Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Poesia Reincidente E Outros Poemas
Poesia Reincidente E Outros Poemas
Poesia Reincidente E Outros Poemas
E-book48 páginas18 minutos

Poesia Reincidente E Outros Poemas

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Este livro nasceu da busca de nova inspiração sobre os antigos escritos e reforça e remodela o pensamento do autor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de dez. de 2018
Poesia Reincidente E Outros Poemas

Leia mais títulos de Juarez Francisco Da Costa

Autores relacionados

Relacionado a Poesia Reincidente E Outros Poemas

Ebooks relacionados

Ficção Geral para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Poesia Reincidente E Outros Poemas

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Poesia Reincidente E Outros Poemas - Juarez Francisco Da Costa

    Poesia reincidente

    e outros poemas

    Juarez Francisco da Costa

    DESARMONIA

    Nas paisagens fotografo visagens,

    coisas frias, tristes e esmaecidas.

    Projeto pelas retinas as imagens

    que tenho da vida e que faço:

    são pinturas amarelecidas

    em antigos riscos e novos traços,

    titubeantes como os passos.

    Espalho uma paisagem que não é,

    que os meus olhos e obras fazem.

    Coisas concebo, em tudo nada fé.

    Tristeza, dor e doença subjazem.

    Paisagens- tocadas por frio que sinto-

    salvo as que faço, são livres de doenças.

    Eu... (indiferente a elas- silenciosas)

    centrado em mim, careço e grito.

    Insisto em caras pertenças,

    diante de belezas graciosas.

    Eu com cicatriz e triste, sim,

    as desvirtuo, firo e desboto.

    Pinto-as com o que se descolore em mim

    e com o que opaco e pesado me faz,

    provocando um sentimento de antipaz.

    Falseio coisas na minha mente embolorada

    e na minha alma enjoada e agitada.

    Eu com venenos no sangue e sem quietude.

    Demente, desvirtuo a mim e a própria virtude.

    Mas a Natureza, de ciclo em ciclo, e dia após dia,

    me cura. E a si e a mim transmuda.

    Com e à revelia da minha ajuda

    é que se me impõe uma tarda harmonia.

    VIDA PERTO... VIDA LONGE...

    O que seria minha alegria? Sempre a vigiar,

    me surpreendo um nada, numa luta inglória.

    Se desisto da minha meta e não a vou buscar,

    a vida me é tediosa, certamente irrisória.

    Eu a me preguear no tempo, extenso e pesado,

    interminável e indiferente. Ausente do tempo,

    a mim mesmo fico procurando, longe. Atado,

    desconheço o agora; ausente de mim, no relento.

    De mim distante fica o tempo, se a vida procuro

    sem lhe notar a semente em pequenos rebentos.

    Não vivo, então, o melhor da vida, fico obscuro.

    Ela não me possui, nem eu a ela, ambos sedentos.

    Restamos vida e eu órfãos da simplicidade.

    Sem procurar nada, pode ser que encontre tudo.

    Paradoxal,

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1