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Ludwig van Beethoven - Sonata Poética da Liberdade Coletânea Internacional
Ludwig van Beethoven - Sonata Poética da Liberdade Coletânea Internacional
Ludwig van Beethoven - Sonata Poética da Liberdade Coletânea Internacional
E-book320 páginas2 horas

Ludwig van Beethoven - Sonata Poética da Liberdade Coletânea Internacional

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Sobre este e-book

A Coletânea Internacional Ludwig van Beethoven -Sonata Poética da Liberdade é um Tributo a Beethoven nas celebrações dos 250 anos de seu nascimento. A obra foi Idealizada, produzida e organizada pela jornalista e escritora brasileira Élle Marques, que reuniu 90 autores convidados . É composição poética que se harmoniza em torno do legado do Maestro. Os autores reinterpretam sentimentos, como "o amor eterno" e o valor das criaturas e da natureza. É a primeira obra poética coletiva, internacional, no mundo, dedicada à memória do grande compositor germânico. A Sonata Poética da Liberdade foi produzida originalmente em português. Versão em Inglês: Hudson Ribeiro. Editora; Mundo Cultural World, 2021.

Colaborações de: Hudson Ribeiro, Aldir Carvalho Filho, Ricardo Nogueira, Cleuta Paixão, Amauri Queiroz, Ana Paula Cunha, Eduardo Souza, Fábio Roberto, SF Editorial
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de set. de 2021
ISBN9786500194708
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    Ludwig van Beethoven - Sonata Poética da Liberdade Coletânea Internacional - Élle Marques

    Copyright© 2021 by Élle Marques

    Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, ou partes, constitui violação do direito autoral (lei 5.988/73 e lei 9.610/98).

    Produção Editorial Élle Marques

    Capa Ana Paula Cunha

    Criação Élle Marques (arte sobre retrato feito por Karl Jäger).

    Artes Finais Eduardo Souza e Fábio Roberto

    Editoração e Finalização SF Editora

    Colaboradores Hudson Ribeiro, Aldir Carvalho Filho

    Ricardo Nogueira, Cleuta Paixão e Amauri Queiroz.

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    Amanda Moura de Sousa CRB-7/5992

    M357l     Marques, Élle.

    Ludwig van Beethoven — Sonata Poética da Liberdade / organização e produção editorial: Élle Marques. — São Francisco do Sul, SC: Ed. Mundo Cultural World, 2021.

    256 p. ; 23 cm.

    ISBN 978-65-00-18631-4

    1. Beethoven, Ludwig van, 1770-1827. 2. Compositores – Alemanha – Biografia. 3. Poesia em Língua Portuguesa – Coletâneas. 4. Literatura em Língua Portuguesa. I. Título.

    CDD 869.1

    CDU 869.0

    Índices para catálogo sistemático:

                    1. Poesia em Língua Portuguesa 869.1

                    2. Poesia em Língua Portuguesa 869.0

    Mundo Cultural World

    CNPJ 41.219.906/0001-89

    Fone +55 (47) 99118-0363

    E-mail: editorial@mundoculturalworld.com

    Endereço: Rua Felipe Musse, 100. Ubatuba

    São Francisco do Sul, SC, Brasil. CEP 89240-000

    Livro impresso no Brasil.

    A Ludwig van Beethoven

    Nas celebrações do 250o.

    ano do seu nascimento (1770-2020).

    In memoriam

    Beethoven representado pelo pintor alemão Joseph Karl Stieler, 1820.

    Ao fundo, como cenário, recorte da imagem de J.N. Hoechle – Estúdio de

    Beethoven em Schwarzspanierhaus, 1827.

    AGRADECIMENTOS

    A Deus, pela inspiração e pelos dons… E por nos conduzir na realização dessa homenagem.

    Aos escritores, poetas, compositores, músicos e artistas que se juntaram a nós coroando com sua arte esse inolvidável Jubileu universal.

    Ao professor e poeta Hudson Ribeiro, pela dedicação, ao traduzir esta Coletânea para o inglês. Mais do que traduzir, reconhecemos a sua sensibilidade poética para interpretar os autores, no processo de transmitir os sentidos e os sentimentos de que são plenos os textos, oportunizando que muitos outros povos e nações possam alcançá-los, ao tempo de serem envolvidos e beethoviamente abraçados.

    Ao músico e filósofo, doutor Aldir Carvalho Filho, que prontamente atendeu o convite para enriquecer esta obra com o capítulo biográfico do compositor germânico.

    A todos os que incentivaram e colaboraram para realizarmos, com unidade e superação, a presente obra.

    Àqueles que, em qualquer lugar do mundo, nos honram com sua atenção compartilhando positivamente a Coletânea Ludwig van Beethoven – Sonata Poética da Liberdade (Obra disponível em português/inglês, impressa e na versão eletrônica).

    *SINFONIA INACABADA…

    Inda que a saudade me aperte o peito

    Que a sobriedade apareça pujante

    Fazendo tudo parecer impróprio, impossível, ou distante

    Como atravessar, a nado, até o outro lado do Oceano

    Estou a pensar em ti…

    Ouço o cativante som de um piano

    Cuja melodia é tocada hora em tom grave, hora em Soprano…

    Românticos acordes de Beethoven:

    Uma metáfora perfeita do que tua ausência é pra mim:

    Páginas da partitura, vazias!

    Prelúdio, Sinfonia inacabada…

    Interrompida, interpelada pela partida…

    Tua ausência é como quermesse sem maçã do amor

    É saborear a comida preferida sem sentir o sabor

    É emoção que atravessa o pulmão como gélido ar

    É o contraste marcante de trágica fuga da solidão

    No sentido de origem

    Variação de longo des (envolvimento) de eras…

    Uma trajetória de trevas, iluminada pelo amor!

    É intensa a vibração que pressinto

    Elixir de excitante absinto deixando-me em êxtase

    Alucinação de ouvir tua voz! Só nós…

    Inesperadamente, emudece a melodia

    Como composição de um autor em agonia

    Ou que por tamanha fantasia perdera a lucidez!

    Chego a pensar que me acometeu a surdez

    Esse silêncio teu…

    De contínuo, me inspiro a compor pensamentos

    Dando cor aos teus sentimentos, em novos compassos

    Usando o cheiro dos teus passos

    A textura dos teus olhos que se adoçam

    Com meus sussurros chamando o teu nome…

    Vou assim variando o ritmo que dou às tuas palavras…

    Sinestésica essa minha percepção de tua sensibilidade

    Que se propaga em linhas espirais de esperança

    E como a criança, separo o que quero, e o que gosto

    O que me distrai, e diverte. És melodia da melhor poesia!

    Estou a pensar em ti…

    Élle Marques

    Este é um livro que será lido em muitos lugares do mundo por pessoas de diferentes culturas e gerações, promovendo uma efervescência de sentimentos capaz de conduzir os leitores a ressignificarem seus valores mais profundos, impulsionando-os ao resgate de memórias desafiadoras e à construção de novos sonhos. A arte é um tesouro, potencialmente transformadora.

    A Coletânea Ludwig van Beethoven – Sonata Poética da Liberdade é uma obra memorial contendo, paradigmaticamente à concepção musical, uma sinfonia expressa na diversidade dos mais variados timbres de estilos poéticos e artísticos. Noventa autores – em grande parte brasileiros, além de alguns de além-mar – atenderam ao convite para esta obra, cuja inspiração nasceu a partir do poema Sinfonia Inacabada, dedicado ao maestro Beethoven. Integrando originalmente o livro Trama Lírica¹, foi cedido para ser a primícia deste pomar poético repleto de excelentes frutos.

    As celebrações para Ludwig costumam ser prestigiadas por milhões de pessoas na Alemanha e no mundo, envolvendo músicos, artistas e profissionais de diversas áreas. A atual marca publicitária das festividades, BTHVN 2020, reproduz o modo como muitas vezes o compositor assinava suas partituras, sem as vogais. É um movimento artístico unindo pessoas de diferentes estilos musicais, do rock ao sertanejo. Uma diversidade de manifestações que revigoram e festeja a obra de Beethoven, um dos músicos eruditos mais tocados na atualidade. Suas composições inspiram trilhas sonoras no cinema, influenciando comportamentos e reflexões. Mas há quem ainda pense serem essas iniciativas um privilégio restrito aos músicos, compositores e maestros eruditos, um culto em ambientes fechados.

    Nike Wagner, quando assumiu a direção-geral do Beethovenfest, na Alemanha, em 2014, afirmou que as homenagens já foram mesmo bem reservadas no passado, mas deveriam passar a ter perspectivas abertas, mais participativas, com inovações. Entretanto, ela deixa a coordenação do evento após esta última edição e afirma não mais partilhar do idealismo de Beethoven, referindo-se ao slogan da primeira etapa da festa realizada em março de 2020, inspirado na mensagem do poeta Friedrich Schiller ²: Sejam Abraçados (é a mensagem de um dos versos do coro final da Nona Sinfonia). Todavia, sobriamente, ela reconhece a obra como central na história da música. O tataravô de Nike Wagner foi o compositor Franz Liszt, contemporâneo do compositor germânico. Foi ele quem contribuiu, inclusive financeiramente, para a inauguração do monumento em homenagem ao sinfonista, na praça da catedral de Bonn, Alemanha. Ele organizou três dias de festividades para a sua inauguração, promovendo o primeiro festival Beethoven, em agosto de 1845. Ilona Schmiel, a antecessora de Nike Wagner no comando dessas celebrações, já havia comentado a relação de Liszt com o maestro, como muito especial ³: são almas irmãs.

    O filho mais ilustre de Bonn continua a ter na sua cidade natal o ponto alto das comemorações em sua memória, embora tenha sido em Viena, capital do então Império Austro-Húngaro, que ele encontrou um ambiente de efervescência altamente cosmopolita para levar a era do classicismo musical ao auge, conduzindo-a para o pré-romantismo.

    Neste jubileu do aniversário de nascimento de Beethoven muitas nações ficaram atônitas e até emudecidas com os acontecimentos decorrentes da pandemia mundial do coronavírus, o que se refletiu também nas celebrações. Mas foi apoiado no exemplo de superação das adversidades, legado do compositor, que emergiu um dos momentos mais bonitos e marcantes em meio à pandemia. As homenagens ultrapassaram as barreiras dos confinamentos e da dor, ganharam fôlego de vida e encheram os ares do planeta em meio à quarentena: uma convocação feita pelas redes sociais foi atendida por músicos de vários lugares do mundo, a exemplo da Itália e da Alemanha. Combinados, eles apareceram nas suas varandas e janelas, às 18h do dia 23 de março de 2020, um domingo, unindo a música com a poesia; recitando os versos do poema de Friedrich Schiller⁴ e fazendo ressoar seus instrumentos, flautas, cornetas, clarinetes, violinos e contrabaixos, com os quais interpretaram a Ode à alegria, seguida de outras composições do autor. Manifesto claro de que a Nona Sinfonia continua sendo a mensagem que melhor representa os ideais e os sentimentos de muitos povos, em muitas nações.

    No Brasil, um corpo cultural integrou-se também a diversos projetos internacionais nessas celebrações. Importantes instituições culturais vêm realizando, desde 2019, concertos e recitais. Em Belo Horizonte, foi estreado naquele ano o recital Beethoven – Fantasia do Imortal⁵, enredo que nas casas festivais alemãs une o teatro, a música e a poesia. É uma dramaturgia para a qual foram usados textos das cartas escritas pelo maestro para Bettina von Arnim, escritora, compositora e ativista social, com quem ele trocou correspondências durante vários anos, compartilhando, entre outros temas, sobre um universo lírico, evidenciando os poemas de Goethe que musicou⁶. Mas estes eventos também foram suspensos devido às restrições de convívio social, impostas pela pandemia. Só mais recentemente, e aos poucos, o repertório beethoveniano voltou a ser apresentado nas casas de espetáculos mais conhecidas do país, entre as quais estão: a Sala Cecília Meireles e a Sala São Paulo. Além do que muitas outras homenagens à brasileira foram, e ainda estão sendo, acompanhadas pela internet. Nesta celebração dos 250 anos de nascimento de Beethoven, mais do que em ocasiões anteriores, uma nova série de concertos e recitais que vivificam sua música pode ser assistida em formato virtual por meio do Youtube, Facebook, Instagram e outras plataformas digitais.

    Há algumas relevantes homenagens anteriores feitas ao compositor alemão, por intelectuais e poetas brasileiros, entre as quais estão: as do Clube Beethoven⁷, criado em 1882, no Rio de Janeiro – um Centro de lazer cultural que teve o ilustre escritor Machado de Assis como sócio-bibliotecário. E, ainda, o poema Beethoven, de autoria do também imortal Carlos Drummond de Andrade; poema que voltou à baila no portal Cultura Campinas, em função das comemorações. Suas primeiras linhas dão início ao texto sobre as programações musicais preparadas pelo mundo para homenagear o gênio da música ⁸:

    Meu caro Luís, que vens fazer nesta hora

    De antimúsica pelo mundo afora?

    A pergunta que fez Drummond no poema Beethoven está sendo respondida com a sonoridade das orquestras do mundo inteiro que celebram – com programação extensiva até setembro de 2021 – a obra do genial e revolucionário compositor Ludwig van Beethoven. Mas em março de 2020, a colunista do Deutsche Welle, Astrid Prange de Oliveira, escreveu uma Carta aos brasileiros fazendo um apelo para que fosse mudado o tom das celebrações⁹, descrevendo o cenário que havia tomado conta da Alemanha, após o surto de coronavírus:

    Parece que a Alemanha inteira virou um

    cemitério e emudece diante do túmulo.

    Beethoven nos deu muito mais que a

    Ode à Alegria, ele nos mostrou o poder do

    silêncio.

    Sim, há de se fazer um tempo do silêncio… Mas lembremo-nos que Beethoven afirmou: a virtude dos homens superiores é o seu poder criativo. Ele reagiu às turbulências, doenças, decepções e mortes de pessoas que amou, dedicando-se a entregar ao mundo a sua arte: a música! E compôs sobre poesias! Ele defendeu a grandeza dos dons que cada ser carrega em seu interior e que foram dados por Deus para serem entregues aos homens. O nosso imortal afirmou que é preciso dedicação e busca da excelência, com o melhor dos nossos esforços. Que precisamos aprender sempre! Ele quebrou paradigmas liderando sua própria criação, a contragosto dos padrões estabelecidos. Lutou por sua liberdade e valor diante da nobreza, mesmo sem ter nascido com o perfil social e o de beleza proposto pelo pensamento grego, que lhe negaria ser capaz de tanta genialidade e carisma, ainda mais com os acréscimos das limitações físicas que suplantou em prol da continuidade da sua arte de composição musical, com a qual voltou a conquistar o respeito e o reconhecimento da sociedade de sua época. Sua determinação e dedicação à superação são tenazmente contributivas para o carisma de sua conduta como imortal.

    Bee compôs de forma magnânima um júbilo ao Criador (atual Hino da União Europeia). O Deus do qual fala em sua música grandiosa e a Quem ele disse ser capaz de ouvir a respiração e contá-la por meio do seu dom. Refletiu que não devemos nos curvar às pessoas como inferiores, e que somos todos iguais, capazes de

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