamor.¹¹⁴

    Havia uma forte tendência, como já mencionado,¹¹⁵ de findar os 2.300 anos durante a década de 1840. Os expositores que seguiram essa tendência estavam, no entanto, divididos entre 1843, 1844 e 1847 como o ano específico para o fim do período. Miller estava ciente dessa tensão quando escolheu as primeiras datas no círculo de uns poucos anos sobre os quais os cronologistas haviam confiado como a data dos eventos a partir dos quais os cálculos deveriam ser feitos.¹¹⁶

    Os mileritas não enfrentaram tantas tensões sobre o início dos 2.300 anos como em relação ao final desse período. Embora o ano 457 a.C. continuasse sendo, normalmente, aceito em termos gerais, a expressão por volta de 1843 d.C. começou, gradualmente, a ser substituída por cálculos mais específicos sobre a data. No início de sua carreira, Miller havia usado expressões como por volta de 1843 d. C,¹¹⁷ em 1843 ou antes,¹¹⁸ e mesmo 1843[,] ou 1847 no máximo,¹¹⁹ para o fim dos 2.300 anos. Mas no final de 1842 ele foi instado por seus amigos a definir mais precisamente o fim desse período profético.¹²⁰ Assim, no início de 1843, Miller apresentou um extenso artigo na revista Signs of the Times, no qual afirmava que Cristo viria em alguma data entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844, de acordo com a forma judaica de calcular o tempo.¹²¹

    Outro passo significativo no processo de aperfeiçoamento da cronologia milerita foi a publicação de um artigo tratando da expressão na metade da semana (Dn 9:27), na revista Signs of the Times, de 5 de dezembro de 1843.¹²² Embora sendo uma extensa compilação, intercalada com alguns poucos comentários, o artigo foi crucial por prover várias citações de William Hales (1747-1831),¹²³ enfatizando a visão de que Cristo morreu na metade (não exatamente no final) da última semana

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