Comentário Bíblico Prazer da Palavra, fascículo 50 — Filipenses: Filipenses

De Israel Belo de Azevedo

O fascículo 50 da Bíblia de Estudo Prazer da Palavra comenta a carta de Paulo aos Filipenses. Nele Israel Belo de Azevedo destaca a questão do autoesvaziamento de Jesus (ou kenōsis), que está no capítulo 2 da epístola. A questão é objeto de discussão desde o início da teologia cristã. Por essa razão, o comentário traz no final um anexo em que passa a revista a história da doutrina da kenōsis, da sua origem aos dias de hoje.

• Idioma: Português
• Editora: Editora Prazer da Palavra
• Data de lançamento: 18 de ago. de 2021
• ISBN: 9786589202615

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Carta de Paulo aos

FILIPENSES

Filipenses 1

Prefácio e saudação

¹ Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos.

² Que a graça e a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês.

1.2 — Paulo sempre conta com o apoio de um colaborador a quem dita sua correspondência. Nesta, aos Filipenses, quem o apoia é Timóteo. Os dois estavam presos em Roma.

Como sabemos pelo livro de Atos (Atos 16.1) e pelo próprio apóstolo, Timóteo era filho de uma mãe judia convertida ao Cristianismo; seu pai era romano e provavelmente não-convertido. Talvez por esta característica da sua família, não tenha sido circuncidado quando bebê. Na primeira visita de Paulo e Barnabé a Listra (perto de Icônio, hoje Konya, na Turquia), já jovem, converteu-se ao cristianismo (Atos 14.8-20). Quando retornou à cidade, o apóstolo o convidou para a sua equipe missionária. O jovem, cujo nome aparece como amanuense de Paulo em cinco outras cartas (2Coríntios, Colossenses, 1 e 2Tessalonicenses e Filemom), foi enviado também como seu emissário pessoal às igrejas da Tessalônica, de Corinto e de Éfeso. A tradição o descreve como bispo de Éfeso, onde teria morrido no ano 97, aos 72 anos de idade. Embora fosse Paulo o autor da carta, ele a credita também a Timóteo, numa espécie de grato reconhecimento. A epístola é dirigida aos crentes (aos quais chama de santos) da igreja que se reunia em diferentes casas de Filipos. Ele menciona especificamente entre seus leitores os bispos e diáconos da comunidade de fé. Os bispos eram os que supervisionam as igrejas; é possível que em cada igreja-casa houvesse um coordenador; como havia mais de uma, Paulo se refere a eles como bispos, mas sem sentido formal e hierárquico, como depois se tornariam. O mesmo se aplica aos diáconos, um termo para aqueles que atuam da igreja em diferentes ministérios. Só mais tarde, passaram a ser um grupo ministerial