Era uma vez, os contos Zazas
()
Sobre este e-book
O autor partilha oito contos tradicionais que retratam a benevolência, gentileza, coragem, compaixão, entre outros. São oito pequenas histórias através das quais diferentes personagens serão levados a superar-se e a destacar a sua coragem, coragem e a comportarem-se como verdadeiros heróis de tempos antigos e míticos.
Relacionado a Era uma vez, os contos Zazas
Ebooks relacionados
Malasartes: Histórias de um camarada chamado Pedro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA condenação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHumor Maçônico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSeleção De Piadas Clotan - Vol. 4 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPor interesse Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSapatos estragados, galinhas falantes e outros mistérios Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVovô Balanço E O Vôo Para Sete Mares Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEu... A Vida... Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLembra-se De Mim? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Paiol Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA panqueca fugitiva, o Resmungão e outros contos nórdicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFábulas Educativas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFábulas Educativas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Ordem Negra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs Histórias Que A Vó Sinhá Contava Nota: 0 de 5 estrelas0 notas19. A Dama Das Orquideas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSó se for um visconde: Para se casar com um patife..., #3 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMeu Amigo Gérson Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Casa Mal Assombrada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Lâmpada Mágica De Aladim Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVampiros, A Caçada Começa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVampiros Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVingança e sedução Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Testemunha Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Beijo De Judas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasvampiros: a caçada,começa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Sonata a Kreutzer Nota: 0 de 5 estrelas0 notasReflexões Em Contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO conde de Monte Cristo - tomo 3 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOusadia Para Mudar Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Ficção Geral para você
MEMÓRIAS DO SUBSOLO Nota: 5 de 5 estrelas5/5Para todas as pessoas intensas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Arte da Guerra Nota: 4 de 5 estrelas4/5Palavras para desatar nós Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Sabedoria dos Estoicos: Escritos Selecionados de Sêneca Epiteto e Marco Aurélio Nota: 3 de 5 estrelas3/5Invista como Warren Buffett: Regras de ouro para atingir suas metas financeiras Nota: 5 de 5 estrelas5/5Onde não existir reciprocidade, não se demore Nota: 4 de 5 estrelas4/5Declínio de um homem Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para todas as pessoas apaixonantes Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poesias Nota: 4 de 5 estrelas4/5Gramática Escolar Da Língua Portuguesa Nota: 5 de 5 estrelas5/5A batalha do Apocalipse Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Morte de Ivan Ilitch Nota: 4 de 5 estrelas4/5Civilizações Perdidas: 10 Sociedades Que Desapareceram Sem Deixar Rasto Nota: 5 de 5 estrelas5/5Dom Quixote Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Casamento do Céu e do Inferno Nota: 4 de 5 estrelas4/5Simpatias De Poder Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Morro dos Ventos Uivantes Nota: 4 de 5 estrelas4/5As Melhores crônicas de Rubem Alves Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mata-me De Prazer Nota: 5 de 5 estrelas5/5Inglês Fluente Já! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNoites Brancas Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Era uma vez, os contos Zazas
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Era uma vez, os contos Zazas - Olivier Aymar
Introdução
Certamente, os Zazas não são conhecidos pela maioria das pessoas e ainda assim eles existiram. Os Zazas são descendentes das civilizações da Anatólia e da Mesopotâmia. Os seus antepassados foram, por sua vez, os Sumérios, os Hattis, os Hititas, os Louvitas, os Hurritas e os Sassânidas. Após a invasão do Império Zazanida (Sassânida) em 634 d.c, o país dos Zazas foi alvo de sucessivas invasões dos Árabes dos Seljúcidas, dos Mongóis, de Gengis Khan e do Tamerlão, dos Persas e dos Turcos.
A população Zaza foi dizimada por sultões otomanos e pelos Curdos em 1514. Desde então, o povo Zaza foi eliminado da história, e a sua HISTÓRIA, cultura, língua e etnia foram atribuídas aos Curdos que lutaram lado a lado com as autoridades turco-otomanas até 1940.
O contos que vão ler neste livro contam uma parte da cultura oral do povo Zaza .
Um rei
Certo dia, um rei reúne as suas três filhas e pergunta à sua filha mais velha:
- O quanto me amas, minha filha?
A filha responde:
- Pai, amo-te como ao açúcar.
O rei fica tranquilo. Ele acha isso bom, significa que ela gosta muito dele. Ele dirige-se à sua filha mais nova:
- Tu, minha filha, o quanto me amas?
- Amo-te como ao mel.
O rei está no céu, ele acha isso muito bom, porque ela também o ama muito.
Quando chega a vez da filha mais nova, ela responde:
- Meu pai, eu amo-te tanto quanto amo o sal.
O rei não esperava tal resposta. Sente-se ofendido.
Ser amado como o sal – que dizer que não o ama de forma nenhuma - ele retira-se para o seu quarto e começa a pensar na solução para aquela ofensa. Depois de algum tempo, ele decide expulsar a sua filha maldita
da sua corte.
Chama dois de seus servos e diz-lhes:
Levem a minha filha mais nova e entreguem-na ao homem mais preguiçoso da terra.
Na manhã seguinte, os dois servos levaram a rapariga e partiram na esperança de encontrar o homem mais preguiçoso do país. Ao longo do caminho, eles vêem um homem deitado sob uma tamareira, com a boca aberta, à espera que as tâmaras caíssem sozinhas.
Os dois servos param e acham que não vão encontrar ninguém mais preguiçoso que aquele homem.
Chamam-no :
- Ei, tu aí! Consegues ouvir-nos ?
- Sim, o que querem de mim ?
- Trazemos para ti uma das filhas do rei, para que te cases com ela.
O homem responde :
- Ok, mandem-na para aqui.
Os dois servos abandonam então a rapariga com este homem e voltam para o palácio.
O homem preguiçoso chamava-se Memet. Este homem era tão preguiçoso que raramente se levantava do colchão. Sempre deitado, todas as manhãs, era a mãe que o conduzia até à sombra de uma tamareira. À noite, ela levava-o para casa.
Tudo isto já durava há muito tempo.
A nova mulher insurgiu-se contra a situação do seu marido. Ela disse à sogra :
- Que história é essa de o levar de manhã e trazer de volta à noite ?
A sogra respondeu-lhe :
- O que queres que eu faça, minha filha ? O bom Deus deu-me um filho preguiçoso e eu só tenho que me submeter.
A filha do rei reflete. Ela diz a si mesma que aquela situação não pode durar para sempre e que tem que encontrar uma solução. Naquela mesma noite, ela diz ao marido :
- Meu querido marido, sabes que para viver é preciso ires trabalhar. Caso contrário, em breve não teremos nada para comer.
O marido responde :
- Mas minha querida, eu não sei trabalhar.
- Não importa, vais aprender! Primeiro, vais comprar uma corda e depois vais para o mercado trabalhar como carregador. Isso não requer nenhuma experiência.
O marido não insiste. Na manhã seguinte, ele compra uma corda e vai para o mercado.
Um homem chama-o :
- Tu aí, carregador?
Memet corre em direção ao homem :
- Sim senhor?
- Leva esses sacos de farinha para minha casa, até eu encontrar outros carregadores para levar o resto dos sacos.
De acordo, senhor
, disse Memet, que imediatamente começou a trabalhar .
Enquanto o homem procurava outros carregadores, Memet vai e vem várias vezes e consegue levar todos os sacos que lá estavam. Quando o homem regressa com outros dois carregadores, ele não vê nada. Então ele pergunta a Memet onde estão os sacos .
- Eu levei-os para sua casa, senhor !
Os outros dois homens não gostaram muito deste recém-chegado que estava a roubar o trabalho todo deles e decidem avisar todos os carregadores. Eles reúnem-se imediatamente para encontrar uma solução. Decidem por unanimidade pagar uma quantia em dinheiro a Memet, com a condição de que ele pare de trabalhar como carregador.
Eles vão ter com Memet e dizem-lhe :
- Nós damos-te uma