Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Teosofia (Traduzido): Introdução ao conhecimento supersensível do mundo e do destino humano
Teosofia (Traduzido): Introdução ao conhecimento supersensível do mundo e do destino humano
Teosofia (Traduzido): Introdução ao conhecimento supersensível do mundo e do destino humano
E-book171 páginas4 horas

Teosofia (Traduzido): Introdução ao conhecimento supersensível do mundo e do destino humano

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

O objetivo deste livro é dar uma descrição de certas partes do mundo supersensível. Quem quiser admitir apenas o mundo sensato, considerará tal descrição como um produto vazio de imaginação. Mas aquele que busca os caminhos que levam para fora do mundo dos sentidos logo entenderá que a vida humana só adquire valor e significado se penetrar com seus olhos em outro mundo. Esta penetração não distrai, como muitos temem, o homem da vida "real". Pois somente assim ele aprende a permanecer firme e seguro na vida. Ele aprende a conhecer as causas, enquanto que se as ignorar, ele se apalpa como um homem cego através dos efeitos. Somente através do conhecimento do mundo supersensível é que a "realidade" sensata adquire sentido. Portanto, este conhecimento aumenta, e não diminui, nossa capacidade de vida. Somente aquele que compreende a vida pode se tornar um homem verdadeiramente "prático".
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de out. de 2021
ISBN9791220852432
Teosofia (Traduzido): Introdução ao conhecimento supersensível do mundo e do destino humano
Autor

Rudolf Steiner

Nineteenth and early twentieth century philosopher.

Relacionado a Teosofia (Traduzido)

Ebooks relacionados

Ocultismo e Paranormal para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Teosofia (Traduzido)

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Teosofia (Traduzido) - Rudolf Steiner

    PREFÁCIO À TERCEIRA EDIÇÃO

    O propósito deste livro é dar uma descrição de certas partes do mundo supersensível. Quem quiser admitir apenas o mundo sensato, considerará tal descrição como um produto vazio da imaginação. Mas aquele que procura os caminhos que conduzem para fora do mundo dos sentidos logo entenderá que a vida humana só adquire valor e significado se penetrar com os olhos em outro mundo. Esta penetração não distrai, como muitos temem, o homem da vida real. Pois só assim ele aprende a permanecer firme e seguro na vida. Ele aprende a conhecer as causas, enquanto que se as ignorar, ele apalpa como um cego através dos efeitos. Só através do conhecimento do mundo supersensível é que a realidade sensata adquire sentido. Portanto, este conhecimento aumenta, e não diminui, a nossa capacidade de vida. Só quem compreende a vida pode tornar-se um homem verdadeiramente prático.

    O autor deste livro não descreve nada que não possa testemunhar a partir da sua própria experiência, do tipo de experiência que se pode ter neste campo. Portanto, ele só descreverá coisas que ele mesmo experimentou a este respeito.

    A forma como lemos no nosso tempo não se aplica a este livro. De certa forma, cada página, muitas vezes até algumas frases, deve ser conquistada com esforço. Isto tem sido conscientemente direccionado. Pois só assim o livro pode tornar-se para o leitor o que tem de ser para ele. Quem quer que seja que apenas o folheie, não o terá lido de todo. As verdades que ela contém devem ser vivenciadas. A Ciência Espiritual só é eficaz neste sentido.

    O livro não pode ser julgado de acordo com os critérios da ciência comum se o ponto de vista para tal julgamento não for derivado do livro em si. Se, no entanto, o crítico adotar este ponto de vista, ele verá que esta exposição nunca está em desacordo com os verdadeiros métodos científicos. O autor sabe que ele não quis, mesmo com uma única palavra, entrar em conflito com a sua consciência científica.

    Aqueles que desejam procurar as verdades aqui expostas por outros meios, encontrá-las-ão na minha Filosofia da Liberdade. Por caminhos diferentes, os dois livros tendem para o mesmo fim. O outro não é necessário para a compreensão de um, embora possa, naturalmente, ser útil.

    Aqueles que procuram últimas verdades neste livro talvez a ponham de lado, insatisfeitos. O autor se propôs a expor as verdades fundamentais do domínio geral da ciência espiritual.

    É, naturalmente, inerente à natureza do homem exigir uma resposta imediata às perguntas sobre o início e o fim do mundo, sobre o propósito da existência e sobre a essência de Deus. Mas aquele que não quer dar palavras e conceitos para o intelecto, mas verdadeiro conhecimento para a vida, sabe que num livro que contém os primeiros elementos do conhecimento espiritual não lhe é permitido dizer coisas que pertencem aos passos superiores da sabedoria. Só depois de compreender estes primeiros elementos é que se pode ver como as questões de ordem superior devem ser colocadas. Em outro livro meu que está relacionado com este, Ciência Oculta, você encontrará mais comunicações sobre o campo tratado aqui.

    Quem em nossos dias publicar uma exposição de fatos supersensíveis deve ser claro sobre duas coisas. Em primeiro lugar, que nossa era precisa cultivar um conhecimento supersensível; em segundo lugar, que a vida espiritual hoje está cheia de representações e sentimentos que podem fazer tal descrição parecer a muitos até mesmo como um devaneio e um sonho selvagem. A nossa era precisa de conhecimentos supersensíveis, pois tudo o que o homem aprende do modo ordinário sobre o mundo e a vida levanta nele uma série de questões que só podem ser respondidas por verdades supersensíveis. Mas não se enganem: o que se pode aprender nas correntes culturais atuais sobre os fundamentos da existência não é, para a alma profundamente sentimental, uma resposta, mas sim uma série de perguntas sobre os grandes enigmas do mundo e da vida. Durante algum tempo, pode-se ter a impressão de possuir uma solução para os enigmas da vida nos resultados de fatos rigorosamente científicos e nas deduções de alguns dos pensadores modernos. Se, porém, a alma desce às profundezas para onde deve ir, se realmente se compreende a si mesma, o que a princípio lhe pode ter parecido uma solução, só lhe aparecerá como um estímulo para a verdadeira questão. E uma resposta a tal pergunta não deve ser dirigida apenas para satisfazer uma curiosidade humana, mas dela depende a calma interior e a harmonia da vida da alma. A obtenção de tal resposta não só satisfaz a sede de conhecimento, mas também torna o homem melhor no seu trabalho e o leva à tarefa da vida, enquanto que a falta de uma solução para esses problemas o paralisa na alma e, por fim, também no corpo. O conhecimento supersensível não é algo apenas para as nossas necessidades teóricas, mas também para a verdadeira praxe da vida. Precisamente devido ao caráter da vida espiritual moderna, o conhecimento espiritual é um campo de conhecimento indispensável no nosso tempo.

    Por outro lado, é um fato que muitos hoje rejeitam com a máxima energia o que mais precisam. O poder de muitas opiniões baseadas na experiência científica segura é tão grande para alguns que não podem deixar de considerar o conteúdo de um livro como este como uma loucura. Aquele que expõe o conhecimento supersensível pode enfrentar estas coisas sem qualquer ilusão.

    Certamente, alguém será facilmente tentado a exigir dele provas 'irrefutáveis'. Mas não se reflete que, com tal exigência, se cai em um erro. Pois, certamente sem perceber, não se exige a evidência inerente às coisas, mas aquela que se quer ou se pode reconhecer. O autor deste livro sabe que ele não contém nada de inadmissível para aqueles que estão no terreno da ciência natural moderna. Ele também sabe que é possível concordar com todas as exigências desta ciência, e precisamente por esta razão encontrar a representação do mundo supersensível, como aqui exposta, bem fundamentada. De facto, uma forma de pensar estritamente científica deve sentir-se à vontade com esta representação. E quem pensa desta forma terá, diante de certas discussões, um sentimento que pode ser caracterizado por estas palavras profundamente verdadeiras de Goethe: Uma falsa doutrina não pode ser refutada, porque repousa na convicção de que o falso é verdadeiro. Os argumentos são inúteis diante daqueles que desejam admitir apenas aquelas provas que se conformam à sua própria maneira de pensar. Aquele que conhece a verdadeira natureza do que é provar, percebe claramente que a alma humana encontra a verdade por outros caminhos que não o da discussão.

    Dos vários prefácios que Steiner ditou para esta sua obra fundamental numa sucessão de reimpressões com modificações e adições, apenas o Prefácio da terceira edição é dado aqui.

    Dos outros, parece que, durante uns quinze anos, o livro ficou como um ser vivo diante do autor, que continuou a trazer incansavelmente tudo o que havia adquirido em sua investigação supersensível, sentindo sempre a necessidade, depois de ter dado uma descrição científico-espiritual, de trazê-lo a uma maior clareza. A descoberta da palavra exata, do giro da frase adequada para expressar um fato, uma experiência, depende dos caminhos percorridos pela alma. Nesses caminhos, a expressão, que permaneceu inalcançável quando foi procurada, apresenta-se quando chegou a hora. Depois de 1918, o autor sentiu que não tinha mais que mudar nada substancial".

    Sobre a gênese do livro, assim como sobre como lê-lo, qualquer pessoa pode consultar utilmente o capítulo XXXIII da autobiografia de Steiner (La mia vita, F.lli Bocca Editori), onde se diz, entre outras coisas, que um livro antroposófico corretamente composto deve ser um despertar de vida espiritual no leitor, não uma soma de comunicações. A sua leitura não deve ser um

    Eu sei bem, continua Rudolf Steiner, o quanto o que eu dei nos livros está longe de despertar tal experiência nas almas que os lêem. Sei bem, continua Rudolf Steiner, o quanto o que eu dei nos livros está longe de despertar pelo seu próprio poder interior tal experiência nas almas que os lêem. Mas também sei o quanto tenho lutado, página por página, para conseguir o máximo que posso nessa direção. O meu estilo não é mantido de forma a permitir que os meus sentimentos subjectivos penetrem nos períodos. Enquanto escrevo, amorteço o que sobe do calor íntimo e do sentimento profundo para um estilo matemático e seco. Mas só este estilo pode ser um despertador; pois o leitor deve despertar o calor e o sentimento em si mesmo; ele não pode permitir, num estado de consciência amortecida, que lhe sejam simplesmente despejados pelo autor.

    INTRODUÇÃO

    Quando, no outono de 1813, Johann Gottlieb Fichte expôs sua Doutrina como fruto maduro de uma vida inteiramente dedicada ao serviço da verdade, ele disse imediatamente no início as seguintes palavras: Esta doutrina pressupõe um sentido interior inteiramente novo, pelo qual se abre um mundo novo que, para o homem comum, não existe. E então ele recorreu a um simulacro para mostrar como a sua doutrina deve permanecer elusiva para aqueles que a julgariam pelas representações dos sentidos comuns: Imagine um mundo de cegos nascidos, para quem, portanto, as coisas e suas relações são conhecidas apenas pelo que é revelado pelo tato. Vá e fale com eles sobre cores e outras condições que só existem em virtude da luz e da visão. Você estará falando em vão, e será uma sorte se eles lhe disserem isso, pois então você não será lento para reconhecer o seu erro, e, a menos que você possa abrir os olhos deles, você vai parar a conversa inútil.

    Agora aquele que fala aos homens daquelas coisas a que Fichte aqui alude, encontra-se demasiadas vezes numa condição análoga à do vidente no meio dos cegos nascidos. Mas estas são as coisas que se referem à verdadeira natureza do homem e aos seus objectivos supremos. E aquele que acha necessário cessar o discurso inútil deve desesperar da humanidade. Pelo contrário, não se deve duvidar por um momento da possibilidade de abrir os olhos de qualquer um que coopere com a sua boa vontade.

    Com base nesta premissa, todos aqueles que sentiram ter desenvolvido o órgão da percepção interior capaz de reconhecer a verdadeira natureza do homem, escondida dos sentidos exteriores, falaram e escreveram. Portanto, desde os primeiros tempos, sempre se falou de uma sabedoria oculta.

    Aquele que compreendeu algo disso sente que o possui com a mesma certeza que o homem com a visão sadia tem sobre a representação das cores. Então esta sabedoria oculta não precisa de provas para ele. E ele também sabe que para aqueles que, como ele, têm o órgão da percepção superior aberto, ele não precisa de provas. Homens dotados desse sentido superior podem falar uns com os outros, assim como aquele que visitou a América pode falar com alguém que, embora não tenha estado lá, é capaz de formar uma ideia, pois, quando tiver oportunidade, verá com os seus próprios olhos as coisas descritas pelo outro.

    Mas aquele que observa o mundo supersensível não deve falar apenas com aqueles que, como ele, investigam o mundo espiritual. Ele deve dirigir as suas palavras a todos os homens. Pois ele deve relatar coisas que dizem respeito a todos; de fato, ele sabe que, sem conhecimento delas, ninguém pode ser homem no verdadeiro sentido da palavra. E ele fala a todos os homens, porque sabe que há diferentes graus de compreensão pelo que tem a dizer. Ele sabe que mesmo os homens que ainda estão longe do tempo em que a possibilidade de inquérito espiritual próprio estará aberta para eles, podem compreendê-lo. Pois o sentimento e a compreensão da verdade estão em cada homem.

    E a este entendimento, que pode ser acendido em cada alma saudável, ele primeiro se vira. Ele também sabe que neste entendimento está contida uma força que pouco a pouco deve levar aos passos superiores do conhecimento. Esse sentimento que talvez a princípio não veja nada do que está exposto a ele é em si mesmo o mágico que abrirá o olho espiritual. Ele germina na escuridão. A alma não vê; mas, através deste sentimento, é tomada pela força da verdade; e então, pouco a pouco, a verdade se aproxima da alma e lhe abre o sentido superior. Para alguns pode levar mais tempo, para outros menos; mas quem tiver paciência e constância alcançará o objetivo.

    Se nem todos os cegos nascidos podem ser operados, todos os olhos espirituais podem ser abertos; é apenas uma questão de tempo.

    Erudição e cultura científica não são condições necessárias para o desdobramento deste sentido superior. Ele pode abrir-se tanto no homem simples como no erudito. Pelo contrário, o que é considerado em nossa época como a única ciência, muitas vezes pode ser mais um empecilho do que uma ajuda. Pois, pela sua natureza, esta ciência admite como realidade apenas aquilo que se enquadra nos sentidos comuns. E por grandes que sejam os seus méritos no reconhecimento desta verdade, ela cria, quando declara válido para todo o conhecimento humano o que é necessário e salutar para o seu próprio domínio, uma série de preconceitos que impedem o acesso a verdades superiores.

    Muitas vezes se opõe ao que aqui foi dito que barreiras intransponíveis são colocadas no caminho do conhecimento humano, e que todo conhecimento que não as leve em conta deve, portanto, ser rejeitado. E talvez seja considerado imodesto fazer afirmações sobre coisas que, de acordo com

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1