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Os Pássaros
Os Pássaros
Os Pássaros
E-book60 páginas17 minutos

Os Pássaros

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Sobre este e-book

Dentro deste livro está a humanidade.
Ao menos, uma busca intensa por ela. Encontros e desencontros, ascensões e decepções, expectativas e realidades, escolhas e fugas. Tudo o que dá forma, sustenta e refina a ideia de se sentir humano está aqui. Um percurso por vezes agradável e aflitivo, dúbio, contraditório, com becos sem saída e inúmeros atalhos. É um livro que procura alçar voo. Para onde? Depende de quem lê.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento20 de dez. de 2021
ISBN9786525403847
Os Pássaros

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    Os Pássaros - Michael Trevisan

    Agradecimentos

    A todos os tutores, sejam estes formais, informais ou consanguíneos, que auxiliaram e ainda auxiliam no trajeto a ser tomado todos os dias.

    Que todos o sejamos um dia.

    Dúvida

    Não te amo mais...

    Não, te amo mais!

    Será? Me divido, suspiro

    Te amo? Não mais.

    Espere, eu digo, não é isso

    Compreendeste-me mal, repito:

    (Antes que digas jamais)

    Te amo? Não, mais!

    Epopeia do tempo

    O tempo finda

    Por onde se olha

    Finda-se no espaço, na mente

    Na fenda

    No inteiro e no escasso

    Por ele mesmo, simplesmente

    Sem perguntas, sem respostas

    Por ele mesmo se finda

    Mesmo já finado e enterrado

    O tempo acorda do seu santuário

    E se inicia como criança

    Como bebê que engatinha

    Mas vira e mexe e cresce

    Descobre-se preso

    Dentro dum vidro entre ponteiros

    Fica louco da vida e se suicida

    (mas não todo dia, às vezes

    morre naturalmente, de tristeza)

    Depois, mas simultaneamente

    - indecência paradoxal -

    As curtas vidas do tempo

    (Quiçá suas mortes)

    Vão-se acumulando

    Até formar um viver mais longo

    Pontilhado de viveres menores

    De botões de flores

    Ventos polinizadores

    Folhas e frutos e bichos

    E toda sorte de coisas

    Que também morrem

    No calor escaldante

    Ou na alva indiferença da neveNão bastasse então

    Morrer em duas esferas

    O pobre coitado ainda fica acusado

    De não ser suficiente

    De acabar com os planos da gente

    Ser implacável com a vida

    Vive, mata e morre

    Mata, morre e vive

    Volta e meia um

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