Dança dos sabres
De Rodrigo Rosa
()
Sobre este e-book
Rodrigo Rosa
Rodrigo Rosa (pseudônimo de Luiz Heitor Paiva de Castro) é um carioca formado em Medicina e em Letras, com especialização em Literatura Francesa. Publicou dois livros de Poesia pela Editora 7Letras no final da década de 1990, ‘Relíquias do sol’ e ‘Ronda noturna’. Foi também editor da Revista do cena, Instituto de Psicanálise e Cultura, e ministrou cursos sobre a tragédia grega como palestrante convidado na Escola de Teologia do Mosteiro de São Bento. Desde 2018, Rodrigo Rosa dedica-se principalmente à prosa ficcional, tendo produzido nesse período um romance e um livro de crônicas. No momento, o autor participa da adaptação da peça ‘O Marinheiro’, de Fernando Pessoa.
Relacionado a Dança dos sabres
Ebooks relacionados
Os Pecados predilectos: Poemas escolhidos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO tempo exacto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCírculo reto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRefracção Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO spleen de Paris: Pequenos poemas em prosa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPapeis de poesia: Machado & Mais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO sol abate-se Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPátio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLavra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSe o mundo é redondo e outros poemas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA bagaceira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHistórias da guerra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFantasmas: Contos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComo acabar as coisas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBaleias, Bromélias e outras naturezas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCantares em Aço e Concreto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEl público de Federico García Lorca: sob a arena um amor poliédrico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasArte contemporânea: modos de usar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO espírito da prosa: Uma autobiografia literária Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGordos, magros e guenzos: crônicas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDaqui e d'além mar: Cartas do Rio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDescartatau Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs árvores não têm veludo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs grafias do olhar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoética e poesia no Brasil (Colônia) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA expulsão dos doidos: E outras micromemórias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEncontros entre literaturas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProsa Versificada I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSol descalço Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSabores e Dissabores: poemas e reflexões Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Poesia para você
Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sentimento do mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLaços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poemas de Álvaro Campos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os Lusíadas (Anotado): Edição Especial de 450 Anos de Publicação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTodas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5WALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTextos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Poesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Dança dos sabres
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Dança dos sabres - Rodrigo Rosa
Prefácio
Na década de 1990, duas grandes correntes poéticas dominaram o cenário da Literatura Brasileira. Uma, ligada à revista Inimigo Rumor, e sob a clara influência de João Cabral de Melo Neto, apostava em uma poesia de vanguarda e perseguia o ideal de um texto conciso, cerebral, despojado de transbordamentos. A outra, vinculada à revista Poesia Sempre, cultivava um tom mais clássico, próximo da tradição, com uma temática erudita e uma nítida preocupação metafísica.
Na verdade, essas duas vertentes, ainda que de forma inconfessa, não faziam outra coisa senão responder, cada uma à sua maneira, à questão básica posta por Hegel com relação à efetividade da Arte no mundo moderno – questão essa que encontra eco nas indagações de Walter Benjamim sobre a perda da aura ou nas investigações de Heidegger sobre o destino da obra de arte no mundo da Técnica.
Como representante dessa época, Rodrigo Rosa não poderia deixar de dar a sua contribuição pessoal a essas indagações. E pode-se dizer que ‘Dança dos sabres’ é, a seu modo, uma síntese bastante peculiar das duas vertentes citadas acima. De facto, se o poeta apresenta um verso elaborado, com uma evidente depuração vocabular e um esmerado apuro técnico, é também verdade que esse domínio formal não está a serviço de um experimentalismo inócuo, mas orienta-se no sentido de dar forma às preocupações fundamentais a respeito do destino do mundo e da condição do homem sobre a terra.
Essa solução particular é, de certa forma, uma surpresa. Mas não é a única. Aliás, em se tratando do poeta, pode-se mesmo dizer que tudo em ‘Dança dos sabres’ parece acontecer sob o signo do imprevisto. Aos poemas contidos nesta coletânea não faltam, por certo, imagens inusitadas, combinações sintagmáticas imprevistas, uso inesperado de vocábulos. Todo esse esforço dá ao leitor um contínuo sentimento de novidade, que se desenrola por cada poema. Rodrigo Rosa nunca é óbvio, nem quando aborda os temas mais clássicos, sobre os quais parece que absolutamente tudo já foi dito.
Além dessa capacidade de síntese, e desse