Reflexões aos sessenta: Quem não morre, tem o que contar
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Sobre este e-book
Sérgio Afonso
Sérgio Afonso Dias é filho de Alcides Lopes Dias e Nilza Afonso Dias. Engenheiro mecânico, fez o Mestrado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Recém aposentado, atuou por décadas na área de controle de qualidade de equipamentos pesados e é estudioso do misticismo e do autoconhecimento, com base de formação proveniente de livros de autoajuda e, principalmente, dos ensinamentos oferecidos há mais de 20 anos pela Antiga e Mística Ordem Rosacruz (AMORC). Ao chegar aos sessenta anos, descobriu o desejo por se expressar na arte da escrita e iniciou a criar textos a respeito de temas e observações existenciais, humanas e cotidianas. Seu hobby é a dança de salão, o teatro, e ler seus autores preferidos, Jorge Amado e Kalil Gibran. Aprecia bons vinhos e programas em família.
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Reflexões aos sessenta - Sérgio Afonso
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, como não pode deixar de ser, agradeço ao Deus do meu coração e da minha compreensão que me deu toda a sabedoria e inspiração necessária para que os textos fluíssem em minha mente e minha alma fazendo assim surgir essas Reflexões aos Sessenta;
Agradeço ao meu filho Mário e ao meu neto Lipe, Luis Phelipe, sempre comigo em meu coração e que são os presentes especiais de Deus em minha vida;
Agradeço a Ordem Rosacruz- AMORC pelo generoso conhecimento compartilhado e pelas atividades altruísticas exercidas em seus organismos afiliados, o que proporcionou a evolução em vários níveis de minha vida;
Agradeço também à Tania de Oliveira Gomes, minha companheira afetiva ao longo desses anos, que me estimulou em todas as fases da preparação dos textos e da confecção desse livro;
Agradeço aos amigos tão especiais da Loja R+C Madureira e de meu ambiente de trabalho;
E aos familiares que fazem parte de minha vida, em especial à tia Arminda, que sabe como ninguém adoçar nossos corações;
Finalizando, agradeço, in memoriam: aos meus pais, Alcides Lopes Dias e Nilza Afonso Dias; ao meu irmão Sidney Afonso Dias, ao primo Luiz Dias Rodrigues pois que me tornaram o que eu sou; e à tia Yolanda, grande motivadora para minhas comemorações de aniversário na fase adulta: desculpa que faltava para reunir a família.
Sumário
AGRADECIMENTOS
Religião
Sobre o não terás outros deuses
Sobre não terás outros ídolos
Sobre não falar em vão o nome do Senhor, teu Deus
Sobre guardar o sétimo dia, o tempo após a criação
Sobre honrar pai e mãe
Sobre não matarás
Sobre não cobiçar as coisas alheias
Sobre a idolatria
Sobre o silêncio, sobre o não falar e o calar
Sobre o paraíso
Natureza
Sobre o homem e o meio ambiente
Sobre o Planeta Terra, esse mundo maravilhoso azul
Sobre o ser humano e o animal
Sobre os animais em especial os pássaros
Sobre os nossos animais de estimação
Sentimentos
Sobre arrependimento e responsabilidade
Sobre a inveja e a admiração
Sobre a insegurança
Sobre a gratidão
Sobre ambição
Sobre confiança, covardia e coragem
Sobre a ambição
Sobre a depressão
Sobre a vaidade e o orgulho
Sobre ser bom
Sobre a ambição e a fé. Alguma semelhança?
Sobre a felicidade. Ela existe?
Vida
Sobre viver, envelhecer e agradecer
Sobre o tempo, pensamento e sentimento
Sobre as mães
Sobre crianças e amizade
Sobre os professores
Sobre a escola
Sobre o destino
Sobre o circo: existe um paralelo com a vida?
Sobre carreira
Sobre o trabalho, que por princípios é sempre digno
Sobre elas, as mulheres
Sobre ser homem
Sobre a força da Mulher
Sobre a força do Homem
Sobre o suicídio, a palavra triste
Sobre o pessimismo e o otimismo
Virtudes e vícios
Sobre o vício e a virtude
Sobre a humildade
Sobre a renúncia
Sobre o compromisso
Sobre a moderação
Sobre o roubar: vale a pena?
Sobre enganar e magoar
Sobre o enganar
Sobre pecados e virtudes
Sobre a vaidade, um pecado capital
Sobre a vaidade
Sobre a vaidade e a beleza
Sobre a arrogância e a prepotência
Sobre a avareza e a generosidade
Sobre a gula
Sobre a ira
Sobre a preguiça
Sobre o respeito I
Sobre o respeito II
Sobre a compreensão, a consciência e a vontade
Sobre mentiras e verdades
Sobre a corrupção
Sobre a mentira
Sobre a prepotência
Dinheiro
Sobre um lugar ao sol
Sobre o merecimento
Sobre generosidade e prosperidade
Sobre prosperidade e generosidade
Sobre a riqueza e a avareza
Sobre o sucesso
Sobre o pobre e o menos rico
Sobre o menos rico
Sobre o consumidor. É bom consumir?
Certo e errado
Sobre a ordem e a desordem
Sobre o que é falso e o que é verdadeiro
Sobre a responsabilidade
Sobre a crítica
Sobre a vantagem e a desvantagem
Sobre ver com outros olhos
Sobre o símbolo da justiça
Sobre o branco e o preto
Sobre dourar a pílula
Sobre mentiras que querem se tornar verdades ou são aceitas como verdades
Sobre dúvidas e certezas
Cotidiano
Sobre o futebol
Sobre a chama apagada da tocha
Sobre o Porto Maravilha, uma grande obra
Sobre o coelho, o ovo e a Páscoa
Sobre o Papai Noel
Sobre o Ano Novo
Sobre a intuição, sabedoria e a leitura
Sobre o sorriso
Religião
Sobre o não terás outros deuses
Que outros deuses seriam esses? Aquilo que nos torna menores é uma resposta. Nossos medos nos fazem menores, chegam até a nos atormentar. Por definição Deus é grandioso, onisciente e onipresente. Temos que ter em mente a existência de uma Força superior que nos guia, nos orienta e nos protege independentemente do nome que lhe demos, mas o medo, a insegurança, nos atrapalha. Os medos que surgem de forma tenebrosa, não podem ser tão grandiosos quanto a força interna. Simples assim? Não, o medo pode nos dominar e como um deus nos guiar e comandar. Como conseguir a sabedoria que nos dê serenidade? A medicina e as boas pessoas, ajudam e muito, mas será o suficiente? Por vezes não, temos o recurso da Fé e da Oração. A Fé é o reconhecimento, sem dúvidas, de se ter um Poder Superior que pode nos motivar, nos recuperar, nos curar. Se somos criaturas com certeza haverá um criador que a crença de cada um irá o nomear. A oração é a ação de entrega para esse Poder Superior, é uma ação que exige humildade com espírito de gratidão, ser grato e se julgar merecedor. Nossos sentimentos de culpa, de medo, de ansiedade nos impedem. Mas creia: orar é solução. Temos um bom exemplo: o Mestre Jesus que, no seu maior momento de angústia, orou e transformou o mundo estabelecendo a crença em um único Deus. O importante é que a oração sempre faça parte da nossa vida. Uma boa prática é a oração matinal, ao acordar, agradecendo por esse novo dia, pelas orientações e proteções a serem alcançadas. E, no final, ser grato pelo término do dia, por tudo que lhe aconteceu, com o perdão dos seus erros e com a gratidão dos seus acertos. Esperando uma plena noite de recuperação, com um novo alvorecer no qual, mente e corpo, coração e alma, em comunhão com o seu Deus, em oração, seguem o seu destino. Que o destino seja sempre coroado de glórias.
Sobre não terás outros ídolos
A idolatria: algo tão comum entre nós. No início, nossos ídolos são os nossos pais. Com o passar dos anos passamos a esculpir a nossa personalidade. Experiências vem, umas traumáticas, outras felizes. Fazemos nossas escolhas, algumas são impostas e outras aceitas pelo uso do nosso livre-arbítrio. As impostas são pela educação, pela formação e pelas experiências vividas. As aceitas, pelas oportunidades oferecidas pela vida, são as que mais fortemente esculpem o nosso eu sou
, a nossa personalidade. Com base nessas nossas escolhas e reações emocionais cometemos outros tipos de idolatrias. Pode ser por uma pessoa, uma liderança ou por um grupo de pessoas que seguem determinada bandeira, por exemplo: uma nação, um clube, um cantor ou cantora, um grupo de músicos, um jogador de futebol. Enfim, quem não têm as suas paixões? Temos até pelos nossos filhos, pois nós os endeusamos às vezes. Ser escravo emocional dos insucessos e sucessos dos nossos ídolos, esta é a questão. Saber frear as emoções, mantendo a serenidade e a ponderação é o caminho, o caminho da moderação. Mas esse tipo de qualidade não é a esculpida pelo nosso ego, afinal, este segue o caminho da paixão independentemente se vai causar infortúnio ou prazer. Este caminho da moderação, do equilíbrio, é o caminho da alma. O ego, o eu sou
, usa o intelecto, todos os sentimentos egoístas, pensa somente em si. A alma é a intuição, a inspiração, a sabedoria, a misericórdia, é o que nos torna humanos, um ser social. A união do nosso ego com a nossa alma é com o amor a si próprio. Não idolatrar, dessa forma, significa se lembrar de amar a si próprio. É quando procuramos não nos machucar pela adoração ao próximo. Pode-se idolatrar sem se amolar. Temos que utilizar o antigo e grande ensinamento: Amai ao próximo como a si mesmo
. É aplicação da força de união, o amor. Então, que o amor vença sempre.
Sobre não falar em vão o nome do Senhor, teu Deus
Primeiro temos que ver quem é o nosso Deus. Com certeza é a nossa Força interior. A força que nos acalenta, nos orienta, que nos ajuda a construir o nosso futuro, que nos dá a esperança de um mundo melhor. Sendo sempre alimentada pela nossa crença, pela nossa sabedoria, pela nossa fé. A denominaremos também conforme nosso entendimento e sentimento, nosso Deus, nosso Senhor. Quanto a dizer em vão
, o que será? Bom, quem crer pode não crer, quem sabe, sabe. Ou seja, o saber não é em vão. Entre o de se dizer Eu creio
e o Eu Sei
existe uma sutil diferença. O crer pode ser momentâneo, mas com o saber se tem a certeza absoluta no que se diz. Então, não é em vão quando se sabe o que se diz. Portanto, nunca em vão, mas