Drives emocionais:: conteúdo do inconsciente
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Sobre este e-book
inconsciente humano não se encontra no cérebro, mas sim no campo
bioenergético e informacional que envolve e interpenetra nosso organismo.
Nesta nova teoria, os conteúdos do inconsciente não são subjetividades que
seriam frutos do funcionamento cerebral, mas sim objetos quânticos que
têm a capacidade de guardar em si memórias de eventos traumáticos, na
forma de imagens e de teor de sofrimento emocional.
Estes objetos quânticos são os drives emocionais. Eles são criados a partir
de nossos traumas e passam a habitar nosso campo bioenergético, e a
partir daí irradiam seu teor emocional que provoca os mais diversos
conflitos psicológicos nos indivíduos.
O conhecimento da existência dos drives emocionais e dos processos que
propiciam suas curas é importantíssimo para que cada pessoa consiga
retornar a um estado psicológico de paz, amorosidade e alegria espontânea
que apresentava quando era criança, ainda sem memórias traumáticas.
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Drives emocionais: - Márcio Pedri Valença
PSICOLOGIA E ESPIRITUALIDADE SÃO UMA COISA SÓ
Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia.
(Willian Shakespeare)
Havia um lugar que se chamava reino da existência humana. Ali existia um oceano com duas grandes ilhas, que ficavam próximas, porém uma não tinha contato com a outra. Na primeira delas ficava a cidade chamada Espiritualidade e na segunda estava outra de nome Psicologia.
Na cidade Espiritualidade moravam pessoas que tinham uma fé muito grande em Deus e características especiais, como sentimentos de religiosidade, muita intuição, dons paranormais diversos e conhecimentos acerca da multidimensionalidade da vida.
Conheciam também muito sobre os campos de energias existentes, de maneira tal que esses recursos pessoais lhes conferiam certa sabedoria de vida. Essas pessoas estavam sempre ansiando por acessar dimensões mais elevadas e se manterem em estado de paz e harmonia. Porém,essa não era uma tarefa fácil, pois com certa constância seus sentimentos demonstravam estar em estado de conflito íntimo e também com seus semelhantes.
Em muitas ocasiões faziam reuniões de estudos filosóficos e religiosos que tinham sempre o mesmo foco de aconselhamento, que era o de buscar melhorar a si próprio, fazer a reforma íntima e alcançar um maior estado de pureza no pensar, no sentir e no agir. Nessas reuniões todos concordavam que eram ótimos aconselhamentos para se viver em comunidade de forma mais feliz e harmoniosa.
Foi numa delas que um rapaz muito bem-humorado levantou uma questão que tocava no ponto mais difícil dessa situação de como se manter no bem-viver: Como fazemos para nos manter assim num estado de harmonia e equilíbrio emocional? Você está tocando sua vida com boa vontade e vem alguém e lhe dá uma alfinetada, ou pior, lhe passa uma rasteira e lá se vai o equilíbrio emocional e entramos num estado de raiva e ressentimento. Parece que é somente uma reação externa, mas sinto que é dentro de mim que existem a revolta e o ódio. Eu poderia não dar importância a isso ou administrar de maneira lógica e racional, para solucionar as questões da melhor maneira e manter minha paz. Entretanto, apesar de me autocensurar, os pensamentos ficam repetitivos nesse estado de revolta. Como fazer para realmente nos libertar de todos os sentimentos destrutivos que temos em nós?
.
As pessoas que participavam da reunião olharam para ele e concordaram com seus argumentos, mas não tinham uma resposta para dar a não ser a de se manter um esforço para se autocontrolar e buscar ter fé.
Na cidade Espiritualidade essa situação é crucial e comum a todos os que buscam alcançar um estado de ser mais elevado e amoroso. Anseiam por esse objetivo, mas não encontram instrumentos para ajudá-los. É como se tivessem uma doença em sua alma, que irradiasse esses sentimentos ruins e eles não tivessem recursos para curá-la.
E assim os habitantes da cidade Espiritualidade continuavam com suas lidas e sempre se defrontando com este dilema: Como alcançar um estado definitivo de paz interior?
Na outra ilha, na cidade Psicologia, a maior parte da população estudava e procurava assiduamente descobrir como funcionava o psiquismo humano. Parecia haver uma competição para ver quem conseguia fazer mais avanços nesses conhecimentos e comprovar suas descobertas. Temas como o cérebro, o comportamento, a aprendizagem, a percepção, a consciência, a memória, o pensamento, a linguagem e os distúrbios emocionais eram muito pesquisados.
Nessa cidade, a maior ânsia dos seus habitantes era a de se descobrir o que adoece o psiquismo humano e apresentar técnicas ou terapias que fossem realmente eficientes para curá-los.
Todo esse empenho teve recompensas, pois realizaram importantes descobertas.E foi num momento muito especial que um de seus ilustres cidadãos descobriu uma chave importante, que abria as portas para se compreender o psiquismo humano. Melhor dizendo, descobriu que dentro da psicologia de cada pessoa havia um espaço enorme que ele chamou de O INCONSCIENTE
.
Ele descobriu também que dentro desse espaço psíquico havia coisas, elementos que irradiavam seu teor emocional e influenciavam decididamente o comportamento de cada indivíduo. E ele chamou esses elementos de CONTEÚDOS DO INCONSCIENTE
. Pronto, estava descoberto e explicado um dos maiores mistérios da existência humana. Por que nos comportamos de um jeito, quando o racional e lógico seria se comportar de outro jeito, mais equilibrado e harmônico?
A resposta estava nesta descoberta surpreendente: num local escondido de nosso ser existia esses conteúdos do inconsciente, que influenciavam o nosso cérebro e muitas vezes o comandavam, provocando comportamentos desequilibrados e destrutivos, enquanto o lado lógico e consciente de nosso ser era colocado de lado, sem poder reagir. Eram as famosas autossabotagens acontecendo. E depois ao nosso consciente só restava se lamentar da porcaria que fez, sem ter controle.
Essa descoberta tinha o potencial de esclarecer que bastava entrar nesse espaço psíquico, o inconsciente, e retirar estes conteúdos doentios. E então a pessoa se curava daquele aspecto específico, digamos, de medo, de certa tristeza ou de ressentimento por alguém.
Entretanto, ocorreu nessas pesquisas um grave engano. O famoso pesquisador não se atentou que seus clientes manifestavam sinais de que esse local psicológico escondido se manifestava como se estivesse no corpo físico. Era o corpo que tremia, que apresentava leves convulsões no momento do choro ou grande tensão quando se defrontava com os conteúdos traumáticos. E por não ter aceitado esses sinais, o pesquisador acreditou e afirmou que tudo era fruto do funcionamento cerebral.
Dessa forma se estabeleceu o grande entrave para a psicologia: se esses elementos psíquicos que são o inconsciente e seus conteúdos estão localizados no funcionamento cerebral, como curá-los em meio à grande complexidade que esse órgão apresenta em sua anatomia e fisiologia?
O resultado desse equívoco é que o conhecimento da existência do inconsciente e dos conteúdos do inconsciente, que têm o potencial de curar toda a população, todas as pessoas, ficou travado e aprisionado numa sala chamada filosofia mecanicista.
A filosofia mecanicista surgiu na cidade quando um sábio antigo descobriu que os planetas giram em torno do sol, de certa forma parecendo com as engrenagens de um relógio. Posteriormente, outros sábios fizeram novas descobertas sobre a estrutura dos átomos e também de leis que regem o universo material. Tudo levava a crer que o funcionamento do universo, da natureza e da existência era muito parecido com o de máquinas.
Então nessa cidade surgiram pensadores que criaram a filosofia do mecanicismo. E pelo fato de o organismo humano também ser visto como uma máquina biológica, composta por peças como o coração, rins, fígado, etc., foi facilmente constatado que o cérebro era a peça da máquina responsável pelo processamento de informações, aquisição de aprendizagem e para guardar memórias.
Dessa forma os filósofos mecanicistas ensinaram a todos que não existe uma dimensão espiritual da vida humana, na verdade não existia também alma e muito menos consciência, pois todos os sentimentos, emoções e comportamentos das pessoas eram originados a partir do funcionamento dos neurônios e suas sinapses e quando chegasse a hora da morte viria o nada, o não existir.
Na cidade Psicologia essa situação é crucial e comum à maioria dos pesquisadores e terapeutas. Todos desejam utilizar o conhecimento sobre o inconsciente e trabalhar a cura dos conteúdos doentios, mas não encontram uma maneira de o fazer, pois esses elementos estariam no funcionamento cerebral e os encontrar e os curar nesse local é uma tarefa muito difícil.
E assim os habitantes da cidade Psicologia continuam com suas lidas e sempre se defrontando com esse dilema: como curar o psiquismo humano?
oOo
Em determinado tempo foi construída uma ponte entre essas duas ilhas e as duas comunidades puderam se conhecer, interagir entre si e assimilar o conhecimento uma da outra. Pelo fato de serem sociedades pacíficas e de mente aberta e receptiva para novos conhecimentos, cada uma recebeu e compreendeu a melhor sabedoria que a outra tinha a oferecer. Dessa união resultou uma grande vitória para ambas.
As pessoas da cidade Espiritualidade receberam o tesouro, que é o conhecimento de que em cada pessoa existe um local que é inconsciente e que se encontra adoentado. E é justamente esse adoecimento que lhes provoca comportamentos desequilibrados e desarmônicos.
Assim sendo, compreenderam que não basta buscar a divindade fora de si, não é suficiente fazer os rituais e serviços religiosos, sem voltar para dentro de si, trabalhar para promover a autocura e então encontrar a divindade que sempre existiu em seu interior. De posse desse conhecimento, conseguiram se curar e alcançar a vitória que sempre almejaram: paz interior, alegria espontânea e amorosidade.
Quanto às pessoas da cidade Psicologia elas reconheceram que não são máquinas biológicas comandadas por neurônios.Compreenderam que são infinitamente maiores que isso. Que são almas imortais com o potencial de alcançarem sua verdadeira divindade interior. E ao receberem o conhecimento de que o inconsciente é na realidade a associação da dimensão da alma mais o próprio campo de energia, compreenderam que a cura psicológica de todos os conflitos íntimos é simples.
Basta se interiorizar, entrar nesse campo de energia e consciência, encontrar nesse local as memórias de sofrimento emocional e as curar e libertar. Basta isso para que após um tempo desse trabalho se alcance a plena cura psicológica e o estado de ser tão almejado: paz interior, alegria espontânea e amorosidade.
MEMÓRIAS DE VIDAS PASSADAS:
DIÁLOGO COM MEU MESTRE
Meu orientador é alguém com muita sabedoria e experiência. Muito do aperfeiçoamento deste livro devo a ele, a quem tenho muita gratidão e amizade.
– A redação do livro está quase pronta, faltam uns ajustes.
– Eu sei, e está ficando ótimo. Mas faltam mais que ajustes. Você está fugindo de uma parte importante...
– Você quer dizer de eu incluir as memórias de vidas passadas, que foi sugerido.
– É mais que uma sugestão. É necessário, pois que esse exemplo real de múltiplas vivências vai fazer as pessoas compreenderem como o inconsciente é enorme e terem uma noção da quantidade de conflitos internos que precisam ser curados, antes de alcançarem a paz interior.
– Compreendo, mas você sabe como é difícil expor minha intimidade, meus momentos de tanta dor e também aqueles horríveis em que errei muito.
– Não tenha vergonha de tuas cicatrizes. Todo ser humano as tem. Todos já passaram por guerras, todos já foram algozes e também vítimas em outros momentos. É assim que se