A travessia das sombras
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A travessia das sombras - Dalmo Radimack da Silva
Prefácio
A travessia das sombras, fruto da fértil imaginação criadora do escritor Dalmo Radimack, se apresenta ao leitor como um convite irrecusável a uma peregrinação pelas veredas quase insondáveis da vida. A escuridão, que contrasta com a luz e evocada como imagem de tudo quilo que é sombrio, nem por isso deixa de ser a ocasião de um descortinar de novos caminhos sempre possíveis.
Se para o poeta José Paulo Paes, o gosto pelo escuro é pior do que a luz apagada, para o autor da obra que temos em mãos, o maior dos desafios é a noite que se aloja de modo insistente nas vicissitudes do coração de cada ser humano. Mas, o lampejo de esperança suscitado ao longo do peregrinar pelas páginas deste livro, abrolha a provocação de uma reflexão que acena para a necessidade de se enxergar o jogo entre luminosidade e penumbra como uma metáfora do cotidiano da nossa existência.
Através do peregrino das sombras, o andarilhar daqueles que se deparam com o presente texto vai aos poucos se compondo de um paisagem feita de silêncios e palavras, de alturas e de abismos, de amor e de saudades, de morte e de esperança, de noites umbrosas e de dias reluzentes. A existência é o lugar do encontro dessas aparentes contradições, ela é a um só tempo altiva e abissal, mesclada de fenecimentos e constantes avivamentos, tocada por prolongados mutismos e pela beleza manifesta nos falares dos mais sábios. Se é verdade que todos os homens morrem, embora nem todos consigam viver um vida verdadeira, a leitura dessa travessia nos faz enxergar um grito de protesto contra todo desperdício em relação à vida que não se deixa experimentar em toda sua intensidade.
O percurso se faz durante a noite e ao longo do dia! Mas, o dia é mais do que a simples incidência dos raios solares sobre parte do planeta, assim como a noite não é apenas a sombra da terra lançada sobre aqueles que em determinado momento se encontram escondidos do grande astro luminoso. Dia e noite são imagens a partir das quais a vida aprendeu a lidar com o tempo. O tempo e a vida são uma coisa só! A vida é o único tempo para a travessia e o tempo é a vida sendo incessantemente atravessada.
Dalmo Radimack nos instiga a sermos peregrinos de nós mesmos e a percorrermos sem relutância esse caminho da vida repleto de sonhos e desafios.
Maurício Sandro de Lima Mota
Abril de 2021
O primeiro passo
Certa vez, caminhou entre nós um homem que possuía uma visão diferente da vida. A sua pele era negra, seus cabelos encaracolados e suas mãos calejadas. Para alguns, um sábio; para outros, um poeta. No dizer de muitos ele era possuidor de poderes sobrenaturais, para outros tantos era um subversivo, um homem perigoso, cuja companhia poderia induzir ao erro. Sobre si mesmo nunca afirmou nada. Talvez as perguntas feitas não tenham sido as mais apropriadas. Para quem importaria o que ele era? A quem interessaria saber sobre sua vida, sobre seu passado ou sobre sua história? As pessoas quase nunca se importam com nada disso! A verdade é que infelizmente as pessoas estão ocupadas demais para darem atenção aos outros e a elas mesmas.
Este homem nos falou daquilo em que acreditava. Ele falou que dentro de cada ser humano há um universo em miniatura ansioso por ser despertado, desejoso por expressar seu brilho. Ele nos falou que habitamos um mundo, mas que existe outro mundo em cada um de nós! No mundo que há em cada um de nós podemos habitar alturas infinitas sorvendo seu ar rico dos mais variados aromas e mergulhar em rios de águas correntes sempre mornas nos dias frios e sempre frias em dias quentes.
"Há em cada um de nós um mundo conhecido e repleto de brilho e também há outro, indomável e desconhecido. Este mundo é prenhe de possibilidades que vão se revelando pouco a pouco! Talvez nunca o vejamos plenamente revelado!