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Dança dos sabres
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Dança dos sabres
E-book118 páginas24 minutos

Dança dos sabres

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Sobre este e-book

Um desejo pela calmaria, pelo encantamento das palavras que cantam e encantam como se estivéssemos em uma dança de sabres. O leitor de Dança dos sabres tateia sensações, silêncios, gestos, como se possuísse nas mãos as palavras – concretas e pulsantes. O livro de Rodrigo Rosa é um encontro entre essa relação de corpo e alma, num ritmo onde sílabas descobrem o ser com a capacidade de transmutar e “transcender o visível”, em um tom selvagem, como se o verbo estivesse entranhado na carne. Além disso, a relação com a cidade, o concreto, o bruto, as travessias, a sensação das viagens, do estar longe. É como tocar o veludo das horas, o avesso das coisas. E é nesse encalço que o poeta desdobra o detalhe sutil do peso das palavras, como se estivéssemos “imersos no silêncio de nosso próprio assombro.” As palavras de Rodrigo Rosa trazem uma poesia sensorial e pulsante. O leitor é levado a barcos e navegações, onde abismos, fugas e córregos inundam as páginas, em um emaranhado de liquidez e força poética.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de mar. de 2022
ISBN9788556622297
Dança dos sabres
Autor

Rodrigo Rosa

Rodrigo Rosa (pseudônimo de Luiz Heitor Paiva de Castro) é um carioca formado em Medicina e em Letras, com especialização em Literatura Francesa. Publicou dois livros de Poesia pela Editora 7Letras no final da década de 1990, ‘Relíquias do sol’ e ‘Ronda noturna’. Foi também editor da Revista do cena, Instituto de Psicanálise e Cultura, e ministrou cursos sobre a tragédia grega como palestrante convidado na Escola de Teologia do Mosteiro de São Bento. Desde 2018, Rodrigo Rosa dedica-se principalmente à prosa ficcional, tendo produzido nesse período um romance e um livro de crônicas. No momento, o autor participa da adaptação da peça ‘O Marinheiro’, de Fernando Pessoa.

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    Dança dos sabres - Rodrigo Rosa

    Prefácio

    Na década de 1990, duas grandes correntes poéticas dominaram o cenário da Literatura Brasileira. Uma, ligada à revista Inimigo Rumor, e sob a clara influência de João Cabral de Melo Neto, apostava em uma poesia de vanguarda e perseguia o ideal de um texto conciso, cerebral, despojado de transbordamentos. A outra, vinculada à revista Poesia Sempre, cultivava um tom mais clássico, próximo da tradição, com uma temática erudita e uma nítida preocupação metafísica.

    Na verdade, essas duas vertentes, ainda que de forma inconfessa, não faziam outra coisa senão responder, cada uma à sua maneira, à questão básica posta por Hegel com relação à efetividade da Arte no mundo moderno – questão essa que encontra eco nas indagações de Walter Benjamim sobre a perda da aura ou nas investigações de Heidegger sobre o destino da obra de arte no mundo da Técnica.

    Como representante dessa época, Rodrigo Rosa não poderia deixar de dar a sua contribuição pessoal a essas indagações. E pode-se dizer que ‘Dança dos sabres’ é, a seu modo, uma síntese bastante peculiar das duas vertentes citadas acima. De facto, se o poeta apresenta um verso elaborado, com uma evidente depuração vocabular e um esmerado apuro técnico, é também verdade que esse domínio formal não está a serviço de um experimentalismo inócuo, mas orienta-se no sentido de dar forma às preocupações fundamentais a respeito do destino do mundo e da condição do homem sobre a terra.

    Essa solução particular é, de certa forma, uma surpresa. Mas não é a única. Aliás, em se tratando do poeta, pode-se mesmo dizer que tudo em ‘Dança dos sabres’ parece acontecer sob o signo do imprevisto. Aos poemas contidos nesta coletânea não faltam, por certo, imagens inusitadas, combinações sintagmáticas imprevistas, uso inesperado de vocábulos. Todo esse esforço dá ao leitor um contínuo sentimento de novidade, que se desenrola por cada poema. Rodrigo Rosa nunca é óbvio, nem quando aborda os temas mais clássicos, sobre os quais parece que absolutamente tudo já foi dito.

    Além dessa capacidade de síntese, e desse

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