100 Palavras

De Ricardo Caetano

100 Palavras é o grito silencioso dum sonhador e contador de histórias que promete envolver-nos na expressão dos seus sentimentos e suas vivências através da poesia. 

• Idioma: Português
• Editora: CORDEL D' PRATA
• Data de lançamento: 30 de jun. de 2021
• ISBN: 9791220295116

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Agradecimentos

Agradeço às 5 mulheres da minha vida

Agradeço à minha esposa, por acreditar em mim e ter me incentivado a perseguir este sonho. Por ser o meu porto seguro em dias de tempestade, e por ser o vento em dias de desanimo.

Agradeço às minhas filhas por serem as minhas Estrelinhas, o meu norte e sul que me guiam para eu não andar perdido. Agradeço-lhes porque com apenas um simples abraço, sinto-me como se tivesse conquistado o mundo.

Agradeço à minha avó, por ser minha mãe de coração e por ainda hoje com os seus 80 anos, continuar a ter no seu olhar o mesmo amor, o mesmo carinho e a mesma preocupação por mim.

À minha mãe, queria poder agradecer (já faleceu), agradecer por me ter apresentado aos livros, agradecer por ter cultivado em mim o prazer pela leitura e escrita. Sobretudo agradecer-lhe porque acreditava que um dia eu conseguiria realizar os meus sonhos.

Quero expressar também uma palavra de apreço às minhas duas tias e aos meus dois tios, bem como aos meus sogros e cunhados.

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Este livro decido às 5 mulheres da minha vida: à minha esposa, às minhas filhas, à minha avó e, em especial, dedico à minha falecida mãe que me ensinou a amar ler e escrever. A vocês que me acompanham nesta minha jornada, quero com esta dedicatória expressar minha gratidão, pois o meu amor já é todo vosso.

Um poema é...

Um poema é...

O assentar de sentimentos,

Num pedaço de papel.

É o choro não exprimido,

Por uma caneta gravado.

Um poema é...

As lamúrias e as tristezas,

Pelo poeta narradas.

São histórias de vida bradadas,

Tão belamente em versos afloradas.

Um poema é...

A alegria e a tristeza,

Em quadras harmonizadas.

É o regozijo e o lamento,

Num poema perpetuados.

Um poema é...

O latejar duma cicatriz

De um passado marcante.

É o grito não expressado,

Duma pobre alma* pensante.

Um poema é...

A quadra popular,

Em versos cantados.

É a prosa poetizada

Numa página eternizada.

* pessoa

Só eu te conheço

Dizem teres coração de pedra,

Mas sei que não tens,

Pois pelo teu olhar penetrei.

És um ser miserável,

Com medo de ser tu próprio,

E, por isso, receias de viver.

Construíste muralhas,

Em redor de teu coração,

Para que não to levem.

Mas vives sofrendo,

Por sentimentos reprimir,

E apenas vives por viver.

Só eu te conheço,

Só eu sei o quão nobre és,

E o quanto me amas.

Dizes-mo com teus sorrisos,

Mas negas vez após vez,

Com tuas palavras confusas.

Tens receio das repercussões,

E só pensas nas consequências,

E esqueces-te da recompensa.

Transmites o teu desejo,

Negas a tua paixão,

Em tuas mensagens perturbadoras.

Só eu te conheço – continuação

Deixa os medos,

A falta de confiança,

Apenas abre teu coração.

Depois partirei,

E tudo que ficou por dizer,

Será reprimido.

Amor lamentado,

Um dia substituído,

Mas jamais esquecido.

Sei que é difícil mudar,

Mas este é o tempo,

Mesmo não sendo fácil.

Eu sei tão bem,

Também na sombra vivi,

Até minhas batalhas travar.

Liberta teus fantasmas,

Voltemos onde tudo começou,

E, assim, tudo chega ao fim.

O fim tu podes escolher,

Tens o poder de determinar,

Se comigo ou na supressão do amor.

Só tu tens esse poder,

Mas peço-te que não tardes,

Porque em breve… eu partirei.

Até mesmo…

Olho para ti e não mais te vejo,

Até mesmo pareces desconhecida.

Não quero acreditar,

Que um dia foste especial.

Pensar que vibrava ao ver-te,

Que eras o apogeu do meu dia.

Pensar que sem falar me excitavas

E até mesmo nos meus sonhos vivias.

Agora somos indiferentes,

E eu incrédulo não o via.

Até mesmo persisti em prolongar,

O que há muito não mais existia.

Teimei, neguei,

Até mesmo me enganei.

Cego, míope,

Preto no branco não vi.

Partiste primeiro,

Até mesmo antes de chegar.

Mas hoje consigo ver,

Que nem eu te deveria amar.

Sentimentos

Incógnita dos sentimentos

Que nos faz viver.

Umas vezes sorrindo...

Outras chorando...

Outras cambaleando no vazio.

Questionei minha existência,

Escutando afirmações vãs.

Consenti incertezas estéreis,

Numa consciência melindrosa,

Plena de sentimentos tumultuosos.

Chorei, mas sorrisos esbocei,

Ludibriando minha essência.

Perdi-me mas inventei-me,

Numa tentativa camuflada,

De sentimentos reprimir.

Paixão desconcertante,

Condenada à penúria de palavras.

Desejo provocativo,

Numa masmorra de