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2020 O ano que não existiu
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2020 O ano que não existiu
E-book153 páginas4 horas

2020 O ano que não existiu

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Sobre este e-book

Não fomos treinados para lidar com uma pandemia, nem com os efeitos colaterais dela; num dia fomos dormir e parecia tudo normal, no outro dia acordamos e nada mais era igual, e agora ?
Agora, cada um de nós está entre a espada e a parede, sendo desafiado a se superar e até mesmo ir além de seus limites. Agora precisamos nos adaptar, resistir e lutar para frutificar.
Agora, a nossa fé em Deus precisa ser forte o suficiente para nos sustentar nas noites escuras, nas tardes solitárias e nas manhãs cheias de silêncio e muitas vezes da dor do luto pelas pessoas que partiram cedo demais.
Onde está Deus agora, foi a pergunta de muitos, e no meio do caos, Ele se manifesta de todas as formas e maneiras conforme você verá no decorrer desta leitura. Deus está aqui e agora, e esse conteúdo é sobre Ele aqui, é sobre Ele para nós e sobre Ele através de nós.
No meio de tantos escombros, existe um caminho que nos levará a colher grandes tesouros.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de jun. de 2021
ISBN9786599471704
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    Pré-visualização do livro

    2020 O ano que não existiu - Ruth Catala

    vida.

    DEDICATÓRIA

    Dedico este livro á Deus, autor da minha inspiração; sou grata á Ti Senhor por me confiar uma missão tão delicada e tão apaixonante que é escrever.

    Á minha família que tem sido a maior base de sustentação enquanto promotora do reino de Deus. Como sou feliz por ter sido presenteada por uma marido tão singular como o Manuel Catala e filhos tão extraordinários como a Silvina Edmée Daniel Catala, o Daniel Catala e o nosso bebê caçula que mesmo estando a caminho já é tão esperado e muito amado.

    Vocês são a certeza de que Deus é real. Obrigada por tanto...

    Á todas as famílias que enterraram seus ente-queridos em meio a essa pandemia tão brutal e assustadora. Que Deus possa consolar e cuidar das feridas da saudade, que o bálsamo do alto seja suficiente para vos manter firmes e inabaláveis com a esperança no Cristo que disse aquele que crê em mim, ainda que morra viverá João 11. 25

    Que este livro te faça ver Deus em meio ao caos.

    PREFÁCIO

    A expressão "ebenezer" nunca foi tão significativa em nossas vidas, pois verdadeiramente até aqui o Senhor nos ajudou; mesmo em meio à pandemia, não podemos negar que em cada um dos dias deste ano, experimentamos as misericórdias de Deus que vimos se renovarem a cada manhã. Em meio à recessão e racionalização, podemos ver sua provisão em tempo oportuno, bem como sua direção, proteção e consolo em meio à angustia.

    Em meio à crise que temos enfrentado, podemos declarar nos valendo das palavras do apóstolo Paulo: Em tudo fomos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados, perseguidos por um inimigo invisível contra o qual estávamos completamente despreparados, mas não fomos desamparados por Deus, o Senhor. Sim, fomos abatidos, perdemos muitos dos nossos entes queridos, mas não fomos destruídos, e aqueles que de nós foram tirados, cremos em Deus que estão em sua presença, desfrutando do gozo eterno, e como nunca antes na história da nossa geração os céus estão em festa ininterrupta, pois diversos filhos, depois de terem combatido um bom combate, estão voltando para casa.

    E nós que ficamos, somente por sua graça pudemos passar por 2020, o ano que verdadeiramente não existiu! Vocês assim como nós devem ter feito diversos planos. Para nós esse seria o ano da prosperidade financeira, pretendíamos comprar a nossa casa num condomínio de luxo, criar mais empresas, trocar de carro e até viajar pelo mundo, começando pela Holanda, o que seria feito no mês de outubro. Por incrível que pareça, nunca tínhamos feito tantos planos, e também nunca vimos as coisas darem tão errado a ponto de questionarmos se teríamos o básico para alimentar os nossos filhos! Não foi um ano fácil, é verdade, mas é inegável que foi um ano de grande aprendizado e crescimento em Deus, que nos mostrou mais uma vez que devemos viver não para a nossa própria vontade, mas para fazer a vontade Dele; este foi um dos maiores aprendizados para a nossa família e dentre outros; o livro que você tem em mãos é uma coletânea destes aprendizados, que brotaram do coração de Deus para edificar a nossa fé enquanto igreja e sociedade.

    Espero em Deus, que através deste você se reveja e relembre dos diversos momentos passados em meio à pandemia, momentos de pesar, livramento, alegria, crescimento e acima de tudo, momentos de adoração e contemplação do Senhor - prática que rotineiramente acontecia no ambiente cômodo de nossas comunidades de fé, mas que foram radicalmente mudadas, pois em pouco tempo, para a nossa própria segurança tivemos que encerrar as portas de nossas igrejas para resguardar a saúde de nossas famílias.

    Incrivelmente a Pra. Ruth Catala não só capta esse momento, como também nos leva a refletir sobre a necessidade da igreja compreender a mudança dos tempos, se valendo dessa mudança para repensar as suas práticas e não entrar em desespero, como tem acontecido com muitos de nós e também com diversos líderes religiosos, cuja maior preocupação está sendo o número de membros, o deficit nas contas da igreja, e não a compreensão do que Deus está fazendo. Quando deveriam aproveitar para surfar na onda de graça e misericórdia liberada por Deus em meio ao caos, esses homens e mulheres estão vidrados nos jornais que mais têm prejudicado do que ajudado, pois têm nos levado a olhar o presente como sendo o fim e não como um momento de oportunidade.

    Deus estava nos dando a oportunidade de viver dias extraordinários, nos quais poderíamos experimentar seu agir sobrenatural, mas muitos de nós estão focados nas circunstâncias e não no Senhor das circunstâncias, Aquele que converge Nele todas as coisas, para que a sua vontade se faça. O livro que você tem em mãos vai levá-lo justamente a compreender como através da pandemia a boa, perfeita e agradável vontade de Deus foi manifesta, tendo moldado a realidade a favor daqueles que não pararam de servir ao Senhor, se lamuriando por sua própria situação, mas estavam envolvidos com o serviço e cuidado do próximo. Podemos dizer que essa atitude tem sido o diferencial entre aqueles que servem a Deus e aqueles que querem se servir dele. Não sei qual tem sido a tua atitude em meio à pandemia, mas agora está em tuas mãos a oportunidade de se autoavaliar, e dependendo das respostas que você obtiver poderá melhorar e aprimorar os teus atos e atitudes, ou então mudar completamente a direção que está seguindo, isso no caso de você estar trilhando um caminho que não agrada ao Senhor.

    A Pra. Ruth com sua maestria, zelo e profundidade, apresenta também exemplos práticos que vivemos como família e como vencemos para permanecer incendiados por Cristo, amando-O ainda mais, mesmo depois dessa avalanche chamada 2020.

    Por isso, eu desejo que em meio a tudo que estamos vivendo, Deus continue te dando graça e que Ele mesmo te abençoe rica e poderosamente como Ele nos abençoou com as verdades reveladas nesta obra.

    Pr. Manuel Catala

    QUEM É RUTH CATALA

    Ruth Mulele Prudente Daniel Catala, é filha de Daniel Catumbela e Edmée Raquel Prudente. Nascida aos 16 de novembro de 1991 no município de Quilengues, Província da Huíla, em Angola.

    Última filha de 9 irmãos, cresceu num lar cristão, vendo os pais trabalhando na obra de Deus, defendendo a vida num contexto de guerra, dor, desesperança e muito caos. O tempo passou e a partir dos 13 anos começou a questionar sobre o amor, a fidelidade e o cuidado de Deus; não entendia como poderia um Deus justo criar brancos e negros sendo que muitas vezes lhe parecia que os brancos viviam em melhores condições de vida; perguntava-se por que Deus permitia militares entrarem nas aldeias para matarem pessoas, incluindo mulheres e crianças, além de permitir que famílias fossem assoladas pela fome e outras pestes, tais como a malária, AIDS e outras.

    Sua alma queria Deus, mas a realidade à sua volta parecia declarar que Deus não existia! A razão quase manipulou seu coração a ponto de querer distância do criador; como ela mesmo conta...

    Ver os meus pais sendo responsáveis por cuidar das pessoas nesse contexto (acima citado) era contraditório para mim, pois na minha cabeça Deus havia abandonado o meu povo!

    Eu vi a guerra, eu vi mortes, nós passamos fome, já tivemos que fugir sem rumo para florestas escuras e sombrias porque os militares nos expulsavam da nossa casa e, sem ter o que comer, nos sobravam apenas ratos para sobreviver. Sim, é isso mesmo, comíamos ratos que viviam em lavras (lavoura) para não morrer de fome! E por favor não me julgue e nem faça essa cara esquisita, apenas continue lendo o livro rs...

    Até a adolescência eu não acreditava no amor de Deus; não, não com aqueles gritos de pessoas pedindo socorro martelando na minha cabeça, afinal, mesmo sendo filha de pastores, mesmo ouvindo falar sobre a Bíblia todos os dias, mesmo vendo milagres, a minha fé estava muito abalada, ou melhor, eu não tinha fé no Deus pregado pelos meus pais porque eu não O conhecia!

    Eu conheço o sentimento angustiante de querer sumir, tentei me matar duas vezes porque tinha uma espécie de raiva de Deus, eu não conseguia vê-Lo como Senhor, como Amigo e muito menos como meu Pai; para mim, sentir a presença de Deus era uma realidade muito distante, e nem entendia exatamente por que os meus pais O amavam tanto, porque para mim Deus fazia sentido quando revelava poder, e a lógica do seu amor se manifestando no meu caos não fazia sentido no momento. Para mim, Deus estava na Ásia, nas Américas, na Europa, na Oceania, menos na África.

    Aos 14 anos sofri bullying na escola por ser diferente; eu não era como os outros, não falava como os outros, não vestia como os outros, não aceitava tudo como os outros a minha volta. Eu não gostava de fazer o que os outros adolescentes faziam e para variar gostava de pedir aos professores para orar na escola; então, queriam me dar uma lição. Vários colegas incluindo meninas e rapazes se organizaram para me dar uma surra por ser diferente, ou melhor, queriam que eu fosse igual a eles, porque é isso que o mundo faz, pessoas diferentes muitas vezes parecem ser uma ameaça e o que muitos fazem é pensar em causar dor ou eliminar do meio. Levei um grande susto quando vi aquela multidão procurando por mim na escola enquanto eu chegava para a aula; era um tumulto gigantesco, que graças a Deus foi paralisado por um professor muito respeitado na escola que proibiu que aquele ato se repetisse. Na verdade, nesse dia começou o processo da minha conversão, porque fiquei tomada de medo do que poderia acontecer se aquelas pessoas realmente alcançassem seus objetivos. Eu percebi que houve ali uma intervenção acima do meu professor, pela primeira vez eu me senti amada, protegida e defendida por ALGUÉM usando a vida do meu professor. Algo começou a mudar na minha alma.

    Aquilo não foi normal, eu vi a fúria no olhar deles e sabia que tinha alguma coisa a mais acontecendo; voltei para casa assustada e ao chegar em casa corri para minha mãe chorando e pedi que ela fizesse alguma coisa para que Deus falasse comigo. Eu fui movida por uma necessidade muito grande de ouvir a Deus, e não importava como, mas estava disposta a percorrer o caminho, passar pelo processo e ficar cara a cara com Ele (Deus)!

    A minha mãe disse: — Ruth, já está na hora, fala com Ele você mesmo.

    Comecei a falar com Deus em oração e quanto mais orava mais à vontade me sentia com Ele; passei a conhecer um pouco mais do carácter de Jesus lendo e conhecendo a Bíblia e isso arrebatou o meu coração para um novo tempo. Quando li João 3.16 pela primeira vez, sozinha, sem ouvir na pregação dos meus pais, eu descobri a minha identidade, entendi o meu valor e aceitei a minha condição de filha amada e escolhida por Deus. Eu me apaixonei por Jesus, isso mudou a minha alma, mudou a minha perspectiva de vida, mudou os meus sonhos; isso mudou toda minha caminhada.

    Desde então, aceitei a minha cor negra, pela primeira vez comecei a ver cores no meu continente africano, comecei a

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