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Educação Semeadora: Contribuições de educadores que sonham, semeiam e colhem
Educação Semeadora: Contribuições de educadores que sonham, semeiam e colhem
Educação Semeadora: Contribuições de educadores que sonham, semeiam e colhem
E-book250 páginas2 horas

Educação Semeadora: Contribuições de educadores que sonham, semeiam e colhem

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Sobre este e-book

A obra Educação Semeadora reúne professores, gestores e educadores de diversas áreas e como sugere explicitamente a capa desejam semear ideias oriundas de práticas educacionais renovadoras para o cenário educacional do mundo pós-pandemia. A forte crença de que educar é lançar sementes em mentes criativas e criadoras e zelar pelo autocuidado, autoconhecimento, cuidado com as gerações que zelarão pela Casa Comum, nosso planeta. Autoras e autores com experiências diversas nos convidam a pensar e a fazer uma nova educação. Invista tempo em ler essa obra.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de set. de 2021
ISBN9786589602408
Educação Semeadora: Contribuições de educadores que sonham, semeiam e colhem

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    Pré-visualização do livro

    Educação Semeadora - Conhecimento Livraria e Distribuidora

    SOBRE AS NOVAS GERAÇÕES QUE ESTÃO NA ESCOLA

    Perfil do autor

    Com ampla experiência em ensino de língua inglesa para crianças, adolescentes e adultos, HÉLIO MAGRI FILHO é também escritor e tradutor, tendo se especializado em assuntos ligados ao aperfeiçoamento de educadores e desenvolvimento pessoal. Interessado em compreender melhor os fenômenos relacionados com dificuldades que interferem no processo de aprendizagem, Hélio tornou-se membro da Associação Brasileira do Déficit de Atenção, da Associação Brasileira de Dislexia e da International Dyslexia Association, entre outras organizações profissionais. Em razão do seu certificado de Irlen Syndrome Screener, ele faz parte da rede mundial de profissionais com essa habilitação. Seu primeiro livro solo foi "Sou disléxico… E daí? (2011), seguido de Além da Zona de Conforto" (2017). Com notório saber em distúrbios e transtornos que interferem na aprendizagem, foi professor da Pós-Graduação em Neuroeducação da Faculdade São Camilo e da Faculdade Batista de Minas Gerais. Hoje, atua como palestrante em organizações educacionais e empresariais em todo o país, sobre vários temas relacionados com habilidades socioemocionais, ensino e aprendizagem.

    Dedicatória

    Estas reflexões são dedicadas a todas as crianças e adolescentes que nos ajudam a crescer com seus questionamentos e aos professores e professoras que aceitam aprender com os mais novos.

    QUANDO AS SEMENTES DE SABEDORIA SÃO REGADAS COM AMOR E ACOLHIMENTO…

    Quando as crianças são bem cuidadas, são sementes de paz e esperança. Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceito do que elas!

    Zilda Arns Neumann

    Hoje é comum ouvirmos pais, avós, educadores e terapeutas dizerem a mesma coisa: As crianças de hoje sabem mais do que nós…. E eles estão certos: SABEM MESMO!

    Em razão do seu desenvolvimento ser em um mundo em constante e rápida transformação, nossas crianças têm pouca paciência para processar informações ou para entender por que leva tanto tempo para ser alguém no mundo adulto, pois são agentes de mudança, ativistas que enxergam longe. Por tudo isso, alguns adultos tendem a achá-las irreverentes; outros, surpreendentes. Na verdade, as crianças desta Nova Era são magníficos seres com luz própria, mas que precisam de amor, orientação e limites, como todas as crianças de todos os tempos.

    Como pai, mãe ou educador, quanto mais você compreender os seus filhos e alunos mais poderá orientá-los e melhores adultos eles serão. E aí está o objetivo deste nosso trabalho: criar um momento de reflexão sobre os obstáculos que essas novas crianças têm que vencer e discutir como familiares, professores e gestores escolares podem ajudá-los a se desenvolverem saudáveis de corpo e de alma, regando as sementes do futuro da humanidade com amor e acolhimento!

    Com o alvoroço do caminhar das coisas na nossa realidade atual e as confusões dos ruídos da mídia, as crianças podem ficar esquecidas. Ignoradas, nunca, mas é possível serem relegadas a um patamar menos relevante. Os interesses financeiros tomam conta e se destacam nas preocupações, os meios de sobrevivência têm prioridades redistribuídas e somente as crianças realmente percebem o quanto tudo isso impacta nos relacionamentos. É que, em muitos casos, elas estão existindo em cenários de culpa, por causa do isolamento social. Esses são tempos diferentes, porém, com oportunidades infindáveis de aprendizado.

    Sempre ouvimos avós e avôs, maravilhados com as proezas dos netos e das netas, dizerem que essas crianças são muito evoluídas ou que são muito inteligentes em comparação com as gerações anteriores, o que não é uma simples opinião, pois isso é pura verdade: as crianças percebem um leque muito maior de manifestações físicas e sutis. Elas, que percebem o mundo com olhos de pureza total, são fonte de inspiração para quem quer saber todos os tons do azul e todos os sons dos acordes musicais. Portanto, com sementes de tão boa qualidade, é lógico que vamos obter o melhor daquilo que representará o mundo no futuro, um plantio cultivado com um conceito diferente de conhecimento que finalmente é compartilhado entre pais e filhos, irmãos e irmãs, alunos e professores, amigos e amigas. E cada momento na companhia de um desses seres de luz própria pode proporcionar ângulos de percepção totalmente inéditos.

    Por muitos anos, temos percebido seres cada vez mais evoluídos, com personalidades que, desde a mais tenra infância, manifestam dons extraordinários. Essas crianças não representam um ou dois indivíduos isolados; elas existem em grande número, uma multidão delas, que colabora amplamente com a evolução planetária.

    Gerações X, Y, Z e Alpha: as Crianças Índigo, Cristal e Arco-Íris

    Quando essas crianças especiais começaram a ser notadas, a partir dos anos 70 e 80, foram chamadas de crianças índigo ou, para certos pesquisadores, Gerações X e Y. Segundo Tober e Carrol (2005, p. 25 ), Sua missão é ajudar a construir um mundo novo. Esses meninos e meninas, agora adultos, abriram caminho com seu temperamento autêntico, crianças assim descritas por Tober e Carrol (2005, p. 26): Questionadoras, percebem as verdadeiras intenções e as fraquezas dos adultos e os enfrentam de igual para igual, sem temer rejeições. Isso os transformou em verdadeiros rebeldes, cujo modo de ver a vida conseguiu forçar mudanças na educação. Demandavam coisas bem estranhas para a época: serem tratados com respeito, como indivíduos da comunidade, ávidos por um tratamento que, independentemente da idade, fosse reflexivo e participativo, ou seja, que a sua palavra fosse levada em consideração. Lentamente, esses guerreiros e guerreiras desmontaram algumas estruturas e regras que estavam desatualizadas, facilitaram a criação de novas e trouxeram uma mudança de consciência planetária. Foram agentes de transformação!

    Por volta do ano 2000, começaram a chegar crianças que já encontravam mudanças facilitadas pela geração anterior e podiam manifestar mais livremente o poder do amor e da compaixão. E a elas chamaram crianças cristal (ou pertencentes a Geração Z), não por causa de sua fragilidade, mas em razão da sua sensibilidade, que contrasta com o espírito guerreiro dos índigos. Com seus olhos grandes e penetrantes, essas pequeninas olham o mundo com serenidade. Têm uma grande capacidade afetiva, que lhes permite sentirem-se muito ligadas aos outros e, por isso, muitas vezes se envolvem, ainda que pacificamente, na defesa de todo tipo de problema de outras pessoas ou do meio ambiente. Elas se conectam profundamente com a energia da natureza, podendo se sentir desconfortáveis em espaços fechados ou com muitas pessoas, pois gostam também de ficar sozinhas e em tranquilidade.

    Certamente, você que me lê não tem qualquer dúvida de que o mundo com o qual estávamos acostumados está passando por uma grande reforma: crise moral, econômica e social, saúde precária, meio ambiente devastado e religiões com baixa popularidade nos fazem gritar pela reorganização das coisas. Nesse cenário caótico, a necessidade de uma reforma nos modelos de ensino é evidente, em especial quando já está aqui mais uma geração, agora conhecida como a das crianças arco-íris (ou Geração Alpha), com mais força de vontade e energia para construir o novo mundo sobre uma base de paz e harmonia. Destemidas, mas sem agressividade, essas são crianças extremamente gentis, que não têm dificuldades para expressar suas emoções, acrescentam alegria e harmonia às suas famílias e, mais do que tudo, apresentam uma nova forma de pensar, mais intuitivas e de mente aberta, exemplos do nosso verdadeiro potencial biopsicossocial.

    Tanto os indivíduos Índigos quanto os Cristais e os Arco-Íris têm continuado a influenciar positivamente o planeta, muito contribuindo, com suas altas habilidades e superdotação, para que a humanidade faça a sua transição para uma mudança de consciência. Sua superdotação, antes definida como uma habilidade intelectual ligada a uma pontuação de QI de 130 ou mais, se manifesta em muito mais áreas do que apenas na acadêmica. Algumas podem exibir uma ou mais altas habilidades criativas, artísticas, musicais e/ou de liderança em relação aos seus pares, o que torna necessário que famílias e educadores entendam como é importante ajudar uma criança a desenvolver seus talentos e, ao mesmo tempo, superar todos os desafios na construção de estratégias para lidar com tais habilidades, que podem até mesmo afetar desempenho escolar.

    Os fatos pouco comuns que acontecem no ambiente onde essas crianças existem são claros e pontuais na confirmação de que têm comportamentos diferenciados. Em casos que pesquisei, pude notar que, intuitivamente, alguns pais conseguem conviver com as maneiras de pensar e agir nada corriqueiras das suas crianças, enquanto outros se assustam com a maturidade ou a sapiência inesperada. Mas, de uma forma ou de outra, tais crianças podem influenciar uma comunidade inteira, se forem acolhidas, reconhecidas, aplaudidas e elogiadas na escola e seus comportamentos passarão a ser o padrão que os outros alunos almejarão. Em outras palavras, criamos um microcenário de influência social que inspirará outras crianças e adolescentes em seu desenvolvimento pessoal e, posteriormente, profissional.

    Eu fui uma criança diferente…

    Cabe ressaltar que a razão primordial das minhas pesquisas e do meu trabalho na área de crianças e adolescentes do mundo de hoje, sementes da humanidade futura, é a minha própria experiência. Eu sou disléxico, discalcúlico, tenho alguns desencontros causados pelo Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e ainda uma condição chamada de Síndrome da Sensibilidade Escotópica. De acordo com padrões paradigmáticos, as opções e os direcionamentos para as minhas manifestações como ser humano em nosso planeta me colocaram em uma situação de desigualdade. Minha discalculia é operacional, pois é manifestada como dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos, potencializada pelo déficit de atenção do tipo desatento. Contudo, sou também uma pessoa que teve momentos na infância de muitos questionamentos e, obviamente, de muito desconforto para meus pais e meus professores. Houve um episódio interessante na escola, por exemplo, para o qual ainda não encontrei resposta: na minha época de escola, tínhamos uma matéria chamada Organização Social Político Brasileira. Em um intervalo de aulas, comentei com um colega de classe que uma das estrelas da constelação Cruzeiro do Sul estava no lugar errado na bandeira brasileira. Eu estava dizendo que a Épsilon, que é a estrela central da cruz, estava do lado errado, pois o correto seria estar no lado direito, não no lado esquerdo como está na bandeira. Eu me entusiasmei e acabei levantando um lado da bandeira e mostrando ao colega que a bandeira estava errada. Neste exato momento, o professor da matéria mais perigosa durante o governo militar entrou em sala, me viu pegando a bandeira e só ouviu as últimas palavras da minha conversa: … a bandeira está errada. Eu quase posso dizer que foram últimas palavras ou até mesmo último desejo de um condenado… Tentei explicar meu pensamento, busquei o perdão de várias formas, mas foi tudo em vão. Fui mandado para a diretoria, considerado subversivo e ganhei um pacote de reclusão e condenação: expulsão. Além de não ter conseguido entender por que a tal estrela está no lugar errado, tive que procurar outra escola para estudar… Foi um incidente importante na minha vida, pois ele deixou bem claro que não devemos comentar determinadas coisas. Afinal, quando vemos demais ou além do que seria aceitável pelo mundo convencional, corremos o risco de exclusão. A maioria das crianças tem um amigo que deixa de existir porque o meio diz que o amigo é invisível. Mas esse amigo cresce, poderá ver cores que ninguém mais vê, poderá combinar sons e acordes que ninguém consegue ouvir e, tornando sutis os aspectos físicos e reais de um ambiente hostil, vai mudar o mundo!

    Novas gerações para um novo mundo

    Quando comentamos que as crianças de hoje são os influenciadores de mudanças no mundo que criamos, insistimos em apontar os detalhes importantes de manifestações que se ajustam de maneira única: elas não mais demonstram atitudes e comportamentos baseados em dualidades, ou seja, com opção de entendimento apenas pelo conhecimento; elas não precisam mais de um contra valor para absorver a ideia de um conceito; sua existência é baseada em unicidade e, sendo assim, não precisam conhecer o preto para saber do branco, não precisam do alto, para conhecer o baixo e são dispensáveis lhes darmos avisos do tipo Não suba na cadeira, que você vai cair ou Não fique perto do fogo, porque ele vai te queimar etc. As novas gerações sabem as respostas! Não precisam da nossa referência, pois elas realmente já nascem sabendo.

    A expressão no olhar dessas crianças não deixa dúvida alguma quanto à sua essência. Não dizem que os olhos são o espelho da alma?… Pois bem… Essas crianças olham através de nós, isto é, elas têm olhares penetrantes que parecem ler a nossa mente. Outros aspectos interessantes são a segurança das suas respostas quando questionadas, seu profundo senso de humanidade, deixando bem claro que a compaixão é um sentimento que estrutura seus comportamentos; entendem as situações de maneira diferenciada e parecem considerar o mundo como um palco de possibilidades, enquanto a maioria de nós considera a vida apenas uma luta constante pela sobrevivência.

    Estamos no meio de um despertar global e muitos de nós precisamos assumir papéis de curadores, mostradores de caminhos, agentes de mudanças e guerreiros ecológicos. Então, é hora de nos conhecermos e entendermos o nosso propósito aqui, o que pode ser indicado pelas crianças de hoje. Elas podem nos ensinar os caminhos, pois estão aqui para ajudar na mudança global e nos orientarão sobre como servir a humanidade, como elas próprias!

    Siga os sinais que podem ajudar na identificação dessas sementes do mundo futuro que estão nas suas salas de aula e confira se você também é uma delas:

    Seguem a intuição. Nem sempre é possível para alguém explicar as coisas pela lógica. Às vezes, a pessoa simplesmente sabe. É isso que se chama intuição, uma força poderosa que nos leva exatamente para onde precisamos estar no momento exato.

    Percebem a conexão profunda que têm com bebês e crianças. Eles sorriem ou iniciam conversas espontâneas com

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